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MBA em Gestão de Recursos Humanos Modelos de Aprendizagem e Competências Tema: Processo de aprendizagem organizacional Prof. Me. Bruno Luiz Américo MBA em Gestão de RH | Modelos de Aprendizagem e Competências | Processo de aprendizagem organizacional 2 Olá, seja bem-vindo! Antes de começarmos com a aula, assista ao vídeo a seguir para conhecer os conteúdos que serão abordados. Introdução A principal finalidade desta disciplina é dar início à reflexão sobre a importância que as organizações recentemente vêm atribuindo aos modelos de aprendizagem e competência. Conheceremos essa terminologia e sua importância e estudaremos como os conceitos e perspectivas desses modelos podem ser adotados dentro dos limites das corporações, permitindo a constante renovação das vantagens competitivas organizacionais. Em suma, examinaremos os processos de aprendizagem organizacional, aprendizagem e cultura nas organizações, desenvolvimento de competências, bem como dimensões e elementos que constituem a gestão do conhecimento (conceitos, desafios e aplicabilidade). Nesta primeira aula focaremos nossa atenção sobre a aprendizagem organizacional. Aprendizagem Organizacional É uma estratégia organizacional contemporânea implantar modelos de gestão fundamentados na aprendizagem organizacional (AO). O principal motivo se relaciona com a enorme importância que os práticos vêm conferindo aos processos de criação, compartilhamento, utilização e internalização do conhecimento (CROSSAN et al., 1999; PATRIOTTA, 2003). MBA em Gestão de RH | Modelos de Aprendizagem e Competências | Processo de aprendizagem organizacional 3 Em decorrência do fato de que a AO é frequentemente referenciada nos estudos organizacionais (e utilizada empiricamente por corporações diversas), há fragmentação teórica e inúmeros modelos práticos. Isso não significa, no entanto, falta de cientificidade por parte de pesquisadores e práticos, que encontram na AO uma nova forma de gerir conhecimento nas organizações, ou sua descaracterização como campo de estudo legítimo (CROSSAN et al., 1999). Para tanto, assume-se a existência de um “quadro integrativo” que a consolida como escola de pensamento e ação organizacional (VERSIANI & FISCHER, 2008). Trata-se, portanto, de um campo de estudo estabelecido e específico dos estudos organizacionais (EASTERBY-SMITH et al, 2000), que pode e deve ser utilizado por tomadores de decisão. Smith (2001) aponta que o conceito de aprendizagem organizacional foi usado pela primeira vez nos anos 50 do século XX. Na década de 80, apenas 50 artigos sobre AO foram publicados em periódicos acadêmicos. Hoje em dia as referências à aprendizagem organizacional são tão comuns que se faz difícil mensurar o número de estudos publicados. Da década de 1950 para cá, um número cada vez maior de pessoas encara a AO como perspectiva de análise para o desenvolvimento de pesquisas teóricas e empíricas, daí nascem disciplinas voltadas para AO nos cursos de graduação e pós-graduação, bem como programas de pós-graduação especializados em AO (TAKAHASI; FISCHER, 2007). MBA em Gestão de RH | Modelos de Aprendizagem e Competências | Processo de aprendizagem organizacional 4 A AO possibilita construir uma nova maneira de ver e relacionar aprendizagem, conhecimento e organizações e, assim, permite a criação de uma memória organizacional. Trata-se de um processo dinâmico de aquisição, criação, compartilhamento e internalização de novos conhecimentos, práticas, rotinas, associações, controvérsias e experiências dentro das organizações. Agora relembre quais tópicos sobre a aprendizagem organizacional discutimos até este ponto, assistindo ao vídeo a seguir. Conceito e Perspectiva de AO A aprendizagem organizacional, como vimos, é utilizada por pesquisas teóricas e empíricas e não há um consenso sobre sua conceitualização (EASTERBY-SMITH & ARAUJO, 1999). É possível considerar o estudo da AO como um processo integrado sistematicamente ao indivíduo, ao grupo e à organização (ANTONELLO, 2005), um processo que envolve atores humanos e não humanos (computadores, sistemas, máquinas e recursos tangíveis em geral) e que permite a uma organização aprender e criar, compartilhar e internalizar conhecimentos diversos. Seu conteúdo é o próprio conhecimento (TAKAHASHI, 2007; PATRIOTTA, 2003), o que pode gerar mudanças positivas ou negativas no comportamento e/ou em processos decisórios. Assista ao vídeo indicado, ele demonstra como a AO vem sendo tratada pela Universidade Nacional de Brasília. Com esse vídeo é possível medir a importância atribuída a AO, dentro e fora do Brasil. