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NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br Este material está protegido por direitos autorais (Lei nº 9.610/98), sendo vedada a reprodução, distribuição ou comercialização de qualquer informação ou conteúdo dele obtido, em qualquer hipótese, sem a autorização expressa de seus idealizadores. O compartilhamento, a título gratuito ou oneroso, leva à responsabilização civil e criminal dos envolvidos. Todos os direitos estão reservados. Além da proteção legal, este arquivo possui um sistema GTH anti-temper baseado em linhas de identificação criadas a partir do CPF do usuário, gerando um código-fonte que funciona como a identidade digital oculta do arquivo. O código-fonte tem mecanismo autônomo de segurança e proteção contra descriptografia, independentemente da conversão do arquivo de PDF para os formatos doc, odt, txt entre outros. PARTE II SUMÁRIO DIREITO ADMINISTRATIVO ................................................................................................ 3 DIREITO CONSTITUCIONAL .............................................................................................. 38 DIREITO CIVIL .................................................................................................................. 77 2 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br DIREITO ADMINISTRATIVO1 PRIMEIRO SETOR: está o Estado (setor público), compreendendo a Administração Direta e a Indireta; SEGUNDO SETOR: está o mercado (setor privado), espaço dedicado à iniciativa privada, em que a atuação dos agentes econômicos é voltada para a obtenção de lucro; TERCEIRO SETOR (setor público não estatal): é composto por organizações de natureza privada, sem objetivo de lucro, que, embora não integrem a Administração Pública, dedicam-se à consecução de objetivos sociais ou públicos. Essas entidades são também chamadas de públicas não estatais. São públicas porque prestam serviço de interesse público; são “não estatais” porque não integram a Administração Pública direta ou indireta. o EXEMPLOS DO TERCEIRO SETOR: entidades declaradas de utilidade pública, os serviços sociais autônomos (como SESI, SESC, SENAI), organizações sociais (OS) e as organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP). o CARACTERÍSTICAS DO TERCEIRO SETOR: (i) Não são criadas pelo Estado, ainda que algumas delas tenham sido autorizadas por lei; (ii) Em regra, desempenham atividade privada de interesse público (serviços sociais não exclusivos do Estado); (iii) Recebem algum tipo de incentivo do Poder Público; (iv) Muitas possuem algum vínculo com o Poder Público e, por isso, são obrigadas a prestar contas dos recursos públicos à Administração Pública e ao Tribunal de Contas; (v) Possuem regime jurídico de direito privado, porém derrogado parcialmente por normas direito público; (vi) Integram o Terceiro Setor porque não se enquadram inteiramente como entidades privadas e também porque não integram a Administração Pública Direta ou Indireta. QUARTO SETOR: Está relacionado ao comércio informal e, também, ao exercício de atividades ilícitas como o tráfico de drogas, a corrupção, a lavagem de dinheiro. QUINTO SETOR: excluídos sociais, isto é, aquela parcela mais pobre da sociedade, que vagueia na marginalidade. 1 Por Samuel Porfirio. 3 1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA COMO FUNÇÃO DO ESTADO. PRINCÍPIOS REGENTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO CONSTITUCIONAIS E LEGAIS, EXPLÍCITOS E IMPLÍCITOS. A REFORMA DO ESTADO BRASILEIRO. OS QUATRO SETORES E SUAS CARACTERÍSTICAS. A PUBLICIZAÇÃO DO TERCEIRO SETOR (AS ORGANIZAÇÕES SOCIAIS E AS OSCIPS). #COLANARETINA: Vamos começar lendo a Lei 9.637 e depois a Lei 9.790. Art. 1o O Poder Executivo poderá qualificar como organizações sociais pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde, atendidos aos requisitos previstos nesta Lei. Art. 2o São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior habilitem-se à qualificação como organização social: I - comprovar o registro de seu ato constitutivo, dispondo sobre: NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br b) finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento de seus excedentes financeiros no desenvolvimento das próprias atividades; d) previsão de participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de representantes do Poder Público e de membros da comunidade, de notória capacidade profissional e idoneidade moral; f) obrigatoriedade de publicação anual, no Diário Oficial da União, dos relatórios financeiros e do relatório de execução do contrato de gestão (TAMBÉM CHAMADO DE ACORDO-PROGRAMA); h) proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido em qualquer hipótese, inclusive em razão de desligamento, retirada ou falecimento de associado ou membro da entidade; II - haver aprovação, quanto à conveniência e oportunidade de sua qualificação como organização social, do Ministro ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente ao seu objeto social e do Ministro de Estado da Administração Federal e Reforma do Estado. Art. 1o Podem qualificar-se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e se encontrem em funcionamento regular há, no mínimo, 03 anos, desde que os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos instituídos por esta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência) § 1o Para os efeitos desta Lei, considera-se sem fins lucrativos a pessoa jurídica de direito privado que não distribui, entre os seus sócios ou associados, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e que os aplica integralmente na consecução do respectivo objeto social. § 2o A outorga da qualificação prevista neste artigo é ato vinculado ao cumprimento dos requisitos instituídos por esta Lei. Art. 4º Atendido o disposto no art. 3º, exige-se ainda, para qualificarem-se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, que as pessoas jurídicas interessadas sejam regidas por estatutos cujas normas expressamente disponham sobre: Parágrafo único. É permitida a participação de servidores públicos na composição de conselho ou diretoria de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. Art. 7o Perde-se a qualificação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, a pedido ou mediante decisão proferida em processo administrativo ou judicial, de iniciativa popular ou do Ministério Público, no qual serão assegurados, ampla defesa e o devido contraditório. Art. 8o Vedado o anonimato, e desde que amparado por fundadas evidências de erro ou fraude, qualquer cidadão, respeitadas as prerrogativas do Ministério Público, é parte legítima para requerer, judicial ou administrativamente, a perda da qualificação instituída por esta Lei. Art. 9o Fica instituído o Termo de Parceria (NÃO CONTRATO GESTÃO), assim considerado o instrumento passível de ser firmado entre o Poder Público e as entidades qualificadas como organizações da sociedade civil de interesse público destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes, para o fomento e a execução das atividades de interesse públicoprevistas no art. 3o desta Lei. ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS) LEI 9.637/1998 ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (OSCIP) LEI 9.790/1999 Pessoa jurídica de direito privado, sem finalidade lucrativa, não integrante da administração. Pessoa jurídica de direito privado, sem finalidade lucrativa, não integrante da administração, que tenham sido 4 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br constituídas e se encontrem em funcionamento regular há, no mínimo, 03 anos. Ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde. Possui todos os conteúdos da OS, mais aqueles delimitados no art. 3° da Lei 9.790/1999. Contrato de gestão ou acordo-programa Termo de parceria Ato discricionário Ato vinculado Ato de qualificação depende da aprovação do Ministério ou da área de supervisão ou regulação do objeto social. Ato de qualificação é dado pelo Ministério da Justiça. Não admite ser qualificado, simultaneamente, como OSCIP. Não admite ser qualificado, simultaneamente, como OS. É obrigatória a presença de representante do Poder Público. É facultativa a presença de representante do Poder Público na composição do conselho da entidade. Repasse de recursos orçamentários, permissão de uso de bens públicos e cessão de especial de servidor sem custo para entidade. Repasse de recursos orçamentários, permissão de uso de bens públicos. A licitação é dispensável para contração de serviços, no âmbito do contrato de gestão ou acordo-programa. Não há previsão de dispensa de licitação. Perde-se a qualificação a pedido ou processo administrativo, por descumprimento do contrato de gestão ou acordo-programa. Perde-se a qualificação a pedido ou processo administrativo ou judicial (iniciativa popular ou do MP), por descumprimento do contrato de termo de parceria. AUTARQUIA: é pessoa jurídica de direito público que exerce atividade típica do Estado – regime jurídico de direito público similar ao da Administração Direta. A responsabilidade do Estado é subsidiária (continua responsável, mas em segundo plano – só responde se a autarquia não tiver patrimônio suficiente – já que ela possui receita própria). A responsabilidade do Estado é SUBSIDIÁRIA e OBJETIVA. FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PÚBLICO: nada mais é que uma espécie de autarquia. É chamada de fundação autárquica. É uma espécie do gênero autarquia e por isso, a lei não autoriza a sua criação. A lei cria fundação pública de direito público. FUNDAÇÃO PÚBLICA DE DIREITO PRIVADO: também é chamada de fundação governamental. Segue um regime misto, híbrido, igual ao da empresa pública e sociedade de economia mista. Nesse caso, a lei autoriza a criação. EMPRESA PÚBLICA: pessoa jurídica de direito privado que segue um regime híbrido ou misto (ou seja, nem totalmente de direito público, nem totalmente de direito privado). Pode ser prestadora de serviço público e exploradora da atividade econômica. Capital exclusivamente público. Pode ser constituída de qualquer modalidade empresarial (LTA, S/A de capital aberto, etc.). Ex.: CEF, IFRAERO, BNDES, EMBRAPA, CORREIOS. 2 Este ponto do edital não tem sido exigido pelo TRF 5. É importante, no entanto, que tenhamos, no mínimo, conhecimentos básicos sobre o tema, pois, como se sabe, se o ponto está no edital, pode ser exigido. Não nos aprofundamentos por uma questão estratégica. Caso sintam necessidade, leiam a FUC sobre o respectivo tema. 5 2. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES PÚBLICAS, SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA E EMPRESAS PÚBLICAS. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE CADA UMA E REGIME JURÍDICO. O REGIME DAS SUBSIDIÁRIAS. DIREITO ADMINISTRATIVO ECONÔMICO. AS FORMAS DE INTERVENÇÃO DO ESTADO. OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ORDEM ECONÔMICA E A CRIAÇÃO DE SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA E EMPRESAS PÚBLICAS.2 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br Criação por autorização em lei e depende de registro em órgão competente. Competência da JF. OBS.: se for EP estadual ou municipal, quem julga é a JE. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA FEDERAL: pessoa jurídica de direito privado, de regime jurídico híbrido ou misto, prestadora de serviços públicos e exploradora da atividade econômica. De capital misto. Só pode ser constituída por S/A. Ex.: PETROBRAS, BB, TELEBRAS, Banco do Nordeste. Criação por autorização em lei e depende de registro em órgão competente. Competência da Justiça Estadual. EMPRESAS PÚBLICAS: criadas com capital 100% do Estado, admitindo-se a participação societária de qualquer entidade da Administração Pública direta ou indireta, mas VEDANDO a participação de particulares. Sociedades de economia mista: permite-se a participação societária de particulares desde que o controle acionário se mantenha nas mãos das entidades integrantes do Estado. No estudo da administração pública indireta, atenção para as AGÊNCIAS REGULADORAS: (a) Conceito: são autarquias com regime especial. (b) Espécies: podem (i) controlar atividades privadas ou (ii) fiscalizar os prestadores de serviços públicos. (c) Peculiaridades: são três: (i) Poder normativo: as agências podem editar normas para o setor regulado. (ii) Autonomia: a autonomia é garantida pela (a) inexistência de recurso hierárquico impróprio (aquele endereçado para outra PJ) e (b) estabilidade reforçada de seus dirigentes, que não podem ser exonerados AD NUTUM, mas apenas em caso de renúncia, sentença judicial ou após processo administrativo. (iii) Independência financeira: as agências podem criar as famosas TAXAS REGULATÓRIAS. AGÊNCIAS EXECUTIVAS: é autarquia ou fundação, com contrato de gestão, que visa a maior eficiência, redução de custos, mediante a modernização da autarquia. Vai melhorar a autarquia ou fundação que está sucateada. 6 3. DIREITO ADMINISTRATIVO REGULADOR. AGÊNCIAS: REGULADORAS E EXECUTIVAS. O REGIME JURÍDICO DAS AGÊNCIAS REGULADORAS: NATUREZA JURÍDICA, CARACTERÍSTICAS, PESSOAL E PODER NORMATIVO. A CONCESSÃO DE SERVIÇOS. CONCEITO, CARACTERÍSTICAS. DIREITOS DO CONCEDENTE E DO CONCESSIONÁRIO. EQUILÍBRIO DO CONTRATO. FORMAS DE EXTINÇÃO. AS PERMISSÕES E AUTORIZAÇÕES. AS PARCERIAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS. JURISPRUDÊNCIA EM TESES – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA 1) Aplica-se a prescrição quinquenal do Decreto n. 20.910/32 às empresas públicas e às sociedades de economia mista responsáveis pela prestação de serviços públicos próprios do Estado e que não exploram atividade econômica. 3) As autarquias possuem autonomia administrativa, financeira e personalidade jurídica própria, distinta da entidade política à qual estão vinculadas, razão pela qual seus dirigentes têm legitimidade passiva para figurar como autoridades coatoras em Mandados de Segurança. 4) As empresas públicas e as sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos possuem legitimidade ativa ad causam para a propositura de pedido de suspensão, quando na defesa de interesse público primário. 10) As agências reguladoras podem editar normas e regulamentos no seu âmbito de atuação quando autorizadas por lei. 13) Compete à justiça comum estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento. (Súmula n. 42/STJ) NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br CONSÓRCIOS PÚBLICOS (LEI Nº 11.107/05) CONCEITO União de alguns entes políticos (União, Estados e Municípios) para a consecução de interesses comuns. PROCEDIMENTO PARA INSTITUIÇÃO 1. Subscriçãodo PROTOCOLO DE INTENÇÕES 2. Autorização LEGISLATIVA 3. Assinatura do CONTRATO DE CONSÓRCIO 4. PERSONIFICAÇÃO do consórcio (deve haver cláusula específica) 5. Contrato de RATEIO 6. Contrato de PROGRAMA CONSÓRCIO PÚBLICO DE DIREITO PÚBLICO Conceito de Consórcio Público: Ajuste celebrado entre entes federados para gestão associada de serviços públicos, bem como à transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. (a) Natureza jurídica: autarquia plurifederativa. (b) Criação: A associação pública é instituída no momento da vigência das leis de ratificação dos protocolos de intenção. (c) Objeto: Pode ser desempenho de atividade administrativa que é de competência comum dos Entes consorciados ou que venha a ser delegada por um deles ao consórcio. (d) Patrimônio: Os bens serão bens públicos (e) Atos e contratos: Proferem atos administrativos e celebram contratos administrativos. Além disso, possuem COMPETÊNCIA EXECUTÓRIA na desapropriação. (f) Responsabilidade civil: Responsabilidade objetiva (art. 37, §6º). CONSÓRCIO PÚBLICO DE DIREITO PRIVADO (a) A lei é silente, mas há doutrina (Rafael Oliveira e Maria Sylvia) que entende que também integrarão a administração indireta dos entes consorciados. (b) Natureza jurídica: Rafael Oliveira diz que é empresa pública prestadora de serviço público ou fundação pública de direito privado. (c) Criação: Após a autorização legal, com o registro do ato constitutivo. (d) Objeto: Não podem exercer atividade tipicamente administrativa, pois não possuem poder de polícia. (e) Pessoal: São celetistas, conforme previsto na Lei. Se houver cessão, o cedido permanece vinculado ao regime originário. (f) Patrimônio: Os bens são privados. (g) Atos e contratos: Editam atos privados e celebram “contratos privados da Administração”. (h) Responsabilidade: Como prestam serviço público, também se submetem ao art. 37, §6º. CONSÓRCIOS PÚBLICOS (LEI Nº 11.107/05) Há várias concepções sobre serviço público: o 1. Amplíssima: toda e qualquer atividade exercida pelo Estado. o 2. Ampla: toda atividade prestacional voltada ao cidadão, não importando se é de titularidade exclusiva do Estado e qual a forma de remuneração. o 3. Restrita: atividade prestada pelo Estado, de forma individualizada e com fruição qualificada. o 4. Restritíssima: atividade de titularidade do Estado remunerada por taxa ou tarifa. Prevalece a concepção ampla, de modo que é o conceito de serviço público: “atividade prestacional, titularizada, com ou sem exclusividade, pelo Estado, criada por lei, com o objetivo de atender as necessidades coletivas, submetida ao regime predominantemente público”. o (a) Elemento subjetivo: prestado pelo Estado ou por delegatários. o (b) Elemento material: atividade que satisfaz os interesses da coletividade. o (c) Elemento formal: submetida ao regime de direito público. 