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PORTIFOLIO UC1 MARIA ROSA MARY PINK - SENAC

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Prévia do material em texto

SENAC / LIMEIRA 
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PEDRINA VALDIRENE FAVARO BERTANHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UC1 
ORGANIZAR E EXECUTAR ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS 
NOS PROCESSOS DE RECURSOS HUMANOS 
 DA ORGANIZAÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIMEIRA, 27 DE NOVEMBRO DE 2017. 
 
 
 
 
 
PEDRINA VALDIRENE FAVARO BERTANHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORGANIZAR E EXECUTAR 
ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS NOS PROCESSOS DE 
RECURSOS HUMANOS DA ORGANIZAÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
.... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIMEIRA, 27 DE NOVEMBRO DE 2017. 
UC1 apresentado ao Curso Técnico em 
Recursos Humanos como requisito 
parcial do Portfolio. Sob Orientação da 
professora: Maria Rosa Silva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicatória 
 
 
 
 
 
A Minha Família, que nos momentos de minha 
ausência dedicados ao estudo, sempre fizeram 
entender que o futuro, é feito a partir 
da constante dedicação no presente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradecimentos 
 
 
 
 
 
 
Agradeço primeiramente a Deus, 
 pela oportunidade de estudar em uma escola qualificada. 
Aos meus pais, pelos meus princípios e valores. 
Ao meu esposo Edson, pelo incentivo. 
A minha professora Maria Rosa, por amar a Deus e 
acreditar que sempre é tempo de aprender e ampliar os horizontes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Epígrafe 
 
 
“Aqueles que dizem que não dá para fazer devem 
sair da frente daqueles que estão fazendo” 
(Joel Barker) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Listas de Termos, abreviaturas e siglas 
 
 
AXIOMA - são verdades inquestionáveis 
SÁTIRA - Composição poética cujo objetivo é ridicularizar vícios e/ou 
comportamentos 
CRÔNICA HUMORÍSTICA: Linguagem simples e coloquial utiliza da ironia e 
do humor como ferramenta essencial para criticar alguns aspectos seja da 
sociedade, política, cultura, economia, etc. Importante destacar que muitas 
crônicas podem ser formadas por dois ou mais tipos, por exemplo: uma crônica 
jornalística, humorística e histórica. 
DP – Departamento Pessoal 
RH – Recursos Humanos 
DHO - Departamento de Desenvolvimento Humano Organizacional ( 
TURNOVER - é a rotatividade de pessoal de uma organização. 
ABSENTEÍSMO ausência ao trabalho 
CARGO DE HEADHUNTER - é um profissional responsável por procurar os 
melhores profissionais do mercado das mais diversas áreas 
MODELO POR MEIO DA 'COLMEIA' – que aplica os cinco subsistemas 
distintos. 
SUBSISTEMAS DISTINTOS - São eles nesta ordem: Provisão de Recursos 
Humanos; Aplicação; Manutenção; Desenvolvimento e Monitoração de 
Pessoas. 
HEADCOUNT - Termo corporativo, refere-se ao número de pessoas que 
trabalham em determinada equipe ou empresa. 
 
FALANDO SOBRE MIM 
Nos dias atuais com o avanço da tecnologia, internet, 
computadores, etc., é inegável que as pessoas estão 
escrevendo mais, ao menos em frente ao computador, seja 
para enviar um e-mail, conversar nas salas de bate-papo ou 
no MSN com os amigos, sem contar as milhares de 
mensagens que as pessoas escrevem nas diversas redes 
sociais existentes atualmente. No entanto, quando o assunto 
é escrever em papel e caneta, é neste momento que o “bicho 
pega” para muitas pessoas, e não pense você que é somente 
para quem vai prestar vestibular ou concurso público que as 
redações são solicitadas. 
É muito comum em uma entrevista de emprego, o 
empregador solicitar que o candidato a vaga faça uma 
redação simples de algumas linhas com o tema: “quem sou 
eu”, e como sabemos nem sempre é fácil falar sobre nós 
mesmos, sendo que o mais difícil para muitas pessoas é 
começar uma redação falando sobre quem sou eu. 
Mas mantendo a calma e refletindo um pouco sobre o 
assunto percebe-se que esse tipo de redação é bastante fácil 
de fazer, basta buscar as informações no lugar certo e da 
forma correta. E para tentar te ajudar, vou deixar algumas 
dicas que utilizo quando preciso fazer uma redação deste tipo 
falando de mim, e por fim um exemplo para tentar esclarecer 
ainda mais as suas dúvidas 
Dicas de como começar uma 
redação quem eu sou 
Ninguém nos conhece melhor que nós mesmo, certo? 
Então porque o motivo de tanta preocupação, afinal falar 
sobre você mesmo é fácil, porém nem sempre é isso que 
acontece, segue algumas dicas que são importantes ser 
levantadas antes de iniciar a sua redação. 
– Imagine que você pudesse observar você como outra 
pessoa, ou como se você estivesse vendo o seu próprio 
retrato, analise e de ênfase nas suas principais 
características, sejam elas físicas ou intelectuais; 
 
Ex.: Além da dedicação das tarefas e obrigações 
profissionais, sempre encontro um pouco de tempo no final do 
dia para cuidar da minha saúde, fazendo academia (ou outro 
esporte qualquer que você goste), pois assim mantendo a 
saúde do corpo em dia sei que posso desempenhar ainda 
melhor meu trabalho no dia seguinte. 
FALANDO SOBRE MIM 
– Escreva sobre você de forma detalhada, afinal esse 
é o propósito deste tipo de redação, quem for ler quer saber 
realmente como e quem você é. 
Ex.: Sou “fulado”, que nasceu no dia “tal”, na cidade 
“tal”, localizada no “interior ou na capital”, e desde cedo busco 
conquistar e realizar meus sonhos, e sempre faço a minha 
parte para atingir o que almejo, porém nem sempre 
conquistamos aquilo que sonhamos, mas quando lembro que 
fiz o melhor de mim fico feliz, afinal fiz tudo o que estava ao 
meu alcance… 
– Faça comparações entre você e coisas boas que 
existem no mundo, minimize seus defeitos, e façam eles jogar 
a seu favor no seu texto. 
Ex.: Se pudesse ser um animal seria um “nome do 
animal”, porque “comente o porque da sua escolha”, tente 
relacionar esse trecho com o contexto geral da sua redação. 
Muitas pessoas me chamam de teimoso, por muitas vezes 
não desistir com facilidade do que quero, mas eu chamo essa 
teimosia como persistência, pois muitas vezes é necessário 
ser persistente para vencer na vida, e não é nos primeiros 
desafios que eu desisto. 
Agora que você já tem uma ideia geral do que 
escrever, vamos a um exemplo que acredito ira ajudar você a 
fazer a sua redação. 
Exemplo de redação quem sou eu 
Nascido no interior de uma cidade do Paraná, de 
família humilde, único filho homem de uma família com duas 
irmãs, deste cedo tive que trabalhar e ajudar meus pais, e 
assim aprendi o valor de cada gota de suor, de cada real 
ganho após um longo dia de trabalho. 
Assim como todo garoto da minha idade, tinha como 
sonho ser um grande jogador de futebol, brilhar no Brasil e no 
mundo todo, e com isso ganhar muito dinheiro, ficar rico e não 
ter preocupações com trabalho e muito menos com dinheiro, 
no entanto, o mundo nem sempre é como a gente quer, e as 
decepções e frustrações fazem parte do dia a dia e ajudam 
você amadurecer e melhor como pessoa, mas a maior 
decepção não esta relacionado a não ter sido jogador de 
FALANDO SOBRE MIM 
futebol, mas sim pelo fato de nunca ter lutado por esse sonho 
como deveria. 
E com esse exemplo, descobrir a importância de lutar 
pelo que quer esonha, por isso hoje me considero uma 
pessoa determinada, focada e até mesmo teimosa, teimosia 
essa que consigo utilizar em meu favor transformando ela em 
força de vontade e persistência. 
Assim consegui passar no vestibular e se formar em 
uma faculdade pública e de qualidade, trazendo neste 
momento uma das maiores alegrias para a minha vida e para 
os meus pais. 
Apesar dos defeitos que possuo assim como todas as 
pessoas, tento minimizar tais defeitos com as qualidades que 
possuo, melhorando a cada dia, considero a minha vida como 
um rio, que apesar de ser cheio de curvas e obstáculos, 
consegue sempre vencer todos esses desafios impostos e por 
fim conquista o mar. 
Bem amigos, é isso, espero que as dicas e exemplos, 
que são simples possam ajudar você a se inspirar e criar uma 
redação bem legal sobre quem é você. 
ATIVIDADE - FALA SOBRE VOCÊ E FAÇA UM 
ANUNCIO 
 
 
FALANDO SOBRE MIM 
Meu nome é Pedrina Bertanha, busco recolocação no 
mercado de trabalho. Tenho boa vivência nos setores da área 
Administrativa: toda rotina de recursos humanos, financeira, 
contábil e atendimento ao cliente. Ótimo domínio de Excel 
avançado e financeiro. Sou uma excelente Instrutora de 
Informática em sistemas operacionais e diversos softwares. 
Em Designer Gráfico e arte final são onde minha 
criatividade se supera. Da vida eu registro os melhores 
momentos capturados que ficará por toda eternidade, eu sou 
uma profissional da área, que fotografa por hobbie. 
Todo esse aprendizado se resume aos ensinos de 
meus pais, minha família é pequena, humilde e do interior de 
São Paulo. Mas as melhores qualidades eles tinham e me 
deixaram de herança, que são: Dedicação, Comprometimento 
e Esforço. 
Pode haver pessoas muito mais qualificadas que eu, 
mas comprometida, dedicada e esforçada. Isso eu DUVIDO!!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
Portfólio 
 “ O possível não é provável. Esse é previsível, algo que podemos calcular e antever, porque é uma probabilidade contida nos fatos e nos dados que analisamos. 
O impossível, porém, é aquilo criado pela nossa própria ação. O que vem à existência graças ao nosso agir” Marilena Chauí 
O que é e por que usar o Portfólio? 
Instrumento de construção do conhecimento tam-
bém conhecido como diário de aprendizagem caracteriza-se 
uma proposta de avaliação advinda do campo da arte, medi-
ante o contexto de mudanças nas concepções de ensino e 
aprendizagem. 
Portfólio, contudo, é a construção de um saber por 
meio de diferentes classes de documentos/materiais (“guar-
dados”) que demostram evidências dos conhecimen-
tos/habilidades/atitudes-valores construídos, as estratégias 
utilizadas para tal; assim como, a disposição de quem o ela-
bora em continuar aprendendo. 
Os registros podem ser: Textos, notas pessoais, 
experiências de aula, desenhos, frases, fotos, reflexões, aná-
lises, depoimentos, vídeos, entrevistas, gráficos, tabela de 
dados, etc., assim como estudos independentes (pesquisas, 
análises e reflexões, realizadas a partir do interesse e neces-
sidade de ir-se além dos conteúdos selecionados). 
 