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=7_3BErflcq0> MBA em Gestão de RH | Modelos de Aprendizagem e Competências | Processo de aprendizagem organizacional 5 A literatura sobre AO, marcada por uma indefinição conceitual, desenvolve-se com base em duas perspectivas: 1. Cognitiva-comportamental; 2. Social-cultural. Segundo a perspectiva cognitiva-comportamental, as organizações devem alinhar-se a seu ambiente para se manter competitivas e inovadoras. A perspectiva cognitiva-comportamental toma a aprendizagem individual como um modelo para ação organizacional e como espelho para pensar processos de AO (COOK & YANOW, 1993). Organização é, portanto, compreendida como um “cérebro” que processa dados e informações em conhecimento (ARGYRIS & SCHON, 1978). A perspectiva social-cultural ganhou força no início da década de 90 ao considerar que pessoas constituem-se por meio de processos de interação, sendo que o comportamento humano deve ser compreendido dentro de seu ambiente social e cultural. Duas teorias relacionadas estão por trás desse raciocínio: administração estratégica e teoria da contingência (NICOLINI & MEZNAR, 1995; HUYSMAN, 2001). O enfoque comportamental foi o primeiro a surgir, antes dos anos 1950, com as contribuições de Skinner e Guthrie sobre o modelo estímulo-resposta (TAKAHASHI, 2007). O cognitivismo emerge junto com a psicologia cognitiva, com foco no processamento de informações e na solução de problemas. MBA em Gestão de RH | Modelos de Aprendizagem e Competências | Processo de aprendizagem organizacional 6 AO ocorre por meio de interação social que se enraíza em rotinas, cultura e práticas (NICOLINE & MEZNAR, 1995). Não apenas a negação de um contexto externo formou a perspectiva social-cultural, também devemos considerar os desenvolvimentos de Nonaka e Takeushi (1995), que situaram o nível individual, grupal e organizacional, para trabalhar a criação do conhecimento individual como organizacional e legítimo. Para Easterby-Smith e Araújo (2001), a AO emerge de interações sociais, normalmente no próprio local de trabalho; o aprender e o conhecer são comumente aceitos como atividade social contextualizada, onde se adquire linguagem e ponto de vista pela participação em comunidade de prática específica. Para Chiva e Alegre (2005) essa perspectiva é mais adequada para descrição de processos de AO, pois ela reconhece o conhecimento organizacional não como posse ou objeto (perspectiva cognitiva- “Comunidade de prática” é um grupo de pessoas reunidas em torno de um interesse comum. Pessoas que trabalham interagindo – colaborativamente e regularmente – para melhorar processos diários de trabalho (eficácia e eficiência), ou seja, processos de aprendizagemindividual, grupal e organizacional. A origem do termo pode ser encontrada em Lenger e Lave (1991). Segundo Chiva e Alegre (2005), para as pesquisas sobre AO como processo cognitivo, o conhecimento é perceptível deve ser encarado como commodity – acabam por ser prescritivas e universalistas. Os autores afirmam que organizações devem estar alinhadas com o ambiente, mas indicam processos de aprendizagem como ótimos, não fazendo referência ao que a vertente social- cultural chama de contexto. MBA em Gestão de RH | Modelos de Aprendizagem e Competências | Processo de aprendizagem organizacional 7 comportamental), mas como uma ação que envolve criação, compartilhamento e internalização. Assista ao vídeo a seguir para entender um pouco mais sobre os conceitos e as perspectivas da aprendizagem organizacional. Objetivos da Aprendizagem Organizacional Uma empresa adota práticas relacionadas com a aprendizagem organizacional visando a tornar permanente o processo de criação e compartilhamento de conhecimentos, bem como para desenvolver diferentes tecnologias que permitam internalizar esses conhecimentos na organização. Para que os conhecimentos criados, identificados e/ou adquiridos sejam internalizados, eles precisam ser utilizados. O conhecimento se renova com o decorrer do tempo, com base nas atividades diárias, nas situações inesperadas, na narrativa de todos os colaboradores. Caso o uso desse novo conhecimento seja legítimo dentro de uma organização (comunidade), ele é normatizado, consolidando-se como uma convenção, sendo incorporado. A relação existente entre prática e processos de AO é, portanto, fundamental. É necessário internalizar o conhecimento, pois de nada vale investir tempo e esforços