Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Exercícios 2 1- Faça a descrição completa da estática fetal a partir do esquema ao lado. Situação: longitudinal (mais comum) e transversa (apresentação córmica). Apresentação: cefálica; nalgas ou transversa. Posição: dorso à esquerda ou direita da mãe. 2- Quando a mulher entrar em trabalho de parto, quais serão os períodos ou estágios clínicos do trabalho de parto pelos quais ela fisiologicamente passará e o que caracteriza cada um deles? 1º Estágio (contração e dilatação): compreende o início da dilatação cervical até a dilatação completa do colo (10cm); é dividido em duas fases, latente e ativa. A fase latente é caracterizada por contrações de treinamento com duração maior e menor intervalo, essas contrações ocorrem devido à pressão da apresentação do bebê e o aumento da pressão hidrostática da bolsa amniótica; o colo do útero fica amolecido (consistência de lábios) devido a dilatação e apagamento, onde a mulher começa a sentir dores no baixo ventre (pé da barriga). A fase ativa ocorre quando há dilatação entre 4-6cm e, pelo menos, 3 contrações em 10min (sendo contração eficaz aquela que dura mais que 40s). 2º Estágio (expulsão): tem início com a dilatação completa do colo (10cm) até a expulsão total do feto; as contrações uterinas atingem intensidade e frequência máximas; bebê coroando (cabeça visível); esforço expulsivo reflexo (puxo involuntário), dura de 0,5 a 2,5 nas primíparas e até 1h em multíparas. 3º Estágio (dequitação, secundamento e delivramento): compreende a expulsão dos anexos fetais, começa após a expulsão do feto e termina com a expulsão total da placenta; duração de até 30min; contrações de baixa intensidade. 4º Greenberg ou puerpério imediato: (padrão ouro?): primeira hora após dequitação; desde a expulsão da placenta até que a primeira hora pós-parto seja estabilizada. Deve-se observar perdas sanguíneas; observação e monitorização da puérpera; globo de segurança de Pinard (sinal de contração do útero após a expulsão da placenta, evita hemorragias). 3- Explique fisiologicamente quais os parâmetros avaliados para identificar o melhor momento para a internação da mulher quando entrar em TP (supondo o planejamento de um parto hospitalar). A gestante deve ser internada quando está na fase ativa do primeiro estágio do trabalho de parto (dilatação e contração), onde a dilatação está maior que 4cm e há, pelo menos, 3 contrações a cada 10min com duração maior que 40s. 4- Enumere 3 benefícios para a mulher e o bebê advindos da opção pelo parto normal. - Mais que um processo mecânico, o parto é um fenômeno neuroendócrino; - Ativa a imunidade do bebê e fortalece o seu organismo. Menor risco de internação em UTI, prematuridade, baixo peso e de desenvolver problemas respiratórios; - Hormônios do parto aumentam a confiança da mulher e sensação amorosa; - As endorfinas aliviam a dor e a catecolamina têm importância no amadurecimento pulmonar do bebê e na sua transição para a vida extra-uterina; - Diminuem os riscos de infecção, hemorragia e acidentes anestésicos no parto; - Garante uma maior facilidade na amamentação e reduz riscos em uma segunda gestação. 