O uso do portfólio permite: aprender a aprender, 
promover o desenvolvimento reflexivo, estimular o processo 
de enriquecimento conceitual, estruturar a organização con-
ceitual ao nível individual, fundamentar os processos de refle-
xão para a ação, garantir mecanismo de aprofundamento 
conceitual continuado, estimular a originalidade e criatividade 
individuais no que se refere aos processos de intervenção 
educativa, contribuir para a construção personalizada do co-
nhecimento, permitir a regulação em tempo útil de conflitos, 
garantindo o desenvolvimento progressivo da autonomia e da 
identidade; facilitar os processos de auto e hetero avaliação. 
O PORTFÓLIO PODE ASSUMIR VÁRIOS FORMATOS! 
 
 
 (Saber = Sabor) 
 
 
 
 
EVOLUÇÃO DAS TEORIAS ADMINISTRATIVAS 
 
Prof. Alexandre Berto 
 
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA 
 
 Frederick Taylor (1900) – Engenheiro Americano 
 Ênfase nas tarefas 
 Organização vista como uma máquina 
 
 PRINCÍPIOS: MAXIMA EFICIÊNCIA 
 Divisão do trabalho. 
 Especialização do trabalhador. 
 Unidade de comando. 
 Amplitude de controle. 
 
 TÉCNICAS 
 Estudo científico – tempo e movimento. 
 Seleção científica do trabalhador. 
 Estudo da fadiga humana – cuidados com tempo de 
descanso, arranjo do local de trabalho e ferramentas. 
 Plano de incentivo salarial. 
 Estabilidade. 
 
 PONTOS POSITIVOS 
 Aumento da produtividade. 
 
 Diminuição de custo – produtos se tornaram dis-
poníveis para as massas. 
 Aumento do lucro. 
 Aumento dos salários. 
 Estabilidade. 
 
 PONTOS NEGATIVOS 
 Padrões elevados de desempenho. 
 Baixa auto-estima (trabalho monótono, sem neces-
sidade de raciocínio). 
 Desgaste da saúde. 
 Alienação do funcionário. 
 Funcionário era visto como mão de obra e não existia 
RH 
 
 SEGUIDORES - primeira metade do séc. xx 
 Henry Ford (1908) – empresário – criou a linha de 
montagem (tarefas específicas complementadas por 
outro funcionário) – desenvolveu o Ford T – carro 
popular - um modelo e um preço - mercado saturou. 
 Alfred Sloan – presidente da General Motors (1921) – 
carros com cores e estilos variados. Criou a produção 
modular (cada etapa num centro diferente controla-
das por relatórios periódicos). 
 
EVOLUÇÃO DAS TEORIAS ADMINISTRATIVAS 
 
TEORIA CLÁSSICA 
 
 Henri Fayol (1900) – Engenheiro francês 
 Ênfase nas tarefas e tecnologia 
 Organização vista como uma máquina 
 
 PRINCÍPIOS: MÁXIMA EFICIÊNCIA 
 Divisão do trabalho. 
 Autoridade e responsabilidade. 
 Disciplina. 
 Unidade de comando. 
 Subordinação dos interesses individuais aos cole-
tivos. 
 Centralização. 
 Ordem. 
 Iniciativa. 
 Espírito corporativista. 
 
 TÉCNICAS 
 Departamentalização: produção, comercialização, fi-
nanças, contabilidade, gestão administrativa e se-
gurança. 
 Instituição das funções: prever, planejar, organizar, 
dirigir e controlar. 
TEORIA HUMANISTA ESCOLA 
DAS RELAÇÕES HUMANAS 
 Maior representante: Elton Mayo (1927) 
 Ênfase nas pessoas 
 Organização vista como um grupo de pessoas 
 Surgiu a partir dos movimentos sociais na Europa e 
Estados Unidos (séc XIX), com o desenvolvimento da 
sociologia e psicologia. 
 Eficiência = Condições de trabalho. 
 
EXPERIÊNCIA DE HOWTHORNE 
 
 Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA 
 Elton Mayo 
 Pesquisas realizadas na fábrica da Western Eletric 
Company, em Howthorne, 
 Chicago, Estados Unidos, entre 1927 e 1932. 
 
 EXPERIÊNCIA DE HOWTHORNE 
 
 Conclusões das pesquisas 
 Nível de produção = integração social do trabalhador 
e não a sua capacidade física. 
 Comportamento social – é certo o que o grupo aceita. 
EVOLUÇÃO DAS TEORIAS ADMINISTRATIVAS 
 
Personalidades próprias se ajustam ao grupo. 
 Recompensas e sanções sociais – levam o trabalha-
dor a produzir menos e ganhar menos para ser aceito 
no grupo. 
 Grupos informais dentro das organizações: regras, 
crenças e valores. 
 Importância e conteúdo do cargo afeta a atitude e au-
to- estima. 
 Relevância aos aspectos emocionais do trabalhador. 
 
TEORIA HUMANISTA ESCOLA 
DAS RELAÇÕES HUMANAS 
 
 Características 
 Inspirada em sistemas de psicologia. 
 Delegação de autoridade. 
 Autonomia do empregado. 
 Relação de confiança e abertura. 
 Preocupação com aspectos emocionais do trabalha-
dor. 
 Compreensão das relações humanas permite que osadministradores obtenham melhores resultados. 
 
 
TEORIA NEOCLÁSSICA 
 Principal representante – Peter Drucker – austríaco. 
 Organização é composta por vários sistemas 
menores. 
 Administrar significa ter o conhecimento técnico e 
noções sobre direção de pessoas. 
 Ênfase nos aspectos práticos, na busca de resulta-
dos concretos. 
 
 CARACTERÍSTICAS: 
 Valoriza a organização formal, assim como a teoria 
clássica. 
 Compatibiliza os interesses da empresa com os indi-
viduais, como a teoria humanista. 
 Procura alcançar os objetivos da Empresa com o mí-
nimo dispêndio de recursos e de esforços e com 
menos atritos com outras atividades úteis. 
 
TOYOTISMO (JAPÃO) 
 
 Surgiu da necessidade do Japão recuperar sua eco-
nomia após ter empobrecido devido às guerras. 
 
 
EVOLUÇÃO DAS TEORIAS ADMINISTRATIVAS 
 
 PRINCÍPIOS 
 Eliminação de desperdícios: seja de tempo, tarefas, 
pessoas, matéria-prima, estoque ou transporte. 
 Trabalho em equipe – líderes junto com os operários 
que pudessem substituir qualquer um deles. 
 Just-in-time: fabricar sob demanda. 
 Controle de qualidade. 
 
ADMINISTRAÇÃO HOJE 
 Cada empresa transforma e adapta os pensamentos 
administrativos de acordo com sua realidade e 
valores. 
 A busca é pela excelência na produção e no atendi-
mento. 
____________________OPINIÃO 
Na minha lista particular de administradores exem-
plares constam: Jesus Cristo; General Patton, Gene-
ral Eisenhower; o herói espanhol, Henry Ford, Akio Morita, 
Lee Iacocca, Alfred Sloan Jr, Jack Welch etc. 
Cada qual a seu tempo, cada qual a seu modo, se 
destacaram no que se propuseram a fazer e além de valo-
rosos administradores, foram igualmente relevantes agentes 
de mudanças. 
 
Dentre todos, destaco como o principal, o maior de 
todos, Jesus Cristo, que administrou a escassez, liderou 
multidões, cumpriu uma missão e atingiu um objetivo. 
 
E quem precisa de nós? 
O mundo, o Brasil, os estados, as cidades, as em-
presas, as comunidades, as organizações sociais, enfim, 
todas as instituições, sejam elas públicas ou privadas, que 
visem lucros ou não, necessitam de administradores, profis-
sionais formados, habilitados para o pleno exercício das 
quatro funções clássicas, que nos foram legadas pelo sau-
doso Peter Drucker, considerado o Papa da Administração: 
 Planejamento, 
 Organização, 
 Direção 
 Controle. 
Portanto, entendo que Administração, esteve ontem, 
está hoje e estará sempre presente, à frente do desenvolvi-
mento, da evolução e das grandes conquistas dos homens, 
sendo o grande e valioso instrumento da Humanidade. 
____________________ Daniel Goleman, uma das princi-
pais referências no mundo dos negócios e autor do best-
seller Inteligência emocional. 
CRÔNICA - Mudanças nos últimos 50 anos 
 
Fonte http://www.descubrame.com.br 
Tarcísio Barbosa 
Muitas mudanças houve nesses últimos cinquenta 
anos. A maioria delas para melhorar a nossa vida. 
 
 Houve mudanças de comportamento, mudanças de 
atitude, mudanças tecnológicas, trabalhistas, gera-
ções, qualidade de vida e tantas outras. 
 
 O homem foi à lua em 68 e não encontrou nada de 
interessante por lá. Dizem que nem São Jorge ele 
encontrou. Estava viajando na ocasião. 
 
 Em 1962, Mary Quant inventou a minissaia – que 
fez furor na época. As mulheres antes só mostra-
vam os seios através de ousados decotes, aí pas-
saram a mostrar as pernas também. Mulher que 
não tinham as pernas bonitas ficou na pior e pas-
sou a usar só calças jeans. Com a evolução, hoje, 
elas mostram também a bunda ou o início dela. O 
cofrinho! Algumas, o banco central! 
 
