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NFPSS TRF5 PARTE II

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NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 
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comercialização de qualquer informação ou conteúdo dele obtido, em qualquer hipótese, sem a autorização 
expressa de seus idealizadores. O compartilhamento, a título gratuito ou oneroso, leva à responsabilização civil e 
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a partir do CPF do usuário, gerando um código-fonte que funciona como a identidade digital oculta do arquivo. O 
código-fonte tem mecanismo autônomo de segurança e proteção contra descriptografia, independentemente da 
conversão do arquivo de PDF para os formatos doc, odt, txt entre outros. 
PARTE II 
 
 SUMÁRIO 
DIREITO ADMINISTRATIVO ................................................................................................ 3 
DIREITO CONSTITUCIONAL .............................................................................................. 38 
DIREITO CIVIL .................................................................................................................. 77 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
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DIREITO ADMINISTRATIVO1 
 
 
 PRIMEIRO SETOR: está o Estado (setor público), compreendendo a Administração Direta e a Indireta; 
 SEGUNDO SETOR: está o mercado (setor privado), espaço dedicado à iniciativa privada, em que a atuação dos 
agentes econômicos é voltada para a obtenção de lucro; 
 TERCEIRO SETOR (setor público não estatal): é composto por organizações de natureza privada, sem objetivo 
de lucro, que, embora não integrem a Administração Pública, dedicam-se à consecução de objetivos sociais ou 
públicos. Essas entidades são também chamadas de públicas não estatais. São públicas porque prestam serviço 
de interesse público; são “não estatais” porque não integram a Administração Pública direta ou indireta. 
o EXEMPLOS DO TERCEIRO SETOR: entidades declaradas de utilidade pública, os serviços sociais autônomos 
(como SESI, SESC, SENAI), organizações sociais (OS) e as organizações da sociedade civil de interesse 
público (OSCIP). 
o CARACTERÍSTICAS DO TERCEIRO SETOR: 
 (i) Não são criadas pelo Estado, ainda que algumas delas tenham sido autorizadas por lei; 
 (ii) Em regra, desempenham atividade privada de interesse público (serviços sociais não exclusivos do 
Estado); 
 (iii) Recebem algum tipo de incentivo do Poder Público; 
 (iv) Muitas possuem algum vínculo com o Poder Público e, por isso, são obrigadas a prestar contas dos 
recursos públicos à Administração Pública e ao Tribunal de Contas; 
 (v) Possuem regime jurídico de direito privado, porém derrogado parcialmente por normas direito 
público; 
 (vi) Integram o Terceiro Setor porque não se enquadram inteiramente como entidades privadas e 
também porque não integram a Administração Pública Direta ou Indireta. 
 
 QUARTO SETOR: Está relacionado ao comércio informal e, também, ao exercício de atividades ilícitas como o 
tráfico de drogas, a corrupção, a lavagem de dinheiro. 
 QUINTO SETOR: excluídos sociais, isto é, aquela parcela mais pobre da sociedade, que vagueia na marginalidade. 
 
 
 
1 
Por Samuel Porfirio. 
3 
1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA COMO FUNÇÃO DO ESTADO. PRINCÍPIOS REGENTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
CONSTITUCIONAIS E LEGAIS, EXPLÍCITOS E IMPLÍCITOS. A REFORMA DO ESTADO BRASILEIRO. OS QUATRO 
SETORES E SUAS CARACTERÍSTICAS. A PUBLICIZAÇÃO DO TERCEIRO SETOR (AS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS E AS 
OSCIPS). 
#COLANARETINA: Vamos começar lendo a Lei 9.637 e depois a Lei 9.790. 
Art. 1o O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem 
fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento 
tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos aos requisitos 
previstos nesta Lei. 
Art. 2o São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior habilitem-se à 
qualificação como organização social: 
I - comprovar o registro de seu ato constitutivo, dispondo sobre: 
 
 
 
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b) finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento de seus excedentes financeiros no 
desenvolvimento das próprias atividades; 
d) previsão de participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de representantes do Poder Público e 
de membros da comunidade, de notória capacidade profissional e idoneidade moral; 
f) obrigatoriedade de publicação anual, no Diário Oficial da União, dos relatórios financeiros e do relatório de 
execução do contrato de gestão (TAMBÉM CHAMADO DE ACORDO-PROGRAMA); 
h) proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido em qualquer hipótese, inclusive em 
razão de desligamento, retirada ou falecimento de associado ou membro da entidade; 
II - haver aprovação, quanto à conveniência e oportunidade de sua qualificação como organização social, do 
Ministro ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente ao seu objeto social e 
do Ministro de Estado da Administração Federal e Reforma do Estado. 
Art. 1o Podem qualificar-se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público as pessoas jurídicas de 
direito privado sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e se encontrem em funcionamento regular 
há, no mínimo, 03 anos, desde que os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos 
requisitos instituídos por esta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) 
§ 1o Para os efeitos desta Lei, considera-se sem fins lucrativos a pessoa jurídica de direito privado que não 
distribui, entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais 
excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu 
patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica integralmente na consecução do 
respectivo objeto social. 
§ 2o A outorga da qualificação prevista neste artigo é ato vinculado ao cumprimento dos requisitos instituídos 
por esta Lei. 
Art. 4º Atendido o disposto no art. 3º, exige-se ainda, para qualificarem-se como Organizações da Sociedade 
Civil de Interesse Público, que as pessoas jurídicas interessadas sejam regidas por estatutos cujas normas 
expressamente disponham sobre: 
Parágrafo único. É permitida a participação de servidores públicos na composição de conselho ou diretoria de 
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. 
Art. 7o Perde-se a qualificação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, a pedido ou mediante 
decisão proferida em processo administrativo ou judicial, de iniciativa popular ou do Ministério Público, no 
qual serão assegurados, ampla defesa e o devido contraditório. 
Art. 8o Vedado o anonimato, e desde que amparado por fundadas evidências de erro ou fraude, qualquer 
cidadão, respeitadas as prerrogativas do Ministério Público, é parte legítima para requerer, judicial ou 
administrativamente, a perda da qualificação instituída por esta Lei. 
Art. 9o Fica instituído o Termo de Parceria (NÃO CONTRATO GESTÃO), assim considerado o instrumento 
passível de ser firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como organizações da sociedade civil 
de interesse público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para o fomento e a 
execução das atividades de interesse públicoprevistas no art. 3o desta Lei. 
 
 
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS) 
LEI 9.637/1998 
ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE 
PÚBLICO (OSCIP) 
LEI 9.790/1999 
Pessoa jurídica de direito privado, sem finalidade 
lucrativa, não integrante da administração. 
Pessoa jurídica de direito privado, sem finalidade lucrativa, 
não integrante da administração, que tenham sido 
 
4 
 
 
 
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 constituídas e se encontrem em funcionamento regular há, 
no mínimo, 03 anos. 
Ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento 
tecnológico, à proteção e preservação do meio 
ambiente, à cultura e à saúde. 
Possui todos os conteúdos da OS, mais aqueles delimitados 
no art. 3° da Lei 9.790/1999. 
Contrato de gestão ou acordo-programa Termo de parceria 
Ato discricionário Ato vinculado 
Ato de qualificação depende da aprovação do 
Ministério ou da área de supervisão ou regulação 
do objeto social. 
 
Ato de qualificação é dado pelo Ministério da Justiça. 
Não admite ser qualificado, simultaneamente, 
como OSCIP. 
Não admite ser qualificado, simultaneamente, como OS. 
É obrigatória a presença de representante do 
Poder Público. 
É facultativa a presença de representante do Poder Público 
na composição do conselho da entidade. 
Repasse de recursos orçamentários, permissão 
de uso de bens públicos e cessão de especial de 
servidor sem custo para entidade. 
Repasse de recursos orçamentários, permissão de uso de 
bens públicos. 
A licitação é dispensável para contração de 
serviços, no âmbito do contrato de gestão ou 
acordo-programa. 
 
Não há previsão de dispensa de licitação. 
Perde-se a qualificação a pedido ou processo 
administrativo, por descumprimento do contrato 
de gestão ou acordo-programa. 
Perde-se a qualificação a pedido ou processo 
administrativo ou judicial (iniciativa popular ou do MP), por 
descumprimento do contrato de termo de parceria. 
 
 
 AUTARQUIA: é pessoa jurídica de direito público que exerce atividade típica do Estado – regime jurídico de 
direito público similar ao da Administração Direta. A responsabilidade do Estado é subsidiária (continua 
responsável, mas em segundo plano – só responde se a autarquia não tiver patrimônio suficiente – já que ela 
possui receita própria). A responsabilidade do Estado é SUBSIDIÁRIA e OBJETIVA. 
 FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PÚBLICO: nada mais é que uma espécie de autarquia. É chamada de fundação 
autárquica. É uma espécie do gênero autarquia e por isso, a lei não autoriza a sua criação. A lei cria fundação 
pública de direito público. 
 FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PRIVADO: também é chamada de fundação governamental. Segue um regime 
misto, híbrido, igual ao da empresa pública e sociedade de economia mista. Nesse caso, a lei autoriza a criação. 
 EMPRESA PÚBLICA: pessoa jurídica de direito privado que segue um regime híbrido ou misto (ou seja, nem 
totalmente de direito público, nem totalmente de direito privado). Pode ser prestadora de serviço público e 
exploradora da atividade econômica. Capital exclusivamente público. Pode ser constituída de qualquer 
modalidade empresarial (LTA, S/A de capital aberto, etc.). Ex.: CEF, IFRAERO, BNDES, EMBRAPA, CORREIOS. 
 