7 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br Tanto a Lei nº 8987/95, como o Código Consumerista, dizem que o CDC é aplicado no âmbito do serviço público. No entanto, o próprio CDC diz que só há relação de consumo quando a prestação do serviço é remunerada. Porém, há serviços públicos que não são remunerados. E agora, como resolver? o Corrente 1 (Juruena): aplica-se o CDC a todos os serviços, pois todos são remunerados, nem que seja indiretamente por meio de impostos. o Corrente 2 (Cláudia Lima Marques): aplica-se o CDC apenas aos serviços UTI SINGULI, que são especificamente remunerados por taxa ou tarifa. o Corrente 3 (Rafael Oliveira): CDC incide apenas sobre os serviços remunerados por TARIFA, e não naqueles remunerados por taxa. Princípios dos serviços públicos Continuidade Impõe a prestação ininterrupta do serviço público, tendo em vista o dever do Estado de satisfazer e promover direitos fundamentais. Igualdade / uniformidade Dever de prestar o serviço de maneira igualitária a todos os particulares. Mutabilidade /atualidade Os serviços públicos devem se adaptar a evolução social e tecnológica. Generalidade / universalidade Exige que a prestação do serviço público beneficie o maior número possível de beneficiários. Modicidade O valor cobrado do usuário deve ser proporcional ao custo do respectivo serviço. CONCESSÃO PERMISSÃO AUTORIZAÇÃO Delegação (transferência apenas da execução) Delegação (transferência apenas da execução) Delegação Apenas PJ ou consórcio de empresas PF ou PJ PF ou PJ Formalizada por contrato administrativo Formalizada por contrato administrativo Ato unilateral, discricionário, precário (sem necessidade de indenização). Mediante licitação na modalidade CONCORRÊNCIA Qualquer modalidade licitatória Não precisa licitar 8 Administração direta - DESCONCENTRAÇÃO Diretamente Administração indireta - DESCENTRALIZAÇÃO Prestação de serviços públicos Concessão comum Concessões Administrativa Concessão especial - PPP Indiretamente - DELEGAÇÃO Permissões Patrocinada Autorização NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br Art. 35. Extingue-se a concessão por: I - advento do termo contratual; II - encampação; EXTINÇÃO DA III - caducidade; CONCESSÃO: IV - rescisão; V - anulação; e VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual. #NÃOCONFUNDA: Encampação Caducidade Fundamento Interesse público Inadimplemento da concessionária Formalização Lei autorizativa e decreto Processo administrativo e decreto Indenização Indenização prévia do concessionário Indenização eventual e posterior Concessão comum (Lei 8.987/95) Concessão especial – PPP (Lei 11.079/04) Contraprestação do parceiro público Facultativa Obrigatória Risco ordinário do negócio Risco do concessionário Repartição objetiva dos riscos Valor mínimo Inexistente R$ 20.000.000,00 Prazo Determinado, contudo não há prazo mínimo ou máximo Mínimo: 5 anos Máximo: 35 anos Objeto Serviços públicos Serviços públicos e/ou administrativos Remuneração Tarifas (possíveis receitas alternativas) PPP patrocinada = Tarifa + orçamento PPP administrativa = orçamento ou outras modalidades de contraprestação estatal Licitação Concorrência Concorrência Responsabilidade civil Objetiva Estado responde subsidiariamente PPPs que envolvem serviços públicos = OBJETIVA PPPs de serviços administrativos = SUBJETIVA Estado responde SOLIDARIAMENTE PPP patrocinada PPP administrativa Remuneração Tarifa + orçamento Remunerada integralmente pelo Estado (orçamento) Objeto Apenas serviços públicos Serviços públicos ou administrativos (prestados ao Estado) 9 #DESPENCA #INFORMATIVOS #COLANARETINA STJ (598): Em regra, o serviço público deverá ser prestado de forma contínua, ou seja, sem interrupções (princípio da continuidade do serviço público). Excepcionalmente, será possível a interrupção do serviço público nas seguintes hipóteses previstas no art. 6º, § 3º da Lei n.º 8.987/95: (a) Em caso de emergência (mesmo sem aviso prévio); (b) Por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações, desde que o usuário seja previamente avisado; NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br INTRODUÇÃO Aspectos gerais A intervenção na propriedade decorre do PODER DE POLÍCIA e tem dois fundamentos: a. Cumprimento da função social da propriedade; b. Satisfação do interesse público.Modalidades 1. Intervenções restritivas ou brandas: são impostas restrições e condições à propriedade, sem retirá-la do seu titular. Servidão, requisição, ocupação temporária e tombamento. 2. Intervenções supressivas ou drásticas: retira a propriedade do seu titular originário, transferindo-a para o seu patrimônio. Diferentes espécies de desapropriação. LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA Conceito DI PIETRO: medidas de caráter geral, previstas em lei, com fundamento no PODER DE POLÍCIA do Estado, gerando para os proprietários obrigações positivas e negativas, com o fim de condicionar o exercício do direito de propriedade ao bem-estar social. Pode ser exigência de obrigação positiva, negativa ou permissiva. Objeto Atinge bens móveis, imóveis e serviços. Instituição Por ser unilateral, DEVE DECORRER DE LEI (Ex.: PDU – plano diretor urbano). José dos Santos Carvalho Filho fala também em atos administrativos normativos. Indenização Será devida se houver comprovação do dano pelo particular. OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA Conceito Caracteriza-se pela utilização TRANSITÓRIA, gratuita ou remunerada, de IMÓVEL de propriedade particular, para fins de interesse público. Ex.: uso de escola para eleição; uso de imóveis para o Poder Público colocar máquinas e operários. O Pressuposto é a necessidade de realização de OBRAS ou SERVIÇOS públicos normais (ao contrário da requisição, em que há situação de perigo). Objeto Recai sobre o bem imóvel, embora haja discussão sobre a possibilidade de atingir bens móveis e serviços. REQUISIÇÃO X SERVIDÃO SERVIDÃO ADMINISTRATIVA REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA Conceito Direito real público que permite a utilização da propriedade alheia pelo Estado ou por seus delegatários com o objetivo de atender o interesse público. É a intervenção autoexecutória na qual o Estado utiliza-se de bens imóveis, móveis e de serviços particulares no caso de iminente perigo público. Objeto Incidem apenas sobre bens imóveis, os quais devem Incidem sobre bens imóveis, móveis e 3 Além das informações trazidas neste ponto, é muito importante que vocês leiam a letra de lei, principalmente, os artigos mencionados no raio-x, bem como a jurisprudência, em especial, a trazida no despacespe. 10 (c) Por causa de inadimplemento do usuário, desde que ele seja previamente avisado. 4. FORMAS DE INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE. LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS, TOMBAMENTO, REQUISIÇÃO, SERVIDÃO E DESAPROPRIAÇÃO. FUNDAMENTOS E REQUISITOS CONSTITUCIONAIS PARA AS DESAPROPRIAÇÕES. ESPÉCIES DE DESAPROPRIAÇÕES. PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO HISTÓRICO. ARTÍSTICO E CULTURAL. DESAPROPRIAÇÕES POR UTILIDADE OU NECESSIDADE PÚBLICA OU POR INTERESSE SOCIAL, DESAPROPRIAÇÕES POR INTERESSE SOCIAL PARA FINS DE REFORMA AGRÁRIA. O ART. 243 DA CF/1988. RETROCESSÃO. DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA. PROCEDIMENTO EXPROPRIATÓRIO.3 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br ser vizinhos, mas não precisam ser contíguos (prédio dominante e prédio serviente). NÃO há servidão sobre bens móveis ou direitos. serviços particulares. Instituição Podem ser instituídas por meio das seguintes formas: Acordo; Sentença judicial; Usucapião. Obs.: há discussão sobre a possibilidade de instituição por lei. A emergência da situação justifica a autoexecutoriedade da medida. Extinção Em regra, é perpétua. Porém, é possível apontar algumas hipóteses de extinção: Desaparecimento do bem gravado; Incorporação do bem serviente ao patrimônio publico; Desafetação do bem dominante (ex.: desafetação do imóvel que era utilizado como hospital público). Enquanto perdurar o perigo iminente, a requisição permanecerá válida. Considera-se, portanto, extinta a requisição quando desaparecer a situação de perigo. Indenização Será devida se houver comprovação do dano pelo particular. É assegurada ao proprietário do bem requisitado indenização ulterior, se houver dano. TOMBAMENTO CONCEITO É um procedimento ou ato administrativo pelo qual o Poder Público sujeita a restrições parciais os bens de qualquer natureza cuja conservação seja de interesse público, por sua vinculação a fatos memoráveis da história ou por seu excepcional valor arqueológico ou etnológico, bibliográfico ou artístico. É SEMPRE UMA RESTRIÇÃO PARCIAL. Quanto à constituição ou procedimento DE OFÍCIO Recai sobre bem público. Processa-se mediante simples notificação à entidade a quem pertencer ou sob cuja guarda estiver a coisa tombada. VOLUNTÁRIO Não há resistência por parte do proprietário. Há anuência ou pedido do proprietário. COMPULSÓRIO Há resistência por parte do proprietário, que se opõe à pretensão de tombar do poder público. A oposição ocorrerá no prazo de 15 dias da notificação de interesse de tombamento do bem. A notificação gera efeitos de um tombamento provisório. Quanto à eficácia PROVISÓRIO É gerado pela simples notificação. Quando ainda está em curso o processo administrativo instaurado pela notificação. Produz os mesmos efeitos do definitivo, apenas dispensando a transcrição no registro de imóveis. DEFINITIVO Ocorre com o efetivo registro no livro do tombo. Quanto aos destinatários GERAL Que atinge todos os bens situados em um bairro ou em uma cidade. INDIVIDUAL Que atinge um bem determinado. 