 Os franceses inventaram o biquíni em 1948, e os bra-
sileiros inventaram a tanga, o fio dental, o máximo em 
economia de tecido. 
 
 Casamento antigamente era para sempre. O Brasil foi 
um dos últimos países do mundo a aprovar o divórcio. 
Que veio para reabilitar a mulher, antes considerada 
concubina ao constituir nova família. O divórcio demo-
rou em função do excesso de catolicismo. Aliás, ca-
samento hoje nem precisa mais. Se a mulher morar 
sob o mesmo teto com um companheiro por um de-
terminado tempo, ela terá os mesmos direitos da es-
posa de papel passado. E o amor será eterno só en-
quanto durar. (Ah, Vinícius!) 
 
 Doutor Pincus criou a pílula anticoncepcional na dé-
cada de sessenta, liberando a mulher. Mas as moci-
nhas continuam engravidando. “Eu me distraí, papai!” 
Haja distração! 
 
 Em 1953, Francis Crick e James Watson descobriram 
a estrutura do DNA – ácido desoxi-ribonucléico. 
CRÔNICA - Mudanças nos últimos 50 anos 
 
Fonte http://www.descubrame.com.br 
 Daí vieram os transgênicos, os OGMs - organismos 
geneticamente modificados – capitaneados, em 1982, 
pela Escherichia coli, bactéria encontrada nas fezes 
do homem e que servia até então somente para medir 
o índice de poluição das águas. E que hoje “fabrica” 
insulina. O que existe hoje de organismo transgênico 
por aí não está no gibi! 
 
 E os testes infalíveis de paternidade – manda fazer o 
DNA deste safado! - fazem a dor de cabeça de muito 
macho por aí. Haja irresponsabilidade! 
 
 Em 1912, Doutor Voronoff, com seus transplantes não 
conseguiu devolver a potência a ninguém. 
 
 Em 1996, o Viagra fê-lo com sucesso absoluto. Ape-
sar de ninguém admitir que tomar Viagra, é um dos 
medicamentos mais vendidos no Brasil. Tome o vi-
agra sempre com água ou outro líquido, senão ele 
pode agarrar na garganta e você ficar três dias com o 
pescoço duro! 
 
 As mocinhas antigamente se casavam virgens. Hoje 
virgindade está se transformando em lenda. E a sim-
pática e mineiríssima Virginópolis – cidade das vir-
gens - se tornou a cidade das vírgulas. Os namorados 
dormem na casa das namoradas e vice-versa. Lógico, 
tudo com o consentimento dos pais! Falsa moral é 
bobagem, coisa antiquada! 
 
 Ladrões antigamente roubavam e iam presos. Hoje 
tomaram conta dos palácios, da Câmara Federal e de 
uma cidade chamada Brasília. Que não existia! 
 
 Experiência com germinação de feijão a gente fazia 
no primário e não no espaço ao custo de 10 milhões 
de dólares. 
 
 Movimento social eram as nossas brincadeiras dan-
çantes, não o movimento dos sem terra, sem teto. 
 Antigamente as garotas que se dedicavam à mais an-
tiga das profissões eram chamadas de prostitutas. . . 
Hoje são garotas de programa. Muito mais chique! 
 
CRÔNICA - Mudanças nos últimos 50 anos 
 
Fonte http://www.descubrame.com.br 
 Mulher de 40 anos era mulher velha. Hoje encontra-
mos cada mulherão de 40, 50, 60, já no segundo ou 
terceiro casamento. 
 
 Marlon Brando no filme “O Último Tango em Paris”, 
usou manteiga, nós hoje usamos KY. 
 
 Abaixo a repressão! Hoje tudo virou libertação. Teolo-
gia da libertação, psicologia da libertação, pedagogia 
da libertação, libertação da burrice, dos costumes. 
 
 Houve um tempo não muito distante em que os filhos 
se formavam e saíam de casa para trabalhar. Hoje se 
formam e continuam em casa. Não há emprego! 
 
 Naquele tempo - in illo tempore - só para irritar os que 
detestam o latim – frango não pegava gripe. 
 
 Pizza era um acepipe inventado pelos italianos e não 
sinônimo de safadeza na capital federal. 
 
 Mulher era a rainha do lar. Piloto da WALLIG – marca 
de fogão da época. Não confundir com VARIG – 
companhia aérea que faliu. Saiu de casa, foi à luta e 
hoje disputa o mercado de trabalho par e par com o 
homem. São a maioria nas universidades. E nem pre-cisam mais do concurso do homem para ter filhos. A 
inseminação artificial já tem 30 anos e os bancos de 
sêmen estão por aí mesmo. 
 
 Estamos vendo o crepúsculo do macho. A clonagem 
dispensa o espermatozoide, mas o óvulo é indispen-
sável. Em pouco tempo, serviremos para matar bara-
tas, abrir latas de sardinhas e trocar lâmpadas. Está 
próximo o dia do nosso réquiem. 
 
 Ninguém hoje vive sem controle remoto para televi-
são, vídeo e sem mouse. Sem telefone celular. . .nem 
pensar! 
 
 O cientista político e “comunicólogo” Marshall McLu-
han dizia na década de 70 que o mundo se transfor-
CRÔNICA - Mudanças nos últimos 50 anos 
 
Fonte http://www.descubrame.com.br 
maria numa aldeia global. A internet se encarregou 
disso. 
 
 O silicone passou a turbinar os seios das mulheres no 
mundo inteiro, mormente no Brasil, enquanto o botox 
estica a pele de muita gente por aí. Inclusive do pre-
sidente Dom Lula II, de acordo com as más línguas! 
 
 O Brasil foi invadido por louras falsas, enquanto todos 
os cabelos ficaram lisos e sedosos com a invenção da 
escova progressiva. 
 
 O tal do “politicamente correto” inventado não sei por 
quem, enche a paciência de todo mundo. 
 
 A “invenção do colesterol” deixou muita gente preo-
cupada. O ovo e a manteiga foram demonizados, po-
rém, recentemente, reabilitados. 
 
DICAS 
 Você não é a única pessoa com a sensação de que o tempo 
está passando rápido demais. 
Estudos dizem que esse sentimento está relacionado à quanti-
dade enorme de informações e experiências a que estamos su-
jeitos atualmente. “É preciso planejamento e foco. Caso contrá-
rio, fica difícil alcançar metas e sonhos”, alerta a Master Co-
ach da Effecta Coaching, Janaina Manfredini. 
Tenha foco: Qual é o seu objetivo nesse ano? Tenha 
ele sempre em mente. Assim, é menos provável que se gaste 
energia com o que não interessa. 
Planeje o caminho: Saiba o que é preciso ser feito para 
realizar o sonho e organize exatamente os passos que terão que 
ser dados para chegar lá. 
Otimize o tempo: A tecnologia está aí para auxiliar nas 
tarefas. Mas, muitas vezes, ela apenas rouba o nosso tempo. 
Então, use ela a seu favor. Muito cuidado para não desperdiçar 
minutos preciosos nas redes sociais. 
O QUE É TRABALHO? 
 
O que é Trabalho: Trabalho é um conjunto 
de atividades realizadas, é o esforço feito por indivíduos, com 
o objetivo de atingir uma meta. O trabalho também pode ser 
abordado de diversas maneiras e com enfoque em várias 
áreas, como na economia, na física, na filosofia, a evolução 
do trabalho na história, etc. 
Fonte: www.significados.com.br 
VOCÊ CONCORDA? 
O trabalho pode ter diversos significados nas vidas 
das pessoas! 
*Os fatores mais apontados em pesquisa efetuada, 
com pessoas entre 18 e 30 anos, mostram que: 
 Veem o trabalho como castigo. 
 Um meio de sobrevivência. 
 Caminho para realizar seus 
objetivos/sonhos. 
*(fonte não identificada) 
AFINAL, O QUE É TRABALHAR? 
Todas as pessoas nascem com um bem muito valioso 
que se chama tempo. Trabalhar é trocar seu tempo por algo 
que lhe interesse. 
Se você ganha o que lhe é de interesse sem gastar 
tempo para conseguir isso, você por definição não teve 
trabalho para consegui-lo. Num trabalho, uma pessoa pode 
converter seu tempo em valor das mais diversas formas, mas 
sempre dispendendo esforço, seja ele prazeroso ou não. 
Se este esforço for prazeroso, dizemos que esta 
pessoa é feliz no trabalho e tendemos muitas vezes a dizer 
que "o trabalho é também um hobby", fazendo mênção a uma 
atividade prazerosa que, em tese, a pessoa faria por prazer, 
mesmo que este trabalho não se convertesse em valor. 
Se este esforço não for prazeroso, dizemos 
usualmente que "esta pessoa trabalha" e se encaixa em uns 
75% da população ativa. As pessoas querem uma grande 
diversidade de coisas. Querem comida, querem roupas, 
querem carros. 
O QUE É TRABALHO? 
 