5- Explique o que é violência obstétrica e quais condutas NÃO devem ser realizada em um parto normal humanizado. A violência obstétrica compreende o uso excessivo de medicamentos e intervenções no parto, assim como a realização de práticas consideradas desagradáveis e muitas vezes dolorosas, não baseadas em evidências científicas. Alguns exemplos são a raspagem dos pelos pubianos, episiotomias de rotina, realização de enema, indução do trabalho de parto e a proibição do direito ao acompanhante escolhido pela mulher durante o trabalho de parto. RN DE MARINA, SEXO MASCULINO, RESPIROU AO NASCER, PORÉM COM TÔNUS MUSCULAR RUIM E LÍQUIDO AMNIÓTICO ++/++++. POSTERIORMENTE, FOI IDENTIFICADO UM DISCRETO SOPRO CARDÍACO SEM REPERCUSSÃO, ALÉM DE SUSPEITA DE HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA NÃO DIAGNOSTICADA DURANTE O ACOMPANHAMENTO PRÉ-NATAL. DIANTE DESTES DADOS, DISCORRA SOBRE: 6- A recepção do RN de Marina desde o clampeamento do cordão umbilical e justifique sua resposta. Recepção: responder ás três primeiras perguntas (Gestação a termo? RN respirando ou chorando? Bom tônus muscular?) se a resposta for sim para todas essas perguntas, estimular o contato com a mãe e iniciar os cuidados de rotina: prover calor, secar e cobrir RN, manter vias aéreas pérvias e avaliar vitalidade de maneira contínua (frequência cardíaca, respiratória, manter normotermia 36,5 a 37,5ºC). Clampear o cordão 1-3 minutos após o nascimento. Se a resposta for não para algumas daquelas perguntas (como é o caso do RN de Marina), deve-se conduzir o rn a mesa de reanimação e realizar cuidados específicos em até 1 minuto após o nascimento (minuto de ouro): 1- clampeamento imediato do cordão umbilical (devido ao tônus muscular ruim), 2- prover calor, posicionar cabeça (leve extensão do pescoço), aspirar vias aéreas (se necessário), secar (desprezando o campo úmido); 3- avaliar frequência cardíaca e respiratória; 4- observar sinais de desconforto respiratório, apneia ou respiração irregular; 5- caso RN estar com FC >100bpm, realizar cuidados) de rotina ( contato com a mãe, prover calor, manter vias aéreas pérvias e avaliar a vitalidade de maneira contínua considerar) 6- VPP de acordo com a avaliação (FC <100bpm), monitorar FC e saturação; 7- se persistir, assegurar a ventilação adequada com movimento do tórax e considerar intubação de acordo com a avaliação; 8- se FC < 60bpm realizar intubação traqueal, massagem cardíaca coordenada, avaliação contínua da FC, considerar cateterismo venoso (adrenalina/expansor). Manter normotermia (36,5 a 37ºC). - SOG para RN com VPP prolongada (1 vpp a cada 3 massagens “aperta, solta, solta”. - Contraindicação para VPP: hérnia diafragmática. 7- O cuidado que deve ser prestado em relação à hérnia diafragmática, caso este RN necessite de manobras de reanimação. Justifique. O paciente que apresenta hérnia diafragmática e que necessitam de manobras de reanimação, deve-se realizar intubação traqueal e inserção imediata de sonda gástrica (para esvaziamento gástrico) para não causar complicações durante a realização da VPP. Pois essa conduta é uma estratégia ventilatória que visa proteger os pulmões, limitando os picos de pressão e diminuindo as chances de barotrauma. 8- O que ocorre no sistema cardiovascular no que tange à adaptação à vida extra-uterina? As principais modificações são o desaparecimento da circulação placento-fetal; o aumento do fluxo sanguíneo pulmonar e o fechamento dos shunts fetais (ducto arterial, ducto venoso e forame oval). Há fechamento funcional do forame oval pela elevação da pressão atrial esquerda, em torno da terceira a quarta semana, esse forame se fecha anatomicamente. 