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Exercícios sobre MECANISMO DO PARTO e ASSISTÊNCIA À RECEPÇÃO DO RECÉM-NASCIDO

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Exercícios 2 
1- Faça a descrição completa da estática fetal a partir do esquema ao lado. 
Situação: longitudinal (mais comum) e transversa (apresentação córmica). 
Apresentação: cefálica; nalgas ou transversa. 
Posição: dorso à esquerda ou direita da mãe. 
 
 
2- Quando a mulher entrar em trabalho de parto, quais serão os períodos ou estágios clínicos do trabalho 
de parto pelos quais ela fisiologicamente passará e o que caracteriza cada um deles? 
1º Estágio (contração e dilatação): compreende o início da dilatação cervical até a dilatação completa do colo 
(10cm); é dividido em duas fases, latente e ativa. A fase latente é caracterizada por contrações de treinamento 
com duração maior e menor intervalo, essas contrações ocorrem devido à pressão da apresentação do bebê 
e o aumento da pressão hidrostática da bolsa amniótica; o colo do útero fica amolecido (consistência de lábios) 
devido a dilatação e apagamento, onde a mulher começa a sentir dores no baixo ventre (pé da barriga). A fase 
ativa ocorre quando há dilatação entre 4-6cm e, pelo menos, 3 contrações em 10min (sendo contração eficaz 
aquela que dura mais que 40s). 
2º Estágio (expulsão): tem início com a dilatação completa do colo (10cm) até a expulsão total do feto; as 
contrações uterinas atingem intensidade e frequência máximas; bebê coroando (cabeça visível); esforço 
expulsivo reflexo (puxo involuntário), dura de 0,5 a 2,5 nas primíparas e até 1h em multíparas. 
3º Estágio (dequitação, secundamento e delivramento): compreende a expulsão dos anexos fetais, começa 
após a expulsão do feto e termina com a expulsão total da placenta; duração de até 30min; contrações de 
baixa intensidade. 
4º Greenberg ou puerpério imediato: (padrão ouro?): primeira hora após dequitação; desde a expulsão da 
placenta até que a primeira hora pós-parto seja estabilizada. Deve-se observar perdas sanguíneas; observação 
e monitorização da puérpera; globo de segurança de Pinard (sinal de contração do útero após a expulsão da 
placenta, evita hemorragias). 
 
3- Explique fisiologicamente quais os parâmetros avaliados para identificar o melhor momento para a 
internação da mulher quando entrar em TP (supondo o planejamento de um parto hospitalar). 
A gestante deve ser internada quando está na fase ativa do primeiro estágio do trabalho de parto (dilatação e 
contração), onde a dilatação está maior que 4cm e há, pelo menos, 3 contrações a cada 10min com duração 
maior que 40s. 
 
4- Enumere 3 benefícios para a mulher e o bebê advindos da opção pelo parto normal. 
- Mais que um processo mecânico, o parto é um fenômeno neuroendócrino; 
- Ativa a imunidade do bebê e fortalece o seu organismo. Menor risco de internação em UTI, prematuridade, 
baixo peso e de desenvolver problemas respiratórios; 
- Hormônios do parto aumentam a confiança da mulher e sensação amorosa; 
- As endorfinas aliviam a dor e a catecolamina têm importância no amadurecimento pulmonar do bebê e na 
sua transição para a vida extra-uterina; 
- Diminuem os riscos de infecção, hemorragia e acidentes anestésicos no parto; 
- Garante uma maior facilidade na amamentação e reduz riscos em uma segunda gestação. 
 
5- Explique o que é violência obstétrica e quais condutas NÃO devem ser realizada em um parto normal 
humanizado. 
A violência obstétrica compreende o uso excessivo de medicamentos e intervenções no parto, assim como a 
realização de práticas consideradas desagradáveis e muitas vezes dolorosas, não baseadas em evidências 
científicas. Alguns exemplos são a raspagem dos pelos pubianos, episiotomias de rotina, realização de enema, 
indução do trabalho de parto e a proibição do direito ao acompanhante escolhido pela mulher durante o 
trabalho de parto. 
 