O valor de cada uma dessas coisas pode ser 
calculado levando-se em conta diversos parâmetros (tempo 
necessário à obtenção, demanda existente, oferta existente, 
riscos envolvidos e outra infinidade de fatores). 
A unidade de valor chama-se dinheiro e serve 
unicamente para servir de protocolo de escambo entre o 
tempo e um bem (seria algo como lavar pratos pra pagar o 
restaurante...) Ou entre um bem e outro bem (seria como 
deixar seu aparelho celular pra pagar a comida e o tempo de 
trabalho dos funcionários ). Então podemos dizer que: tempo 
+ esforço = valor = dinheiro por último: se você é obrigado a 
gastar seu tempo em um esforço que lhe renderá um valor, 
você é um escravo. Há escravos pobres e ricos. Se você é 
obrigado a gastar seu tempo em um esforço prazeroso que 
lhe renderá um valor, você é um escravo feliz. Menos mal. 
Se você não é obrigado a gastar seu tempo para 
convertê-lo em um valor, você é livre!!! Quero ser livre! O 
único objetivo da minha vida é este: ser livre. Ser livre 
significa poder fazer o que quiser, onde, como, quando e com 
quem. Só isso. O dinheiro não é, portanto, um fim. É um meio. 
Para que isto seja possível, é necessário que meu tempo não 
seja necessário na geração de valor. Para isto, o investimento 
é o método. 
O investimento é o único método que gera valor por si 
próprio, sem que seja necessária a participação do meu 
tempo congênito, vitalício, precioso e limitado. Concluímos 
então que quem opta por não investir nunca será livre. 
Será isto o "axioma agressivo"? Vou mais longe 
ainda. Apesar de ter concluído que tempo=dinheiro, gosto de 
pensar ao contrário. Gosto de dizer que dinheiro=tempo. Isto 
porque "tempo=dinheiro" coloca o dinheiro como um fim, 
enquanto que "dinheiro=tempo" coloca a vida como um fim. 
Concluímos então que o investimento é a única 
maneira de comprar tempo. É uma viagem. Comprando 
tempo você concentra a vida, vive com mais intensidade, e 
alcança a oportunidade de realizar os feitos latentes no seu 
coração. 
Fonte: 
http://www.administradores.com.br/artigos/negocios 
PESQUISA – MUNDO DO TRABALHO | 03/08/2017 
 
1. Principais mudanças que ocorreram nos últimos, 20, 
30, 40, 50 anos que impactaram o mundo do trabalho. 
 
2. Como essas mesmas mudanças afetaram o 
comportamento humano 
 
 
3. Debate - Será discutido em roda de conversa em 
aula. 
 
 
MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO 
 
 
Denise Aparecida Lopes é jornalista e escreve para 
esta publicação 
 
No século XXI, com o caminhar da globalização e 
a difusão da ideologia neoliberal na esfera política do 
mundo, o fim do emprego tornou-se uma questão de ex-
trema relevância para a sociedade contemporânea. 
 
Muito se tem falado, refletido e produzido a respeito 
do fim do emprego a partir das transformações transcorridas 
no âmbito do trabalho no último século. Pensar sobre o tema 
leva a questionar os processos que nos trouxeram a este es-
tado de coisas e também a desfazer, de antemão, a confusão 
conceitual entre emprego e trabalho. O que está em crise é o 
trabalho assalariado e, pelo menos nesta fase de transição 
que vivemos, parece que o pleno emprego é uma possibilida-
de remota, como analisou o filósofo Robert Kurz no artigo O 
Fim da Normalidade, no semanário Freitag, em fevereiro do 
ano passado. “Já ninguém está à espera de Godot. Todos 
sabem: o pleno emprego tornou-se uma impossibilidade obje-
tiva sob todas as condições econômicas e políticas ainda 
imagináveis do capitalismo transnacional. E ainda não estão 
nada esgotadas as capacidades de racionalização da microe-
letrônica e da globalização”,disse ele. 
Vivemos um tempo marcado por contradições e pro-
gressos científico-tecnológicos que trazem profundas altera-
ções na relação do homem com o trabalho. Quando se trata 
de fim do emprego, fala-se no trabalho com carteira assinada, 
salário, férias, décimo terceiro, enfim, garantias e benefícios 
legais que ainda existem e que os sindicatos e categorias pro-
fissionais lutam para manter diante de um cenário de incerte-
zas e exigências maiores. 
Se a existência do bloco socialista e as lutas dos 
trabalhadores contiveram a liberdade do mercado, a der-
rota do socialismo trouxe o declínio do emprego e a ideo-
logia neoliberal ganhou força. 
 
Juntamente com a globalização econômica, tais 
avanços têm levado a sensíveis transformações no sistema 
produtivo: cada vez mais o trabalho vem se organizando de 
MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO 
 
forma diferente, não mais baseado nos princípios tayloristas e 
fordistas (produção em série), mas pela integração de tarefas 
executadas por uma mão-de-obra flexível, terceirizada, tecni-
camente qualificada e diversificada. Mas isso não é regra; 
depende da realidade de cada país, região e tipo de setor. 
Isso leva a pensar em desemprego estrutural e sofis-
ticação do trabalho com demanda de capacidades cognitivas 
e competências múltiplas. Se essas transformações levam a 
uma empregabilidade possivelmente mais compensadora e 
livre para alguns, para outros acaba sendo um fator de exclu-
são. A compreensão crítica das mudanças na esfera do traba-
lho passa, então, pelo questionamento filosófico da flexibiliza-
ção e suas problemáticas sociopolíticas, como avalia o pro-
fessor adjunto do Departamento de Ciências Sociais da Uni-
versidade Federal de Santa Maria, Holgonsi Soares Gonçal-
ves Siqueira, historiador com especialização em Filosofia e 
doutorado em Educação. 
Com a Revolução Industrial e o aumento de pro-
dução, a partir do uso de máquinas, o desemprego surge 
como um efeito colateral do sistema. 
Esse questionamento precisa ser tecido a partir de 
uma perspectiva interdisciplinar que envolva a Filosofia, a An-
tropologia, a Sociologia, a História, e a Ciência Política, sali-
enta Holgonsi Siqueira, que coordena também o site Pós-
modernidade, Política e Educação e tem se aprofundado no 
estudo das transformações do modelo de trabalho. 
 Para ele, as mudanças na natureza do trabalho são 
conseqüência das novas formas organizacionais que resulta-
ram da nova etapa do capitalismo. “Essa etapa configurou o 
que se chama de fase “multinacional” ou “tardia” do capitalis-
mo (ou ainda “capitalismo globalizado”) e gerou profundas 
transformações, não só no mundo do trabalho, mas em todo o 
sistema social do fi nal do século XX”, comenta. Siqueira re-
laciona a esfera do trabalho com novos desenvolvimentos nas 
esferas socioculturais, políticas e na tecnociência. 
 Quando o alemão Karl Marx discorreu sobre o traba-
lho, pensou-o como mecanismode construção e desenvolvi-
mento histórico da espécie humana. Como em sua concep-
ção, a essência humana é o vir-a-ser, determinado pelo de-
senvolvimento das forças produtivas; o ser humano é o refle-
xo das relações sociais, dinâmico e histórico como a própria 
MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO 
 
sociedade. Para Marx, o trabalho é manifestação da liberdade 
humana à medida que cria a própria forma de existência — 
não se trata de liberdade absoluta, mas relacionada às condi-
ções materiais, isto é, com os fatores limitantes presentes em 
toda a história. E é também uma construção coletiva e vital. 
 Ao longo da história, no entanto, o trabalho assumiu 
um aspecto degradante para grande parte da humanidade: na 
forma de trabalho escravo nas sociedades pré-capitalistas, 
em que o homem era comprado e vendido como mercadoria 
ou como animal, e nas sociedades capitalistas, como aquele 
que vende (ou aliena) a sua força de trabalho para quem de-
tém os meios de produção em troca de um salário. Daí vem o 
conceito de sociedade salarial, que tem seus primórdios entre 
os séculos XVI e XVIII e se intensifica a partir da criação do 
sistema fabril de produção. Com a Revolução Industrial e o 
incremento da produção a partir do uso de máquinas, as soci-
edades passam a lidar com o desemprego e a existência de 
um exército de reserva ou a massa sobrante do sistema capi-
talista. 
Para Marx, o trabalho é manifestação da liberdade 
humana à medida que cria a própria forma de existência. 
É a partir desse cenário que surgem, como contra-
ponto, as novas formas de organização do trabalho: terceiri-
zado, informal, precário e a economia solidária, cooperativa e 
popular. “Como dar direito à vida digna neste contexto é o 
problema social e ético mais agudo do final do século XX e 
início do século XXI. O capitalismo não tem resposta para 
isso”, analisa Gaudêncio Frigotto, filósofo e professor do Pro-
grama de Pós-graduação em Políticas e Formação Humana 
da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e membro do 
comitê diretivo do Conselho Latino-Americano de Ciências 
Sociais (CLACSO). 
 EDUCAÇÃO E CIBERCULTURA 
As transformações ocorridas na organização do 
trabalho indicam que hoje trabalhar equivale cada vez 
mais a aprender, transmitir saberes e produzir conheci-
mento, como avalia o filósofo e sociólogo francês Pierre 
Lévy, autor do livro Educação e Cibercultura e estudioso 
da inteligência coletiva. E esta possibilidade não está 
mais reservada a uma elite, mas diz respeito à massa das 
pessoas em sua vida diária e seu trabalho. Segundo ele, a 
maioria dos saberes adquiridos no início de uma carreira 
MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO 
 
torna-se obsoleto antes mesmo do final do percurso pro-
fissional. Essa aceleração da temporalidade social é pre-
cipitada pelas evoluções técnico-científicas que se tradu-
zem num “saber-fluxo caótico cujo curso é difícil prever” 
e isso chama a raciocinar em termos de competências 
variadas das quais “cada um possuiria uma coleção sin-
gular”, afirma. Otimista, Lévy fala de formação contínua e 
em alternância, os dispositivos de aprendizado na em-
presa, participação na vida associativa, sindical, entre 
outros, que está se constituindo entre tempo de formação 
por um lado, e tempos de experiência profissional e soci-
al por outro. O autor afirma que, para parte crescente da 
população, o trabalho já não é a execução repetitiva de 
tarefas prescritas, mas uma atividade complexa, com es-
paço para a “solução inventiva de problemas”. No entan-
to, a realidade parece ser bem outra para quem observa 
as tantas transformações sob um prisma mais social. 
Se a existência do bloco socialista e as lutas dos tra-
balhadores ao redor do mundo puderam conter a liberdade do 
mercado, com a derrota do socialismo e o declínio do empre-
go a ideologia neoliberal ganhou força. Em paralelo, a inter-
nacionalização do mercado financeiro sem regulamentação 
deu início a uma etapa de desestabilização e fragilidade das 
economias dos países em desenvolvimento, com efeitos nos 
países desenvolvidos, que também tiveram de lidar com a 
pobreza interna. 
 “A cartilha neoliberal reza como postulados básicos: 
a desregulamentação, que significa revogação das leis que 
asseguram direitos, descentralização ou flexibilização medi-
ante um estado social mínimo, ampliação do Estado como 
garantia dos investimentos do mercado e a privatização: pas-
sar à iniciativa privada todas as instituições públicas que ga-
rantiam serviços públicos”, observa o professor Frigotto sob a 
perspectiva social. 
 Neste contexto de supremacia do mercado sobre a 
sociedade organizada em torno do trabalho, faz-se notar aprimazia do individual sobre o coletivo. “Essa valorização do 
mérito pessoal, que ganha força nos meios de comunicação 
de massa, nos remete à concepção hobbesiana da sociedade 
formada por indivíduos atômicos, isolados”, explica Cassiano 
Terra Rodrigues, doutor em Filosofia e professor da Pontifícia 
Universidade Católica e do Centro Universitário Senac. 
MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO 
 