9- A partir de que momento o mecônio começa a se formar na vida fetal? O que contribui para sua eliminação intra-útero? O mecônio é formado entre a 13ª a 16ª semana de gestação. A eliminação de mecônio intra-útero é um indicativo de “stress” ou sofrimento fetal, principalmente devido a hipóxia ou acidose. A asfixia intrauteriana causa um aumento do peristaltismo intestinal e o relaxamento do esfincter anal, resultando na passagem do mecônio. A compressão da cabeça fetal ou do cordão umbilical (como na presença de oligodrâmios) pode levar a uma resposta vagal que induz a eliminação do mecônio. PACIENTE, SEXO MASCULINO, 16 HRS DE VIDA, PARTO CESÁREO. TP PRÉ-TERMO, MÃE FOI INTERNADA, NÃO SENDO POSSÍVEL INICIAR O TP. TEVE BOLSA ROTA 1H ANTES DO PARTO, TENDO SIDO ADM CORTICOSTEROIDE DURANTE A GESTAÇÃO. RN APRESENTOU: - APGAR: 5/9; -BALLARD: 32 SEMANAS - PESO AO NASCER: 1.400G; - COMPRIMENTO: 40CM; - PERÍMETRO CEFÁLICO: 20CM FORAM REALIZADAS ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS SUPERIORES, AM DE 02 INALATÓRIO E ESTIMULAÇÃO TÁTIL. O RN APRESENTOU DESCONFORTO RESPIRATÓRIO PRECOCE LOGO APÓS O NASCIMENTO E, POR ISSO, FOI ENCAMINHADO À UTIN, COLOCADO EM INCUBADORA AQUECIDA A 32ºC E INSTALADO CPAP. APÓS RX DE TÓRAX, DIAGNOSTICOU-SE DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA GRAU 2. O RN PERMANECEU EM CPAP NASAL POR CINCO DIAS, APRESENTANDO PADRÃO RESPIRATÓRIO ADEQUADO, COM SATURAÇÃO EM TORNO DE 94-96%, ENTÃO, FOI COLOCADO EM CAPELA DE O2 POR QUATRO DIAS E, A SEGUIR, CATETER DE O2 NASAL A 0,5 L/MINUTO. NA SEQUÊNCIA, FOI TRANSFERIDO PARA A UCINCO, COM PESO DE 1,600g, EM INCUBADORA AQUECIDA A 31ºC, RECEBENDO NUTRIÇÃO PARENTERAL EM ACESSO VENOSO PERIFÉRICO NA REGIÃO DA FOSSA ANTECUBITAL DE MEMBRO SUPERIOR ESQUERDO (MSE), COM VELOCIDAD DE INFUSÃO DE 10ML/H E DIETA DE 20ML DE LEITE HUMANO ORDENHADO VIA SONDA OROGÁSTRICA (SOG) DE 3/3h, MANTENDO CATETER DE O2 NASAL A 0,5L/MIN, MONITORADO COM SATO2 EM TORNO DE 95-96%. O PACIENTE APRESENTA QUEDA DE SATO2 PARA 87-88% QUANDO MANIPULADO EM DECÚBITO DORSAL, RETORNANDO ESPONTANEAMENTE SEM NECESSIDADE DE AUMENTO DO FLUXO DE O2. HÁ TRÊS DIAS, APRESENTOU QUADRO INFECCIOSO, SENDO PRESCRITAS VANCOMICINA E CEFOTAXINA. O RN FOI COLOCADO EM BERÇO COMUM COM TEMPERATURA AXILAR DE 36,4ºC, PORÉM APRESENTOU DISCRETA QUEDA DE TEMPERATURA (36,1ºC) SEIS HORAS APÓS ESSE PROCEDIMENTO. ATUALMENTE, ELE: - ESTÁ COM PESO DE 1.850g; - APRESENTA TEMPERATURA AXILAR DE 36,3ºC - RECEBE O2 NASAL A 0,5L/MIN FIXAO COM ESPARADRAPO NA FACE; - MANTÉM FC DE 148BPM, FR DE 52IPM E SATO2 = 95% MONITORIZADA PELO OXÍMETRO DE PULSO; - NÃO APRESENTA SINAIS DE DESCONFORTO RESPIRATÓRIO; - APRESENTA ELIMINAÇÕES INTESTINAIS FREQUÊNTES SEM ALTERAÇÕES; - APRESENTA HIPEREMIA MODERADA EM PERÍNEO E FACE. 10- Classifique esse RN quanto à idade gestacional e peso ao nascer. RN pré-termo (32s) e pequeno para a idade gestacional (1400g). - Pré-termo: antes de 37 semanas; - RN atermo: 37-41s - RN pós termo: mais de 42s - Grande para idade gestacional: maior 4000g - Adequado: 2500g-3999g - Pequeno: menor de 2500g 11- Qual foi o principal problema enfrentado