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pesquisa e pratica na educaçao aula 5

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Breve Histórico do Brasil dos anos 50 à atualidade
"… Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História” (Getúlio Vargas, 1954).
Getulio Vargas (1951-1954) - Depois de ter sido deposto em 29/10/1945 por um golpe militar, viveu exilado em sua cidade natal, São Borja (RS).
Em 1950 sai candidato à Presidência pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) à sucessão de Dutra, sendo eleito popular, em 1951, para governar o País.
Principais propostas: criação da Eletrobrás – fundamental para o desenvolvimento industrial e a criação da Petrobrás com a finalidade de diminuir a importação do produto, responsável por consumir metade das divisas nacionais.
Foi pressionado a renunciar em decorrência da crise política que se instalou após a tentativa frustrante de assassinato de Carlos Lacerda, jornalista que acusava o presidente de acumular privilégios, parentes e aliados no Governo – por parte do chefe da guarda do presidente, Gregório Fortunato.
Mediante pressões advindas de vários setores da sociedade e das Forças Armadas, Vargas não suportou as mesmas e suicidou-se em 24/08/1954.
Nereu Ramos concluiu o mandato de Getúlio e o Brasil permaneceu em estado de sítio até a posse de Juscelino Kubistchek em 31/01/1956.
Juselino Kubistchek (1956-1960)- Foi eleito para Presidente da República em 03/10/1955 com 36% dos votos válidos. Esta eleição marcou a utilização da cédula eleitoral oficial confeccionada pela Justiça Federal, pois antes os partidos políticos eram responsáveis pela confecção e distribuição das cédulas eleitorais.
A União Democrática Nacional (UDN) tentou impugnar o resultado da eleição, alegando que Juscelino não havia obtido a maioria absoluta dos votos. 
Um levante militar, liderado pelo General Henrique Teixeira, na época Ministro da Guerra, garantiu que em 31/01/1956, Juscelino Kubistchek tomasse posse ao lado de seu vice-presidente João Goulart.
Último presidente a assumir o cargo no Palácio do Catete, no Rio de Janeiro, lançou o seu Plano de Metas com o lema: “cinquenta anos em cinco”. Tal plano tinha cinco grandes grupos: energia, transporte, alimentação, indústria de base, educação. Além disso, previa a construção de Brasília para ser a nova capital do Brasil tendo sido inaugurada em 21/04/1960.
Seu plano procurou estimular e diversificar o crescimento da economia brasileira baseada na expansão industrial e na integração dos povos e de todas as regiões do País.
Procurou reduzir o custo Brasil e reduzir a dependência das importações, processo denominado de “substituição de importações”.
Seu governo foi marcado pela manutenção do regime democrático e da estabilidade política. Uma das grandes habilidades políticas de JK foi conciliar as tensões com seus adversários políticos, sejam eles da sociedade civil ou do meio militar. Teve como maior adversário político Carlos Lacerda, com o qual se reconciliou posteriormente.
No campo econômico, desenvolveu uma política desenvolvimentista permitindo a abertura da economia brasileira ao capital estrangeiro, isentou de impostos a importação de máquinas e equipamentos industriais e liberou a entrada de capitais externos em investimentos de risco, desde que associados ao capital nacional.
A dívida externa do País saltou de 1,5 bilhão de dólares para 3,8 bilhões no final de seu governo. Além disso, agravou-se a dívida com as altas remessas de lucros das empresas estrangeiras de “capital associado” e pelo déficit na balança de pagamentos.
O fim de seu governo foi marcado pelo crescimento da inflação, o aumento da concentração de renda e do arrocho salarial, pois durante o seu governo a produção industrial cresceu 80%, os lucros da indústria cresceram 76% e os salários apenas 15%.
Jâniio Quadros (1961-1964)- Eleito Presidente da República em 03/10/1960, mas não conseguiu eleger seu vice Milton Campos, pois naquela época o voto para presidente e vice-presidente era separado. Foi eleito à vice João Goulart do Partido Trabalhista Brasileiro.
Continuou a política internacional dos governos anteriores, restabelecendo relações diplomáticas e comerciais com a URSS e a China.