 O resultado disso tem sido a desintegração da força 
política da classe trabalhadora. Essa maneira de pensar o 
trabalho é antagônica à concepção marxista do trabalho como 
construção coletiva. “Mesmo inserido no mercado, seja de 
forma precária ou como autônomo, não significa que o indiví-
duo seja sujeito político”. Ele toma como exemplo o drama 
diário dos mexicanos que arriscam a vida para atravessar a 
fronteira que leva aos Estados Unidos — 3.140 quilômetros 
protegida por um imenso muro de concreto — em busca de 
trabalho. “Pouco se divulga, mas anualmente a Califórnia abre 
a fronteira para a colheita das vinícolas. Então os mexicanos 
têm a entrada permitida para fazer o serviço pesado, a baixís-
simo custo, que os norte-americanos já não fazem porque 
atingiram um grau de riqueza material que permite não se 
sujeitarem a este tipo de trabalho. Terminada a colheita, eles 
são novamente expulsos sem direitos, enquanto alguns ten-
tam sobreviver na clandestinidade”, conta o professor. 
 Não é preciso ir longe; nos últimos anos milhares de 
bolivianos têm atravessado a fronteira à procura de oportuni-
dades de trabalho no Brasil. Quando não se tornam ambulan-
tes, sujeitam-se a trabalhar para coreanos em regime de se-
mi-escravidão, como tantas vezes a imprensa denunciou. E 
se olharmos em nosso próprio território, nos depararemos 
com a crueza imposta a imensas camadas de homens na ci-
dade e no campo em busca de emprego e lidando com as 
demandas completamente novas do trabalho. 
 A cartilha neoliberal reza a desregulamentação, 
que significa revogação das leis que asseguram direitos. 
 
Para o professor Rodrigues, a dificuldade da classe 
trabalhadora em se organizar internacionalmente frente à ca-
pacidade que o capital tem para fazê-lo, tende a se aprofun-
dar e coloca em xeque o papel dos sindicatos. Tomando co-
mo exemplo as greves dos trabalhadores da Volkswagen e do 
sindicato dos bancários, no ano passado, ele comenta que 
“as lutas passaram a ser por garantias adquiridas no Estado 
Novo (salário, férias, 13º, entre outros), mas não por decisões 
políticas genuínas”. Explica ainda que ao defenderem posi-
ções corporativas, os sindicatos distanciam-se dos demais 
segmentos sociais que não se reconhecem naquelas catego-
rias determinadas e não conseguem formular uma posição 
política coesa. 
MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO 
 
O fenômeno não é exclusivo dos países em desen-
volvimento, mas mundial. A própria onda de manifestações 
levadas às ruas de Paris, pelos jovens, e que logo se espa-
lhou por toda a França, contra as mudanças na Lei do Primei-
ro Emprego (CPE), em 2006, é o reflexo de uma nova reali-
dade que aprofunda os sentimentos de incerteza sobre o futu-
ro da sociedade diante do novo modelo de trabalho em for-
mação. Em artigo comentando as reivindicações da juventude 
francesa, o filósofo italiano Toni Negri e o cientista político 
Giuseppe Cocco, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 
observaram algo novo neste movimento: enquanto o famoso 
maio de 1968, referência simbólica explicitada pelos próprios 
manifestantes, eclodiu como uma primavera de vida contra a 
opressão do pleno emprego industrial para um futuro preesta-
belecido e a disciplinarização de toda a sociedade sob o re-
gime de fábrica, os eventos de março de 2006 nasceram de 
razão completamente oposta: as angústias da crise do pleno 
emprego. 
 Sobre a reorganização no nível global e estatal do 
capitalismo, os autores observam a busca de um trabalho di-
fuso nos territórios sociais visando reduzir a cooperação soci-
al e ampliar a potência da fragmentação da vida colocada pa-
ra trabalhar e competir entre si. Assim,o capitalismo reconhe-
ceria a dimensão múltipla que assume um trabalho que se 
torna produtivo sem passar pela relação salarial e que se or-
ganiza criando formas de trabalho livre e, no extremo oposto, 
novas formas de escravidão notadamente nas periferias me-
tropolitanas. 
O desafio que se coloca é o da inclusão social via tra-
balho e sua própria precarização e perda da capacidade in-
clusiva, da mudança de sua natureza. 
 A valorização de competências se estende à edu-
cação para o atendimento da nova forma de produção 
capitalista. É preciso mostrar serviço, criatividade e com-
petência no atual mercado de trabalho. 
 
O professor Holgonsi Siqueira analisa o novo para-
digma do trabalho que permite um avanço qualitativo em rela-
ção à lógica taylor-fordista. Diferente desta concepção que 
reduzia as operações produtivas ao aspecto físico, desvalori-
zando o conhecimento e a capacidade reflexiva do trabalha-
MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO 
 
dor na nova organização flexível do trabalho, na era das no-
vas tecnologiasde comunicação e informação, o conteúdo 
qualitativo passa a ser privilegiado e isto contribui para a 
construção da autonomia. 
 Nesse novo cenário, as exigências que se colocam 
para os profissionais são muitas. As novas práticas gerenciais 
e empregatícias pedem novos saberes e competências defi-
nidas com base nas relações existentes entre sistema de for-
mação profissional, sistemas de relações industriais e formas 
de organização do trabalho de acordo com cada país. 
Em resumo, cobra-se do trabalhador o desenvolvi-
mento de competências intelectuais, de gestão comunicativa, 
social e comportamental. No entanto, este modelo está longe 
de ser atendido pela maioria dos trabalhadores que se tornam 
desempregados ou se inserem em novas formas precárias de 
trabalho. O número de trabalhadores nestas condições, se-
gundo a Organização Internacional do Trabalho, passa de 
700 milhões de pessoas, o que representa uma das questões 
mais complexas da pós-modernidade. 
 
Dados do IBGE apontam que dos 8,9 milhões de 
desempregados no País em 2005, quase metade tinham 
entre 15 e 24 anos 
 
 “Se de um lado começamos a ter, em minoria, os 
vencedores do toyotismo (aqueles que vão se inserindo no 
novo paradigma do trabalho, pois desenvolvem aquelas com-
petências), de outro temos os perdedores, os quais não con-
seguem responder às exigências cada vez maiores de qualifi 
cações e vão numericamente aumentando e constituindo o 
que William Wilson chamou de ‘subclasse’, com problemáti-
cas sociais bastante conhecidas entre nós”, afirma Holgonsi 
Siqueira. 
Como aspecto positivo deste novo modelo, o profes-
sor destaca, no caso das estruturas de informação e comuni-
cação, a melhoria em processos de trabalho que envolvem 
criação, análise e tomadas de decisão. 
 “A flexibilização do mercado de trabalho, sem corres-
pondência com a capacidade de absorção de trabalhadores, é 
MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO 
 
a grande contradição negativa do sistema atual, e com certe-
za fala mais alto”, enfatiza Siqueira, observando a necessida-
de de se acentuar o debate sobre o Estado e as políticas pú-
blicas, como o modelo dos atuais sistemas educativos e ou-
tras agências formadoras. 
A professora de Filosofia do Ensino Médio, Dalva 
Aparecida Garcia, mestre em Filosofia da Educação e coor-
denadora do Centro de Filosofia para Crianças, concorda com 
a afirmação. “O modelo neoliberal e o discurso da valorização 
de competências se estende à educação, agora voltada parao atendimento dessa nova forma de produção capitalista. A 
própria Lei de Diretrizes e Bases (LDB) fala em desenvolvi-
mento das habilidades cognitivas e eficácia. É preciso mostrar 
serviço, criatividade, competência ou você está fora do mer-
cado”, afirma. Ela ressalva que, apesar das limitações impos-
tas pelo modelo, “a escola ainda é o espaço de transformação 
do sujeito e cabe aos professores propor essa discussão es-
pecialmente no Ensino Médio”. 
A educadora observa ainda que uma das promessas 
não cumpridas do modelo da supervalorização da razão ins-
trumental, que pauta em certa medida as mudanças na orga-
nização do trabalho, foi a ampliação do espaço reflexivo para 
a subjetividade. “Hoje as pessoas pagam contas, fazem mer-
cado e quase tudo pela Internet; no entanto, o que aconteceu 
com esse tempo que ela economizou? Ele se transformou em 
tempo de trabalho", afirma. 
 MANIFESTO CONTRA O TRABALHO 
 No final da década de 1990, o grupo Krisis, que teve 
como expoente o filósofo alemão Robert Kurz — popularizado 
no Brasil pela obra O Colapso da Modernização — surpreen-
deu o mundo ao divulgar seu Manifesto contra o Trabalho, 
uma crítica à sociedade do trabalho e sua crise. O grupo de 
estudos, que em 1986 criou a revista homônima (um fórum 
teórico para a reformulação da crítica social radical), não pou-
pou ninguém de suas críticas. Leia trechos: 
 “É um absurdo: a sociedade nunca foi tanto socie-
dade do trabalho como nesta época em que o trabalho se faz 
supérfluo. Exatamente na sua fase terminal, o trabalho revela, 
claramente, seu poder totalitário, que não tolera outro deus ao 
seu lado. Até nos poros do cotidiano e nos íntimos da psique, 
o trabalho determina o pensar e o agir. Não se poupa nenhum 
MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO 
 