2 
Este ponto do edital não tem sido exigido pelo TRF 5. É importante, no entanto, que tenhamos, no mínimo, conhecimentos 
básicos sobre o tema, pois, como se sabe, se o ponto está no edital, pode ser exigido. Não nos aprofundamentos por uma 
questão estratégica. Caso sintam necessidade, leiam a FUC sobre o respectivo tema. 
5 
2. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES PÚBLICAS, SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA E 
EMPRESAS PÚBLICAS. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE CADA UMA E REGIME JURÍDICO. O REGIME DAS 
SUBSIDIÁRIAS. DIREITO ADMINISTRATIVO ECONÔMICO. AS FORMAS DE INTERVENÇÃO DO ESTADO. OS 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ORDEM ECONÔMICA E A CRIAÇÃO DE SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA E 
EMPRESAS PÚBLICAS.2 
 
 
 
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Criação por autorização em lei e depende de registro em órgão competente. Competência da JF. OBS.: se for EP 
estadual ou municipal, quem julga é a JE. 
 SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA FEDERAL: pessoa jurídica de direito privado, de regime jurídico híbrido ou 
misto, prestadora de serviços públicos e exploradora da atividade econômica. De capital misto. Só pode ser 
constituída por S/A. Ex.: PETROBRAS, BB, TELEBRAS, Banco do Nordeste. Criação por autorização em lei e 
depende de registro em órgão competente. Competência da Justiça Estadual. 
 EMPRESAS PÚBLICAS: criadas com capital 100% do Estado, admitindo-se a participação societária de qualquer 
entidade da Administração Pública direta ou indireta, mas VEDANDO a participação de particulares. Sociedades 
de economia mista: permite-se a participação societária de particulares desde que o controle acionário se 
mantenha nas mãos das entidades integrantes do Estado. 
 
 
 No estudo da administração pública indireta, atenção para as AGÊNCIAS REGULADORAS:
 (a) Conceito: são autarquias com regime especial.
 (b) Espécies: podem (i) controlar atividades privadas ou (ii) fiscalizar os prestadores de serviços públicos.
 (c) Peculiaridades: são três:
(i) Poder normativo: as agências podem editar normas para o setor regulado. 
(ii) Autonomia: a autonomia é garantida pela (a) inexistência de recurso hierárquico impróprio (aquele 
endereçado para outra PJ) e (b) estabilidade reforçada de seus dirigentes, que não podem ser exonerados 
AD NUTUM, mas apenas em caso de renúncia, sentença judicial ou após processo administrativo. 
(iii) Independência financeira: as agências podem criar as famosas TAXAS REGULATÓRIAS. 
 
 
 AGÊNCIAS EXECUTIVAS: é autarquia ou fundação, com contrato de gestão, que visa a maior eficiência, redução 
de custos, mediante a modernização da autarquia. Vai melhorar a autarquia ou fundação que está sucateada. 
 
6 
3. DIREITO ADMINISTRATIVO REGULADOR. AGÊNCIAS: REGULADORAS E EXECUTIVAS. O REGIME JURÍDICO DAS 
AGÊNCIAS REGULADORAS: NATUREZA JURÍDICA, CARACTERÍSTICAS, PESSOAL E PODER NORMATIVO. A 
CONCESSÃO DE SERVIÇOS. CONCEITO, CARACTERÍSTICAS. DIREITOS DO CONCEDENTE E DO CONCESSIONÁRIO. 
EQUILÍBRIO DO CONTRATO. FORMAS DE EXTINÇÃO. AS PERMISSÕES E AUTORIZAÇÕES. AS PARCERIAS DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS. 
JURISPRUDÊNCIA EM TESES – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA 
1) Aplica-se a prescrição quinquenal do Decreto n. 20.910/32 às empresas públicas e às sociedades de economia 
mista responsáveis pela prestação de serviços públicos próprios do Estado e que não exploram atividade 
econômica. 
3) As autarquias possuem autonomia administrativa, financeira e personalidade jurídica própria, distinta da 
entidade política à qual estão vinculadas, razão pela qual seus dirigentes têm legitimidade passiva para figurar 
como autoridades coatoras em Mandados de Segurança. 
4) As empresas públicas e as sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos possuem 
legitimidade ativa ad causam para a propositura de pedido de suspensão, quando na defesa de interesse público 
primário. 
10) As agências reguladoras podem editar normas e regulamentos no seu âmbito de atuação quando autorizadas 
por lei. 
13) Compete à justiça comum estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de economia 
mista e os crimes praticados em seu detrimento. (Súmula n. 42/STJ) 
 
 
 
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CONSÓRCIOS PÚBLICOS (LEI Nº 11.107/05) 
CONCEITO 
União de alguns entes políticos (União, Estados e Municípios) para a consecução de 
interesses comuns. 
 
PROCEDIMENTO 
PARA 
INSTITUIÇÃO 
1. Subscriçãodo PROTOCOLO DE INTENÇÕES 
2. Autorização LEGISLATIVA 
3. Assinatura do CONTRATO DE CONSÓRCIO 
4. PERSONIFICAÇÃO do consórcio (deve haver cláusula específica) 
5. Contrato de RATEIO 
6. Contrato de PROGRAMA 
 
 
 
 
CONSÓRCIO 
PÚBLICO DE 
DIREITO PÚBLICO 
Conceito de Consórcio Público: Ajuste celebrado entre entes federados para gestão 
associada de serviços públicos, bem como à transferência total ou parcial de encargos, 
serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. 
(a) Natureza jurídica: autarquia plurifederativa. 
(b) Criação: A associação pública é instituída no momento da vigência das leis de 
ratificação dos protocolos de intenção. 
(c) Objeto: Pode ser desempenho de atividade administrativa que é de competência 
comum dos Entes consorciados ou que venha a ser delegada por um deles ao consórcio. 
(d) Patrimônio: Os bens serão bens públicos 
(e) Atos e contratos: Proferem atos administrativos e celebram contratos administrativos. 
Além disso, possuem COMPETÊNCIA EXECUTÓRIA na desapropriação. 
(f) Responsabilidade civil: Responsabilidade objetiva (art. 37, §6º). 
 
 
 
 
 
CONSÓRCIO 
PÚBLICO DE 
DIREITO 
PRIVADO 
(a) A lei é silente, mas há doutrina (Rafael Oliveira e Maria Sylvia) que entende que 
também integrarão a administração indireta dos entes consorciados. 
(b) Natureza jurídica: Rafael Oliveira diz que é empresa pública prestadora de serviço 
público ou fundação pública de direito privado. 
(c) Criação: Após a autorização legal, com o registro do ato constitutivo. 
(d) Objeto: Não podem exercer atividade tipicamente administrativa, pois não possuem 
poder de polícia. 
(e) Pessoal: São celetistas, conforme previsto na Lei. Se houver cessão, o cedido 
permanece vinculado ao regime originário. 
(f) Patrimônio: Os bens são privados. 
(g) Atos e contratos: Editam atos privados e celebram “contratos privados da 
Administração”. 
(h) Responsabilidade: Como prestam serviço público, também se submetem ao art. 37, 
§6º. 
CONSÓRCIOS PÚBLICOS (LEI Nº 11.107/05) 
 Há várias concepções sobre serviço público: 
o 1. Amplíssima: toda e qualquer atividade exercida pelo Estado. 
o 2. Ampla: toda atividade prestacional voltada ao cidadão, não importando se é de titularidade exclusiva 
do Estado e qual a forma de remuneração. 
o 3. Restrita: atividade prestada pelo Estado, de forma individualizada e com fruição qualificada. 
o 4. Restritíssima: atividade de titularidade do Estado remunerada por taxa ou tarifa. 
 
 Prevalece a concepção ampla, de modo que é o conceito de serviço público: “atividade prestacional, 
titularizada, com ou sem exclusividade, pelo Estado, criada por lei, com o objetivo de atender as 
necessidades coletivas, submetida ao regime predominantemente público”. 
o (a) Elemento subjetivo: prestado pelo Estado ou por delegatários. 
o (b) Elemento material: atividade que satisfaz os interesses da coletividade. 
o (c) Elemento formal: submetida ao regime de direito público. 
7 
 
 
 
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 Tanto a Lei nº 8987/95, como o Código Consumerista, dizem que o CDC é aplicado no âmbito do serviço 
público. No entanto, o próprio CDC diz que só há relação de consumo quando a prestação do serviço é 
remunerada. Porém, há serviços públicos que não são remunerados. E agora, como resolver? 
o Corrente 1 (Juruena): aplica-se o CDC a todos os serviços, pois todos são remunerados, nem que seja 
indiretamente por meio de impostos. 
o Corrente 2 (Cláudia Lima Marques): aplica-se o CDC apenas aos serviços UTI SINGULI, que são 
especificamente remunerados por taxa ou tarifa. 
o Corrente 3 (Rafael Oliveira): CDC incide apenas sobre os serviços remunerados por TARIFA, e não 
naqueles remunerados por taxa. 
 
Princípios dos serviços públicos 
Continuidade 
Impõe a prestação ininterrupta do serviço público, tendo em vista o dever do 
Estado de satisfazer e promover direitos fundamentais. 
Igualdade / uniformidade Dever de prestar o serviço de maneira igualitária a todos os particulares. 
Mutabilidade /atualidade Os serviços públicos devem se adaptar a evolução social e tecnológica. 
Generalidade / 
universalidade 
Exige que a prestação do serviço público beneficie o maior número possível de 
beneficiários. 
Modicidade 
O valor cobrado do usuário deve ser proporcional ao custo do respectivo 
serviço. 
 