por esse RN ao nascimento? Justifique. Desconforto respiratório precoce. Pois o RN é pré-termo e os pulmões ainda não estão maduros, como consequência causou a doença da membrana hialina, onde a produção de surfactante pulmonar é ineficiente, podendo provocar colapso alveolar, sendo um grande fator de risco de morte neonatal. O desconforto respiratório pode prejudicar as trocas gasosas, dessa forma, o RN precisa de ventilação de pressão positiva contínua, administração de oxigênio, reposição de surfactante, e de uma monitorização contínua. 12- É sabido que hipotermia pode trazer problemas ao RN podendo levar ao óbito. Apresente três e fundamente-os. 1- Alterações metabólicas: em caso de hipotermia, a taxa metabólica do RN irá se elevar para produzir calor, podendo ocasionar angústia respiratória que pode evoluir para um quadro de acidose metabólica. 2- Termorregulação pouco limitada, pois possuem grande superfície de contato em relação ao peso, menor quantidade de tecido subcutâneo e gordura marrom, incapacidade de consumo eficiente de calorias para a termogênese, e também pelos problemas pulmonares tem consumo limitado de oxigênio, o que pode levar a exaustão da termorregulação em caso de hipotermia, ocasionando morte neonatal. 3- Hipoglicemia: a reserva de glicogênio pode ser rapidamente diminuída em casos de hipotermia. 4- A hipotermia altera os sinais vitais, aumenta o consumo de energia e aumenta a utilização de oxigênio, predispondo o neonato à hipóxia, podendo levar ao choque. *Hipotermia pode causar: apneia, acidose metabólica, hipoglicemia, diminuição do ganho corporal; hemorragia intraventricular, hemorragia pulmonar, síndrome do desconforto respiratório; choque; alterações neurológicas; letargia; etc. *Os tipos de mecanismos de perda de calor no RN são: condução, evaporação, convecção e radiação. 13- Elabore um plano de cuidados para o caso clínico apresentado, diagnóstico: integridade da pele prejudicada e padrão respiratório ineficaz. 14- Controle da glicemia. a) Qual é o ponto de corte para a glicemia? 40mg/dL - b) Cite duas consequências da hipoglicemia. 15- É relativamente frequente encontrarmos neonatos com testículo ectópico. Descreva o que você orientaria à família neste caso e quais as consequências que esta condição, identificada por meio do exame físico, pode trazer a longo prazo? A criptorquidia é um problema comum entre os bebês e acontece quando os testículos não descem para o escroto; a família deve ser orientada quanto aos tratamentos: - A migração testicular pós-natal espontânea ocorre geralmente nos primeiros 3 meses de vida e raramente após os 6-9 meses. Portanto, o presente estágio do conhecimento na área sugere que a época ideal para o tratamento hormonal seja entre os 9 e 12 meses, e em sua falha torna-se necessária a correção cirúrgica, que deve ser realizada próximo aos 12 meses de idade. Algumas consequências da criptorquidia são a infertilidade, hérnias no testículo e o aparecimento de câncer no testículo e para diminuir estes riscos é necessário posicionar o testículo no lugar correto ainda na infância, nos primeiros anos de vida do bebê. R.O, 24 ANOS, PRIMÍPARA, GESTA 1, PARA 0, ABORTO 0, 41 SEMANAS E 2 DIAS GESTACIONAIS, DEU ENTRADA NO P.A DA MATERNIDADE ÁS 06H DA MANHÃ TENDO SIDO ADMITIDA PELA ENFERMEIRA