RN DE MARINA, SEXO MASCULINO, RESPIROU AO NASCER, PORÉM COM TÔNUS MUSCULAR RUIM E 
LÍQUIDO AMNIÓTICO ++/++++. POSTERIORMENTE, FOI IDENTIFICADO UM DISCRETO SOPRO CARDÍACO SEM 
REPERCUSSÃO, ALÉM DE SUSPEITA DE HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA NÃO DIAGNOSTICADA DURANTE O 
ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL. DIANTE DESTES DADOS, DISCORRA SOBRE: 
6- A recepção do RN de Marina desde o clampeamento do cordão umbilical e justifique sua resposta. 
Recepção: responder ás três primeiras perguntas (Gestação a termo? RN respirando ou chorando? Bom tônus 
muscular?) se a resposta for sim para todas essas perguntas, estimular o contato com a mãe e iniciar os 
cuidados de rotina: prover calor, secar e cobrir RN, manter vias aéreas pérvias e avaliar vitalidade de maneira 
contínua (frequência cardíaca, respiratória, manter normotermia 36,5 a 37,5ºC). Clampear o cordão 1-3 
minutos após o nascimento. 
Se a resposta for não para algumas daquelas perguntas (como é o caso do RN de Marina), deve-se conduzir o 
rn a mesa de reanimação e realizar cuidados específicos em até 1 minuto após o nascimento (minuto de ouro): 
1- clampeamento imediato do cordão umbilical (devido ao tônus muscular ruim), 
2- prover calor, posicionar cabeça (leve extensão do pescoço), aspirar vias aéreas (se necessário), secar 
(desprezando o campo úmido); 
3- avaliar frequência cardíaca e respiratória; 
4- observar sinais de desconforto respiratório, apneia ou respiração irregular; 
5- caso RN estar com FC >100bpm, realizar cuidados) de rotina ( contato com a mãe, prover calor, manter vias 
aéreas pérvias e avaliar a vitalidade de maneira contínua considerar) 
6- VPP de acordo com a avaliação (FC <100bpm), monitorar FC e saturação; 
7- se persistir, assegurar a ventilação adequada com movimento do tórax e considerar intubação de acordo 
com a avaliação; 
8- se FC < 60bpm realizar intubação traqueal, massagem cardíaca coordenada, avaliação contínua da FC, 
considerar cateterismo venoso (adrenalina/expansor). Manter normotermia (36,5 a 37ºC). 
- SOG para RN com VPP prolongada (1 vpp a cada 3 massagens “aperta, solta, solta”. 
- Contraindicação para VPP: hérnia diafragmática. 
 
7- O cuidado que deve ser prestado em relação à hérnia diafragmática, caso este RN necessite de manobras 
de reanimação. Justifique. 
O paciente que apresenta hérnia diafragmática e que necessitam de manobras de reanimação, deve-se 
realizar intubação traqueal e inserção imediata de sonda gástrica (para esvaziamento gástrico) para não causar 
complicações durante a realização da VPP. Pois essa conduta é uma estratégia ventilatória que visa proteger 
os pulmões, limitando os picos de pressão e diminuindo as chances de barotrauma. 
 
8- O que ocorre no sistema cardiovascular no que tange à adaptação à vida extra-uterina? 
As principais modificações são o desaparecimento da circulação placento-fetal; o aumento do fluxo sanguíneo 
pulmonar e o fechamento dos shunts fetais (ducto arterial, ducto venoso e forame oval). 
Há fechamento funcional do forame oval pela elevação da pressão atrial esquerda, em torno da terceira a 
quarta semana, esse forame se fecha anatomicamente. 
 
9- A partir de que momento o mecônio começa a se formar na vida fetal? O que contribui para sua 
eliminação intra-útero? 
O mecônio é formado entre a 13ª a 16ª semana de gestação. A eliminação de mecônio intra-útero é um 
indicativo de “stress” ou sofrimento fetal, principalmente devido a hipóxia ou acidose. A asfixia intrauteriana 
causa um aumento do peristaltismo intestinal e o relaxamento do esfincter anal, resultando na passagem do 
mecônio. A compressão da cabeça fetal ou do cordão umbilical (como na presença de oligodrâmios) pode 
levar a uma resposta vagal que induz a eliminação do mecônio. 
 