na criação do conhecimento, na reengenharia de lugares para facilitar o fluxo de informações e na implantação de comunidades de prática, se todo esse conhecimento não puder ser acessado em um futuro próximo. MBA em Gestão de RH | Modelos de Aprendizagem e Competências | Processo de aprendizagem organizacional 8 Algo que não é utilizado é esquecido. Ademais, a prática é observável, passível de ser compreendida, apreendida, compartilhada e problematizada. Assim, é possível afirmar que para que a AO aconteça, competências adjacentes devem ser alcançadas, competências de suporte – como as já mencionadas comunidades de prática e atividades ligadas à inovação e à readequação de leiautes – e, também, reuniões, debates, ligações, treinamentos, observações e atendimento ao cliente, competências que devem ser documentadas e mapeadas, pois geram um conhecimento que pode ser gerido formalmente. Fica claro que o processo de AO está vinculado à prática e, para que processos diários de aprendizagem individual e grupal possam se tornar organizacionais, eles devem ser inscritos, por meio de tecnologias diversas, em estruturas estáveis de comunicação. Assista ao vídeo a seguir e conheça um pouco mais sobre os objetivos da aprendizagem organizacional. Para que um conhecimento novo seja incorporado, é preciso ir além da prática: ele deve ser alocado para evitar a perda. A materialização desse conhecimento se dá por meio de tecnologias, mas não contamos apenas com os caros e detalhados sistemas de informação, tecnologias diversas e mais acessíveis permitem mapear e documentar novos conhecimentos, como é o caso de alguns programas de computador (Excel, Word etc.), além de fluxos, processos e relatórios. MBA em Gestão de RH | Modelos de Aprendizagem e Competências | Processo de aprendizagem organizacional 9 Fruto da Globalização Para Sanchéz (2001), a primeira década do século XXI remodelou o pensamento empresarial contemporâneo com base em duas novas convicções: 1. Sucesso organizacional só pode ser alcançado com base em uma efetiva forma de gerenciar conhecimento organizacional. 2. Administração do conhecimento precisa ser encarada como uma habilidade básica, devendo ser uma prioridade na pauta de trabalho do dirigente moderno. A globalização acirrada da economia, a partir da década de 1990, gerou uma verdadeira revolução do conhecimento. O alto escalão passou a perceber que, para manter a competitividade dentro de um mercado sem fronteiras, deveria não apenas manter o status adquirido ao longo do tempo, mas também adquirir e criar novos conhecimentos, bem como compartilha-los por toda a organização. Manter o status no mercado é complicado. Uma organização que busca expansão precisa que seus colaboradores estejam convictos da importância de trabalhar em grupo e de facilitar o processo de compartilhamento do conhecimento. É fundamental que o processo pelo qual a AO deixa de ser apenas um discurso do alto escalão, vise a uma constante evolução da organização por meio do desenvolvimento dos colaboradores, de sua colaboratividade, da visão sistêmica, do senso crítico, das condições e do ambiente de trabalho. Muitas ideias ligadas à aprendizagem organizacional representam esquemas teóricos com um nível de abstração exagerado, sendo, portanto, difícil conectar essas ideias com a realidade prática de gerentes e tomadores de decisão. MBA em Gestão de RH | Modelos de Aprendizagem e Competências | Processo de aprendizagem organizacional 10 Aprender ou Organizar? Em um artigo muito interessante, Weick e Westley (1999) afirmam que o termo “aprendizagem organizacional” é um paradoxo por agrupar duas palavras opostas, formando um novo conceito aberto a interpretação. Isso por que organizar um processo, uma atividade ou uma empresa, implica estruturação, redução da incerteza. Por outro lado, aprender pressupõe incremento, abertura da mente para novas possibilidades, variedade. É necessário aprender para lidar com a incerteza, com a inércia, para expandir, para melhorar processos, mas também é imprescindível estruturar uma maneira de obter um entendimento invariável da multiplicidade que o processo de aprendizagem acarreta, pois organizar deve ser tão possível quanto aprender. Aprendizagem Organizacional? É possível afirmar que uma organização pode aprender? Que um ser inanimado tem memória? Temos que concordar que uma organização possui uma estratégia, que é comum falar de políticas organizacionais, de normas que regem o comportamento de colaboradores e de concepções que servem como