esforço para prorrogar artificialmente a vida do deus-trabalho. 
O grito paranoico por “emprego” justifica até mesmo acelerar 
a destruição dos fundamentos naturais, já há muito tempo 
reconhecida. Os últimos impedimentos para a comercializa-
ção generalizada de todas as relações sociais podem ser eli-
minados sem crítica, quando é colocada em perspectiva a 
criação de alguns poucos e miseráveis “postos de trabalho”. E 
a frase, seria melhor ter ‘qualquer’ trabalho do que nenhum, 
tornou-se a confissão de fé exigida de modo geral”. 
“Os poderes dominantes podem declarar-nos loucos 
porque arriscamos a ruptura com seu sistema coercitivo irra-
cional. Não temos nada a perder senão a perspectiva da ca-
tástrofe para a qual eles nos conduzem. Temos a ganhar um 
mundo além do trabalho”. 
A íntegra do manifesto foi editada pela Conrad Edito-
ra, na coleção Baderna, e também pode ser acessada pela 
Internet, disponível em diversos sites, entre os quais: 
 www.odialetico.hpg.ig.com.br/filosofia/Krisis ou ainda 
www.consciencia.org/contemporanea/krisis. 
 A visão do professor Gaudêncio Frigotto sobre o pa-
pel da educação converge também neste sentido. Para ele, a 
educação tem tido dominantemente a função de reproduzir a 
formação trabalhadores no âmbito técnico e ideológico. “Co-
mo lembra Carlos Paris, fazer bem feito o que se lhes manda 
fazer. Trata-se de formar um ‘cidadão produtivo’ ajustado e 
alienado de seus direitos. Daí que a escola na sociedade ca-
pitalista é dual: uma para as classes dominantes e outra para 
os filhos dos trabalhadores. Para os primeiros uma formação 
de dirigentes, aos segundos uma formação mutilada, pragmá-
tica e adestradora”, critica ele observando que, apesar deste 
caráter alienante das massas trabalhadoras difundindo a pe-
dagogia das competências, a escola felizmente não é apenas 
isso, pois ainda há luta. 
A natureza desta luta, comenta o professor aludindo 
ao educador Paulo Freire, é colocar em prática uma educação 
que permita os fundamentos para ler a realidade em todas as 
suas dimensões, a partir do contexto dos sujeitos. Para tanto, 
os educadores e sindicatos devem apropriar-se de um instru-
mental analítico para uma leitura crítica do nosso tempo e, 
mais do que isso, ter vontade política e compromisso ético 
MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO 
 
para transformar a realidade, buscando novas relações soci-
ais marcadamente solidárias e equalitárias. 
 O processo de reestruturação produtiva que marca 
os diversos setores da economia aponta para um horizonte de 
profundas mudanças na maneira de pensarmos o trabalho. A 
curiosidade frente às amplas possibilidades de conhecimento 
que se apresentam traz em si também a sensação de fragili-
dade e incerteza diante do futuro. Não há respostas fechadas, 
mas é presente a necessidade do questionamento sobre o 
papel das políticas públicas e da consciência de que o centro 
de todas as transformações em curso não pode ser outro se-
não o homem. 
O trabalho hoje equivale mais a aprender, transmi-
tir saberes e produzir conhecimento. 
 
 Reprodução de reportagem autorizada pela EDI-
TORA ESCALA para o site “Pós-modernidade, Política e 
Educação” 
 
REVISTA: FILOSOFIA Ciência & Vida 
EDITORA: Escala 
ANO I – Nº 09 – MARÇO/2007 
 
 
 
TENDÊNCIA – p. 50 – 59 
 
 
 
ARTIGO - A TECNOLOGIA E O COMPORTAMENTO HUMANO 
 
Recentemente um amigo meu, gestor de Recursos 
Humanos, disse que fará um curso sobre o “Gerenciamento 
de pessoas em ambiente de mudança”. Com isso, veio à mi-
nha cabeça a grande variedade de cursos e treinamentos so-
bre o tema. Isso porque a preocupação em adequar as pes-
soas a processos de mudança tem sido uma constante nos 
meios de gestão de RH. 
Sabemos que o mundo está mudando cada vez mais 
rápido e é uma situação sem volta. Por isso, multiplicam-se as 
abordagens de adequação das pessoas à essa realidade. É 
oportuno portanto, lançarmos uma vista à perspectiva históri-
ca para compreender melhor essa situação. O objetivo aqui, 
portanto, é discutir a relação entre as recentes mudanças no 
ambiente social e o perfil comportamental das pessoas. 
Para analisar o perfil comportamental, usarei o con-
ceito DISC, do prof. Willian M. Marston (Emotions of Normal 
People – 1928), por meio do qual ele propõe que as caracte-
rísticas comportamentais humanas podem ser descritas em 
quatro grandes grupos: 
1 – Dominância: Características que descrevem a 
competitividade, a busca por resultados, a assertividade e a 
diretividade; 
2 – Influência: Grupo de características relacionadas 
à empatia, verbalidade, persuasão, amabilidade; 
3 – Estabilidade: Características relacionadas com a 
previsibilidade, a necessidade de segurança e a boa adapta-
ção à rotina; 
4 – Conformidade: Grupo de características voltado 
ao perfeccionismo e a agregação a procedimentos e normas 
pré-estabelecidas. 
Toda a pessoa tem um pouco de cada um dos quatro 
grupos. A intensidade com que cada grupo aparece em um 
indivíduo define o seu tipo de perfil. Podemos representar isso 
graficamente do seguinte modo: 
As pessoas usualmente têm todas essas característi-
cas em sua personalidade, havendo a predominância de um 
grupo sobre os demais. Assim, um indivíduo pode apresentar 
um grupo de características que predomina sobre os outros. 
ARTIGO - A TECNOLOGIA E O COMPORTAMENTO HUMANO 
 
O balanço desses quatro grupos de características forma os 
diversos tipos de perfis que compõe a humanidade. 
Apesar de não existirem estatísticas sobre o passado 
mais distante, pelas informações históricas podemos presumir 
que características do grupo de estabilidade e conformidade 
eram muito mais requisitadas do que hoje em dia, porque as 
mudanças ocorriam muito mais lentamente.No Império Ro-
mano, a formação das legiões e seu armamento, que era o 
que havia de melhor na Antiguidade, foi praticamente o mes-
mo durante séculos. 
Hoje, os armamentos caem em obsolescência em 
poucos anos e cada vez mais rápido, enquanto todas as ou-
tras área de tecnologia têm comportamento similar, o que sig-
nificam mudanças cada vez mais drásticas e rápidas. 
E como isso afeta as pessoas? 
Na Idade Média, as pessoas viviam em castas e her-
davam a profissão de seus pais, repassando-as por sua vez a 
seus filhos. Cada mudança visível na sociedade demorava 
décadas ou mesmo séculos para aparecer. Com isso havia 
uma estagnação, uma rotina que passava de geração para 
geração, sempre a mesma coisa. 
Mas estamos no presente e as coisas andam cada 
vez mais depressa. O que nossos pais foram não interfere 
nas nossas escolhas. Mais: podemos mesmo desfrutar de 
duas ou mais carreiras na vida. Peter Drucker disse que 
“...estamos vendo uma mudança sem precedentes na condi-
ção humana. Pela primeira vez há um substancial número de 
pessoas que tem escolhas. Pela primeira vez elas terão que 
gerenciar a elas mesmas. E deixe-me dizer, nós estamos to-
talmente despreparados para isso…” 
Fora o aspecto de estarmos despreparados para ge-
renciar nossas carreiras (de fato estamos, mas isso está mu-
dando em face de tecnologias de orientação profissional que 
começam a surgir no mercado), a verdade é que cada um 
pode ser literalmente o que quiser, o que tiver capacidade 
pessoal para ser, para alcançar e isso não tem mais nada a 
ver com a sua origem ou a ocupação de seus pais. 
Entretanto, isso tem um preço. Alguém disse que é 
necessário um espaço mínimo de uma geração inteira (25 
ARTIGO - A TECNOLOGIA E O COMPORTAMENTO HUMANO 
 
anos) para que uma grande mudança seja assimilada pela 
sociedade. Algo como “as crianças devem nascer e viver den-
tro da mudança implementada, pois o ambiente à sua volta irá 
influir na sua formação e adaptação”. Entre Freud e Yung, 
quem estará mais perto da verdade? 
Acontece que o desenvolvimento tecnológico anda 
mais rápido que isso. As mudanças drásticas acontecem den-
tro de uma geração e temos que nos adaptar. A grande maio-
ria das pessoas ainda se lembra de um tempo em que não 
havia Internet ou celulares. O quanto essas duas coisas mu-
daram nosso cotidiano, tornando-o muito mais agitado, acele-
rado mesmo? Ninguém se atreve a sequer imaginar como 
será o futuro próximo. E as pessoas, como é que elas ficam? 
Seus perfis, suas atitudes ainda não se adaptaram a uma on-
da de mudanças e já vem outra, e outra, e assim por diante. 
No passado havia muito espaço para pessoas com 
perfis predominantemente de alta Estabilidade e alta Confor-
midade, havendo pouco espaço para pessoas com alta Domi-
nância e alta Influência, as quais, por sua vez, muito prova-
velmente eram minoria na população. 
Hoje, ocorre o contrário. Cada vez mais são requisita-
dos os perfis de alta Dominância e alta Influência, em detri-
mento dos outros dois, cuja necessidade diminuiu e vem di-
minuindo muito em função de aspectos relacionados à auto-
mação e à informatização de uma série de atividades na soci-
edade moderna. 
A situação: não há, no plantel da humanidade, pesso-
as com esses perfis naturais, em número suficiente para su-
prir a demanda. É como se de repente o vôlei e o basquete 
passassem a ser o esporte absoluto, das multidões. A de-
manda por pessoas com mais de 1,95m de altura iria aumen-
tar consideravelmente até bater em um problema: a imensa 
maioria dos indivíduos não chega nem perto disso. 
Isso acarreta em um problema insolúvel? 
Não, mas cria uma nova frente de trabalho para os 
gestores de pessoas, para os profissionais de RH e para 
aqueles indivíduos que tiverem a iniciativa de tomar a si a 
responsabilidade sobre suas próprias carreiras. Trata-se do 
desenvolvimento das Competências Comportamentais, ou 
seja, aquelas características que são necessárias para fazer 
ARTIGO - A TECNOLOGIA E O COMPORTAMENTO HUMANO 
 
face aos desafios das funções multitarefas, cada vez mais 
comuns. 
Cada vez mais os profissionais de gestão de pessoas 
nas empresas terão que assumir o trabalho de ajudar a de-
senvolver o material humano que obtiverem. Felizmente é 
mais fácil ensinar um indivíduo a exteriorizar comportamentos 
de alta Dominância e Influência (mesmo que ele não seja as-
sim naturalmente), do que fazer um indivíduo de 1,70 m exte-
riorizar saltos e pulos iguais aos de um de 1,95 m. 
Todos nós devemos ter em mente que precisamos 
nos aperfeiçoar constantemente, porque as mudanças são 
cada vez mais rápidas e a capacidade de competição no mer-
cado de trabalho está diretamente relacionada com nossa 
percepção do papel que cada um de nós deseja exercer nes-
sa realidade. Esse é um processo que não tem fim. 
Artigo Por Edson Rodriguez (consultor em Gestão 
de Pessoas e Orientação Profissional, coacher gerencial, au-
tor dos livros “Conseguindo Resultados através de Pessoas”, 
e “Porque alguns vendedores vendem mais que os outros?”. 
É sócio e Diretor da Your Life do Brasi l(www.yourlife.com.br), 
empresa voltada à orientação profissional via Web, além de 
sócio e Vice Presidente da Thomas International – Brasil 
(www.thomasbrasil.com.br)) 
ARTIGO - A TECNOLOGIA E O COMPORTAMENTO HUMANO 
 