APRESENTANDO OS SEGUINTES PARÂMETROS, SINAIS E SINTOMAS E HISTÓRICO DO MOMENTO DA ADMISSÃO. “PACIENTE REFERE INÍCIO DE DORES (CONTRAÇÕES?) Á 1H DA MANHÃ, DE MÉDIA INTENSIDADE, AUMENTANDO A PARTIR DAS 4H DA MANHÃ, COM PERDA DE LÍQUIDO EM GRANDE QUANTIDADE ÁS 4:30H, DE COLORAÇÃO CLARA, SEM GRUMOS E SEM ODOR FORTE (SIC). REFERE ELIMINAÇÃO DE MUCO VAGINAL COM RAIAS DE SANGUE E EM UM MOMENTO, COM SANGUE “PISADO” POUCO ANTES DA PERDA DE LÍQUIDO. REFERE BASTANTE DOR, AGITADA, CAMINHA DE UM LADO PARA O OUTRO SEM COLABORAR COM O EXAME. AVALIAÇÃO FÍSICA: P.A: 110/90MMHG, FC: 89BPM; TAX: 36,9ºC. DINÂMICA UTERINA EM 10 MINUTOS; 1 CONTRAÇÃO DE 50SEGUNDOS E 1 CONTRAÇÃO DE 75 SEGUNDOS. AVALIAÇÃO DO FETO: SITUAÇÃO LONGITUDINAL, APRESENTAÇÃO CEFÁLICA COM DORSO À ESQUERDA. AUSCULTA DE BATIMENTO CARDIO FETAL: 120BPM SEM CONTRAÇÃO, 105 BPM NA CONTRAÇÃO. TORQUE DE COLO DO ÚTERO: COLO CENTRALIZADO, FINO, 4CM DE DILATAÇÃO, BOLSA ROTA”. A PACIENTE FOI ENCAMINHADA PARA O PRÉ-PARTO E FOI ABERTO SEU PARTOGRAMA LOGO APÓS A ADMISSÃO (6:30H). ÁS 11H, A PLANTONISTA REALIZOU MAIS UM TOQUE VAGINAL E IDENTIFICOU COLO TOTALMENTE APAGADO, DILATAÇÃO TOTAL, FETO EM APRESENTAÇÃO OS (OCCIPTO-SACRA) FLETIDA. ÁS 14H, O BEBÊ AINDA NÃO HAVIA NASCIDO E A PLANTONISTA SUGERIU QUE A PACIENTE ADOTASSE A POSIÇÃO DE QUATRO APOIOS PARA A CONTINUIDADE DO EXPULSIVO. A PACIENTE VOLTOU A SENTIR PUXOS E O BEBÊ NASCEU ÁS 14:30h. LOGO AO NASCER, O BEBÊ DE R.O INICIOU A RESPIRAÇÃO ESPONTANEAMENTE, APRESENTOU TÔNUS MUSCULAR ALTERADO (FLÁCIDO). NÃO HOUVE SINAL DE LIBERAÇÃO DE MECÔNIO INTRA-ÚTERO. DEPOIS DE SER RECEPCIONADO ADEQUADAMENTE. FOI PROPORCIONADO O CONTATO PRECOCE PELE A PELE E PROSEGUIU-SE COM A ROTINA. UM INDÍCIO DE SOPRO CARDÍACO NO BEBÊ FOI DISCUTIDO PELA EQUIPE E O MESMO CONTINUOU SENDO OBSERVADO. 16- No momento da admissão de R.O, pelo registro, em qual etapa do TP a paciente estava? Justifique. Primeiro estágio do trabalho de parto (fase latente) onde a mulher apresenta contrações de duração maior com menor intervalo de tempo, refere bastante dor e dilataçãode 4cm. 17- Foi correto o procedimento de iniciar o partograma no momento da admissão? Não, o correto é iniciar o partograma quando a parturiente está na fase ativa do trabalho de parto. 18- Explique as etapas do mecanismo de dinâmica do parto, em relação aos movimentos que o bebê precisa realizar na pelve materna do início ao fim do TP. O período expulsivo, inicia-se com a descida da apresentação e, a partir daí, complementam-se os fenômenos mecânicos do parto: rotação interna, desprendimento cefálico, rotação externa e desprendimento do ovóide córmico. - primeiro tempo ou INSINUAÇÃO *é a passagem, pelo estreito superior, do maior diâmetro perpendicular à linha de orientação fetal (sutura sagital) *para que se processe a insinuação é necessário que ocorram a flexão, o acavalgamento e o assinclitismo *FLEXÃO CEFÁLICA: ao iniciar-se o parto, a cabeça acha-se orientada no diâmetro transverso ou em um dos oblíquos do ES, oferecendo o diâmetro occipito-frontal (12 cm) em correspondência com estes. *ACAVALGAMENTO ÓSSEO: reduz as dimensões da cabeça óssea fetal porque os frontais e o occipital se locam por baixo dos parietais e a borda interna de um parietal se sobrepõe à outra. *ASSINCLITISMO: devido ao volume grande da cabeça fetal e à dificuldade da passagem, ela