base para práticas organizacionais diversas (produção, venda, inovação e marketing). Rotinas e práticas, portanto, guiam o comportamento de trabalhadores em organizações. O processo de aprendizagem organizacional busca aprender com os erros, com situações passadas, com novos conhecimentos e, ao mesmo tempo, avaliar a relevância dessa aprendizagem. MBA em Gestão de RH | Modelos de Aprendizagem e Competências | Processo de aprendizagem organizacional 11 Ao afirmamos que uma organização pode aprender, nos referimos à aprendizagem de um conteúdo específico, que deve ser alcançado e é passível de observação. Nos casos em que é possível observar as normas, as estratégias e as concepções de uma organização, esse corpo de conhecimento resultou de um processo de aprendizado dentro da organização. Portanto, podemos continuar estudando processos de AO, pois as organizações aprendem, uma vez que com o correr do tempo elas adquirem e criam conhecimentos e, depois, os internalizam por meio de tecnologias diversas. Assista ao vídeo a seguir para entender melhor quais são os desafios impostos aosprofissionais que se propõem a trabalhar com processos de aprendizagem organizacional. Desafios Emergentes Estudar processos de aprendizagem organizacional atualmente representa, como já foi mencionado, um enorme desafio. Antal et. al (2001) AO não se relaciona apenas com evolução organizacional, ou com mudança contínua. Nem toda mudança gera necessariamente uma aprendizagem, e nem toda aprendizagem acarreta uma mudança visível e profunda. Falência, por exemplo, não é algo positivo, sendo o resultado de um processo de aprendizagem. Podemos aprender algo errado (ou erroneamente), o que não gera uma mudança comportamental e/ou cognitiva. MBA em Gestão de RH | Modelos de Aprendizagem e Competências | Processo de aprendizagem organizacional 12 sugerem desafios futuros ao campo, a seguir estão listados alguns desses desafios (que se relacionam com a prática organizacional): A criação do conhecimento pode se dar através de forte cooperação entre acadêmicos e praticantes; Devem ser criadas abordagens da aprendizagem organizacional em estreita relação com o processo e com a prática; Reconhecer que os agentes da aprendizagem organizacional estão em todos os níveis e comunidades de prática, atravessando fronteiras organizacionais; Entender que a aprendizagem organizacional é um processo político e emocional do qual o conflito é parte integral e cujo resultado não é visto como necessariamente positivo; Tomar a aprendizagem como intento estratégico, devendo ser promovida a utilização de benchmarking, da gestão do conhecimento e de experimentos no processo de implantação de práticas voltadas para promoção da AO. Aplicabilidade da Aprendizagem Organizacional A aprendizagem organizacional está fortemente associada à prática, tanto da própria organização quanto do ambiente externo (parceiros, clientes e concorrentes). Devido à forte vinculação com a prática, a aprendizagem organizacional somente pode ser compreendida como um processo. Dois processos básicos devem ser considerados por gestores interessados em implantar, dentro de sua organização, uma gestão baseada na aprendizagem organizacional: 1. Processo que vise a aprender com base na experiência acumulada; MBA em Gestão de RH | Modelos de Aprendizagem e Competências | Processo de aprendizagem organizacional 13 2. Processo que busque aprender com projetos postos em prática pela organização, bem como por agentes externos à organização. Aprender com conhecimentos acumulados significa a possibilidade de uma organização acessar sua memória organizacional, ou seja, acessar informação armazenada a fim de facilitar o processo de tomada de decisão. Não existe um centro onde todo o conhecimento é armazenado, ele se distribui por diversas instalações, departamentos, setores e equipes, onde o conhecimento é conservado por meio de diversas tecnologias. Por isso, tão importante quanto internalizar, criar e adquirir conhecimento, é compartilha-lo. Dessa maneira, é possível aprender com erros e aplicar um conjunto de processos e técnicas que permitem à organização agir frente a uma crise ou problema, ao mesmo tempo em que pode prever tendências e antecipar suas ações, visando à evolução organizacional. Empiricamente é possível implantar esses dois processos estratégicos (aprendizagem pela memória organizacional e pela prática) por meio de atividades diversas, como: Promover intercâmbio de ideias e informações (formal e informalmente) entre colaboradores