 
 
 
 
CONCESSÃO PERMISSÃO AUTORIZAÇÃO 
Delegação (transferência apenas 
da execução) 
Delegação (transferência apenas da 
execução) 
Delegação 
Apenas PJ ou consórcio de 
empresas 
PF ou PJ PF ou PJ 
Formalizada por contrato 
administrativo 
Formalizada por contrato 
administrativo 
Ato unilateral, discricionário, 
precário (sem necessidade de 
indenização). 
Mediante licitação na 
modalidade CONCORRÊNCIA 
Qualquer modalidade licitatória Não precisa licitar 
 
8 
Administração direta - 
DESCONCENTRAÇÃO 
Diretamente 
Administração indireta - 
DESCENTRALIZAÇÃO 
Prestação de 
serviços públicos Concessão comum 
Concessões Administrativa 
Concessão especial - 
PPP 
Indiretamente - 
DELEGAÇÃO Permissões 
Patrocinada 
Autorização 
 
 
 
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 Art. 35. Extingue-se a concessão por: 
 I - advento do termo contratual; 
 II - encampação; 
EXTINÇÃO DA III - caducidade; 
CONCESSÃO: IV - rescisão; 
 V - anulação; e 
 VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, 
 no caso de empresa individual. 
#NÃOCONFUNDA: 
 Encampação Caducidade 
Fundamento Interesse público Inadimplemento da concessionária 
Formalização Lei autorizativa e decreto Processo administrativo e decreto 
Indenização Indenização prévia do concessionário Indenização eventual e posterior 
 
 
 Concessão comum (Lei 8.987/95) Concessão especial – PPP (Lei 11.079/04) 
Contraprestação 
do parceiro 
público 
 
Facultativa 
 
Obrigatória 
Risco ordinário 
do negócio 
Risco do concessionário Repartição objetiva dos riscos 
Valor mínimo Inexistente R$ 20.000.000,00 
Prazo 
Determinado, contudo não há prazo 
mínimo ou máximo 
Mínimo: 5 anos 
Máximo: 35 anos 
Objeto Serviços públicos Serviços públicos e/ou administrativos 
 
Remuneração 
 
Tarifas (possíveis receitas alternativas) 
 PPP patrocinada = Tarifa + orçamento 
 PPP administrativa = orçamento ou outras 
modalidades de contraprestação estatal 
Licitação Concorrência Concorrência 
 
Responsabilidade 
civil 
 
Objetiva 
 Estado responde subsidiariamente 
 PPPs que envolvem serviços públicos = 
OBJETIVA 
 PPPs de serviços administrativos = 
SUBJETIVA 
 Estado responde SOLIDARIAMENTE 
 
 
 PPP patrocinada PPP administrativa 
Remuneração Tarifa + orçamento Remunerada integralmente pelo Estado (orçamento) 
Objeto Apenas serviços públicos Serviços públicos ou administrativos (prestados ao Estado) 
 
 
9 
#DESPENCA #INFORMATIVOS #COLANARETINA 
STJ (598): Em regra, o serviço público deverá ser prestado de forma contínua, ou seja, sem 
interrupções (princípio da continuidade do serviço público). Excepcionalmente, será 
possível a interrupção do serviço público nas seguintes hipóteses previstas no art. 6º, § 3º 
da Lei n.º 8.987/95: 
(a) Em caso de emergência (mesmo sem aviso prévio); 
(b) Por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações, desde que o usuário 
seja previamente avisado; 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
Aspectos 
gerais 
A intervenção na propriedade decorre do PODER DE POLÍCIA e tem dois fundamentos: 
a. Cumprimento da função social da propriedade; 
b. Satisfação do interesse público.Modalidades 
1. Intervenções restritivas ou brandas: são impostas restrições e condições à propriedade, 
sem retirá-la do seu titular. 
 Servidão, requisição, ocupação temporária e tombamento. 
2. Intervenções supressivas ou drásticas: retira a propriedade do seu titular originário, 
transferindo-a para o seu patrimônio. 
 Diferentes espécies de desapropriação. 
 
 
LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA 
 
Conceito 
DI PIETRO: medidas de caráter geral, previstas em lei, com fundamento no PODER DE POLÍCIA do 
Estado, gerando para os proprietários obrigações positivas e negativas, com o fim de condicionar 
o exercício do direito de propriedade ao bem-estar social. Pode ser exigência de obrigação 
positiva, negativa ou permissiva. 
Objeto Atinge bens móveis, imóveis e serviços. 
Instituição 
Por ser unilateral, DEVE DECORRER DE LEI (Ex.: PDU – plano diretor urbano). José dos Santos 
Carvalho Filho fala também em atos administrativos normativos. 
Indenização Será devida se houver comprovação do dano pelo particular. 
 
 
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA 
 
Conceito 
Caracteriza-se pela utilização TRANSITÓRIA, gratuita ou remunerada, de IMÓVEL de propriedade 
particular, para fins de interesse público. Ex.: uso de escola para eleição; uso de imóveis para o 
Poder Público colocar máquinas e operários. O Pressuposto é a necessidade de realização de 
OBRAS ou SERVIÇOS públicos normais (ao contrário da requisição, em que há situação de perigo). 
Objeto 
Recai sobre o bem imóvel, embora haja discussão sobre a possibilidade de atingir bens móveis e 
serviços. 
 
REQUISIÇÃO X SERVIDÃO 
 SERVIDÃO ADMINISTRATIVA REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA 
 
Conceito 
Direito real público que permite a utilização da 
propriedade alheia pelo Estado ou por seus 
delegatários com o objetivo de atender o interesse 
público. 
É a intervenção autoexecutória na qual o 
Estado utiliza-se de bens imóveis, móveis 
e de serviços particulares no caso de 
iminente perigo público. 
Objeto Incidem apenas sobre bens imóveis, os quais devem Incidem sobre bens imóveis, móveis e 
 
3 
Além das informações trazidas neste ponto, é muito importante que vocês leiam a letra de lei, principalmente, os artigos 
mencionados no raio-x, bem como a jurisprudência, em especial, a trazida no despacespe. 
10 
(c) Por causa de inadimplemento do usuário, desde que ele seja previamente avisado. 
4. FORMAS DE INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE. LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS, TOMBAMENTO, 
REQUISIÇÃO, SERVIDÃO E DESAPROPRIAÇÃO. FUNDAMENTOS E REQUISITOS CONSTITUCIONAIS PARA AS 
DESAPROPRIAÇÕES. ESPÉCIES DE DESAPROPRIAÇÕES. PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO HISTÓRICO. ARTÍSTICO E 
CULTURAL. DESAPROPRIAÇÕES POR UTILIDADE OU NECESSIDADE PÚBLICA OU POR INTERESSE SOCIAL, 
DESAPROPRIAÇÕES POR INTERESSE SOCIAL PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA. O ART. 243 DA CF/1988. 
RETROCESSÃO. DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA. PROCEDIMENTO EXPROPRIATÓRIO.3 
 
 
 
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 ser vizinhos, mas não precisam ser contíguos (prédio 
dominante e prédio serviente). NÃO há servidão 
sobre bens móveis ou direitos. 
serviços particulares. 
 
 
 
Instituição 
Podem ser instituídas por meio das seguintes 
formas: 
 Acordo; 
 Sentença judicial; 
 Usucapião. 
Obs.: há discussão sobre a possibilidade de 
instituição por lei. 
 
 
A emergência da situação justifica a 
autoexecutoriedade da medida. 
 
 
 
 
Extinção 
Em regra, é perpétua. 
Porém, é possível apontar algumas hipóteses de 
extinção: 
 Desaparecimento do bem gravado; 
 Incorporação do bem serviente ao patrimônio 
publico; 
 Desafetação do bem dominante (ex.: 
desafetação do imóvel que era utilizado como 
hospital público). 
 
 
Enquanto perdurar o perigo iminente, a 
requisição permanecerá válida. 
Considera-se, portanto, extinta a 
requisição quando desaparecer a 
situação de perigo. 
 
Indenização 
Será devida se houver comprovação do dano pelo 
particular. 
É assegurada ao proprietário do bem 
requisitado indenização ulterior, se 
houver dano. 
 
TOMBAMENTO 
 
CONCEITO 
É um procedimento ou ato administrativo pelo qual o Poder Público sujeita a restrições 
parciais os bens de qualquer natureza cuja conservação seja de interesse público, por sua 
vinculação a fatos memoráveis da história ou por seu excepcional valor arqueológico ou 
etnológico, bibliográfico ou artístico. É SEMPRE UMA RESTRIÇÃO PARCIAL. 
 
 
Quanto à 
constituição 
ou 
procedimento 
DE OFÍCIO 
Recai sobre bem público. Processa-se mediante simples notificação à 
entidade a quem pertencer ou sob cuja guarda estiver a coisa tombada. 
VOLUNTÁRIO 
Não há resistência por parte do proprietário. Há anuência ou pedido do 
proprietário. 
 
COMPULSÓRIO 
Há resistência por parte do proprietário, que se opõe à pretensão de 
tombar do poder público. A oposição ocorrerá no prazo de 15 dias da 
notificação de interesse de tombamento do bem. A notificação gera efeitos 
de um tombamento provisório. 
 
Quanto à 
eficácia 
 
PROVISÓRIO 
É gerado pela simples notificação. Quando ainda está em curso o processo 
administrativo instaurado pela notificação. Produz os mesmos efeitos do 
definitivo, apenas dispensando a transcrição no registro de imóveis. 
DEFINITIVO Ocorre com o efetivo registro no livro do tombo. 
Quanto aos 
destinatários 
GERAL Que atinge todos os bens situados em um bairro ou em uma cidade. 
INDIVIDUAL Que atinge um bem determinado. 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
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OBRIGAÇÕES DECORRENTES DO TOMBAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBRIGAÇÕES 
POSITIVAS 
Conservação do patrimônio, que deve ser acompanhada pelo poder público. Assim, qualquer 
conserto deve ser comunicado ao poder público, para obtenção de uma autorização (artigo 17, 
DL 25/37). Infelizmente, o particular comunica ao poder público por várias vezes e as 
providências não são adotadas pelo ente político. EXEMPLO: padre da Bahia que comunicou que 
o teto da igreja estava caindo e mandou consertar sem autorização, porque o teto poderia 
despencar sobre alguém. Poderia ser imputada ao pároco, no caso do exemplo, multa de 50% do 
valor do dano que viesse a causar. 
Danificar o patrimônio sem autorização é crime previsto no artigo 165, CP. 
 
Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou histórico 
Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela autoridade competente em virtude 
de valor artístico, arqueológico ou histórico: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. 
Bem público tombado é inalienável, ressalvada a possibilidade de transferência entre os entes 
federados. 
Bem particular tombado pode ser alienado. Mas o proprietário deve dar preferência ao ente 
político que tombou o bem (DIREITO DE PREFERÊNCIA ou PREEMPÇÃO); somente depois o bem 
pode ser alienado (artigo 22, DL 25). Se for feita a alienação sem a autorização, será o negócio 
considerado NULO (§ 2o.) 
 
 
OBRIGAÇÕES 
NEGATIVAS 
Decorre do dever positivo de conservar, é a obrigação de não danificar e não mutilar ou destruir 
a coisa (artigo 17, DL 25). 
Não retirar a coisa do país, EXCETO por curto espaço de tempo, sem transferência de domínio 
ou propriedade (artigo 14). Em caso de roubo ou furto, o proprietário deve comunicar ao poder 
público em 05 dias, sob pena de multa. 
OBRIGAÇÃO 
DE 
SUPORTAR 
 
O proprietário tem que suportar a fiscalização do poder público (artigo 20, DL 25/37). 
 
 
DESAPROPRIAÇÃO 
 
CONCEITO 
É a intervenção através da qual Estado se apropria da propriedade alheia, após o devido 
processo legal, transferindo-a compulsoriamente e de maneira originária para o seu 
patrimônio, com fundamento no interesse públicoe, normalmente, mediante 
indenização. 
 
 
12 
Anuiu ou não impugnou = 
TOMBAMENTO VOLUNTÁRIO 
(registro no livro de tombo) 
Manifestação do 
orgão técnico 
Notificação do 
proprietário para 
anuir em 15 dias 
Impugnação inicia o 
procedimento 
COMPULSÓRIO 
Órgão que iniciou o 
procedimento tem 15 
dias para se manifestar 
IPHAN decide em 60 
dias 
 
 
 
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CARACTERÍSTICAS 
 Procedimento 
 Aquisição originária (livre, portanto, de todos os ônus) 
 Todo e qualquer bem ou direito que possua valor econômico pode ser desapropriado 
 Competência LEGISLATIVA é PRIVATIVA da União 
 
 
COMPETÊNCIA 
A competência DECLARATÓRIA (1ª fase do procedimento) é apenas dos entes políticos 
(atribui-se competência, igualmente, ao DNIT e à ANEEL). Para fins de reforma agrária, a 
competência é EXCLUSIVA DA UNIÃO. 
Por outro lado, a competência EXECUTIVA (para ajuizar a ação de desapropriação, pagar o 
preço...) pode ser repassada, por meio de lei ou contrato, à administração indireta e aos 
concessionários/permissionários. 
 
 
 
 
 
 
ESPÉCIES 
(a) Comum/ordinária/regular : justificada por utilidade/necessidade pública ou por 
interesse social. 
(b) Florística: proteção ambiental. 
(c) Sancionatória: se divide em: (i) Urbana (prevista no estatuto da cidade); (ii) Rural para 
fins de reforma agrária (previsão no art. 184/CF, LC 76 e lei nº 8.629/93); (iii) Confiscatória 
(art. 243, CF): 
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem 
localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho 
escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a 
programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e 
sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o 
disposto no art. 5º. 
 1ª FASE (DECLARATÓRIA) = Publicação de ato de declaração da expropriação (decreto ou 
lei de efeito concreto), declarando o bem de utilidade pública ou de interesse social. 
Manifesta a vontade de possuir o bem. 
 
 
 
 
 
 
 
PROCEDIMENTO 
DA 
DESAPROPRIAÇÃO 
COMUM 
EFEITOS IMEDIATOS DO ATO DECLARATÓRIO: (a) Fixa o estado do bem: só serão 
indenizadas benfeitorias posteriores se necessárias ou úteis, caso autorizadas essas 
últimas; (b) Submete o bem ao poder expropriatório estatal: o Estado ainda não é 
proprietário, mas pode exercer alguns poderes sobre o bem. Ex.: entrar para realizar 
medições... (c) Confere ao Poder Público o poder de penetrar no bem, desde que não haja 
excesso e (d) Inicia o prazo de CADUCIDADE (deve a Administração tentar efetivar 
administrativamente a desapropriação ou, ao menos, ajuizar a ação de desapropriação). 
05 anos (renova +5); 
INTERESSE SOCIAL: prazo de 02 anos. 
 2ª FASE (EXECUTIVA): Adoção dos atos materiais (concretos) pelo Poder Público ou seus 
 delegatários, devidamente autorizados por lei ou contrato, com o intuito de consumar a 
 retirada da propriedade do proprietário originário. Pode ser: (a) ADMINISTRATIVA: 
 depois da declaração, a Administração propõe valor, que é ACEITO (nesse caso, há 
 verdadeiro contrato de compra e venda) ou (b) JUDICIAL: o valor NÃO É ACEITO (ou não 
 se conhece o PROPRIETÁRIO DO BEM). Nesse caso, deve ser ajuizada AÇÃO DE 
 DESAPROPRIAÇÃO. 
 AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO 
 
 
13 
 
 
 
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 (i) POLO ATIVO: Poder Público (Adm. direta ou indireta) ou delegatários. 
Obs.: a) Desapropriação Sancionatória Urbanística: legitimidade ativa EXCLUSIVA DO 
MUNICÍPIO; b) Desapropriação para fins de reforma agrária: legitimidade ativa EXCLUSIVA 
DA UNIÃO. 
 
(ii) POLO PASSIVO: proprietário do imóvel. 
 
(iii) Requisitos da PETIÇÃO INICIAL: (a) Oferta do preço; (b) Cópia do contrato ou do 
diário oficial em que houver sido publicado o decreto expropriatório; (c) Planta ou 
descrição do bem a ser desapropriado e suas confrontações. 
 
(iv) CONTESTAÇÃO: Só pode versar sobre: vício no processo (preliminares) ou preço. 
 
(v) IMISSÃO PROVISÓRIA NA POSSE: 
Art. 15. Se o expropriante alegar urgência e depositar quantia arbitrada de 
conformidade com o art. 685 do Código de Processo Civil, o juiz mandará imití- 
lo provisoriamente na posse dos bens; 
§ 1º A imissão provisória poderá ser feita, independente da citação do réu, 
mediante o depósito: 
a) do preço oferecido, se este for superior a 20 (vinte) vezes o valor locativo, 
caso o imóvel esteja sujeito ao imposto predial; 
b) da quantia correspondente a 20 (vinte) vezes o valor locativo, estando o 
imóvel sujeito ao imposto predial e sendo menor o preço oferecido. 
c) do valor cadastral do imóvel, para fins de lançamento do imposto territorial, 
urbano ou rural, caso o referido valor tenha sido atualizado no ano fiscal 
imediatamente anterior; 
d) não tendo havido a atualização a que se refere o inciso c, o juiz fixará 
independente de avaliação, a importância do depósito, tendo em vista a época 
em que houver sido fixado originalmente o valor cadastral e a valorização ou 
desvalorização posterior do imóvel. 
§ 2º A alegação de urgência, que não poderá ser renovada, obrigará o 
expropriante a requerer a imissão provisória dentro do prazo improrrogável de 
120 (cento e vinte) dias. 
§ 3º Excedido o prazo fixado no parágrafo anterior não será concedida a imissão 
provisória. 
§ 4o A imissão provisória na posse será registrada no registro de imóveis 
competente. 
 
(vi) PROVA PERICIAL: É plenamente cabível na ação de desapropriação. É importante para 
a fixação do valor. Apresentação do laudo em até 05 dias antes da audiência. 
 
(vii) SENTENÇA E TRANSFERÊNCIA DO BEM: (a) Fixa o valor da indenização (após o 
pagamento, consuma-se a desapropriação); (b) Autoriza a imissão definitiva na posse; (c) 
Constitui título hábil para registro. (d) É o pagamento do valor, ou sua consignação 
judicial, que promove a transferência do bem. 
 
 
 
 
14 
 
 
 
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DESAPROPRIAÇÃO 
INDIRETA 
É fato administrativo pelo qual o Estado se apropria de bem particular, sem observância 
dos requisitos da declaração e da indenização prévia. De acordo com o artigo 35 do 
Decreto 3365/41, uma vez incorporado ao patrimônio público, não será possível a sua 
reivindicação pelo particular. Diante disso, o particular deve ajuizar uma ação de 
desapropriação indireta, que, a rigor, é uma ação de indenização. Hoje, prevalece o 
entendimento de que o prazo prescricional para que o particular prejudicado ajuíze a 
ação de desapropriação indireta é de 10 anos. 
DIREITO DE 
EXTENSÃO 
É aquele pelo qual o expropriado requer que a desapropriação e a respectiva indenização 
incidam sobre a totalidade do bem, pois a parte então não abarcada ficou inservível ou 
esvaziada de interesse patrimonial. São para os casos de desapropriação parcial. 
 
 
TREDESTINAÇÃO 
É a mudança da destinação do bem expropriado – Poder Público diz que faria uma coisa 
no decreto, mas depois faz outra. Será ilícita quando houver DESVIO DE FINALIDADE (o 
bem não foi usado para atender o interesse público), caso em que o particular deve ser 
reintegrado (retrocessão). Será lícita quando, embora divergente do planejamento inicial, 
permanece atendendo o INTERESSE PÚBLICO. Ex.: iria construir escola, mas constrói 
hospital. Nesse caso, o particular não poderá reaver o bem. 
 
RETROCESSÃO 
O direito de o expropriado exigir a devolução do bem desapropriado que não foi utilizado 
pelo Poder Público para atender o interesse público. Há controvérsia sobre qual seria o 
prazo para o particular ajuizar a ação. 
 