Condecorou Che Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul, irritando profundamente os seus aliados (principalmente a UDN) que o acusavam de comunista.
Criou o Parque Nacional do Xingu e os primeiros parques ecológicos nacionais.
Instalou uma política para enxugar a máquina governamental e enviou ao Congresso Nacional projetos de lei antitruste e a lei de reforma agrária, embora os mesmos não foram levados à votação. 
A Política Externa Independente (PEI), conduzida pelo chanceler Afonso Arinos de Melo Franco, não era bem vista pelos Estados Unidos e nem por grupos econômicos que se beneficiavam da política anterior, como também, pela direita nacional e pelos militares. Tanto que o acusaram de levar o Brasil para o comunismo.
Carlos Lacerda denunciou uma suposta trama liderada pelo ministro da Justiça do Governo de Jânio, Oscar Pedroso Hora, de tê-lo convidado a participar de um golpe de Estado. No dia seguinte (25/08/1961), Jânio Quadros anuncia a sua renúncia e esta é aceita pelo Congresso Nacional.
 
Carlos Lacerda denunciou uma suposta trama liderada pelo ministro da Justiça do Governo de Jânio, Oscar Pedroso Hora, de tê-lo convidado a participar de um golpe de Estado. No dia seguinte (25/08/1961), Jânio Quadros anuncia a sua renúncia e esta é aceita pelo Congresso Nacional.
Joâo Goulart (1961-1964)- Com a renúncia de Janio Quadros, Goulart assume o Governo de 1961-64.
Lançou o Plano Trienal com a finalidade de solucionar os problemas estruturais do País.
Suas reformas visavam combater o analfabetismo apoiando-se na difusão das experiências de Paulo Freire. Além disso, direcionou 15% da renda produzida no País para a área da educação.
Propôs uma reforma agrária e urbana.
Ditadura Militar – um capítulo a parte
O mundo pós Segunda Guerra Mundial (1939-1945) acabou levando à polarização de duas forças antagônicas em termos de uma estrutura política, enconômica e social: de um lado, o capitalismo liderado pelos Estados Unidos e, por outro lado, o comunismo liderado pela União Soviética. Este período ficou conhecido também como sendo o período da Guerra Fria, pois a disputa de poder entre essas duas forças iam desde a dominação e subordinação territorial a investimentos no poder bélico de cada regime, como também, de difusão da ideologia que constituía cada uma, principalmente através dos meios de comunicação de massa e de políticas educacionais.
Breve Histórico do Brasil dos anos 50 à atualidade
- O contexto internacional, como também o ambiente nacional decorrente das práticas políticas desenvolvimentistas e populistas, que marcaram os governos brasileiros no período pós Governo Vargas (1954), criaram as condições necessárias para que, em 31 de março de 1964, ocorresse o Golpe Militar com o apoio norte-americano. Pois os Estados Unidos estavam interessados na entrada de capital estrangeiro no Brasil, bem como na possibilidade de que acontecesse aqui o que ocorrera com a Revolução Cubana (1959), que adotou o regime socialista.
- Por outro lado, tal contexto se expressava nas relações da sociedade brasileira da época de forma conservadora, tanto que a classe média sustentou a articulação entre os oficiais das Forças Armadas e os partidos políticos conservadores (PSD e UDN, liderado por Carlos Lacerda).
- Ao assumirem o poder, os militares governaram através de decreto de Atos Institucionais (AI) que determinavam, por exemplo, o fechamento dos partidos políticos e instituíam um sistema bi-partidário composto pelos que apoiavam o Governo Militar (ARENA) e os que supostamente poderiam fazer uma oposição ao regime ditadorial (MDB – Movimento Democrático Brasileiro).
- Contudo, tal sistema político estava monitorado e limitado pela existência de uma legislação rigorosa que inibia a possibilidade dos opositores se manifestarem claramente sobre o poder da época. Além disso, suprimiram os direitos constitucionais,com a criação de órgãos governamentais que serviram para impor uma censura em várias áreas da sociedade brasileira, principalmente no campo da arte, da educação e do movimento estudantil.