PACIENTE, SEXO MASCULINO, 16 HRS DE VIDA, PARTO CESÁREO. TP PRÉ-TERMO, MÃE FOI INTERNADA, NÃO 
SENDO POSSÍVEL INICIAR O TP. TEVE BOLSA ROTA 1H ANTES DO PARTO, TENDO SIDO ADM 
CORTICOSTEROIDE DURANTE A GESTAÇÃO. 
RN APRESENTOU: 
- APGAR: 5/9; 
-BALLARD: 32 SEMANAS 
- PESO AO NASCER: 1.400G; 
- COMPRIMENTO: 40CM; 
- PERÍMETRO CEFÁLICO: 20CM 
FORAM REALIZADAS ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS SUPERIORES, AM DE 02 INALATÓRIO E ESTIMULAÇÃO 
TÁTIL. O RN APRESENTOU DESCONFORTO RESPIRATÓRIO PRECOCE LOGO APÓS O NASCIMENTO E, POR 
ISSO, FOI ENCAMINHADO À UTIN, COLOCADO EM INCUBADORA AQUECIDA A 32ºC E INSTALADO CPAP. 
APÓS RX DE TÓRAX, DIAGNOSTICOU-SE DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA GRAU 2. 
O RN PERMANECEU EM CPAP NASAL POR CINCO DIAS, APRESENTANDO PADRÃO RESPIRATÓRIO 
ADEQUADO, COM SATURAÇÃO EM TORNO DE 94-96%, ENTÃO, FOI COLOCADO EM CAPELA DE O2 POR 
QUATRO DIAS E, A SEGUIR, CATETER DE O2 NASAL A 0,5 L/MINUTO. 
NA SEQUÊNCIA, FOI TRANSFERIDO PARA A UCINCO, COM PESO DE 1,600g, EM INCUBADORA AQUECIDA A 
31ºC, RECEBENDO NUTRIÇÃO PARENTERAL EM ACESSO VENOSO PERIFÉRICO NA REGIÃO DA FOSSA 
ANTECUBITAL DE MEMBRO SUPERIOR ESQUERDO (MSE), COM VELOCIDAD DE INFUSÃO DE 10ML/H E DIETA 
DE 20ML DE LEITE HUMANO ORDENHADO VIA SONDA OROGÁSTRICA (SOG) DE 3/3h, MANTENDO CATETER 
DE O2 NASAL A 0,5L/MIN, MONITORADO COM SATO2 EM TORNO DE 95-96%. 
O PACIENTE APRESENTA QUEDA DE SATO2 PARA 87-88% QUANDO MANIPULADO EM DECÚBITO DORSAL, 
RETORNANDO ESPONTANEAMENTE SEM NECESSIDADE DE AUMENTO DO FLUXO DE O2. HÁ TRÊS DIAS, 
APRESENTOU QUADRO INFECCIOSO, SENDO PRESCRITAS VANCOMICINA E CEFOTAXINA. 
O RN FOI COLOCADO EM BERÇO COMUM COM TEMPERATURA AXILAR DE 36,4ºC, PORÉM APRESENTOU 
DISCRETA QUEDA DE TEMPERATURA (36,1ºC) SEIS HORAS APÓS ESSE PROCEDIMENTO. ATUALMENTE, ELE: 
- ESTÁ COM PESO DE 1.850g; 
- APRESENTA TEMPERATURA AXILAR DE 36,3ºC 
- RECEBE O2 NASAL A 0,5L/MIN FIXAO COM ESPARADRAPO NA FACE; 
- MANTÉM FC DE 148BPM, FR DE 52IPM E SATO2 = 95% MONITORIZADA PELO OXÍMETRO DE PULSO; 
- NÃO APRESENTA SINAIS DE DESCONFORTO RESPIRATÓRIO; 
- APRESENTA ELIMINAÇÕES INTESTINAIS FREQUÊNTES SEM ALTERAÇÕES; 
- APRESENTA HIPEREMIA MODERADA EM PERÍNEO E FACE. 
 