11 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br OBRIGAÇÕES DECORRENTES DO TOMBAMENTO OBRIGAÇÕES POSITIVAS Conservação do patrimônio, que deve ser acompanhada pelo poder público. Assim, qualquer conserto deve ser comunicado ao poder público, para obtenção de uma autorização (artigo 17, DL 25/37). Infelizmente, o particular comunica ao poder público por várias vezes e as providências não são adotadas pelo ente político. EXEMPLO: padre da Bahia que comunicou que o teto da igreja estava caindo e mandou consertar sem autorização, porque o teto poderia despencar sobre alguém. Poderia ser imputada ao pároco, no caso do exemplo, multa de 50% do valor do dano que viesse a causar. Danificar o patrimônio sem autorização é crime previsto no artigo 165, CP. Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou histórico Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela autoridade competente em virtude de valor artístico, arqueológico ou histórico: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. Bem público tombado é inalienável, ressalvada a possibilidade de transferência entre os entes federados. Bem particular tombado pode ser alienado. Mas o proprietário deve dar preferência ao ente político que tombou o bem (DIREITO DE PREFERÊNCIA ou PREEMPÇÃO); somente depois o bem pode ser alienado (artigo 22, DL 25). Se for feita a alienação sem a autorização, será o negócio considerado NULO (§ 2o.) OBRIGAÇÕES NEGATIVAS Decorre do dever positivo de conservar, é a obrigação de não danificar e não mutilar ou destruir a coisa (artigo 17, DL 25). Não retirar a coisa do país, EXCETO por curto espaço de tempo, sem transferência de domínio ou propriedade (artigo 14). Em caso de roubo ou furto, o proprietário deve comunicar ao poder público em 05 dias, sob pena de multa. OBRIGAÇÃO DE SUPORTAR O proprietário tem que suportar a fiscalização do poder público (artigo 20, DL 25/37). DESAPROPRIAÇÃO CONCEITO É a intervenção através da qual Estado se apropria da propriedade alheia, após o devido processo legal, transferindo-a compulsoriamente e de maneira originária para o seu patrimônio, com fundamento no interesse públicoe, normalmente, mediante indenização. 12 Anuiu ou não impugnou = TOMBAMENTO VOLUNTÁRIO (registro no livro de tombo) Manifestação do orgão técnico Notificação do proprietário para anuir em 15 dias Impugnação inicia o procedimento COMPULSÓRIO Órgão que iniciou o procedimento tem 15 dias para se manifestar IPHAN decide em 60 dias NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br CARACTERÍSTICAS Procedimento Aquisição originária (livre, portanto, de todos os ônus) Todo e qualquer bem ou direito que possua valor econômico pode ser desapropriado Competência LEGISLATIVA é PRIVATIVA da União COMPETÊNCIA A competência DECLARATÓRIA (1ª fase do procedimento) é apenas dos entes políticos (atribui-se competência, igualmente, ao DNIT e à ANEEL). Para fins de reforma agrária, a competência é EXCLUSIVA DA UNIÃO. Por outro lado, a competência EXECUTIVA (para ajuizar a ação de desapropriação, pagar o preço...) pode ser repassada, por meio de lei ou contrato, à administração indireta e aos concessionários/permissionários. ESPÉCIES (a) Comum/ordinária/regular : justificada por utilidade/necessidade pública ou por interesse social. (b) Florística: proteção ambiental. (c) Sancionatória: se divide em: (i) Urbana (prevista no estatuto da cidade); (ii) Rural para fins de reforma agrária (previsão no art. 184/CF, LC 76 e lei nº 8.629/93); (iii) Confiscatória (art. 243, CF): Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º. 1ª FASE (DECLARATÓRIA) = Publicação de ato de declaração da expropriação (decreto ou lei de efeito concreto), declarando o bem de utilidade pública ou de interesse social. Manifesta a vontade de possuir o bem. PROCEDIMENTO DA DESAPROPRIAÇÃO COMUM EFEITOS IMEDIATOS DO ATO DECLARATÓRIO: (a) Fixa o estado do bem: só serão indenizadas benfeitorias posteriores se necessárias ou úteis, caso autorizadas essas últimas; (b) Submete o bem ao poder expropriatório estatal: o Estado ainda não é proprietário, mas pode exercer alguns poderes sobre o bem. Ex.: entrar para realizar medições... (c) Confere ao Poder Público o poder de penetrar no bem, desde que não haja excesso e (d) Inicia o prazo de CADUCIDADE (deve a Administração tentar efetivar administrativamente a desapropriação ou, ao menos, ajuizar a ação de desapropriação). 05 anos (renova +5); INTERESSE SOCIAL: prazo de 02 anos. 2ª FASE (EXECUTIVA): Adoção dos atos materiais (concretos) pelo Poder Público ou seus delegatários, devidamente autorizados por lei ou contrato, com o intuito de consumar a retirada da propriedade do proprietário originário. Pode ser: (a) ADMINISTRATIVA: depois da declaração, a Administração propõe valor, que é ACEITO (nesse caso, há verdadeiro contrato de compra e venda) ou (b) JUDICIAL: o valor NÃO É ACEITO (ou não se conhece o PROPRIETÁRIO DO BEM). Nesse caso, deve ser ajuizada AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO. AÇÃO DE DESAPROPRIAÇÃO 13 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br (i) POLO ATIVO: Poder Público (Adm. direta ou indireta) ou delegatários. Obs.: a) Desapropriação Sancionatória Urbanística: legitimidade ativa EXCLUSIVA DO MUNICÍPIO; b) Desapropriação para fins de reforma agrária: legitimidade ativa EXCLUSIVA DA UNIÃO. (ii) POLO PASSIVO: proprietário do imóvel. (iii) Requisitos da PETIÇÃO INICIAL: (a) Oferta do preço; (b) Cópia do contrato ou do diário oficial em que houver sido publicado o decreto expropriatório; (c) Planta ou descrição do bem a ser desapropriado e suas confrontações. (iv) CONTESTAÇÃO: Só pode versar sobre: vício no processo (preliminares) ou preço. (v) IMISSÃO PROVISÓRIA NA POSSE: Art. 15. Se o expropriante alegar urgência e depositar quantia arbitrada de conformidade com o art. 685 do Código de Processo Civil, o juiz mandará imití- lo provisoriamente na posse dos bens; § 1º A imissão provisória poderá ser feita, independente da citação do réu, mediante o depósito: a) do preço oferecido, se este for superior a 20 (vinte) vezes o valor locativo, caso o imóvel esteja sujeito ao imposto predial; b) da quantia correspondente a 20 (vinte) vezes o valor locativo, estando o imóvel sujeito ao imposto predial e sendo menor o preço oferecido. c) do valor cadastral do imóvel, para fins de lançamento do imposto territorial, urbano ou rural, caso o referido valor tenha sido atualizado no ano fiscal imediatamente anterior; d) não tendo havido a atualização a que se refere o inciso c, o juiz fixará independente de avaliação, a importância do depósito, tendo em vista a época em que houver sido fixado originalmente o valor cadastral e a valorização ou desvalorização posterior do imóvel. § 2º A alegação de urgência, que não poderá ser renovada, obrigará o expropriante a requerer a imissão provisória dentro do prazo improrrogável de 120 (cento e vinte) dias. § 3º Excedido o prazo fixado no parágrafo anterior não será concedida a imissão provisória. § 4o A imissão provisória na posse será registrada no registro de imóveis competente. (vi) PROVA PERICIAL: É plenamente cabível na ação de desapropriação. É importante para a fixação do valor. Apresentação do laudo em até 05 dias antes da audiência. (vii) SENTENÇA E TRANSFERÊNCIA DO BEM: (a) Fixa o valor da indenização (após o pagamento, consuma-se a desapropriação); (b) Autoriza a imissão definitiva na posse; (c) Constitui título hábil para registro. (d) É o pagamento do valor, ou sua consignação judicial, que promove a transferência do bem. 14 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA É fato administrativo pelo qual o Estado se apropria de bem particular, sem observância dos requisitos da declaração e da indenização prévia. De acordo com o artigo 35 do Decreto 3365/41, uma vez incorporado ao patrimônio público, não será possível a sua reivindicação pelo particular. Diante disso, o particular deve ajuizar uma ação de desapropriação indireta, que, a rigor, é uma ação de indenização. Hoje, prevalece o entendimento de que o prazo prescricional para que o particular prejudicado ajuíze a ação de desapropriação indireta é de 10 anos. DIREITO DE EXTENSÃO É aquele pelo qual o expropriado requer que a desapropriação e a respectiva indenização incidam sobre a totalidade do