Gostaríamos de convidá-lo(a) a assistir o depoimento de Chico Buarque sobre a Ditadura Militar no Brasil. O relato deste compositor e intelectual brasileiro é um testemunho histórico que nos permite compreender a relação do conflito existente entre arte e política num contexto repressivo.
Chico Buarque, como um número expressivo de artistas da época, se posicionaram contra o Regime Militar e produziram obras que expressavam uma postura de luta contra hegemonia. Além disso, você terá a oportunidade de perceber, do ponto de vista pedagógico, como podemos utilizar de um recurso visual e de uma linguagem estética para tratarmos de um conteúdo específico em uma disciplina, como também poder perceber, do ponto de vista do conhecimento, outras formas de compreensão da realidade das que existem nos livros didáticos ou nos textos científicos.
Estaremos, mais uma vez, contemplando uma das dimensões que fazem parte da formação em nosso curso:
A dimensão estético-cultural
Para os que viveram os anos da ditatura, é a possibilidade de se resgatar uma memória histórica e relembrar o que e como viveram aqueles anos, e, para os que não viveram, é a possibilidade de conhecer uma parte de nossa história com olhares diferentes e refletir sobre o que somos hoje.
Esperamos que todos gostem da proposta, pois a partir deste material, estaremos debatendo alguns pontos importantes em nosso fórum temático. O vídeo se encontra disponível no seguinte endereço: 
 http://www.youtube.com/watch?v=AJ6FX5PR31s
Alguns apontamentos sobre a educação na Ditadura Militar
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que teve início nas discussões da Constituinte de 1946, foi finalmente aprovada em 1961. Tal demora demonstra a disputa de poder no aparelho estatal e em conflito com a sociedade, pois o período de 46-61 foi marcado pelo populismo de Vargas e o desenvolvimentismo de JK. Contudo, algumas questões vigoraram para o ensino superior, tal como a expansão do número de vagas.
Da mesma forma que tivemos na sociedade uma postura conservadora, de uma maioria representante da classe média brasileira e, tivemos uma parte da classe artística, com uma postura de oposição, tivemos posturas diferenciadas no campo educacional, ou seja, um grupo de professores, intelectuais e alunos que defendiam o regime e outro grupo que se opounha (tanto professores quanto os intelectuais e os estudantes).
Assim, o campo educacional vai ser alvo de um controle severo por parte do governo militar sobre as instituições escolares e as universidades. Por quê?  
Por ser um campo de formação política, intelectual e científica de uma sociedade que se tornava cada vez mais complexa em seu processo de construção de uma cultura urbano-industrial.
Como bem mostra o vídeo com o testemunho de Chico Buarque e o vídeo com o professor Boris Fausto, que indicamos nesta aula, os militares usaram da força excessiva para reprimirem as manifestações contrárias ao poder.
Foi neste contexto que as Universidades brasileiras sofreram intervenções militares e políticas, com a presença de tropas fortemente armadas nos campis universitários, como também a designação de reitores pro-tempore. Outras medidas autoritárias e arbitrárias foram tomadas: muitos pesquisadores e professores se aposentarem compulsoriamente; reitores foram demitidos e para o seu lugar foram designados os chamados “interventores”;
docentes jovens foram impedidos de ingressar e/ou progredir na carreira acadêmica e científica; restrição à autonomia administrativa e financeira das Instituições de Ensino Superior; o controle policial estendeu-se aos currículos, aos programas das disciplinas e até as bibliografias e; as entidades estudantes foram cerceadas, o que motivou um número significativo de jovens a aderirem a luta armada (CUNHA, 200, p. 179-180).
Com as palavras de Germano podemos sintetizar os três eixos que compunham a política educacional do período da ditadura militar em nosso País:
“O controle político-ideológico em todos os níveis de ensino; a submissão do projeto educativo aos interesses do capital e o descompromisso do Estado com o financiamento da educação pública” (2005).
A reforma das universidades, proposta do governo federal, foi antecedida por vários estudos e documentos, que de certa forma, contribuíram e influenciaram na elaboração da reforma universitária de 1968.
A reforma das universidades
Acordo MEC/ASAID - Foi um plano de assistência técnica do departamento norte-americano de educação para a América Latina.
