Defesa Preliminar em Processo Criminal

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EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUIZA DE DIREITO DA 1ª VARA DO JÚRI DA COMARCA DE FORTALEZA - ESTADO DO CEARÁ.
Processo Nº. 0483444-69.2010.8.06.0001
DEFESA PRELIMINAR
(art. 396 do CPP, redação dada pela novel Lei Federal de nº11.719/08)
MERITÍSSIMA JUÍZA,
JOSÉ CARLOS HENRIQUE DA SILVA SANTOS, já devidamente identificado e qualificado no bojo dos autos do processo de numeração em epígrafe, por seus bastante Procuradores e Advogados signatários, vem, em tempo hábil, com reciprocidade de respeito e acatamento, apresentar a Vossa Excelência as suas ALEGAÇÕES PRELIMINARES DE DEFESA, aduzindo, para tanto, os seguintes argumentos:
Que indica para patrocinar sua defesa os advogados que esta subscrevem, os quais, de logo, aceitam o encargo; Que o douto representante do Ministério Público, oficiante neste r. Juízo, ao examinar os autos do Inquérito Policial, ofereceu Denúncia crime contra o ora acusado, imputando-lhe a conduta delitiva prevista no art. 121, § 2º, II e IV, c/c o art. 29 do Código Penal pátrio;
		DAS CONDIÇÕES SUBJETIVAS:
Que o Réu é primário na forma da Lei Penal, é ainda de bons antecedentes criminais, inexistindo quaisque registros de nenhuma condenação contra o mesmo, tendo residência e domicílio fixos no local da culpa, bem como possuindo profissão definida na qualidade de motoboy;
		DAS CONDIÇÕES OBJETIVAS:
Que com o oferecimento da Denúncia o órgão representante do Parquet requereu a citação do acusado para apresentar a defesa que tiver, a intimação das testemunhas arroladas pelo Ministério Público e juntada de certidões de antecedentes criminais do denunciado; Que diz, em síntese, o acriminado susorreferido, em sua defesa que, PUGNA “in limine”, por sua absolvição “in totum” e que o fato delituoso que lhe é irrogado pelo nobre representante do Ministério Público oficiante neste respeitável Juízo do Júri, não ocorreu como está descrito, caracterizado e relatado na peça exordial delatória da lavra do ilustrado e inteligente representante do Ministério Público em anexo, o que restará sobejamente provado no decorrer da instrução processual; Que pelos motivos acima elencados e amparados pelas disposições nos termos do art. 396 do Código de Processo Penal Pátrio em vigor, data vênia, salvo melhor juízo, requer a Vossa Excelência, que se digne, em não receber a peça vestibular acusatória nos termos apresentados, por ser de inteira Justiça; Que para provar sua inocência (inculpabilidade) nesta malsinada acusação em referência, que dormita no âmago destes autos processuais em comento, protesta, data vênia, pela oitiva das testemunhas elencadas no rol que segue abaixo; Destarte, assevera o ora acusado, que sua Defesa Técnica, por conseguinte, se reserva o direito de apenas adentrar e discutir o mérito da causa, dissecando os fatos narrados nestes fólios processuais, somente durante a fase das Alegações Finais da Defesa, em forma de MEMORIAIS escritos, que entende por momento adequado em que se poderá melhor aferir toda situação fática e em face da produção dos recursos probatórios cabais colacionados aos presentes autos, tais como: para prova dos fatos alegados no feito, requer oitiva de testemunhas, juntada de documentos, perícias, exames e vistorias, bem como o interrogatório do denunciado e de suas testemunhas arroladas, as quais deverão serem notificadas, e/ou, independentemente de intimação, tudo conforme se fizer necessário nos trâmites legais da presente Ação Penal.
				Nestes termos,
				Pede deferimento.
			Fortaleza-CE, aos 22 de março de 2018.
				P.p. Doutores:
MARIA DA CONCEIÇÃO MOREIRA E SILVA, OAB/CE,33.509
ANTÔNIO AUGUSTO MOREIRA E SILVA, OAB/CE, 7.025.
VICENTE DE PAULO PEREIRA DOS SANTOS OAB/CE, sob nº 9.934.
Rol de testemunha:
JULIANA DA SILVA FARIAS
Rua Nossa Senhora do Rosário, 72, bairro Vila Velha, Fortaleza/CE.