 
Desapropriação por 
utilidadeou necessidade 
pública ou interesse social 
 
Desapropriação ordinária. 
Indenização PRÉVIA, 
JUSTA e em dinheiro. 
Todos os entes 
federados. 
 
Desapropriação 
urbanística 
Refere-se ao imóvel localizado na 
área urbana que não atende a 
respectiva função social. 
Possui caráter subsidiário. 
Indenização em títulos 
da dívida pública, 
resgatáveis em até 10 
anos – autorização do 
Senado. 
 
 
Municípios e DF. 
 
Desapropriação rural 
 
Imóvel rural que não atende a 
função social. 
Indenização em títulos 
da dívida agrária, 
resgatáveis em até 20 
anos. 
União (objetivo 
único de 
implementar a 
reforma agrária). 
 
 
Expropriação confiscatória 
Expropriação das glebas onde 
forem localizadas culturas ilegais 
de plantas psicotrópicas. 
(Serão destinadas ao assento de 
colonos, para o cultivo de produtos 
alimentícios e medicamentos). 
 
 
NÃO há indenização. 
 
 
União 
 
 
15 
#SELIGANASSÚMULAS 
Súmula 56-STJ: Na desapropriação para instituir servidão administrativa são devidos os juros 
compensatórios pela limitação de uso da propriedade. 
Súmula 164-STF: No processo de desapropriação, são devidos juros compensatórios desde a antecipada 
imissão de posse, ordenada pelo juiz, por motivo de urgência. 
Súmula 69-TJ: Na desapropriação direta os juros compensatórios são devidos desde a antecipada imissão 
na posse e, na desapropriação indireta, a partir da efetiva ocupação do imóvel. 
 
 
 
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JURISPRUDÊNCIA EM TESES - DESAPROPRIAÇÃO 
1) A indenização referente à cobertura vegetal deve ser calculada em separado do valor da terra nua quando 
comprovada a exploração dos recursos vegetais de forma lícita e anterior ao processo expropriatório. 
4) A intervenção do Ministério Público nas ações de desapropriação de imóvel rural para fins de reforma 
agrária é obrigatória, porquanto presente o interesse público. 
5) A ação de desapropriação direta ou indireta, em regra, não pressupõe automática intervenção do Ministério 
Público, exceto quando envolver, frontal ou reflexamente, proteção ao meio ambiente, interesse urbanístico 
ou improbidade administrativa. 
9) A eventual improdutividade do imóvel não afasta o direito aos juros compensatórios, pois eles restituem 
não só o que o expropriado deixou de ganhar com a perda antecipada, mas também a expectativa de renda, 
considerando a possibilidade de o imóvel ser aproveitado a qualquer momento de forma racional e adequada, 
ou até ser vendido com o recebimento do seu valor à vista. 
13) O termo inicial dos juros moratórios em desapropriações é o dia 1º de janeiro do exercício seguinte àquele 
em que o pagamento deveria ser feito. 
14) Nas ações de desapropriação não há cumulação de juros moratórios e juros compensatórios, eis que se 
trata de encargos que incidem em períodos diferentes: os juros compensatórios têm incidência até a data da 
expedição do precatório original, enquanto que os moratórios somente incidirão se o precatório expedido não 
for pago no prazo constitucional. 
4) A revelia do desapropriado não implica aceitação tácita da oferta, não autorizando a dispensa da avaliação, 
conforme Súmula 118 do extinto Tribunal Federal de Recursos. 
5) Se, em procedimento de desapropriação por interesse social, constatar-se que a área medida do bem é 
maior do que a escriturada no Registro de Imóveis, o expropriado receberá indenização correspondente à área 
registrada, ficando a diferença depositada em Juízo até que, posteriormente, se complemente o registro ou se 
defina a titularidade para o pagamento a quem de direito. 
6) Na desapropriação é devida a indenização correspondente aos danos relativos ao fundo de comércio. 
 
16 
Súmula 113-STJ: Os juros compensatórios, na desapropriação direta, incidem a partir da imissão na posse, 
calculados sobre o valor da indenização, corrigido monetariamente. 
Súmula 114-STJ: Os juros compensatórios, na desapropriação indireta, incidem a partir da ocupação, 
calculados sobre o valor da indenização, corrigido monetariamente. 
Súmula 378-STF: Na indenização por desapropriação incluem-se honorários do advogado do expropriado. 
Súmula 617-STF: A base de cálculo dos honorários de advogado em desapropriação é a diferença entre a 
oferta e a indenização, corrigidas ambas monetariamente. 
Súmula 23-STF: Verificados os pressupostos legais para o licenciamento da obra, não o impede a 
declaração de utilidade pública para desapropriação do imóvel, mas o valor da obra não se incluirá na 
indenização, quando a desapropriação for efetivada. 
Súmula 476-STF: Desapropriadas as ações de uma sociedade, o poder desapropriante, imitido na posse 
pode exercer, desde logo, todos os direitos inerentes aos respectivos títulos. 
#DESPENCA #INFORMATIVOS #COLANARETINA 
STJ (596): É possível que o ente desapropriante desista do processo de desapropriação, mesmo após o 
trânsito em julgado, desde que ainda não tenha havido o pagamento integral do preço e o imóvel não 
tenha sido alterado substancialmente. 
 
 
 
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Teoria do RISCO ADMINISTRATIVO Teoria do RISCO INTEGRAL 
A responsabilidade do Estado é objetiva 
A vítima lesada não precisa provar culpa. 
A responsabilidade do Estado é objetiva 
A vítima lesada não precisa provar culpa. 
 
O Estado poderá eximir-se do dever de 
indenizar caso prove alguma causa excludente 
de responsabilidade: 
a) caso fortuito ou força maior; 
b) culpa exclusiva da vítima; 
c) culpa exclusiva de terceiro. 
 
 
Não admite excludentes de responsabilidade. 
Mesmo que o Estado prove que houve caso 
fortuito, força maior, culpa exclusiva da vítima 
ou culpa exclusiva de terceiro, ainda assim 
será condenado a indenizar. 
 
 
 
É adotada como regra no Direito brasileiro. 
É adotada no Direito brasileiro, de forma 
excepcional, em alguns casos. A doutrina 
diverge sobre quais seriam estas hipóteses. 
Para fins de concurso, existe um caso no qual 
o STJ já afirmou expressamente que se acolhe 
o risco integral: dano ambiental (REsp 
1.374.284). 
 
 
CONCLUSÕES SOBRE 
A EVOLUÇÃO NO 
BRASIL DA 
RESPONSABILIDADE 
A teoria da irresponsabilidade civil do estado nunca foi admitida no direito brasileiro. 
A evolução legislativa mostra que ordenamento jurídico pátrio previu inicialmente a 
responsabilidade civil do estado, com base na culpa civil, evoluindo para 
responsabilidade pela falta de serviço, até chegar a responsabilidade objetiva. 
17 
7) A imissão provisória na posse não deve ser condicionada ao depósito prévio do valor relativo ao fundo de 
comércio eventualmente devido. 
9) Não incide imposto de renda sobre as verbas decorrentes de desapropriação (indenização, juros moratórios 
e juros compensatórios), seja por necessidade ou utilidade pública, seja por interesse social, por não constituir 
ganho ou acréscimo patrimonial. 
10) O valor dos honorários advocatícios em sede de desapropriação deve respeitar os limites impostos pelo 
artigo 27, § 1º, do Decreto-lei 3.365/41 qual seja: entre 0,5% e 5% da diferença entre o valor proposto 
inicialmente pelo imóvel e a indenização imposta judicialmente. 
14) O promitente comprador tem legitimidade ativa para propor ação cujo objetivo é o recebimento de verba 
indenizatória decorrente de ação desapropriatória, ainda que a transferência de sua titularidade não tenha 
sido efetuada perante o registro geral de imóveis. 
15) O possuidor titular do imóvel desapropriado tem direito ao levantamento da indenização pela perda do 
seu direito possessório. 
17) A ação de desapropriação indireta prescreve em 20 anos, nos termos da Súmula 119 do STJ e na vigência 
do Código Civil de 1916, e em10 anos sob a égide do Código Civil de 2002, observando-se a regra de transição 
disposta no art. 2.028 do CC/2002. 
5. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO E DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS PÚBLICOS. CONCEITO E TEORIAS. A 
RESPONSABILIDADE POR AÇÃO E POR OMISSÃO. EVOLUÇÃO HISTÓRICA NO DIREITO BRASILEIRO. ELEMENTOS. A 
REPARAÇÃO DO DANO. AÇÃO REGRESSIVA E LITISCONSÓRCIO. 
 
 
 
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CIVIL 
EXTRACONTRATUAL 
DO ESTADO 
A responsabilidade objetiva do estado foi introduzida no ordenamento jurídico 
brasileiro na CF/1946. 
A CF/88 ampliou a responsabilidade objetiva do estado, passando a responsabilizar 
objetivamente também as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de 
serviço público, e consagrou, também, a responsabilidade por danos morais (ou 
extrapatrimoniais). 
A responsabilidade objetiva do estado, adotada pela CF/88, segue a teoria do risco 
administrativo. A teoria do risco integral somente foi acolhida em algumas hipóteses 
excepcionais. 
O CC/02 prevê também a responsabilidade objetiva do estado, diferenciando-se da 
CF/88 por não ter feito referência à responsabilidade objetiva das pessoas jurídicas 
prestadoras de serviço público. 
 