Atuação: assistência militar, assistência financeira e assistência técnica.
Acordo bilateral para concessão de bolsas de estudos, sobretudo no campo da pós-graduação.
Plano Atcon - Estudo realizado pelo americano Rudolph Atcon, contratado pelo Ministério da Educação, para propor uma nova forma administrativa para as universidades.
Propôs um modelo empresarial, buscando rendimentos e eficiência, além de garantir suporte para a execução de decisões militares. 
Compreendia a instituição universitária de forma utilitarista, ou seja, formar mão de obra para atender à demanda do mercado de trabalho no atual estágio de desenvolvimento da economia brasileira.
Relatório Meira Mattos - Teve como finalidade assegurar a autoridade nas instituições de Ensino Superior, bem como garantir mecanismos que possibilitassem a entrada nas universidades para a observação dos movimentos estudantis com suas organizações e grupos políticos atuantes, para possíveis intervenções.
A Lei nº 5540 de 1968: a reforma universitária
A promulgação da lei trouxe grandes mudanças para o cenário universitário no país. A estrutura da universidade, que passou a ser uma exigência para o funcionamento dos cursos superiores, assentou-se no tripé ensino-pesquisa – extensão. O funcionamento em faculdades isoladas somente poderia acontecer em casos excepcionais, o que na prática não ocorre. Após o início da vigência, podemos perceber que muitos estabelecimentos isolados de ensino superior vão ser criados.
As medidas mais relevantes instituídas pela Lei foram:
*Sistema Departamental - Os departamentos tornaram-se os núcleos-base da organização universitária, mas na prática funcionava apenas para a alocação de professores, tanto que agrupou todos os docentes de uma mesma área de saber.
Os currículos foram divididos em básico e profissionalizante com a finalidade de racionalizar a distribuição dos alunos.
*Vestibular Unificado - Passou a ter um conteúdo único para todas as carreiras com resultado classificatório para o ingresso nos cursos superiores. Além disso, buscava-se racionalizar as distribuições de vagas.
*Sistema de Crédito - Introduziu a matrícula discente por disciplina, por semestre, com o objetivo de desarticular qualquer forma de organização estudantil.
*Carreira de Magistério - A cátedra foi extinta e criou-se a carreira docente. Tal mudança provocou uma busca pela titulação docente nos cursos de pós-graduação.
A Universidade nas últimas décadas
- A década de noventa no Brasil será marcada pela adoção dos princípios neoliberais na reestruturação do aparelho estatal, da economia e das políticas sociais, num contexto de globalização da economia e das finanças orientadas pelos organismos internacionais: Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional. Desta forma, a necessidade imposta pelo processo de aprofundamento das taxas de acumulação do capital no plano internacional e da modernização da economia brasileira frente à lógica da competitividade do mercado foram os fatores determinantes para que se processasse um conjunto de mudanças na política educacional brasileira e, mais especificamente, na política do ensino superior.
- Serão desenvolvidas reformas que serão expressas na aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96)definindo linhas gerais para o sistema de ensino superior e, com isto, colocando a necessidade de se complementar por decretos uma série de determinações. Assim, podemos compreender a base ideológica que perpassa a formulação da reforma do Ensino Superior: o mercado é portador de racionalidade sociopolítica e agente principal do bem-estar da República (CHAUI, 1999).
- O Governo de Fernando Henrique Cardoso, em seus dois mandatos, aprovou os decretos 2.207/97, 2.306/97 e 3860/01, como também uma interpretação flexível do artigo 207 da Constituição Federal que diz: “As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”.
- Tal reforma trouxe à tona uma nova forma de controle por parte do Estado sobre a Universidade, ou seja, a implantação de processos avaliativos com critérios em que os aspectos quantitativos se sobrepõem aos qualitativos, tendo em vista que se exige do corpo docente uma produtividade acadêmica e científica sem que as condições para o desenvolvimento da pesquisa se torne real para os mesmos.