 
ARTIGO - AUTOMATIZAÇÃO DE PROCESSOS: INVESTIMENTO OU DESPESA? 
 
O setor de tecnologia tem se expandido cada vez 
mais no país. Segundo pesquisa realizada pela Gartner, em 
2017 o mercado de tecnologia deve crescer até 2,5%, compa-
rado a 2016. Para empresas que buscam, além de inovação, 
recursos que facilitem a administração, as ferramentas tecno-
lógicas são grandes aliadas e geram resultados rapidamente. 
Essa tecnologia pode ser adaptada a diversos seg-
mentos, de acordo com as necessidades das empresas. Na 
administração pública, por exemplo, alguns sistemas são de-
senvolvidos exclusivamente para a área de Recursos Huma-
nos, o que possibilita mais agilidade no atendimento aos ser-
vidores e maior rendimento não só para os profissionais 
de RH, mas para a instituição como um todo. 
Cálculos de folha de pagamento, período aquisitivo de 
licença prêmio, período de afastamento, controle de férias são 
exemplos de demandas atendidas pelo RH. 
Cada processo engloba uma gama enorme de decre-
tos, leis, regras e peculiaridades e, a cada nova gestão, vários 
desses processos estão sujeitos a sofrerem alterações e re-
formulações, sem que deixem de ser sistematicamente segui-
dos. Muitas vezes, essas mudanças prejudicam o órgão pú-
blico e, sem essa automatização, poderiam até inviabilizar 
seu funcionamento. Com processos tão complexos, é prati-
camente inimaginável controlá-los e executá-los sem o apoio 
de um sistema informatizado. Além dos cálculos de folha de 
pagamento, processos como o remanejamento de profissio-
nais das áreas da saúde e educação, progressão de servido-
res levariam dias ou até semanas para serem realizados ma-
nualmente. 
A automatização permite ao profissional de RH reali-
zar todos esses trâmites em poucos minutos. 
As prefeituras de Vitória (ES), Teresina (PI) e Curitiba 
(PR) utilizam as soluções de RH desenvolvidas pelo Instituto 
das Cidades Inteligentes (ICI) para obter maior controle de 
processos e redução de custos para as instituições. 
A automatização permite também total integração en-
tre os diversos serviços da gestão de recursos humanos, ór-
gãos, sistemas utilizados na administração municipal ou con-
vênios externos. Por meio de relatórios, consultas, estatísticas 
e business intelligence, é possívelfornecer dados precisos e 
ARTIGO - AUTOMATIZAÇÃO DE PROCESSOS: INVESTIMENTO OU DESPESA? 
 
seguros aos gestores e a órgãos como Tribunal de Contas, 
Ministério do Trabalho, Receita Federal. Tudo de forma ágil. 
 
Seja na área de Recursos Humanos ou em qualquer 
outra, nota-se que a tecnologia está se tornando essencial 
para suprir as carências das empresas e, principalmente, da 
administração pública. Sistemas de TI permitem que as pre-
feituras provisionem gastos futuros a partir de um planeja-
mento orçamentário, gerando economia de tempo e dinheiro. 
Traçando um planejamento que mostre qual a melhor ferra-
menta a ser utilizada, a gestão administrativa e financeira se 
torna muito mais simples, fácil e objetiva. 
Fonte: Ursula Lisboa de Miranda Tenereli, coorde-
nadora de Sistemas de Recursos Humanos do Instituto das 
Cidades Inteligentes (ICI). 
http://www.ici.curitiba.org.br/ 
 
MANIFESTAÇÕES POPULARES QUE MARCARAM A HISTÓRIA DO BRASIL 
 
FONTE: https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/relembre-manifestacoes-populares-que-marcaram-a-historia-do-brasil/ 
Em uma se-
mana, ocorre-
ram quatro 
grandes protes-
tos na cidade 
de São Paulo 
contra o aumen-
to da passagem 
do transporte público. O primeiro foi no dia 6 de junho; os se-
guintes aconteceram nos dia 7, 11 e 13. Todos eles resulta-
ram em confrontos com a polícia militar. A cada edição, o nú-
mero de manifestantes era maior – assim como a violência 
usada para contê-los. No dia 13, mais de 200 pessoas foram 
presas, incluindo jornalistas, e foram publicados na internet 
inúmeros vídeos e relatos de pessoas que presenciaram ex-
trema violência policial contra manifestantes e transeuntes 
pacíficos. Os protestos se espalharam por dezenas de cida-
des do país (e de fora dele) e, em algumas delas, incluindo 
São Paulo e Rio de Janeiro, o aumento da tarifa foi revogado. 
Mesmo nesses lugares, enormes manifestações continuam 
sendo feitas – porém, seus participantes têm agora reivindi-
cações variadas, pouco objetivas e, muitas vezes, contraditó-
rias entre si. Muitos manifestantes que iam às ruas no início 
criticam o rumo que o movimento está tomando. Há os otimis-
tas porque “o povo acordou” e também os que temem um 
golpe de Estado. Ninguém sabe o que irá acontecer. 
Intentona Comunista de novembro de 1935 merece 
atenção especial, segundo o professor de história do cursinho 
do XI, Samuel Loureiro. Trata-se de uma tentativa fracassada 
de golpe contra o governo de Getúlio Vargas feita pelo PCB 
(na época, Partido Comunista do Brasil) em nome da Aliança 
Nacional Libertadora. É que o movimento tem uma caracterís-
tica importante que remete aos protestos desta semana: a 
tarifa zero do transporte público. Foi estabelecido um go-
verno revolucionário em Natal, no Rio Grande do Norte, que 
determinou que os bondes seriam gratuitos para a população. 
Mas esse governo durou apenas três dias. 
Lista de movimentos liderados pelo povo: 
1. Revolta da vacina, de 10 a 16 de novem-
bro de 1904 (República Velha) 
O que foi: Uma revolta dupla – dos militares e do po-
vo. “O povo da cidade do Rio de Janeiro rebelou-se contra a 
lei que tornava a vacinação obrigatória, criada pelo sanitarista 
Oswaldo Cruz. Juntaram-se a eles os alunos da Escola Militar 
da Praia Vermelha. Os militares tentaram afastar o presidente 
Rodrigues Alves do governo para tentar voltar ao poder, mas 
acabaram sendo presos e a escola militar foi fechada”, explica 
o professor de história do cursinho do XI, Samuel Loureiro. A 
cidade virou um campo de guerra; a população depredou lo-
jas, incendiou bondes, fez barricadas, atacou as forças da 
MANIFESTAÇÕES POPULARES QUE MARCARAM A HISTÓRIA DO BRASIL 
 
FONTE: https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/relembre-manifestacoes-populares-que-marcaram-a-historia-do-brasil/ 
polícia com pedras, paus e pedaços de ferro. Foram registra-
dos 30 mortos e 110 feridos. Mas o que levou as pessoas a 
se irritarem tanto? A matéria ”Rio: cidade doente”, da revista 
Aventuras na História responde: 
“Não é difícil entender por que o povo ficou contra a 
vacina. Pela lei, os agentes de saúde tinham o direito de in-
vadir as casas, levantar os braços ou pernas das pessoas, 
fosse homem ou mulher, e, com uma espécie de estilete (não 
era uma seringa como as de hoje), aplicar a substância. Para 
alguns, isso era uma invasão de privacidade – e, na socieda-
de de 100 anos atrás, um atentado ao pudor. Os homens não 
queriam sair de casa para trabalhar, sabendo que suas espo-
sas e filhas seriam visitadas por desconhecidos. E tem mais: 
pouca gente acreditava que a vacina funcionava. A maioria 
achava, ao contrário, que ela podia infectar quem a tomasse. 
O pior é que isso acontecia. A vacina não era tão eficaz como 
hoje”. 
2. Greves operárias do início do século 20 
O que foi: Até o início do século 20, não havia direi-
tos trabalhistas: os salários eram baixos, a jornada de traba-
lho era enorme, havia o emprego maciço de mão de obra in-
fantil. Muitos trabalhadores eram imigrantes europeus forte-
mente influenciados pelos princípios anarquistas e comunis-
tas. Essa influência foi importantíssima para a eclosão das 
greves operárias da época. Em 1905, foi criada a Federação 
Operária de São Paulo, que reunia as associações de traba-
lhadores da cidade. Em abril do ano seguinte, o Rio de Janei-
ro recebeu o 1º Congresso Operário Brasileiro, evento consi-
derado a origem do sindicalismo no Brasil. 
No dia 1º de maio de 1907, eclodiu a primeira gre-
ve geral da história do Brasil. A greve, que durou até o meio 
de junho, foi reprimida com violência, mas conseguiu fazer 
com que muitas empresas adotassem a jornada de oito horas 
de trabalho. 
A segunda greve geral veio em 1917 e começou em 
São Paulo. Com a crise no comércio exterior causada pela 
Primeira Guerra, os preços aumentavam, os alimentos sumi-
am das prateleiras e os salários diminuíam. Enquanto isso, os 
patrões voltaram a esticar as jornadas de trabalho. Em 9 de 
julho, os trabalhadores organizaram uma passeata. A polícia 
avançou sobre a multidão com seus cavalos e atirou. 
MANIFESTAÇÕES POPULARES QUE MARCARAM A HISTÓRIA DO BRASIL 
 