se movimenta, oferecendo uma das metades de cada vez. - Flexão cefálica - Assinclitismo - segundo tempo ou DESCIDA ou PROGRESSÃO *tempo no qual a cabeça fetal percorre a distância do estreito superior ao inferior. - 2ºtempo - 3ºtempo - terceiro tempo ou ROTAÇÃO INTERNA *tempo em que a linha de orientação fetal (sutura sagital) passa do diâmetro transverso ou um dos oblíquos do ES para o diâmetro antero-posterior do EI. *a cabeça roda, ficando o ponto de referência fetal (lambda) voltado para o pube ou sacro, qualquer que seja a variedade de posição - quarto tempo ou DESPRENDIMENTO CEFÁLICO *terminada a rotação interna, a cabeça se desprende do EI graças à retropulsão do cóccix *a cabeça desce e o suboccipício, situado abaixo do lambda, coloca-se sob a borda inferior da sínfise púbica (hipomóclio) *no início do desprendimento, a cada contração, ocorre um movimento de avanço e recuo *só depois da passagem do diâmetro SOF é que a insinuação vulvar da cabeça se torna definitiva *só depois da passagem do diâmetro SOF é que a insinuação vulvar da cabeça se torna definitiva - quinto tempo ou ROTAÇÃO EXTERNA *movimento de restituição, pelo qual a cabeça gira, voltando o ponto de referência fetal (lambda) para o lado em que se encontrava originalmente *a finalidade do movimento de restituição é de posicionar o diâmetro biacromial (fetal) coincidindo com o diâmetro antero – posterior do EI (materno) - 5º - sexto tempo ou DESPRENDIMENTO DO TRONCO *tempo em que se completa a expulsão fetal *ocorre em duas etapas: 1) desprendimento das espáduas: por um movimento de abaixamento e elevação 2) desprendimento do pólo pélvico: basta uma leve inflexão lateral, no sentido do plano ventral, para liberá- lo 19- Explique as possíveis razões para a plantonista ter sugerido a paciente a posição de quatro apoios no caso apresentado e diga se você concorda ou não com a sugestão. Concordo. As possíveis razões para ter sugerido a posição de quatro apoios no trabalho de parto são: bacia muda os seus diâmetros de acordo com as posições adotadas pelas mulheres, apresentando grande relevância na dilatação cervical e na progressão de trabalho de parto; essa posição apresenta grande influência na rotação da cabeça fetal; etc. 20- Em relação ao atendimento prestado ao RN logo ao nascer, cite detalhadamente (respeitando a ordem) o que deve ser feito para recepcioná-lo a partir das informações relatadas? Recepção: responder ás três primeiras perguntas (Gestação a termo? RN respirando ou chorando? Bom tônus muscular?) se a resposta for sim para todas essas perguntas, estimular o contato com a mãe e iniciar os cuidados de rotina: prover calor, secar e cobrir RN, manter vias aéreas pérvias e avaliar vitalidade de maneira contínua (frequência cardíaca, respiratória, manter normotermia 36,5 a 37,5ºC). Clampear o cordão 1-3 minutos após o nascimento. Se a resposta for não para algumas daquelas perguntas (como é o caso do RN de Marina), deve-se conduzir o rn a mesa de reanimação e realizar cuidados específicos em até 1 minuto após o nascimento (minuto de ouro): 1- clampeamento imediato do cordão umbilical (devido ao tônus muscular ruim), 2- prover calor, posicionar cabeça (leve extensão do pescoço), aspirar vias aéreas (se necessário), secar (desprezando o campo úmido); 3- avaliar frequência