10- Classifique esse RN quanto à idade gestacional e peso ao nascer. 
RN pré-termo (32s) e pequeno para a idade gestacional (1400g). 
- Pré-termo: antes de 37 semanas; 
- RN atermo: 37-41s 
- RN pós termo: mais de 42s 
- Grande para idade gestacional: maior 4000g 
- Adequado: 2500g-3999g 
- Pequeno: menor de 2500g 
 
11- Qual foi o principal problema enfrentado por esse RN ao nascimento? Justifique. 
Desconforto respiratório precoce. Pois o RN é pré-termo e os pulmões ainda não estão maduros, como 
consequência causou a doença da membrana hialina, onde a produção de surfactante pulmonar é ineficiente, 
podendo provocar colapso alveolar, sendo um grande fator de risco de morte neonatal. O desconforto 
respiratório pode prejudicar as trocas gasosas, dessa forma, o RN precisa de ventilação de pressão positiva 
contínua, administração de oxigênio, reposição de surfactante, e de uma monitorização contínua. 
 
12- É sabido que hipotermia pode trazer problemas ao RN podendo levar ao óbito. Apresente três e 
fundamente-os. 
1- Alterações metabólicas: em caso de hipotermia, a taxa metabólica do RN irá se elevar para produzir calor, 
podendo ocasionar angústia respiratória que pode evoluir para um quadro de acidose metabólica. 
2- Termorregulação pouco limitada, pois possuem grande superfície de contato em relação ao peso, menor 
quantidade de tecido subcutâneo e gordura marrom, incapacidade de consumo eficiente de calorias para a 
termogênese, e também pelos problemas pulmonares tem consumo limitado de oxigênio, o que pode levar a 
exaustão da termorregulação em caso de hipotermia, ocasionando morte neonatal. 
3- Hipoglicemia: a reserva de glicogênio pode ser rapidamente diminuída em casos de hipotermia. 
4- A hipotermia altera os sinais vitais, aumenta o consumo de energia e aumenta a utilização de oxigênio, 
predispondo o neonato à hipóxia, podendo levar ao choque. 
*Hipotermia pode causar: apneia, acidose metabólica, hipoglicemia, diminuição do ganho corporal; 
hemorragia intraventricular, hemorragia pulmonar, síndrome do desconforto respiratório; choque; alterações 
neurológicas; letargia; etc. 
*Os tipos de mecanismos de perda de calor no RN são: condução, evaporação, convecção e radiação. 
 
13- Elabore um plano de cuidados para o caso clínico apresentado, diagnóstico: integridade da pele 
prejudicada e padrão respiratório ineficaz. 
 
14- Controle da glicemia. 
a) Qual é o ponto de corte para a glicemia? 
40mg/dL - 
 
b) Cite duas consequências da hipoglicemia. 
 
15- É relativamente frequente encontrarmos neonatos com testículo ectópico. Descreva o que você 
orientaria à família neste caso e quais as consequências que esta condição, identificada por meio do exame 
físico, pode trazer a longo prazo? 
A criptorquidia é um problema comum entre os bebês e acontece quando os testículos não descem para o 
escroto; a família deve ser orientada quanto aos tratamentos: 
- A migração testicular pós-natal espontânea ocorre geralmente nos primeiros 3 meses de vida e raramente 
após os 6-9 meses. Portanto, o presente estágio do conhecimento na área sugere que a época ideal para o 
tratamento hormonal seja entre os 9 e 12 meses, e em sua falha torna-se necessária a correção cirúrgica, que 
deve ser realizada próximo aos 12 meses de idade. 
Algumas consequências da criptorquidia são a infertilidade, hérnias no testículo e o aparecimento de câncer 
no testículo e para diminuir estes riscos é necessário posicionar o testículo no lugar correto ainda na infância, 
nos primeiros anos de vida do bebê. 
 