FONTE: https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/relembre-manifestacoes-populares-que-marcaram-a-historia-do-brasil/ 
Antônio Martinez, um sapateiro, foi morto. O assassi-
nato revoltou ainda mais os trabalhadores: dias depois, o mo-
vimento se tornou uma greve geral com 45 mil pessoas para-
das – praticamente todos os operários da capital paulista. A 
imprensa da época tratava as agitações como anarquistas e 
os patrões, como caso de polícia. Havia revistas nos passa-
geiros dos bondes e em todos os operários e populares que 
transitavam pelas ruas. Mas, a partir de então, o movimento 
operário passou a ser reconhecido como algo representativo 
e os patrões passaram a negociar com eles. 
“O primeiro presidente a negociar com o movi-
mento operário e a admitir sua existência foi o General 
Hermes da Fonseca (1910-14)”, explica o professor Samuel. 
Mas a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que unifi-
cou toda a legislação trabalhista então existente no Brasil, foi 
criada em 1943 pelo então presidente Getúlio Vargas du-
rante o período do Estado Novo, entre 1937 e 1945. “Mas é 
importante notar que essa legislação veio para conter o mo-
vimento operário e aliviar a pressão social; não foi por bonda-
de do presidente. Vargas era considerado o pai dos pobres, 
mas também a mãe dos ricos”. 
3. Passeata dos 100 mil, 16 de junho de 1968, no 
Rio de JaneiroO que foi: Uma manifestação uma popular de protes-
to contra a ditadura militar, organizada pelo movimento estu-
dantil e com a participação de artistas, intelectuais, setores da 
Igreja e outros da sociedade brasileira. Embora dois estudan-
tes já tivessem sido mortos em confrontos com a polícia du-
rante aquele ano, o clima da passeata esteve mais para o 
festivo. Uma chuva de papel picado caiu sobre os participan-
tes do protesto e cinco estudantes acabaram presos. Em ou-
tubro, confrontos envolvendo facções da direita e da esquerda 
resultaram uma verdadeira batalha entre alunos da Universi-
dade Mackenzie e da Faculdade de Filosofia, Ciências e Le-
tras da Universidade de São Paulo. A matéria “O ano que sa-
cudiu o mundo“, da revista Aventuras na História, descreve: 
“A coisa começou com meras agressões verbais entre 
esquerdistas da USP e anticomunistas do Mackenzie, mas a 
escalada da briga passou a contar com rojões, paus, pedras, 
coquetéis molotov, vidros com ácido sulfúrico e até tiros – um 
estudante do lado da USP acabou morrendo. No mesmo mês, 
o congresso (clandestino) da União Nacional dos Estudantes 
MANIFESTAÇÕES POPULARES QUE MARCARAM A HISTÓRIA DO BRASIL 
 
FONTE: https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/relembre-manifestacoes-populares-que-marcaram-a-historia-do-brasil/ 
em Ibiúna, São Paulo, foi invadido pela polícia, que levou para 
a cadeia cerca de 900 estudantes. Os pais dos jovens presos, 
alguns dos quais funcionários públicos, também foram perse-
guidos pela repressão.” 
Depois disso, o deputado Márcio Moreira Alves, 
membro de um Congresso que ainda acreditava ser indepen-
dente, criticou duramente a repressão aos movimentos de 
oposição e chegou a sugerir que as jovens brasileiras não 
namorassem mais oficiais do Exército. A resposta do governo 
militar ao discurso e à polarização do país veio em 13 de de-
zembro com o Ato Institucional número 5, que concedeu po-
deres praticamente ilimitados ao presidente da República pa-
ra dissolver o Congresso, retirar direitos políticos e civis de 
dissidentes e até confiscar seus bens. 
O presidente se justificou dizendo que havia feito isso 
para “salvar a democracia”. A repressão só deixou os ânimos 
ainda mais exaltados. Guerrilhas urbanas e rurais tentaram, 
sem sucesso, contra-atacar os militares no fim dos anos 60 e 
começo dos anos 70. Apesar de terem sido derrotadas, a mís-
tica que surgiu em torno da resistência brasileira em 1968 
acabaria virando o modelo da luta pela redemocratização do 
país. 
4. Comícios das Diretas Já (1984) 
O que foi: Entre janeiro e abril de 1984, grandes co-
mícios foram realizados no país pedindo a volta das eleições 
diretas para presidente, abolidas desde 1964. Os dois maio-
res foram em abril: na Candelária, no Rio, cerca de 1 milhão 
de pessoas se reuniram no dia 10; no Vale do Anhangabaú, 
em São Paulo, o número estimado chegou a 1,5 milhão, no 
dia 16. Antes disso, um comício na praça da Sé, em São Pau-
lo, reuniu entre 300 e 400 mil pessoas que cantavam “Um, 
dois, três, quatro, cinco, mil, queremos eleger o presidente do 
Brasil.” Esse comício foi decisivo porque engrossou a mobili-
zação que depois levaria milhões de pessoas às ruas de ou-
tras capitais. 
A campanha tinha nascido no ano anterior, assim co-
mo a Proposta de Emenda Constitucional número 5, do depu-
tado federal Dante de Oliveira. Pela emenda, o presidente da 
República seria eleito por voto direto, e não pelo Colégio Elei-
toral – que reunia os congressistas e mais seis membros da 
MANIFESTAÇÕES POPULARES QUE MARCARAM A HISTÓRIA DO BRASIL 
 
FONTE: https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/relembre-manifestacoes-populares-que-marcaram-a-historia-do-brasil/ 
bancada majoritária em cada Assembleia Legislativa. A inicia-
tiva ganhou o apoio do grupo oposicionista que incluía o se-
nador Teotônio Vilela e o deputado Ulysses Guimarães. 
5. Impeachment de Collor (1992) 
O que foi: Denúncias de corrupção envolvendo o 
presidente Fernando Collor começaram a aparecer aos mon-
tes na imprensa em 1992. Pedro Collor, seu irmão mais novo, 
entregou um dossiê para a imprensa com denúncias de cor-
rupção envolvendo o presidente e PC Farias, tesoureiro de 
sua campanha eleitoral. Todo mundo já andava extremamen-
te descontente com seu mandato: as medidas de seu governo 
levaram à recessão do país e desagradou a boa parte dos 
partidos políticos e da população. 
A inflação acumulada no primeiro ano de seu governo 
foi de 4.853% e o confisco das cadernetas de poupança atin-
giu em cheio a elite brasileira, que logo ficou contra o presi-
dente. Com as denúncias, o povo, revoltado, realizou passea-
tas em vários estados para exigir o impeachment. Uma das 
principais foi em São Paulo, no dia 18 de setembro, reunindo 
cerca de 750 mil pessoas. 
 
MANIFESTAÇÕES POPULARES QUE MARCARAM A HISTÓRIA DO BRASIL 
 
FONTE: https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/relembre-manifestacoes-populares-que-marcaram-a-historia-do-brasil/ 
 
PESQUISA E LEITURA COMPARTILHADA – 08/08/2017 
 
TEMA: 
 A evolução do rh 
 Mulheres em ascensão 
 Inserção no mercado de trabalho 
 Desafios do RH hoje 
 
A EVOLUÇÃO DA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS FRENTE AO AMBIENTE DE MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS 
 
 
A EVOLUÇÃO DA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS FRENTE AO AMBIENTE DE MUDANÇAS ORGANIZACIONAIS 
 
http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/a-evolucao-da-area-de-recursos-humanos-frente-ao-ambiente-de-mudancas-organizacionais/53514/ 
O presente trabalho é baseado em uma revisão bibli-
ográfica que aborda a evolução ao longo do tempo da área de 
Recursos Humanos no Brasil e as principais tendências da 
Gestão de Pessoas, bem como a importância que esse setor 
representa nas constantes transformações organizacionais. 
1 INTRODUÇÃO 
 A Área de Recursos Humanos deixou de ser um me-
ro departamento de pessoal para se tornar peça chave de 
transformações dentro de uma organização. Há pouco tempo 
atrás, o departamento de recursos humanos atuava de forma 
mecanicista onde a visão do empregado prevalecia à obedi-
ência e a execução da tarefa, e ao chefe, o controle centrali-
zado. Hoje o cenário é diferente: os empregados são chama-
dos de colaboradores, e os chefes de gestores. Pode-se afir-
mar que gerir pessoas não é mais um fator de uma visão me-
canicista, sistemática, metódica, ou mesmo sinônimo de con-
trole, tarefa e obediência. É sim discutir e entender o dispara-
te entre as técnicas tidas como obsoletas e tradicionais com 
as modernas, juntamente com a gestão da participação e do 
conhecimento. A gestão de pessoas visa a valorização dos 
profissionais e do ser humano, diferentemente do setor de 
Recursos Humanos que visava a técnica e o mecanicismo do 
profissional.Diante do exposto, para um estudo sobre a evolu-
ção da área de recursos humanos frente ao ambiente de 
constantes mudanças, torna-se necessário entender com se 
desenvolveu esse processo numa perspectiva histórica e atu-
al, no sentido de identificar de que forma as mudanças ocorri-
das no cenário organizacional contribuíram para o processo 
de fortalecimento das novas tendências de gestão de recur-
sos humanos e juntamente com o objetivo de esclarecer co-
mo se desenvolveu a evolução da área de Recursos Huma-
nos e seu vínculo com o movimento de mudança organizacio-
nal. A primeira parte deste trabalho trata da história da evolu-
ção da área de Recursos humanos que dá subsídios para a 
segunda parte que discorre sobre a área no contexto atual e 
por seguinte trata-se da mudança organizacional

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