bem, pois a parte então não abarcada ficou inservível ou esvaziada de interesse patrimonial. São para os casos de desapropriação parcial. TREDESTINAÇÃO É a mudança da destinação do bem expropriado – Poder Público diz que faria uma coisa no decreto, mas depois faz outra. Será ilícita quando houver DESVIO DE FINALIDADE (o bem não foi usado para atender o interesse público), caso em que o particular deve ser reintegrado (retrocessão). Será lícita quando, embora divergente do planejamento inicial, permanece atendendo o INTERESSE PÚBLICO. Ex.: iria construir escola, mas constrói hospital. Nesse caso, o particular não poderá reaver o bem. RETROCESSÃO O direito de o expropriado exigir a devolução do bem desapropriado que não foi utilizado pelo Poder Público para atender o interesse público. Há controvérsia sobre qual seria o prazo para o particular ajuizar a ação. Desapropriação por utilidadeou necessidade pública ou interesse social Desapropriação ordinária. Indenização PRÉVIA, JUSTA e em dinheiro. Todos os entes federados. Desapropriação urbanística Refere-se ao imóvel localizado na área urbana que não atende a respectiva função social. Possui caráter subsidiário. Indenização em títulos da dívida pública, resgatáveis em até 10 anos – autorização do Senado. Municípios e DF. Desapropriação rural Imóvel rural que não atende a função social. Indenização em títulos da dívida agrária, resgatáveis em até 20 anos. União (objetivo único de implementar a reforma agrária). Expropriação confiscatória Expropriação das glebas onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas. (Serão destinadas ao assento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentos). NÃO há indenização. União 15 #SELIGANASSÚMULAS Súmula 56-STJ: Na desapropriação para instituir servidão administrativa são devidos os juros compensatórios pela limitação de uso da propriedade. Súmula 164-STF: No processo de desapropriação, são devidos juros compensatórios desde a antecipada imissão de posse, ordenada pelo juiz, por motivo de urgência. Súmula 69-TJ: Na desapropriação direta os juros compensatórios são devidos desde a antecipada imissão na posse e, na desapropriação indireta, a partir da efetiva ocupação do imóvel. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br JURISPRUDÊNCIA EM TESES - DESAPROPRIAÇÃO 1) A indenização referente à cobertura vegetal deve ser calculada em separado do valor da terra nua quando comprovada a exploração dos recursos vegetais de forma lícita e anterior ao processo expropriatório. 4) A intervenção do Ministério Público nas ações de desapropriação de imóvel rural para fins de reforma agrária é obrigatória, porquanto presente o interesse público. 5) A ação de desapropriação direta ou indireta, em regra, não pressupõe automática intervenção do Ministério Público, exceto quando envolver, frontal ou reflexamente, proteção ao meio ambiente, interesse urbanístico ou improbidade administrativa. 9) A eventual improdutividade do imóvel não afasta o direito aos juros compensatórios, pois eles restituem não só o que o expropriado deixou de ganhar com a perda antecipada, mas também a expectativa de renda, considerando a possibilidade de o imóvel ser aproveitado a qualquer momento de forma racional e adequada, ou até ser vendido com o recebimento do seu valor à vista. 13) O termo inicial dos juros moratórios em desapropriações é o dia 1º de janeiro do exercício seguinte àquele em que o pagamento deveria ser feito. 14) Nas ações de desapropriação não há cumulação de juros moratórios e juros compensatórios, eis que se trata de encargos que incidem em períodos diferentes: os juros compensatórios têm incidência até a data da expedição do precatório original, enquanto que os moratórios somente incidirão se o precatório expedido não for pago no prazo constitucional. 4) A revelia do desapropriado não implica aceitação tácita da oferta, não autorizando a dispensa da avaliação, conforme Súmula 118 do extinto Tribunal Federal de Recursos. 5) Se, em procedimento de desapropriação por interesse social, constatar-se que a área medida do bem é maior do que a escriturada no Registro de Imóveis, o expropriado receberá indenização correspondente à área registrada, ficando a diferença depositada em Juízo até que, posteriormente, se complemente o registro ou se defina a titularidade para o pagamento a quem de direito. 6) Na desapropriação é devida a indenização correspondente aos danos relativos ao fundo de comércio. 16 Súmula 113-STJ: Os juros compensatórios, na desapropriação direta, incidem a partir da imissão na posse, calculados sobre o valor da indenização, corrigido monetariamente. Súmula 114-STJ: Os juros compensatórios, na desapropriação indireta, incidem a partir da ocupação, calculados sobre o valor da indenização, corrigido monetariamente. Súmula 378-STF: Na indenização por desapropriação incluem-se honorários do advogado do expropriado. Súmula 617-STF: A base de cálculo dos honorários de advogado em desapropriação é a diferença entre a oferta e a indenização, corrigidas ambas monetariamente. Súmula 23-STF: Verificados os pressupostos legais para o licenciamento da obra, não o impede a declaração de utilidade pública para desapropriação do imóvel, mas o valor da obra não se incluirá na indenização, quando a desapropriação for efetivada. Súmula 476-STF: Desapropriadas as ações de uma sociedade, o poder desapropriante, imitido na posse pode exercer, desde logo, todos os direitos inerentes aos respectivos títulos. #DESPENCA #INFORMATIVOS #COLANARETINA STJ (596): É possível que o ente desapropriante desista do processo de desapropriação, mesmo após o trânsito em julgado, desde que ainda não tenha havido o pagamento integral do preço e o imóvel não tenha sido alterado substancialmente. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br Teoria do RISCO ADMINISTRATIVO Teoria do RISCO INTEGRAL A responsabilidade do Estado é objetiva A vítima lesada não precisa provar culpa. A responsabilidade do Estado é objetiva A vítima lesada não precisa provar culpa. O Estado poderá eximir-se do dever de indenizar caso prove alguma causa excludente de responsabilidade: a) caso fortuito ou força maior; b) culpa exclusiva da vítima; c) culpa exclusiva de terceiro. Não admite excludentes de responsabilidade. Mesmo que o Estado prove que houve caso fortuito, força maior, culpa exclusiva da vítima ou culpa exclusiva de terceiro, ainda assim será condenado a indenizar. É adotada como regra no Direito brasileiro. É adotada no Direito brasileiro, de forma excepcional, em alguns casos. A doutrina diverge sobre quais seriam estas hipóteses. Para fins de concurso, existe um caso no qual o STJ já afirmou expressamente que se acolhe o risco integral: dano ambiental (REsp 1.374.284). CONCLUSÕES SOBRE A EVOLUÇÃO NO BRASIL DA RESPONSABILIDADE A teoria da irresponsabilidade civil do estado nunca foi admitida no direito brasileiro. A evolução legislativa mostra que ordenamento jurídico pátrio previu inicialmente a responsabilidade civil do estado, com base na culpa civil, evoluindo para responsabilidade pela falta de serviço, até chegar a responsabilidade objetiva. 17 7) A imissão provisória na posse não deve ser condicionada ao depósito prévio do valor relativo ao fundo de comércio eventualmente devido. 9) Não incide imposto de renda sobre as verbas decorrentes de desapropriação (indenização, juros moratórios e juros compensatórios), seja por necessidade ou utilidade pública, seja por interesse social, por não constituir ganho ou acréscimo patrimonial. 10) O valor dos honorários advocatícios em sede de desapropriação deve respeitar os limites impostos pelo artigo 27, § 1º, do Decreto-lei 3.365/41 qual seja: entre 0,5% e 5% da diferença entre o valor proposto inicialmente pelo imóvel e a indenização imposta judicialmente. 14) O promitente comprador tem legitimidade ativa para propor ação cujo objetivo é o recebimento de verba indenizatória decorrente de ação desapropriatória, ainda que a transferência de sua titularidade não tenha sido efetuada perante o registro geral de imóveis. 15) O possuidor titular do imóvel desapropriado tem direito ao levantamento da indenização pela perda do seu direito possessório. 17) A ação de desapropriação indireta prescreve em 20 anos, nos termos da Súmula 119 do STJ e na vigência do Código Civil de 1916, e em10 anos sob a égide do Código Civil de 2002, observando-se a regra de transição disposta no art. 2.028 do CC/2002. 5. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO E DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS PÚBLICOS. CONCEITO E TEORIAS. A RESPONSABILIDADE POR AÇÃO E POR OMISSÃO. EVOLUÇÃO HISTÓRICA NO DIREITO BRASILEIRO. ELEMENTOS. A REPARAÇÃO DO DANO. AÇÃO REGRESSIVA E LITISCONSÓRCIO. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br CIVIL EXTRACONTRATUAL DO ESTADO A responsabilidade objetiva do estado foi introduzida no ordenamento jurídico brasileiro na CF/1946. A CF/88 ampliou a responsabilidade objetiva do estado, passando a responsabilizar objetivamente também as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público, e consagrou, também, a responsabilidade por danos morais (ou extrapatrimoniais). A responsabilidade objetiva do estado, adotada pela CF/88, segue a teoria do risco administrativo. A teoria do risco integral somente foi acolhida em algumas hipóteses excepcionais. O CC/02 prevê também a responsabilidade objetiva do estado, diferenciando-se da CF/88 por não ter feito referência à responsabilidade objetiva das pessoas jurídicas prestadoras de serviço público. #OLHAOGANCHO: Passam a responder objetivamente, pelos danos decorrentes de sua atuação, as pessoas jurídicas de direito privado da Administração Indireta (empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas com personalidade jurídica de direito privado), quando atuam na prestação de serviços públicos, bem como os concessionários e permissionários de serviços públicos. #CESPECOBROU #PGM-FORTALEZA2017: A respeito de bens públicos e responsabilidade civil do Estado, julgue o próximo item. De acordo com o entendimento do STF, empresa concessionária de serviço público de transporte responde objetivamente pelos danos causados à família de vítima de atropelamento provocado por motorista de ônibus da empresa.4 #OLHAOGANCHO Qual é o tipo de responsabilidade civil aplicável nos casos de omissão do Estado? Se a Administração Pública causa um dano ao particular em virtude de uma conduta omissiva, a responsabilidade nesta hipótese também será objetiva? Existe intensa divergência sobre o tema: #AJUDAMARCINHO #FOCANATABELA DOUTRINA TRADICIONAL DO STJ JURISPRUDÊNCIA DO STF Na doutrina, ainda hoje, a posição Na jurisprudência do STF, contudo, tem ganhado força majoritária é a de que a responsabilidade nos últimos anos o entendimento de que a civil do Estado em caso de atos omissivos é responsabilidade civil nestes casos também é SUBJETIVA, baseada na teoria da culpa OBJETIVA. Isso porque o art. 37, § 6º da CF/88 administrativa (culpa anônima). determina a responsabilidade objetiva do Estado sem Assim, em caso de danos causados por fazer distinção se a conduta é comissiva (ação) ou omissão, o particular, para ser indenizado, omissiva. deveria provar: Não cabe ao intérprete estabelecer distinções onde o a) a omissão estatal; texto constitucional não o fez. b) o dano; Se a CF/88 previu a responsabilidade objetiva do c) o nexo causal; Estado, não pode o intérprete dizer que essa regra d) a culpa administrativa (o serviço público não não vale para os casos de omissão. funcionou, funcionou de forma tardia ou Dessa forma, a responsabilidade objetiva do Estado ineficiente). engloba tanto os atos comissivos como os omissivos, Esta é a posição que você encontra na desde que demonstrado o nexo causal entre o dano e a maioria dos Manuais de Direito omissão específica do Poder Público. Administrativo. (...) A jurisprudência da Corte firmou-se no sentido de O STJ ainda possui entendimento que as pessoas jurídicas de direito público respondem majoritário no sentido de que a objetivamente pelos danos que causarem a terceiros, 4 CERTO 18 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br responsabilidade seria subjetiva. Vide: STJ. com fundamento no art. 37, § 6º, da Constituição 2ª Turma. AgRg no REsp 1345620/RS, Rel. Federal, tanto por atos comissivos quanto por atos Min. Assusete Magalhães, julgado em omissivos, desde que demonstrado o nexo causal entre 24/11/2015. o dano e a omissão do Poder Público. (...) #ATENÇÃO: esse ano o CESPE elaborou STF. 2ª Turma. ARE 897890 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, questão (TER/PE 2017) afirmando a julgado em 22/09/2015. responsabilidade subjetiva do Estado nos casos de atos omissivos, como REGRA GERAL. #CUIDADOCOMOENUNCIADO. #APOSTACICLOS Em caso de inobservância de seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da CF/88, o Estado é responsável pela morte de detento. STF. Plenário, julgado em 30/3/2016 (repercussão geral) (Info 819). #CESPECOBROU #TJPR2017: a banca considerou correta a seguinte assertiva: quando o poder público comprovar causa impeditiva da sua atuação protetiva e não for possível ao Estado agir para evitar a morte de detento (que ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade) não haverá responsabilidade civil do Estado, pois o nexo causal da sua omissão com o resultado danoso terá sido rompido. #APOSTACICLOS #AJUDAMARCINHO: Resumo das alterações promovidas pela Lei nº 13.286/2016: RESPONSABILIDADE DOS TABELIÕES E REGISTRADORES ANTES DA LEI 13.286/2016 DEPOIS DA LEI 13.286/2016 A responsabilidade civil dos notários e registradores era OBJETIVA (vítima não precisava provar dolo ou culpa). A responsabilidade civil dos notários e registradores passou a ser SUBJETIVA (vítima terá que provar dolo ou culpa). O prazo prescricional para a vítima ingressar com a ação judicial contra o notário/registrador era de 5 anos. O prazo prescricional foi reduzido para 3 anos. #DEOLHONAJURIS: Deve ser extinto o processo, sem resolução do mérito, na hipótese de ação em que se pretenda obter do Estado, antes de declarada a nulidade do registro imobiliário, indenização por dano decorrente de alegada fraude ocorrida em Cartório de Registro de Imóveis. Nessa situação, falta interesse de agir, pois, antes de reconhecida a nulidade do registro, não é possível atribuir ao Estado a responsabilidade civil pela fraude alegada. Isso porque, segundo o art. 252 da Lei 6.015/73, o registro, enquanto não cancelado, produz todos os efeitos legais, ainda que, por outra maneira, prove-se que o título está desfeito, anulado, extinto ou rescindido. STJ, julgado em 18/4/2013 (Info 523) 19 6. REGIMES SERVIDORES PÚBLICOS. REGIME CONSTITUCIONAL. JURÍDICOS: O SERVIDOR ESTATUTÁRIO E O EMPREGADO PÚBLICO. CARGOS E FUNÇÕES. DIREITOS E DEVERES DOS SERVIDORES ESTATUTÁRIOS. REGIME PREVIDENCIÁRIO DO SERVIDOR ESTATUTÁRIO. NORMAS E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS. AS REGRAS DE TRANSIÇÃO. O NOVO REGIME PREVIDENCIÁRIO. O SISTEMA DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. REGIME E PROCESSO DISCIPLINAR. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA, CIVIL E PENAL DO SERVIDOR. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br Cargos públicos Acesso Garantia Demissão/exoneração EFETIVOS Concurso público Estabilidade Estágio probatório – 3 anos (i) Sentença judicial transitada em julgado; (ii) PAD; (iii) insuficiência de desempenho e (iv) excesso de gasto orçamentário com despesa de pessoal. VITALÍCIOS Concurso público, exceto Ministros de Tribunais Superiores, TC e quinto constitucional. Vitaliciedade: Vitaliciedade diferida – 2 anos: magistrados e promotores Vitaliciedade automática: quinto constitucional, ministros tribunais superiores e membros TC Apenas sentença judicial transitada em julgado. COMISSIONADOS Livre Inexistência Livre #NÃOCONFUNDA:PROVIMENTO ORIGINÁRIO Formalizado por meio da nomeação, a qual gera direito à posse para os aprovados em concurso público (Súmula 16, STF). DERIVADO Promoção Progressão funcional em que o servidor é deslocado de cargo de classe inferior para outro cargo de classe superior dentro da mesma carreira. Readaptação Provimento derivado do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada por perícia médica. Reversão Retorno do servidor aposentado ao cargo quando ocorrer uma das seguintes hipóteses: a. Declaração por junta médica oficial da insubsistência dos motivos 20 SERVIDORES PÚBLICOS (Relação de trabalho permanente com entidades de direito público) Regime celetista AGENTES PÚBLICOS Agentes políticos (legislativo, excecutivo, judiciário, MP, TCU...) Servidores administrativos do Estado Agentes ou Particulares em colaboração com o Estado (mesários, jurados, concessionários, permissionários, notários não oficializados...) SERVIDORES TEMPORÁRIOS (contratados para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público) SERVIDORES MILITARES Nem celetista e nem estatutáro REGIME ÚNICO = O STF declarou inconstituiconal, com efeitos ex nunc, a existência de regimes jurídicos diversos. Regime estatutário EMPREGADOS PÚBLICOS (Relação de trabalho permanente com entidades de direito privado da Adm. Pública indireta) Direitos sociais aplicáveis aos servidores públicos NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br determinantes para aposentadoria por invalidez; b. Declaração de ilegalidade do ato de concessão da aposentadoria; c. Reversão “no interesse da administração” desde que preenchidos os requisitos legais. (controvérsia sobre essa última hipótese). Aproveitamento Retorno do servidor colocado em disponibilidade para cargo com atribuições, responsabilidades e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado. Reintegração