 #OLHAOGANCHO: Passam a responder objetivamente, pelos danos decorrentes de sua atuação, as pessoas 
jurídicas de direito privado da Administração Indireta (empresas públicas, sociedades de economia mista e 
fundações públicas com personalidade jurídica de direito privado), quando atuam na prestação de serviços 
públicos, bem como os concessionários e permissionários de serviços públicos.
 #CESPECOBROU #PGM-FORTALEZA2017: A respeito de bens públicos e responsabilidade civil do Estado, 
julgue o próximo item. De acordo com o entendimento do STF, empresa concessionária de serviço 
público de transporte responde objetivamente pelos danos causados à família de vítima de atropelamento 
provocado por motorista de ônibus da empresa.4
 #OLHAOGANCHO Qual é o tipo de responsabilidade civil aplicável nos casos de omissão do Estado? Se a 
Administração Pública causa um dano ao particular em virtude de uma conduta omissiva, a responsabilidade 
nesta hipótese também será objetiva? Existe intensa divergência sobre o tema:
#AJUDAMARCINHO #FOCANATABELA 
 
DOUTRINA TRADICIONAL DO STJ JURISPRUDÊNCIA DO STF 
Na doutrina, ainda hoje, a posição Na jurisprudência do STF, contudo, tem ganhado força 
majoritária é a de que a responsabilidade nos últimos anos o entendimento de que a 
civil do Estado em caso de atos omissivos é responsabilidade civil nestes casos também é 
SUBJETIVA, baseada na teoria da culpa OBJETIVA. Isso porque o art. 37, § 6º da CF/88 
administrativa (culpa anônima). determina a responsabilidade objetiva do Estado sem 
Assim, em caso de danos causados por fazer distinção se a conduta é comissiva (ação) ou 
omissão, o particular, para ser indenizado, omissiva. 
deveria provar: Não cabe ao intérprete estabelecer distinções onde o 
a) a omissão estatal; texto constitucional não o fez. 
b) o dano; Se a CF/88 previu a responsabilidade objetiva do 
c) o nexo causal; Estado, não pode o intérprete dizer que essa regra 
d) a culpa administrativa (o serviço público não não vale para os casos de omissão. 
funcionou, funcionou de forma tardia ou Dessa forma, a responsabilidade objetiva do Estado 
ineficiente). engloba tanto os atos comissivos como os omissivos, 
Esta é a posição que você encontra na desde que demonstrado o nexo causal entre o dano e a 
maioria dos Manuais de Direito omissão específica do Poder Público. 
Administrativo. (...) A jurisprudência da Corte firmou-se no sentido de 
O STJ ainda possui entendimento que as pessoas jurídicas de direito público respondem 
majoritário no sentido de que a objetivamente pelos danos que causarem a terceiros, 
 
4 
CERTO 
18 
 
 
 
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responsabilidade seria subjetiva. Vide: STJ. com fundamento no art. 37, § 6º, da Constituição 
2ª Turma. AgRg no REsp 1345620/RS, Rel. Federal, tanto por atos comissivos quanto por atos 
Min. Assusete Magalhães, julgado em omissivos, desde que demonstrado o nexo causal entre 
24/11/2015. o dano e a omissão do Poder Público. (...) 
#ATENÇÃO: esse ano o CESPE elaborou STF. 2ª Turma. ARE 897890 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, 
questão (TER/PE 2017) afirmando a julgado em 22/09/2015. 
responsabilidade subjetiva do Estado nos 
casos de atos omissivos, como REGRA 
GERAL. #CUIDADOCOMOENUNCIADO. 
 
 
#APOSTACICLOS Em caso de inobservância de seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da 
CF/88, o Estado é responsável pela morte de detento. STF. Plenário, julgado em 30/3/2016 (repercussão geral) (Info 
819). 
 
 
#CESPECOBROU #TJPR2017: a banca considerou correta a seguinte assertiva: quando o poder público comprovar 
causa impeditiva da sua atuação protetiva e não for possível ao Estado agir para evitar a morte de detento (que 
ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade) não haverá responsabilidade civil do Estado, pois o nexo 
causal da sua omissão com o resultado danoso terá sido rompido. 
 
#APOSTACICLOS #AJUDAMARCINHO: Resumo das alterações promovidas pela Lei nº 13.286/2016: 
 
RESPONSABILIDADE DOS TABELIÕES E REGISTRADORES 
ANTES DA LEI 13.286/2016 DEPOIS DA LEI 13.286/2016 
A responsabilidade civil dos notários e 
registradores era OBJETIVA (vítima não 
precisava provar dolo ou culpa). 
A responsabilidade civil dos notários e 
registradores passou a ser SUBJETIVA 
(vítima terá que provar dolo ou culpa). 
O prazo prescricional para a vítima 
ingressar com a ação judicial contra o 
notário/registrador era de 5 anos. 
O prazo prescricional foi reduzido para 3 
anos. 
 
 
#DEOLHONAJURIS: Deve ser extinto o processo, sem resolução do mérito, na hipótese de ação em que se pretenda 
obter do Estado, antes de declarada a nulidade do registro imobiliário, indenização por dano decorrente de alegada 
fraude ocorrida em Cartório de Registro de Imóveis. Nessa situação, falta interesse de agir, pois, antes de 
reconhecida a nulidade do registro, não é possível atribuir ao Estado a responsabilidade civil pela fraude alegada. 
Isso porque, segundo o art. 252 da Lei 6.015/73, o registro, enquanto não cancelado, produz todos os efeitos legais, 
ainda que, por outra maneira, prove-se que o título está desfeito, anulado, extinto ou rescindido. STJ, julgado em 
18/4/2013 (Info 523) 
 
 
 
 
19 
6. REGIMES SERVIDORES PÚBLICOS. REGIME CONSTITUCIONAL. JURÍDICOS: O SERVIDOR ESTATUTÁRIO E O 
EMPREGADO PÚBLICO. CARGOS E FUNÇÕES. DIREITOS E DEVERES DOS SERVIDORES ESTATUTÁRIOS. REGIME 
PREVIDENCIÁRIO DO SERVIDOR ESTATUTÁRIO. NORMAS E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS. AS REGRAS DE 
TRANSIÇÃO. O NOVO REGIME PREVIDENCIÁRIO. O SISTEMA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. REGIME E 
PROCESSO DISCIPLINAR. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA, CIVIL E PENAL DO SERVIDOR. 
 
 
 
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Cargos públicos 
 Acesso Garantia Demissão/exoneração 
 
 
EFETIVOS 
 
 
Concurso público 
 
Estabilidade 
Estágio probatório – 3 anos 
(i) Sentença judicial transitada em 
julgado; (ii) PAD; (iii) insuficiência 
de desempenho e (iv) excesso de 
gasto orçamentário com despesa 
de pessoal. 
 
 
 
 
VITALÍCIOS 
 
Concurso público, 
exceto Ministros de 
Tribunais 
Superiores, TC e 
quinto 
constitucional. 
Vitaliciedade: 
 Vitaliciedade diferida – 2 
anos: 
magistrados e promotores 
 
 Vitaliciedade automática: 
quinto constitucional, 
ministros tribunais 
superiores e membros TC 
 
 
 
Apenas sentença judicial transitada 
em julgado. 
COMISSIONADOS Livre Inexistência Livre 
 
#NÃOCONFUNDA:PROVIMENTO 
ORIGINÁRIO 
Formalizado por meio da nomeação, a qual gera direito à posse para os aprovados em 
concurso público (Súmula 16, STF). 
 
 
 
DERIVADO 
Promoção 
Progressão funcional em que o servidor é deslocado de cargo de classe 
inferior para outro cargo de classe superior dentro da mesma carreira. 
 
Readaptação 
Provimento derivado do servidor em cargo de atribuições e 
responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua 
capacidade física ou mental verificada por perícia médica. 
 
Reversão 
Retorno do servidor aposentado ao cargo quando ocorrer uma das 
seguintes hipóteses: 
a. Declaração por junta médica oficial da insubsistência dos motivos 
 
20 
SERVIDORES PÚBLICOS (Relação de 
trabalho permanente com entidades 
de direito público) 
Regime celetista 
AGENTES PÚBLICOS 
Agentes políticos (legislativo, 
excecutivo, judiciário, MP, TCU...) 
Servidores administrativos do 
Estado 
Agentes ou Particulares em colaboração com o 
Estado (mesários, jurados, concessionários, 
permissionários, notários não oficializados...) 
SERVIDORES TEMPORÁRIOS 
(contratados para atender a 
necessidade temporária de 
excepcional interesse público) 
 
SERVIDORES MILITARES 
Nem celetista e 
nem estatutáro 
REGIME ÚNICO = O STF declarou inconstituiconal, com 
efeitos ex nunc, a existência de regimes jurídicos 
diversos. 
 
Regime estatutário 
 
EMPREGADOS PÚBLICOS (Relação de 
trabalho permanente com entidades de 
direito privado da Adm. Pública indireta) 
 
 
 
Direitos sociais aplicáveis aos servidores públicos 
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 determinantes para aposentadoria por invalidez; 
b. Declaração de ilegalidade do ato de concessão da aposentadoria; 
c. Reversão “no interesse da administração” desde que preenchidos os 
requisitos legais. (controvérsia sobre essa última hipótese). 
 
Aproveitamento 
Retorno do servidor colocado em disponibilidade para cargo com 
atribuições, responsabilidades e vencimentos compatíveis com o 
anteriormente ocupado. 
 
Reintegração 
Retorno do servidor ao cargo de origem após a declaração (administrativa 
ou judicial) de ilegalidade da sua demissão, com ressarcimento da 
remuneração e vantagens não percebidos. 
 
Recondução 
É o retorno do servidor estável ao cargo de origem, tendo em vista a sua 
inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou a reintegração 
do servidor ao cargo. 
 
 
 
#AJUDAMARCINHO: 
TETO NACIONAL: subsídio dos Ministros do STF. Ninguém poderá receber acima desse valor. As Constituições 
estaduais e leis orgânicas podem fixar subtetos para Estados/DF e Municípios. Nesse caso, tais subtetos 
também deverão respeitar o teto nacional. 
Subteto da UNIÃO Subteto nos Estados/DF Subteto nos Municípios 
 
Subsídio dos Ministros do 
STF 
Existem duas opções: 
 
Opção 1. Subtetos diferentes para cada Poder: 
a. Executivo: subsídio do Governador. 
b. Legislativo: sub. dos Deputados. 
c. Judiciário/MP/DP/PROC: subsídio dos 
Desembargadores do TJ, limitado a 90,25% 
do subsídio mensal dos Ministros do STF*. 
 