A divisão de classes na formação das Instituições de Ensino
Podemos perceber no interior das Instituições de Ensino (sejam elas públicas ou privadas) uma divisão social da formação, do exercício da docência e do desenvolvimento da pesquisa que reproduz a divisão social de classes típica do capitalismo, pois a uma minoria são garantidas as condições materiais, científicas e econômicas para desenvolverem projetos de pesquisas. Estes, por sua vez, em sua grande maioria, são agraciados pela parceria com o setor privado e, com isto, a pesquisa volta-se a atender a uma parcela específica da sociedade, ou seja, o mercado e, com isto, perde seu caráter universal que é conjunto dos interesses de uma sociedade. Por um lado, temos o reforço à existência de centros de excelência de ensino e pesquisa centrados no binômio ciência/experimentação e filosofia/reflexão crítica e, de outro lado, centros de formação técnica e profissional. A velha dicotomia da educação se manifesta agora com um elemento comum: a mercantilização do ensino e da pesquisa.
Façamos uma reflexão sobre uma questão fundamental:
? Qual a concepção de democracia que se faz presente na política de financiamento, na política de ensino superior, na política de ciência e tecnologia? A quem interessa esta nova lógica da produtividade do Ensino Superior? Qual o nosso papel diante de tais questões, pois se as mesmas afetam a prática docente e discente?
? Qual a concepção de democracia que se faz presente na política de financiamento, na política de ensino superior, na política de ciência e tecnologia? A quem interessa esta nova lógica da produtividade do Ensino Superior? Qual o nosso papel diante de tais questões, pois se as mesmas afetam a prática docente e discente?
? Qual a concepção de democracia que se faz presente na política de financiamento, na política de ensino superior, na política de ciência e tecnologia? A quem interessa esta nova lógica da produtividade do Ensino Superior? Qual o nosso papel diante de tais questões, pois se as mesmas afetam a prática docente e discente?
O Governo FHC diminuiu a responsabilidade do Estado com a manutenção do Ensino Superior, pois segundo SGUISSARDI (2006):
Os recursos destinados às IFES no ano 1989 corresponderam a 0,97% do PIB. Em 1994, eles correspondiam a 0,91%. Oito anos passados, eles correspondiam a 0,64% e, no ano anterior, tinham correspondido a 0,61%, numa redução de cerca de 33% em relação ao início do octênio governamental. Caso fosse tomado como referência o total das despesas correntes do fundo público federal, a queda no índice se revelaria ainda mais acentuada: 44%.
Ocorre registrar que, no período 1994-2002, o ensino superior público federal teve uma expansão de 37% nas matrículas e uma redução de 5% no seu corpo docente e de 21% no seu quadro de funcionários, além do quase congelamento salarial de docentes e funcionários técnico-administrativos. Esse congelamento foi parcialmente compensado apenas por uma gratificação proporcional aos índices individuais de "produtividade", intitulada, no caso dos docentes, de gratificação de estímulo à docência (GED).
A possibilidade de ruptura com a política de ensino superior dos oito anos de Governo de FHC foi totalmente por água abaixo no Governo sucessor.
Com Luís Inácio Lula da Silva como Presidente da República, pois o mesmo manteve a prática de governar por decretos e medidas provisórias sem a participação da sociedade com debates e construção do consenso.
Lei 10.861/04: 
Cria o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES com a função de avaliar as Instituições de Ensino Superior, os cursos de graduação e o desempenho dos alunos.
Portaria do MEC 2.051/04:
Regulamenta os procedimentos de avaliação que determinará quais instituições de ensino superior serão credenciadas e reconhecidas para oferta de cursos.
Decreto 5.205/04
Regulamenta a Lei 8.958, de 20 de dezembro de 1994, que dispõe sobre as relações entre as Instituições Federais de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica e as Fundações de apoio privadas que atuam junto às universidades públicas.
Lei 11.079/04
Institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada (PPP) no âmbito da administração pública.
Lei 10.973/04
Vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia, trata dos incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo. Essa lei cria facilidades para a utilização dos recursos – físicos, materiais e humanos – das universidades pelas empresas, assim como a transferência de tecnologia.
Lei 11.096/05
Institui o “Programa Universidade para Todos” – PROUNI – com a finalidade de concessão de bolsas de estudo integrais e parciais a estudantes de cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior.

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