Retorno do servidor ao cargo de origem após a declaração (administrativa ou judicial) de ilegalidade da sua demissão, com ressarcimento da remuneração e vantagens não percebidos. Recondução É o retorno do servidor estável ao cargo de origem, tendo em vista a sua inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou a reintegração do servidor ao cargo. #AJUDAMARCINHO: TETO NACIONAL: subsídio dos Ministros do STF. Ninguém poderá receber acima desse valor. As Constituições estaduais e leis orgânicas podem fixar subtetos para Estados/DF e Municípios. Nesse caso, tais subtetos também deverão respeitar o teto nacional. Subteto da UNIÃO Subteto nos Estados/DF Subteto nos Municípios Subsídio dos Ministros do STF Existem duas opções: Opção 1. Subtetos diferentes para cada Poder: a. Executivo: subsídio do Governador. b. Legislativo: sub. dos Deputados. c. Judiciário/MP/DP/PROC: subsídio dos Desembargadores do TJ, limitado a 90,25% do subsídio mensal dos Ministros do STF*. Subsídio do Prefeito 21 Art. 7º, CF. IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; VIII – 13º salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei; XIII - duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44 semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, 50% à do normal; XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal; XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120 dias; XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br Opção 2. Subteto único para todos os Poderes: nesse caso, o valor máximo seria o subsídio dos Desembargadores do TJ, limitado a 90,25% do subsídio mensal dos Ministros do STF*. Atenção: o subsídio dos Deputados Estaduais/Distritais seguirá regras próprias (art. 27, §2º), não estando sujeito ao subsídio dos Desembargadores, mesmo que se adote esta 2ª opção. Atenção 2: Quem define se o Estado-membro adotará subtetos diferentes ou único é a Constituição Estadual * A CF/88 dá a entender que o subsídio dos Desembargadores e dos juízes estaduais não poderia ser maior que 90,25% do subsídio do Ministro do STF. O STF, contudo, declarou esta interpretação como inconstitucional (ADI 3.854). O teto para Desembargadores e juízes estaduais é 100% do subsídio dos Ministros do STF, ou seja, eles podem, em tese, receber o mesmo que os Ministros do STF. Vale ressaltar, no entanto, que o limite de 90,25% aplica-se, sim, para os servidores do Poder Judiciário estadual (na opção 1) e para os servidores dos três Poderes estaduais (na opção 2). 22 #SELIGANASSÚMULAS Súmula 377-STJ: o portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso público, às vagas reservadas aos deficientes. Súmula 552-STJ: O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com deficiência para o fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos. Súmula vinculante 44-STF: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. Súmula vinculante 43-STF: É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. Súmula vinculante 4-STF: Salvo os casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial. Súmula vinculante 42-STF: É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária. Súmula vinculante 37-STF: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br 23 vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia. Súmula vinculante 33-STF: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica. Súmula vinculante 3-STF: Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogaçãode ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. #DESPENCA #INFORMATIVOS #COLANARETINA STJ (598 – AGENTE PÚBLICO): A instauração de processo disciplinar contra servidor efetivo cedido deve ocorrer, preferencialmente, no órgão em que tenha sido praticada a suposta irregularidade. Por outro lado, o julgamento e a eventual aplicação de sanção só podem ocorrer no órgão ao qual o servidor efetivo estiver vinculado. STF (862 – AGENTES PÚBLICOS): Nos casos autorizados constitucionalmente de acumulação de cargos, empregos e funções, a incidência do art. 37, XI, da Constituição Federal pressupõe consideração de cada um dos vínculos formalizados, afastada a observância do teto remuneratório quanto ao somatório dos ganhos do agente público. STJ (600 – AGENTE PÚBLICO): Se o candidato tomou posse por força de decisão judicial precária e esta, posteriormente, é revogada, ele perderá o cargo, mesmo que já o esteja ocupando há muitos anos. Não se aplica, ao caso, a teoria do fato consumado. Nesse sentido: STF. Plenário. RE 608482/RN, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 7/8/2014 (repercussão geral) (Info 753). A situação será diferente se ele se aposentou antes do processo chegar ao fim. Imagine que o candidato tomou posse no cargo por força de decisão judicial precária. Passaram-se vários anos e ele, após cumprir todos os requisitos, aposentou neste cargo por tempo de contribuição. Após a aposentadoria, a decisão que o amparou foi reformada. Neste caso, não haverá a cassação de sua aposentadoria. JURISPRUDÊNCIA EM TESES – SERVIDOR PÚBLICO 3) É indevida a devolução ao erário de valores recebidos de boa-fé, por servidor público ou pensionista, em decorrência de erro administrativo operacional ou nas hipóteses de equívoco ou má interpretação da lei pela Administração Pública. 11) A contagem do prazo decadencial para a impetração de mandado de segurança contra ato que fixa ou altera sistema remuneratório ou suprime vantagem pecuniária de servidor público inicia-se com a ciência do ato impugnado. 1) É legítimo o ato da Administração que promove o desconto dos dias não trabalhados pelos servidores públicos participantes de movimento grevista. 10) É lícita a cassação de aposentadoria de servidor público, não obstante o caráter contributivo do benefício previdenciário. 13) A limitação da carga horária semanal para servidores públicos profissionais de saúde que acumulam cargos deve ser de 60 horas semanais. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br ATO ADMINISTRATIVO CONCEITO É a manifestação unilateral de vontade da Administração Pública ou de seus delegatários, no exercício da função delegada, que, sob o regime de direito público, pretende produzir efeitos jurídicos com o objetivo de implementar o interesse público. ELEMENTOS FORMA, FINALIDADE, COMPETÊNCIA, OBJETO e MOTIVO (os dois últimos são discricionários). ATRIBUTOS Presunção de legalidade, veracidade e legitimidade Imperatividade Tipicidade Autoexecutoriedade VINCULAÇÃO E DISCRICIONARIEDADE O ato é vinculado quando TODOS os elementos já estão previamente definidos em lei. Por outro lado, é discricionário quando o administrador puder, em juízo de conveniência e oportunidade, escolher os elementos OBJETO e MOTIVO (formam o MÉRITO administrativo). PRINCIPAIS ESPÉCIES Simples: formado pela vontade de um único órgão; Composto: há duas vontades, no mesmo órgão, uma que define o conteúdo e outra que atesta a validade. Ex. atos dependentes de visto, homologação. Complexo: há duas vontades igualmente importantes, em órgãos diferentes, que produzem um único ato. Ex. nomeação de dirigente de agência reguladora, concessão de aposentadoria. DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO Delegação: é a transferência, total ou parcial, do exercício de determinadas atribuições para outro agente público. De acordo com a lei 9.784/99, NÃO SE ADMITE DELEGAÇÃO: (a) edição atos normativos; (b) recursos administrativos e (c) competência exclusiva. Admite-se fora da estrutura hierárquica. Avocação: é o chamamento, pela autoridade superior, das atribuições inicialmente outorgadas pela lei ao agente subordinado. Tem sempre PRAZO DETERMINADO. Não se admite fora da estrutura hierárquica. EFEITOS Efeitos típicos: são aqueles desejados pelo ato administrativo praticado. Efeitos atípicos: a doutrina divide em: (a) Reflexos: atinge terceiros sem a vontade do Estado (ex.: o ato de desapropriação alcança reflexamente o contrato de locação do imóvel). (b) Prodrômico: a prática de um ato gera, como efeito, a necessidade de que seja praticado um outro ato. Ex.: quando a Administração defere a aposentadoria de um servidor, esse ato produz, como efeito, a necessidade de que o Tribunal de Contas produza um outro ato avaliando a adequação, ou não, da concessão 24 7. ATO ADMINISTRATIVO. CONCEITO. REGIME JURÍDICO. ESPÉCIES. ELEMENTOS E REQUISITOS. VÍCIOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS. PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ATOS ADMINISTRATIVOS. DISCRICIONARIEDADE ADMINISTRATIVA E CONTROLE JUDICIAL. EXTINÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS. PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO. FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS. CONTROLE DOS ATOS DA ADMINISTRAÇÃO. CONTROLE ADMINISTRATIVO E JURISDICIONAL. LIMITES DO CONTROLE JURISDICIONAL. O CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PELOS TRIBUNAIS DE CONTAS. FORMAS, CARACTERÍSTICAS E LIMITES. MANDADO DE SEGURANÇA. AÇÃO POPULAR. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA; ASPECTOS PROCESSUAIS E MATERIAIS. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA E CIVIL DE PESSOAS JURÍDICAS PELA PRÁTICA DE ATOS CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. (LEI Nº 12.846/2013). NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br daquela aposentadoria. EXTINÇÃO i. Normal = o ato produziu todos os efeitos desejados; ii. Subjetiva = o beneficiário desaparece; iii. Objetiva = o objeto desaparece; iv. Vontade do particular v. Vontade da Administração: a) Caducidade: lei superveniente torna o ato ilegal. b) Cassação: o particular descumpre as condições do ato. c) Contraposição: incompatibilidade material com ato administrativo posterior. Ex: nomeação e exoneração. d) Anulação: o ato era ilegal. e) Revogação: em juízo de conveniência e oportunidade, a Administração decide retirar do mundo jurídico um determinado ato DISCRICIONÁRIO. CONVALIDAÇÃO (a) Convalidação voluntária: a Administração quer salvar o ato que tem vício de FORMA ou COMPETÊNCIA (são os vícios passíveis de convalidação). Parte da doutrina diz que, na hipótese de OBJETO PLÚRIMO, também é possível a convalidação voluntária. (b) Convalidação involuntária: ocorre a decadência de anular os atos viciados. Veja a redação do art. 54 da lei nº 9784/99: Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO (a) Anulação: o ato ilegal, vinculado ou discricionário, deve ser anulado pela Administração Pública ou pelo Poder Judiciário. (c) Revogação: atos DISCRICIONÁRIOS podem ser extintos pela ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, em juízo de conveniência e oportunidade, Licença Permissão Autorização Reconhece direito do particular para exercício de determinada atividade Permite exercício de determinada atividade pelo particular ou uso de bem público Permite exercício de determinada atividade pelo particular ou uso de bem público Ato vinculado Ato precário e discricionárioAto precário e discricionário Natureza declaratória Natureza constitutiva Natureza constitutiva Interesse público e privado satisfeitos com igual intensidade Prepondera interesse do particular 25 NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br CONTRATOS X CONVÊNIOS CONTRATOS CONVÊNIOS Interesses antagônicos Mesmos objetivos Destinação dos recursos não interessa ao Poder Público. Deve haver prestação de contas. Precisa de licitação Não precisa de licitação. LICITAÇÃO NOÇÕES GERAIS CONCEITO É o processo administrativo utilizado pela Administração Pública e pelas demais pessoas indicadas pela lei com o objetivo de selecionar a melhor proposta, por meio de critérios objetivos e impessoais, para celebração de contratos. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA A União possui competência legislativa PRIVATIVA para editar normas gerais sobre licitações e contratos. PRINCÍPIOS 1. PRINCÍPIO DA COMPETITIVIDADE: 2. PRINCÍPIO DA ISONOMIA: 3. PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO: 4. PRINCÍPIO DO PROCEDIMENTO FORMAL: 5. PRINCÍPIO DO JULGAMENTO OBJETIVO: OBJETO (i) obras (ii) serviços, inclusive de publicidade. (iii) compras (iv) alienações (v) concessões e permissões (vi) locações da Administração Pública DESTINATÁRIOS 1. Administração Pública Direta: 2. Administração Pública Indireta: 3. Entidades controladas direta ou indiretamente pelo Poder Público ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO ANULAÇÃO: é um dever que decorre da ilegalidade no procedimento. Pode ser decretada pelo Executivo (controle interno) ou Judiciário/Legislativo (controle externo). REVOGAÇÃO: é uma faculdade de desfazimento do procedimento por razões de interesse 26 #SELIGANASSÚMULAS Súmula 473-STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revoga-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Súmula 346-STF: A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. 8. LICITAÇÕES. FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL. CONCEITO E MODALIDADES. O REGIME DE LICITAÇÕES E ALTERAÇÕES. DISPENSA E INEXIGIBILIDADE. REVOGAÇÃO E ANULAÇÃO, HIPÓTESES E EFEITOS. PREGÃO E CONSULTA. O REGISTRO DE PREÇOS. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. CONCEITO E CARACTERÍSTICAS. INVALIDAÇÃO. PRINCIPAIS ESPÉCIES DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. INEXECUÇÃO E RESCISÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS. REGIME DIFERENCIADO DE CONTRAÇÃO PÚBLICA. NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br público, em razão de fatos supervenientes devidamente comprovados. Somente pode ser feita pelo Poder Executivo. CONTRATAÇÃO DIRETA ESPÉCIES CARACTERÍSTICAS ALGUMAS HIPÓTESES LICITAÇÃO DISPENSADA 1. 2. 3. Rol taxativo Objeto do contrato é restrito = alienação de bens Ausência de discricionariedade do administrador, pois o próprio legislador dispensou previamente a licitação. a. Dação em pagamento; b. Doação; c. Permuta; d. Investidura; e. Venda para outros órgãos ou entidades administrativas; f. Programas habitacionais; g. Venda de ações, que poderão ser comercializadas em bolsa; h. Venda de bens quando a entidade administrativa possui essa finalidade; i. Procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei 6.383; j. Alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área até 250m². LICITAÇÃO DISPENSÁVEL 1. 2. Rol taxativo; Discricionariedade do administrador; a. Valor reduzido; b. Situações emergenciais; c. Intervenção no domínio econômico; d. Contratação de entidades administrativas; e. Segurança nacional; f. Compra e locação de imóveis; g. Complementação do objeto contratual; h. Gêneros perecíveis; i. Entidades sem fins lucrativos; j. Negócios internacionais; k. Obras de arte; l. Necessidade de manutenção de garantias; m. Forcas armadas; n. Bens destinados à pesquisa; o. Serviços públicos concedidos; p. Transferência de tecnologia e incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica; q. Contratos de programa; r. Catadores de materiais recicláveis; s. Alta complexidade tecnológica; t. Assistência técnica e extensão rural. INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO 1. 2. Rol exemplificativo; Vinculação do administrador. Exemplos: - fornecedor exclusivo; - serviços técnicos especializados; - artistas consagrados. 27 m NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br Modalidades de licitação Objeto Participantes CONCORRÊNCIA Obras e serviços de engenharia: acima de R$ 1.500.000,00 Outros serviços: acima de R$ 650.000,00 Independentemente do valor (art. 23, §3o): a) compra ou alienação de bens imóveis, ressalvados os casos do art. 19, da L. 8.666/93; c) concessões de direito real de uso; c) licitações internacionais. Obs: para consórcios públicos aplica-se o dobro desses valores quando formados por até 3 entes da federação, e o triplo, quando formando por 4 ou mais entes. Qualquer interessado TOMADA DE PREÇOS Obras e serviços de engenharia: acima de R$ 150.000,00 até R$ 1.500.000,00 Outros serviços: acima de R$ 80.000,00 até R$ 650.000,00 Cadastrados até 3 dias antes do recebimento da proposta CONVITE Obras e serviços de engenharia: de 0,00 a R$ 150.000,00 Outros serviços: de 0,00 a R$ 80.000,00 Obs.: até 10% desses valores, a licitação será DISPENSÁVEL. Convidados (cadastrados ou não – mínimo de 3) e qualquer cadastrado até 24 horas antes da apresentação das propostas. CONCURSO Trabalho técnico, artístico ou científico Qualquer interessado LEILÃO a) Alienação de bens móveis inservíveis; b) alienação de produtos legalmente apreendidos/penhorados; c) alienação de bens imóveis adquiridos em procedimentos judiciais ou mediante dação em pagamento (art. 19, L. 8666/93)). Qualquer interessado PREGÃO Aquisição de be ou serviço comum, NÃO importa o valor. Qualquer interessado Concorrência (fase externa): Pregão (fase externa) 28 Edital Habilitação Julgamento Homologação Adjudicação Edital Julgamento (proposta escrita e lances verbais, negociação) Habilitação Adjudicação Homologação NÃO FAÇA A PROVA SEM SABER | TRF5 @ciclosr3 www.ciclosr3.com.br CONTRATOS ADMINISTRATIVOS CONCEITO A Administração Pública deve exteriorizar a sua vontade para desempenhar suas funções. A manifestação pode ser unilateral (atos administrativos), bilateral (contratos da Administração) ou plurilateral (consórcios e convênios). CARACTERÍSTICAS 1 FORMALISMO MODERADO 2 BILATERALIDADE 3 COMUTATIVIDADE 4 PERSONALÍSSIMO (INTUITU PERSONAE) 5 DESEQUILÍBRIO 6 INSTABILIDADE 7 ONEROSIDADE CLÁUSULAS EXORBITANTES 1. ALTERAÇÃO UNILATERAL 2 RESCISÃO UNILATERAL 3 FISCALIZAÇÃO 4 APLICAÇÃO DE SANÇÕES 5 OCUPAÇÃO PROVISÓRIA EQUILÍBRIO ECONÔMICO- FINANCEIRO (i) Reajuste: mantém o equilíbrio. (ii) Revisão: RECOMPÕE o equilíbrio que foi rompido. DURAÇÃO Em regra, duram 01 ano (previsão
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