Subsídio do Prefeito 
21 
Art. 7º, CF. IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades 
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, 
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada 
sua vinculação para qualquer fim; 
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; 
VIII – 13º salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; 
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; 
XIII - duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44 semanais, facultada a compensação de 
horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; 
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, 50% à do normal; 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal; 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120 dias; 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; 
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, 
idade, cor ou estado civil; 
 
 
 
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 Opção 2. Subteto único para todos os 
Poderes: nesse caso, o valor máximo seria o 
subsídio dos Desembargadores do TJ, limitado 
a 90,25% do subsídio mensal dos Ministros do 
STF*. 
 
Atenção: o subsídio dos Deputados 
Estaduais/Distritais seguirá regras próprias 
(art. 27, §2º), não estando sujeito ao subsídio 
dos Desembargadores, mesmo que se adote 
esta 2ª opção. 
 
Atenção 2: Quem define se o Estado-membro 
adotará subtetos diferentes ou único é a 
Constituição Estadual 
 
* A CF/88 dá a entender que o subsídio dos 
Desembargadores e dos juízes estaduais não 
poderia ser maior que 90,25% do subsídio do 
Ministro do STF. O STF, contudo, declarou esta 
interpretação como inconstitucional (ADI 
3.854). O teto para Desembargadores e juízes 
estaduais é 100% do subsídio dos Ministros do 
STF, ou seja, eles podem, em tese, receber o 
mesmo que os Ministros do STF. Vale 
ressaltar, no entanto, que o limite de 90,25% 
aplica-se, sim, para os servidores do Poder 
Judiciário estadual (na opção 1) e para os 
servidores dos três Poderes estaduais (na 
opção 2). 
 
 
22 
#SELIGANASSÚMULAS 
Súmula 377-STJ: o portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às 
vagas reservadas aos deficientes. 
Súmula 552-STJ: O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com deficiência para o 
fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos. 
Súmula vinculante 44-STF: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato 
a cargo público. 
Súmula vinculante 43-STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor 
investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que 
não integra a carreira na qual anteriormente investido. 
Súmula vinculante 4-STF: Salvo os casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser 
usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser 
substituído por decisão judicial. 
Súmula vinculante 42-STF: É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores 
estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária. 
Súmula vinculante 37-STF: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar 
 
 
 
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23 
vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia. 
Súmula vinculante 33-STF: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da 
previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição 
Federal, até a edição de lei complementar específica. 
Súmula vinculante 3-STF: Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o 
contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogaçãode ato 
administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão 
inicial de aposentadoria, reforma e pensão. 
#DESPENCA #INFORMATIVOS #COLANARETINA 
STJ (598 – AGENTE PÚBLICO): A instauração de processo disciplinar contra servidor efetivo cedido deve 
ocorrer, preferencialmente, no órgão em que tenha sido praticada a suposta irregularidade. Por outro lado, o 
julgamento e a eventual aplicação de sanção só podem ocorrer no órgão ao qual o servidor efetivo estiver 
vinculado. 
STF (862 – AGENTES PÚBLICOS): Nos casos autorizados constitucionalmente de acumulação de cargos, 
empregos e funções, a incidência do art. 37, XI, da Constituição Federal pressupõe consideração de cada um 
dos vínculos formalizados, afastada a observância do teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos 
do agente público. 
STJ (600 – AGENTE PÚBLICO): Se o candidato tomou posse por força de decisão judicial precária e esta, 
posteriormente, é revogada, ele perderá o cargo, mesmo que já o esteja ocupando há muitos anos. Não se 
aplica, ao caso, a teoria do fato consumado. Nesse sentido: STF. Plenário. RE 608482/RN, Rel. Min. Teori 
Zavascki, julgado em 7/8/2014 (repercussão geral) (Info 753). A situação será diferente se ele se aposentou 
antes do processo chegar ao fim. Imagine que o candidato tomou posse no cargo por força de decisão judicial 
precária. Passaram-se vários anos e ele, após cumprir todos os requisitos, aposentou neste cargo por tempo 
de contribuição. Após a aposentadoria, a decisão que o amparou foi reformada. Neste caso, não haverá a 
cassação de sua aposentadoria. 
JURISPRUDÊNCIA EM TESES – SERVIDOR PÚBLICO 
3) É indevida a devolução ao erário de valores recebidos de boa-fé, por servidor 
público ou pensionista, em decorrência de erro administrativo operacional ou nas 
hipóteses de equívoco ou má interpretação da lei pela Administração Pública. 
11) A contagem do prazo decadencial para a impetração de mandado de segurança 
contra ato que fixa ou altera sistema remuneratório ou suprime vantagem pecuniária 
de servidor público inicia-se com a ciência do ato impugnado. 
1) É legítimo o ato da Administração que promove o desconto dos dias não 
trabalhados pelos servidores públicos participantes de movimento grevista. 
10) É lícita a cassação de aposentadoria de servidor público, não obstante o caráter 
contributivo do benefício previdenciário. 
13) A limitação da carga horária semanal para servidores públicos profissionais de 
saúde que acumulam cargos deve ser de 60 horas semanais. 
 
 
 
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ATO ADMINISTRATIVO 
 
CONCEITO 
É a manifestação unilateral de vontade da Administração Pública ou de seus 
delegatários, no exercício da função delegada, que, sob o regime de direito público, 
pretende produzir efeitos jurídicos com o objetivo de implementar o interesse público. 
ELEMENTOS 
FORMA, FINALIDADE, COMPETÊNCIA, OBJETO e MOTIVO (os dois últimos são 
discricionários). 
 
ATRIBUTOS 
Presunção de legalidade, veracidade e legitimidade 
Imperatividade 
Tipicidade 
Autoexecutoriedade 
 
VINCULAÇÃO E 
DISCRICIONARIEDADE 
O ato é vinculado quando TODOS os elementos já estão previamente definidos em lei. 
Por outro lado, é discricionário quando o administrador puder, em juízo de 
conveniência e oportunidade, escolher os elementos OBJETO e MOTIVO (formam o 
MÉRITO administrativo). 
 
 
PRINCIPAIS ESPÉCIES 
 Simples: formado pela vontade de um único órgão; 
 Composto: há duas vontades, no mesmo órgão, uma que define o conteúdo e 
outra que atesta a validade. Ex. atos dependentes de visto, homologação. 
 Complexo: há duas vontades igualmente importantes, em órgãos diferentes, que 
produzem um único ato. Ex. nomeação de dirigente de agência reguladora, 
concessão de aposentadoria. 
 
 
 
DELEGAÇÃO E 
AVOCAÇÃO 
Delegação: é a transferência, total ou parcial, do exercício de determinadas 
atribuições para outro agente público. De acordo com a lei 9.784/99, NÃO SE ADMITE 
DELEGAÇÃO: (a) edição atos normativos; (b) recursos administrativos e (c) 
competência exclusiva. Admite-se fora da estrutura hierárquica. 
 
Avocação: é o chamamento, pela autoridade superior, das atribuições inicialmente 
outorgadas pela lei ao agente subordinado. Tem sempre PRAZO DETERMINADO. Não 
se admite fora da estrutura hierárquica. 
 
 
 
 
 
EFEITOS 
Efeitos típicos: são aqueles desejados pelo ato administrativo praticado. 
 
Efeitos atípicos: a doutrina divide em: 
 
(a) Reflexos: atinge terceiros sem a vontade do Estado (ex.: o ato de 
desapropriação alcança reflexamente o contrato de locação do imóvel). 
 
(b) Prodrômico: a prática de um ato gera, como efeito, a necessidade de que seja 
praticado um outro ato. Ex.: quando a Administração defere a aposentadoria 
de um servidor, esse ato produz, como efeito, a necessidade de que o Tribunal 
de Contas produza um outro ato avaliando a adequação, ou não, da concessão 
24 
7. ATO ADMINISTRATIVO. CONCEITO. REGIME JURÍDICO. ESPÉCIES. ELEMENTOS E REQUISITOS. VÍCIOS DOS ATOS 
ADMINISTRATIVOS. PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ATOS ADMINISTRATIVOS. DISCRICIONARIEDADE 
ADMINISTRATIVA E CONTROLE JUDICIAL. EXTINÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS. 
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS. CONTROLE DOS ATOS DA 
ADMINISTRAÇÃO. CONTROLE ADMINISTRATIVO E JURISDICIONAL. LIMITES DO CONTROLE JURISDICIONAL. O 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PELOS TRIBUNAIS DE CONTAS. FORMAS, CARACTERÍSTICAS E LIMITES. 
MANDADO DE SEGURANÇA. AÇÃO POPULAR. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA; ASPECTOS 
PROCESSUAIS E MATERIAIS. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA E CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS PELA PRÁTICA 
DE ATOS CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. (LEI Nº 12.846/2013). 
 
 
 
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 daquela aposentadoria. 
 
 
 
 
 
 
EXTINÇÃO 
i. Normal = o ato produziu todos os efeitos desejados; 
ii. Subjetiva = o beneficiário desaparece; 
iii. Objetiva = o objeto desaparece; 
iv. Vontade do particular 
v. Vontade da Administração: 
a) Caducidade: lei superveniente torna o ato ilegal. 
b) Cassação: o particular descumpre as condições do ato. 
c) Contraposição: incompatibilidade material com ato administrativo 
posterior. Ex: nomeação e exoneração. 
d) Anulação: o ato era ilegal. 
e) Revogação: em juízo de conveniência e oportunidade, a Administração 
decide retirar do mundo jurídico um determinado ato 
DISCRICIONÁRIO. 
 