R.O, 24 ANOS, PRIMÍPARA, GESTA 1, PARA 0, ABORTO 0, 41 SEMANAS E 2 DIAS GESTACIONAIS, DEU 
ENTRADA NO P.A DA MATERNIDADE ÁS 06H DA MANHÃ TENDO SIDO ADMITIDA PELA ENFERMEIRA 
APRESENTANDO OS SEGUINTES PARÂMETROS, SINAIS E SINTOMAS E HISTÓRICO DO MOMENTO DA 
ADMISSÃO. 
“PACIENTE REFERE INÍCIO DE DORES (CONTRAÇÕES?) Á 1H DA MANHÃ, DE MÉDIA INTENSIDADE, 
AUMENTANDO A PARTIR DAS 4H DA MANHÃ, COM PERDA DE LÍQUIDO EM GRANDE QUANTIDADE ÁS 4:30H, 
DE COLORAÇÃO CLARA, SEM GRUMOS E SEM ODOR FORTE (SIC). REFERE ELIMINAÇÃO DE MUCO VAGINAL 
COM RAIAS DE SANGUE E EM UM MOMENTO, COM SANGUE “PISADO” POUCO ANTES DA PERDA DE 
LÍQUIDO. REFERE BASTANTE DOR, AGITADA, CAMINHA DE UM LADO PARA O OUTRO SEM COLABORAR COM 
O EXAME. AVALIAÇÃO FÍSICA: P.A: 110/90MMHG, FC: 89BPM; TAX: 36,9ºC. DINÂMICA UTERINA EM 10 
MINUTOS; 1 CONTRAÇÃO DE 50SEGUNDOS E 1 CONTRAÇÃO DE 75 SEGUNDOS. AVALIAÇÃO DO FETO: 
SITUAÇÃO LONGITUDINAL, APRESENTAÇÃO CEFÁLICA COM DORSO À ESQUERDA. AUSCULTA DE 
BATIMENTO CARDIO FETAL: 120BPM SEM CONTRAÇÃO, 105 BPM NA CONTRAÇÃO. TORQUE DE COLO DO 
ÚTERO: COLO CENTRALIZADO, FINO, 4CM DE DILATAÇÃO, BOLSA ROTA”. 
 
A PACIENTE FOI ENCAMINHADA PARA O PRÉ-PARTO E FOI ABERTO SEU PARTOGRAMA LOGO APÓS A 
ADMISSÃO (6:30H). ÁS 11H, A PLANTONISTA REALIZOU MAIS UM TOQUE VAGINAL E IDENTIFICOU COLO 
TOTALMENTE APAGADO, DILATAÇÃO TOTAL, FETO EM APRESENTAÇÃO OS (OCCIPTO-SACRA) FLETIDA. ÁS 
14H, O BEBÊ AINDA NÃO HAVIA NASCIDO E A PLANTONISTA SUGERIU QUE A PACIENTE ADOTASSE A 
POSIÇÃO DE QUATRO APOIOS PARA A CONTINUIDADE DO EXPULSIVO. A PACIENTE VOLTOU A SENTIR 
PUXOS E O BEBÊ NASCEU ÁS 14:30h. 
 
LOGO AO NASCER, O BEBÊ DE R.O INICIOU A RESPIRAÇÃO ESPONTANEAMENTE, APRESENTOU TÔNUS 
MUSCULAR ALTERADO (FLÁCIDO). NÃO HOUVE SINAL DE LIBERAÇÃO DE MECÔNIO INTRA-ÚTERO. 
 
DEPOIS DE SER RECEPCIONADO ADEQUADAMENTE. FOI PROPORCIONADO O CONTATO PRECOCE PELE A 
PELE E PROSEGUIU-SE COM A ROTINA. UM INDÍCIO DE SOPRO CARDÍACO NO BEBÊ FOI DISCUTIDO PELA 
EQUIPE E O MESMO CONTINUOU SENDO OBSERVADO. 
 
16- No momento da admissão de R.O, pelo registro, em qual etapa do TP a paciente estava? Justifique. 
Primeiro estágio do trabalho de parto (fase latente) onde a mulher apresenta contrações de duração maior 
com menor intervalo de tempo, refere bastante dor e dilataçãode 4cm. 
 
17- Foi correto o procedimento de iniciar o partograma no momento da admissão? 
Não, o correto é iniciar o partograma quando a parturiente está na fase ativa do trabalho de parto. 
 
18- Explique as etapas do mecanismo de dinâmica do parto, em relação aos movimentos que o bebê precisa 
realizar na pelve materna do início ao fim do TP. 
O período expulsivo, inicia-se com a descida da apresentação e, a partir daí, complementam-se os fenômenos 
mecânicos do parto: rotação interna, desprendimento cefálico, rotação externa e desprendimento do ovóide 
córmico. 
 