cardíaca e respiratória; 4- observar sinais de desconforto respiratório, apneia ou respiração irregular; 5- caso RN estar com FC >100bpm, realizar cuidados) de rotina ( contato com a mãe, prover calor, manter vias aéreas pérvias e avaliar a vitalidade de maneira contínua considerar) 6- VPP de acordo com a avaliação (FC <100bpm), monitorar FC e saturação; 7- se persistir, assegurar a ventilação adequada com movimento do tórax e considerar intubação de acordo com a avaliação; 8- se FC < 60bpm realizar intubação traqueal, massagem cardíaca coordenada, avaliação contínua da FC, considerar cateterismo venoso (adrenalina/expansor). Manter normotermia (36,5 a 37ºC). - SOG para RN com VPP prolongada (1 vpp a cada 3 massagens “aperta, solta, solta”. - Contraindicação para VPP: hérnia diafragmática. 21- O RN de R.O nasceu com boa vitalidade? Justifique citando os parâmetros que devem ser avaliados para obter tal resposta. Não. Porque o RN está com boa vitalidade quando apresenta respirações ou choro ao nascer, quando o RN é termo (idade gestacional de 37-41 semanas) e com tônus muscular em flexão (não flácido), essas não são as condições apresentadas pelo RN do caso clínico. 22- No caso citado, qual momento ideal para o clampeamento do cordão umbilical? Justifique. Imediato, pois o tônus muscular do RN está alterado. 23- O clampeamento oportuno traz algum benefício? Traz algum risco? Responda os dois questionamentos e justifique. O clampeamento oportuno do cordão umbilical deve ser avaliado pelas seguintes perguntas “Gestação a termo? RN está respirando ou chorando? Bom tônus muscular?” se a resposta for sim para todas as perguntas, a conduta é deixar o RN em contato com a mãe e clampear o cordão entre 1-3 min, podendo ser benéfico para os índices hematológicos na idade de 3-6 meses. Caso contrário, se a resposta for não para alguma das perguntas citadas, o clampeamento tardio pode trazer riscos, pois essa conduta pode retardar o início da VPP e o RN pode ter chances de precisar de internação em uma unidade de cuidados intensivos, aumentando o risco de morte neonatal, sendo assim, não há indícios de benefícios do clampeamento tardio nessa situação. 24- Considerando a adaptação à vida extra-uterina, o que você pode falar em relação aos indícios de um sopro cardíaco? O fechamento funcional dos shunts fetais (forame oval, ducto arterial e venoso) acontece progressivamente e após semanas de vida – em torno de 3 a 4 semanas - que ocorre o fechamento anatômico dessas estruturas; devido a esse processo, pode ocorrer pequenas aberturas dessas estruturas, ocorrendo passagem de sangue não oxigenado do lado direito para o lado esquerdo do coração, levando ao recém-nascido a apresentar uma cianose transitória e com o choro, apresentar sopros cardíacos, esses sopros não significam necessariamente um problema cardíaco, devem ser monitorados e levando em consideração sinais de dificuldade cardíaca. 25- Citeum acontecimento relacionado ao sistema respiratório do RN durante a adaptação a vida extra- uterina. Após o nascimento, o RN deve estabelecer sua respiração através dos alvéolos, substituindo o líquido pulmonar por ar atmosférico de maneira apropriada. A primeira respiração deve ocorrer em até 20s após a expulsão, por estímulos químicos, térmicos, físicos e sensoriais.
Compartilhar