dentro de um mesmo setor, departamento ou área; Fazer com que o intercâmbio de ideias estimule a adoção de novas práticas, promova a observação do trabalho dos colegas e de seus clientes, assim como dos problemas e sucessos. É muito válido experimentar novas práticas, conhecimentos e processos, quando eles emergem da interação entre colaboradores, e não apenas do nível estratégico e tático. São inúmeras as maneiras para promover essa sinergia dentro da organização: comunidades de prática, readequação de leiaute, criação de espaços comuns para realização de esportes e para alimentação, contratação de novos funcionários etc. MBA em Gestão de RH | Modelos de Aprendizagem e Competências | Processo de aprendizagem organizacional 14 Considerando que uma organização aprende igualmente com clientes, fornecedores, concorrentes, universidades e com a comunidade mais ampla, é necessário criar canais de comunicação e sinergia com esse “ambiente externo”. Formas diversas de sinergia podem ser sugeridas, visando a construir uma ponte que permita consolidar processos de aprendizagem com o ambiente externo, como: Reuniões com fornecedores; Canal telefônico e virtual para sugestões e reclamações; Parcerias com consultores e universidades; Joint Ventures; Aquisição de tecnologias da informação; Aquisição de novos maquinários; Compras compartilhadas com concorrentes; Desenvolvimento de mercado junto com fornecedores. O processo de construção da aprendizagem organizacional culmina na edificação de uma cultura organizacional voltada para a inovação, a flexibilidade e a criatividade. Também contribui para que os colaboradores entendam sua participação no processo: sua importância na consolidação de uma memória organizacional, que não é centralizada, e na elaboração de Há proponentes que sugerem que a aprendizagem é restrita ao ambiente organizacional, outros proponentes, no entanto, sugerem que a aprendizagem ocorre e o conhecimento é adquirido dentro e fora da organização. MBA em Gestão de RH | Modelos de Aprendizagem e Competências | Processo de aprendizagem organizacional 15 processos de aprendizagem organizacional baseados na prática da organização e do ambiente externo. Síntese O vídeo a seguir traz uma síntese dos assuntos que estudamos nesta aula, confira. MBA em Gestão de RH | Modelos de Aprendizagem e Competências | Processo de aprendizagem organizacional 16 1. Tendo como base as discussões desenvolvidas nesta aula, é possível afirmar que uma organização pode aprender? a. Não, pois uma organização não tem cérebro. b. Aprendizado requer dedicação, companheirismo, atenção, atributos que uma organização não possui. c. Sim, se considerarmos uma organização como uma entidade formada por seres humanos. d. Sim, uma vez que a estratégia de uma organização, para citar um exemplo, pode ser considerada como o resultado de um processo de aprendizagem. 2. O processo de aprendizagem organizacional pode se basear em quais fontes de conhecimento. a. Em fontes de conhecimento que emergem a partir da própria organização, como atividades laborais, rotinas operacionais, reuniões etc. b. Em fontes de conhecimento que emergem a partir da própria organização, como atividades laborais, rotinas operacionais, reuniões, assim como a partir do ambiente externo: fornecedores, clientes, competidores, universidades e tecnologias. c. Em fontes de conhecimento que emergem a partir do ambiente externo: fornecedores, clientes, competidores, universidades e tecnologias. d. Nenhuma das respostas acima MBA em Gestão de RH | Modelos de Aprendizagem e Competências | Processo de aprendizagem organizacional 17 Referências ANTAL, A. B., et al. Organizational learning and knowledge: reflections on the dynamics of the field and challenges for the future. In: DIERKES, M. et al. (Orgs.). Handbook of organizational learning& knowledge. Oxford: Oxford University Press, p.921-939, 2001. ANTONELLO, C. S. A metamorfose da aprendizagem organizacional: uma revisão crítica. In: RUAS et al. (Orgs.). Aprendizagem organizacional e competências. Porto Alegre: Bookman, p.12-33, 2005. ARGYRIS, C. Double loop learning in organizations. Harvard Business Review, p.115-125, Set/Out, 1977. COOK, S. D. N., YANOW, D. Culture and organizational learning. Journal of Management Inquiry, v.2, n.4, Dez, 1993. CROSSAN, M. M., et al. An organizational learning framework: from intuition to institution. The Academy of Management Review, v.24, n.3, p.522-537, 1999. EASTERBY-SMITH, M., et al. 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