- primeiro tempo ou INSINUAÇÃO 
*é a passagem, pelo estreito superior, do maior diâmetro perpendicular à linha de orientação fetal (sutura 
sagital) 
*para que se processe a insinuação é necessário que ocorram a flexão, o acavalgamento e o assinclitismo 
*FLEXÃO CEFÁLICA: ao iniciar-se o parto, a cabeça acha-se orientada no diâmetro transverso ou em um dos 
oblíquos do ES, oferecendo o diâmetro occipito-frontal (12 cm) em correspondência com estes. 
*ACAVALGAMENTO ÓSSEO: reduz as dimensões da cabeça óssea fetal porque os frontais e o occipital se locam 
por baixo dos parietais e a borda interna de um parietal se sobrepõe à outra. 
*ASSINCLITISMO: devido ao volume grande da cabeça fetal e à dificuldade da passagem, ela se movimenta, 
oferecendo uma das metades de cada vez. 
- Flexão cefálica - Assinclitismo 
 
- segundo tempo ou DESCIDA ou PROGRESSÃO 
*tempo no qual a cabeça fetal percorre a distância do estreito superior ao inferior. 
- 2ºtempo - 3ºtempo 
 
- terceiro tempo ou ROTAÇÃO INTERNA 
*tempo em que a linha de orientação fetal (sutura sagital) passa do diâmetro transverso ou um dos oblíquos 
do ES para o diâmetro antero-posterior do EI. 
*a cabeça roda, ficando o ponto de referência fetal (lambda) voltado para o pube ou sacro, qualquer que seja 
a variedade de posição 
 
- quarto tempo ou DESPRENDIMENTO CEFÁLICO 
*terminada a rotação interna, a cabeça se desprende do EI graças à retropulsão do cóccix 
*a cabeça desce e o suboccipício, situado abaixo do lambda, coloca-se sob a borda inferior da sínfise púbica 
(hipomóclio) 
*no início do desprendimento, a cada contração, ocorre um movimento de avanço e recuo 
*só depois da passagem do diâmetro SOF é que a insinuação vulvar da cabeça se torna definitiva 
*só depois da passagem do diâmetro SOF é que a insinuação vulvar da cabeça se torna definitiva 
 
 - quinto tempo ou ROTAÇÃO EXTERNA 
*movimento de restituição, pelo qual a cabeça gira, voltando o ponto de referência fetal (lambda) para o lado 
em que se encontrava originalmente 
*a finalidade do movimento de restituição é de posicionar o diâmetro biacromial (fetal) coincidindo com o 
diâmetro antero – posterior do EI (materno) 
- 5º 
 
- sexto tempo ou DESPRENDIMENTO DO TRONCO 
*tempo em que se completa a expulsão fetal 
*ocorre em duas etapas: 
1) desprendimento das espáduas: por um movimento de abaixamento e elevação 
2) desprendimento do pólo pélvico: basta uma leve inflexão lateral, no sentido do plano ventral, para liberá-
lo 
 
 
19- Explique as possíveis razões para a plantonista ter sugerido a paciente a posição de quatro apoios no 
caso apresentado e diga se você concorda ou não com a sugestão. 
Concordo. As possíveis razões para ter sugerido a posição de quatro apoios no trabalho de parto são: bacia 
muda os seus diâmetros de acordo com as posições adotadas pelas mulheres, apresentando grande relevância 
na dilatação cervical e na progressão de trabalho de parto; essa posição apresenta grande influência na 
rotação da cabeça fetal; etc. 
 