 
 
 
CONVALIDAÇÃO 
(a) Convalidação voluntária: a Administração quer salvar o ato que tem vício de 
FORMA ou COMPETÊNCIA (são os vícios passíveis de convalidação). Parte da doutrina 
diz que, na hipótese de OBJETO PLÚRIMO, também é possível a convalidação 
voluntária. 
 
(b) Convalidação involuntária: ocorre a decadência de anular os atos viciados. Veja a 
redação do art. 54 da lei nº 9784/99: 
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que 
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da 
data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. 
 
ANULAÇÃO E 
REVOGAÇÃO 
(a) Anulação: o ato ilegal, vinculado ou discricionário, deve ser anulado pela 
Administração Pública ou pelo Poder Judiciário. 
 
(c) Revogação: atos DISCRICIONÁRIOS podem ser extintos pela ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA, em juízo de conveniência e oportunidade, 
 
 
Licença Permissão Autorização 
Reconhece direito do particular 
para exercício de determinada 
atividade 
Permite exercício de determinada 
atividade pelo particular ou uso de 
bem público 
Permite exercício de determinada 
atividade pelo particular ou uso de 
bem público 
Ato vinculado Ato precário e discricionárioAto precário e discricionário 
 
Natureza declaratória 
Natureza constitutiva Natureza constitutiva 
Interesse público e privado 
satisfeitos com igual intensidade 
Prepondera interesse do particular 
 
25 
 
 
 
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CONTRATOS X CONVÊNIOS 
CONTRATOS CONVÊNIOS 
Interesses antagônicos Mesmos objetivos 
Destinação dos recursos não interessa ao Poder 
Público. 
Deve haver prestação de contas. 
Precisa de licitação Não precisa de licitação. 
LICITAÇÃO 
NOÇÕES GERAIS 
 
CONCEITO 
É o processo administrativo utilizado pela Administração Pública e pelas demais pessoas 
indicadas pela lei com o objetivo de selecionar a melhor proposta, por meio de critérios 
objetivos e impessoais, para celebração de contratos. 
COMPETÊNCIA 
LEGISLATIVA 
A União possui competência legislativa PRIVATIVA para editar normas gerais sobre licitações 
e contratos. 
 
 
PRINCÍPIOS 
1. PRINCÍPIO DA COMPETITIVIDADE: 
2. PRINCÍPIO DA ISONOMIA: 
3. PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO: 
4. PRINCÍPIO DO PROCEDIMENTO FORMAL: 
5. PRINCÍPIO DO JULGAMENTO OBJETIVO: 
 
 
OBJETO 
(i) obras 
(ii) serviços, inclusive de publicidade. 
(iii) compras 
(iv) alienações 
(v) concessões e permissões 
(vi) locações da Administração Pública 
 
DESTINATÁRIOS 
1. Administração Pública Direta: 
2. Administração Pública Indireta: 
3. Entidades controladas direta ou indiretamente pelo Poder Público 
ANULAÇÃO 
E 
REVOGAÇÃO 
ANULAÇÃO: é um dever que decorre da ilegalidade no procedimento. Pode ser decretada 
pelo Executivo (controle interno) ou Judiciário/Legislativo (controle externo). 
 
REVOGAÇÃO: é uma faculdade de desfazimento do procedimento por razões de interesse 
26 
#SELIGANASSÚMULAS 
Súmula 473-STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de 
vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revoga-los, por 
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e 
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. 
 
Súmula 346-STF: A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios 
atos. 
8. LICITAÇÕES. FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL. CONCEITO E MODALIDADES. O REGIME DE LICITAÇÕES E 
ALTERAÇÕES. DISPENSA E INEXIGIBILIDADE. REVOGAÇÃO E ANULAÇÃO, HIPÓTESES E EFEITOS. PREGÃO E 
CONSULTA. O REGISTRO DE PREÇOS. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. CONCEITO E CARACTERÍSTICAS. 
INVALIDAÇÃO. PRINCIPAIS ESPÉCIES DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. INEXECUÇÃO E RESCISÃO DOS 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. REGIME DIFERENCIADO DE CONTRAÇÃO PÚBLICA. 
 
 
 
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 público, em razão de fatos supervenientes devidamente comprovados. Somente pode ser 
feita pelo Poder Executivo. 
 
 
CONTRATAÇÃO DIRETA 
ESPÉCIES CARACTERÍSTICAS ALGUMAS HIPÓTESES 
 
 
 
 
 
 
 
 
LICITAÇÃO 
DISPENSADA 
 
 
 
 
 
 
1. 
2. 
 
3. 
 
 
 
 
 
 
Rol taxativo 
Objeto do contrato é restrito = 
alienação de bens 
Ausência de discricionariedade do 
administrador, pois o próprio 
legislador dispensou previamente 
a licitação. 
a. Dação em pagamento; 
b. Doação; 
c. Permuta; 
d. Investidura; 
e. Venda para outros órgãos ou entidades 
administrativas; 
f. Programas habitacionais; 
g. Venda de ações, que poderão ser 
comercializadas em bolsa; 
h. Venda de bens quando a entidade 
administrativa possui essa finalidade; 
i. Procedimentos de legitimação de posse de que 
trata o art. 29 da Lei 6.383; 
j. Alienação gratuita ou onerosa, aforamento, 
concessão de direito real de uso, locação ou 
permissão de uso de bens imóveis de uso 
comercial de âmbito local com área até 250m². 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LICITAÇÃO 
DISPENSÁVEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. 
2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rol taxativo; 
Discricionariedade do 
administrador; 
a. Valor reduzido; 
b. Situações emergenciais; 
c. Intervenção no domínio econômico; 
d. Contratação de entidades administrativas; 
e. Segurança nacional; 
f. Compra e locação de imóveis; 
g. Complementação do objeto contratual; 
h. Gêneros perecíveis; 
i. Entidades sem fins lucrativos; 
j. Negócios internacionais; 
k. Obras de arte; 
l. Necessidade de manutenção de garantias; 
m. Forcas armadas; 
n. Bens destinados à pesquisa; 
o. Serviços públicos concedidos; 
p. Transferência de tecnologia e incentivos à 
inovação e à pesquisa científica e tecnológica; 
q. Contratos de programa; 
r. Catadores de materiais recicláveis; 
s. Alta complexidade tecnológica; 
t. Assistência técnica e extensão rural. 
 
INEXIGIBILIDADE 
DE LICITAÇÃO 
 
1. 
2. 
 
Rol exemplificativo; 
Vinculação do administrador. 
Exemplos: 
- fornecedor exclusivo; 
- serviços técnicos especializados; 
- artistas consagrados. 
 
27 
 
 
 
m 
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Modalidades de licitação 
 Objeto Participantes 
 
 
 
 
 
 
CONCORRÊNCIA 
 Obras e serviços de engenharia: acima de R$ 
1.500.000,00 
 Outros serviços: acima de R$ 650.000,00 
 Independentemente do valor (art. 23, §3o): a) 
compra ou alienação de bens imóveis, 
ressalvados os casos do art. 19, da L. 8.666/93; c) 
concessões de direito real de uso; c) licitações 
internacionais. 
Obs: para consórcios públicos aplica-se o dobro 
desses valores quando formados por até 3 entes da 
federação, e o triplo, quando formando por 4 ou 
mais entes. 
 
 
 
 
 
 
Qualquer interessado 
 
TOMADA DE 
PREÇOS 
 Obras e serviços de engenharia: acima de R$ 
150.000,00 até R$ 1.500.000,00 
 Outros serviços: acima de R$ 80.000,00 até R$ 
650.000,00 
 
Cadastrados até 3 dias antes do 
recebimento da proposta 
 
 
 
CONVITE 
 Obras e serviços de engenharia: de 0,00 a R$ 
150.000,00 
 Outros serviços: de 0,00 a R$ 80.000,00 
 
Obs.: até 10% desses valores, a licitação será 
DISPENSÁVEL. 
 
Convidados (cadastrados ou não – 
mínimo de 3) e qualquer cadastrado 
até 24 horas antes da apresentação 
das propostas. 
CONCURSO Trabalho técnico, artístico ou científico Qualquer interessado 
 
 
LEILÃO 
a) Alienação de bens móveis inservíveis; b) 
alienação de produtos legalmente 
apreendidos/penhorados; c) alienação de bens 
imóveis adquiridos em procedimentos judiciais ou 
mediante dação em pagamento (art. 19, L. 
8666/93)). 
 
 
Qualquer interessado 
PREGÃO 
Aquisição de be ou serviço comum, NÃO importa 
o valor. 
Qualquer interessado 
 
Concorrência (fase externa): 
 
 
 
Pregão (fase externa) 
 
 
 
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Edital Habilitação Julgamento Homologação Adjudicação 
Edital 
Julgamento 
(proposta escrita e 
lances verbais, 
negociação) 
Habilitação Adjudicação Homologação 
 
 
 
NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 
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CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
 
CONCEITO 
A Administração Pública deve exteriorizar a sua vontade para desempenhar suas funções. 
A manifestação pode ser unilateral (atos administrativos), bilateral (contratos da 
Administração) ou plurilateral (consórcios e convênios). 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
1 FORMALISMO MODERADO 
2 BILATERALIDADE 
3 COMUTATIVIDADE 
4 PERSONALÍSSIMO (INTUITU PERSONAE) 
5 DESEQUILÍBRIO 
6 INSTABILIDADE 
7 ONEROSIDADE 
 
 
CLÁUSULAS 
EXORBITANTES 
1. ALTERAÇÃO UNILATERAL 
2 RESCISÃO UNILATERAL 
3 FISCALIZAÇÃO 
4 APLICAÇÃO DE SANÇÕES 
5 OCUPAÇÃO PROVISÓRIA 
EQUILÍBRIO 
ECONÔMICO- 
FINANCEIRO 
(i) Reajuste: mantém o equilíbrio. 
(ii) Revisão: RECOMPÕE o equilíbrio que foi rompido. 
 
 
 
 
DURAÇÃO 
Em regra, duram 01 ano (previsão

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