20- Em relação ao atendimento prestado ao RN logo ao nascer, cite detalhadamente (respeitando a ordem) 
o que deve ser feito para recepcioná-lo a partir das informações relatadas? 
Recepção: responder ás três primeiras perguntas (Gestação a termo? RN respirando ou chorando? Bom tônus 
muscular?) se a resposta for sim para todas essas perguntas, estimular o contato com a mãe e iniciar os 
cuidados de rotina: prover calor, secar e cobrir RN, manter vias aéreas pérvias e avaliar vitalidade de maneira 
contínua (frequência cardíaca, respiratória, manter normotermia 36,5 a 37,5ºC). Clampear o cordão 1-3 
minutos após o nascimento. 
Se a resposta for não para algumas daquelas perguntas (como é o caso do RN de Marina), deve-se conduzir o 
rn a mesa de reanimação e realizar cuidados específicos em até 1 minuto após o nascimento (minuto de ouro): 
1- clampeamento imediato do cordão umbilical (devido ao tônus muscular ruim), 
2- prover calor, posicionar cabeça (leve extensão do pescoço), aspirar vias aéreas (se necessário), secar 
(desprezando o campo úmido); 
3- avaliar frequência cardíaca e respiratória; 
4- observar sinais de desconforto respiratório, apneia ou respiração irregular; 
5- caso RN estar com FC >100bpm, realizar cuidados) de rotina ( contato com a mãe, prover calor, manter vias 
aéreas pérvias e avaliar a vitalidade de maneira contínua considerar) 
6- VPP de acordo com a avaliação (FC <100bpm), monitorar FC e saturação; 
7- se persistir, assegurar a ventilação adequada com movimento do tórax e considerar intubação de acordo 
com a avaliação; 
8- se FC < 60bpm realizar intubação traqueal, massagem cardíaca coordenada, avaliação contínua da FC, 
considerar cateterismo venoso (adrenalina/expansor). Manter normotermia (36,5 a 37ºC). 
- SOG para RN com VPP prolongada (1 vpp a cada 3 massagens “aperta, solta, solta”. 
- Contraindicação para VPP: hérnia diafragmática. 
 
21- O RN de R.O nasceu com boa vitalidade? Justifique citando os parâmetros que devem ser avaliados para 
obter tal resposta. 
Não. Porque o RN está com boa vitalidade quando apresenta respirações ou choro ao nascer, quando o RN é 
termo (idade gestacional de 37-41 semanas) e com tônus muscular em flexão (não flácido), essas não são as 
condições apresentadas pelo RN do caso clínico. 
 
22- No caso citado, qual momento ideal para o clampeamento do cordão umbilical? Justifique. 
Imediato, pois o tônus muscular do RN está alterado. 
 
23- O clampeamento oportuno traz algum benefício? Traz algum risco? Responda os dois questionamentos 
e justifique. 
O clampeamento oportuno do cordão umbilical deve ser avaliado pelas seguintes perguntas “Gestação a 
termo? RN está respirando ou chorando? Bom tônus muscular?” se a resposta for sim para todas as perguntas, 
a conduta é deixar o RN em contato com a mãe e clampear o cordão entre 1-3 min, podendo ser benéfico para 
os índices hematológicos na idade de 3-6 meses. Caso contrário, se a resposta for não para alguma das 
perguntas citadas, o clampeamento tardio pode trazer riscos, pois essa conduta pode retardar o início da VPP 
e o RN pode ter chances de precisar de internação em uma unidade de cuidados intensivos, aumentando o 
risco de morte neonatal, sendo assim, não há indícios de benefícios do clampeamento tardio nessa situação. 
 
24- Considerando a adaptação à vida extra-uterina, o que você pode falar em relação aos indícios de um 
sopro cardíaco? 
O fechamento funcional dos shunts fetais (forame oval, ducto arterial e venoso) acontece progressivamente 
e após semanas de vida – em torno de 3 a 4 semanas - que ocorre o fechamento anatômico dessas estruturas; 
devido a esse processo, pode ocorrer pequenas aberturas dessas estruturas, ocorrendo passagem de sangue 
não oxigenado do lado direito para o lado esquerdo do coração, levando ao recém-nascido a apresentar uma 
cianose transitória e com o choro, apresentar sopros cardíacos, esses sopros não significam necessariamente 
um problema cardíaco, devem ser monitorados e levando em consideração sinais de dificuldade cardíaca. 
 
25- Citeum acontecimento relacionado ao sistema respiratório do RN durante a adaptação a vida extra-
uterina. Após o nascimento, o RN deve estabelecer sua respiração através dos alvéolos, substituindo o líquido 
pulmonar por ar atmosférico de maneira apropriada. A primeira respiração deve ocorrer em até 20s após a 
expulsão, por estímulos químicos, térmicos, físicos e sensoriais.

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