Buscar

Garantias do Sistema Financeiro Nacional

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 1/19 
Garantias do Sistema 
Financeiro Nacional 
 
Prof. Cid Roberto 
prof.bancario@gmail.com 
8141-4045 
 
 
I. Garantias do Sistema Financeiro Nacional 
1. Garantia Pessoal 
1.1 Aval 
1.2 Fiança 
1.3 Fianças Bancárias 
2. Garantia Real 
2.1 Penhor Mercantil 
2.2 Alienação Fiduciária 
2.3 Hipoteca 
3. Fundo Garantidor do Crédito 
 
I. Garantias do Sistema Financeiro Nacional 
As instituições financeiras ao analisar suas operações 
levam em conta vários fatores e ao concluir pela 
viabilidade do negócio, fixa as condições em que ele será 
realizado, definindo: 
• valor liberado, 
• prazo, 
• encargos financeiros, e 
• garantias. 
A constituição de garantias visa gerar maior 
comprometimento pessoal e patrimonial do tomador de 
recursos e aumentar, caso o cliente se torne insolvente, a 
possibilidade de retorno do capital emprestado. 
A garantia assume papel acessório à decisão de crédito, 
não podendo ser determinante para a realização do 
negócio, já que sua execução é sabidamente onerosa e 
demorada. 
O negócio de um banco não é cobrar judicialmente seus 
créditos; é emprestar bem e receber. 
As garantias podem ser: 
• pessoal ou fidejussória, e 
• real. 
As garantias são previsões legais para se garantir um 
contrato, em regra, de mútuo (dinheiro). 
1. Garantia Pessoal (fidejussória) 
1.1 Aval 
É a garantia de pagamento do título de crédito, dada por 
um terceiro ou por um de seus signatários. 
Consiste na: 
• declaração unilateral da vontade: incondicional e 
• obrigação cambiária só pode ser lançada no título (ou 
em folha de alongue). 
Tem a função de reforçar a garantia de pagamento do 
título no seu vencimento, visto que o garantidor promete 
pagar a dívida, caso o devedor não o faça. 
É garantia tipicamente cambiária, por isso, somente pode 
ser passado em títulos de crédito, não sendo válido em 
contrato. 
O avalista assume uma obrigação autônoma e solidária, 
sem relevância a data em que foi dado. 
O caráter de solidariedade é próprio do aval, assim, 
vencido o título, o credor pode cobrar indistintamente do 
devedor ou do avalista. 
Para ter validade, no caso do avalista ser casado, é 
necessário a assinatura do cônjuge independentemente do 
regime do casamento. 
O aval é considerado improdutivo quando o avalista é um 
dos signatários do Título de Crédito (TC). 
Aval prestado por: 
• mandatário – exige poderes especiais e na falta ou 
excesso de poderes, o mandatário, responde 
pessoalmente. 
• pessoa jurídica – dar garantia é ato que transcende os 
poderes normais de gestão, exigindo poderes especiais 
para os gestores; normalmente, estatutos e contratos 
sociais vedam a concessão de garantia (aval, fiança 
etc.) em favor de terceiros. 
O aval pode ser das seguintes espécies: 
• em preto – indica o avalizado. Exemplo: por aval a 
Marcelo Castro 
• em branco – a regra, é que será em favor do devedor 
principal. 
• parcial – admitido expressamente pela LUG – Lei 
Uniforme de Genebra. 
Obs.: O Código Civil de 2002 reintroduziu a vedação 
(Art. 897) – mas não teve efeito sobre a LUG, haja vista 
a previsão do art. 903 do mesmo Código Civil; dessa 
forma, não se aplica à letra de câmbio, nem à nota 
promissória, nem ao cheque e, por conseqüência, à 
duplicata. 
Não há fórmula sacramental (forma) para o aval, podendo 
ser formalizado da seguinte forma: 
• declaração de aval no verso ou no anverso – “bom para 
aval”; “por aval de…”; “em aval de…”; 
• simples assinatura no anverso – se não é do sacador, 
ou do aceitante, ou do endossante, será de avalista; 
• não exige datação. 
O avalista é responsável da “mesma maneira” que a 
pessoa por ele avalizada, a saber: 
• a natureza da obrigação do avalista é a mesma da do 
avalizado, mas o avalista não toma o lugar do 
avalizado.; 
• a responsabilidade subsiste, ainda que obrigação do 
avalizado seja nula por qualquer razão; 
• o avalista é devedor solidário cambiário. 
O aval pode ser antecipado, ou seja, pode ser dado antes 
de ser formalmente assumida a obrigação do avalizado. 
Por exemplo: 
• ao aceitante, antes do aceite; 
• ao endossante, antes do endosso. 
O aval é eficaz, mesmo que não haja aceite: parte do 
princípio da autonomia das obrigações cambiárias; 
 
Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 2/19 
A responsabilidade do avalista existe ainda que nula a 
obrigação garantida. Esta é a regra geral. 
O avalista garante o pagamento do Título de Crédito - a 
garantia é objetiva. 
É chamado de aval simultâneo ou co-aval quando dois ou 
mais avalistas avalizam a mesma pessoa. 
O aval sucessivo ou “aval de aval” ocorre quando: 
• um avalista avaliza outro avalista; e 
• devendo ser indicada claramente a intenção de avalizar 
outro avalista. 
Avais em branco são considerados simultâneos e não 
sucessivos. 
Com relação à solidariedade cambiária, destaca-se: 
• o portador pode exigir o total do Título de Crédito de 
qualquer dos avalistas, simultâneos ou sucessivos; 
• o avalista que paga pode exigir o total da dívida do 
avalizado e dos demais coobrigados anteriores; 
• no aval sucessivo, o avalista que paga pode exigir do 
avalista que lhe antecede a totalidade da dívida. 
• no aval simultâneo, o avalista somente pode exigir do 
co-avalista a sua quota-parte; 
Importante: essa regra se aplica sempre que dois ou 
mais devedores cambiários ocupam o mesmo grau de 
responsabilidade cambiária; co-sacadores, co-
endossantes, co-aceitantes. 
Para cancelar o aval, basta riscá-lo, apagá-lo ou 
sobrescrever expressões como “cancelado”, “não vale” etc. 
O aval após o vencimento do título produz idênticos 
efeitos. 
É anulável o aval sem a outorga do cônjuge (ou consorte), 
conforme a regra do art. 1647, do Código Civil. A exceção 
ocorre somente no regime de casamento de separação 
absoluta 
 
AVAL ENDOSSO 
tem função de garantia de 
pagamento no vencimento 
tem função de 
transferência dos direitos 
emergentes do título 
pode ser dado por qualquer 
pessoa 
somente pode ser dado 
pelo portador legitimado 
não admite exclusão de 
responsabilidade 
admite a exclusão de 
responsabilidade 
pode ser parcial não pode ser parcial (como instituto de transferência) 
 
376. (BB/FCC/2006-DF) No que diz respeito à nota 
promissória, é correto afirmar que 
(A) o avalista poderá ser chamado a cumprir as 
obrigações da nota promissória antes de seu 
vencimento. 
(B) não pode ser garantida somente por aval, sendo 
necessárias outras garantias complementares. 
(C) a prestação do aval não pode ser dada na própria 
nota promissória. 
(D) o avalista será responsável pelo pagamento somente 
em caso de falecimento do emitente. 
(E) pessoas físicas casadas em regime de comunhão de 
bens só poderão dar aval com autorização de seu 
cônjuge. 
377. (BB/FCC/2006-MT/MS/TO) A Resolução do 
Conselho Monetário Nacional nº 3.310, de 31 de agosto de 
2005, prevê em seu artigo 3º parágrafo 2º, que o aval 
solidário pode constituir garantia nas operações de 
microcrédito. No aval solidário, 
(A) empresas de grande porte oferecem títulos públicos 
em garantia, tornando-se integralmente responsáveis 
por seu pagamento. 
(B) pessoas de uma mesma comunidade entregam bens 
em garantia a uma operação de crédito, tornando-se 
solidariamente responsáveis por seu pagamento. 
(C) pessoas pertencentes à mesma família oferecem 
bens em garantia a uma operação de crédito, abrindo 
mão de sua posse e domínio. 
(D) pessoas pertencentes à mesma família oferecem 
bens emgarantia a uma operação de crédito, mas 
não abrem mão de sua posse. 
(E) pessoas de uma mesma comunidade mutuamente 
garantem, sem a entrega de bens, uma operação de 
crédito, tornando-se solidariamente responsáveis por 
seu pagamento. 
378. (BB/FCC/2006-SP) É correto afirmar: 
(A) Se o avalista pagar um título em lugar do avalizado, 
poderá exigir deste último o ressarcimento dos 
valores pagos. 
(B) Do ponto de vista formal, não há diferenças entre 
aval, fiança, caução, hipoteca e alienação fiduciária 
como instrumentos de garantia de operações de 
crédito. 
(C) O aval a um título de crédito deve ser prestado 
através de documento específico para essa 
finalidade. 
(D) Um cheque pode ter aval parcial, desde que este 
garanta no mínimo 50% do seu valor. 
(E) A prestação de aval requer a entrega da posse de 
bens móveis do avalista, em valor correspondente ao 
da obrigação garantida. 
 
1.2 Fiança 
É uma obrigação escrita. 
É um contrato por meio do qual alguém, chamado fiador, 
garante o cumprimento da obrigação (contrato) do 
devedor. 
É um contrato acessório, sendo constituído de forma 
subordinada à existência de um contrato principal. 
Só existe até o limite estabelecido e somente pode ser 
cobrado caso o devedor não pague a dívida afiançada. 
Na fiança há três figuras distintas: 
• fiador – aquele que se obriga a cumprir a obrigação, 
caso o devedor não o faça, 
• afiançado – é o devedor principal da obrigação 
originária da fiança, 
• beneficiário – o credor. 
Quando o fiador for pessoa física casada, a fiança só é 
válida com a participação dos dois cônjuges. 
Trata-se de garantia acessória. 
É uma obrigação subsidiária, pois, devido ao seu caráter 
acessório, o fiador só se obrigará se o devedor principal ou 
afiançado não cumprir a prestação devida, a menos que se 
tenha estipulado solidariedade. 
 
Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 3/19 
É unilateral, pois gera obrigações para o fiador, em relação 
ao credor, que só terá vantagem não assumindo nenhum 
compromisso em relação ao fiador. 
É contrato gratuito, porque, em regra, o fiador não 
receberá uma remuneração. 
Não admite interpretação extensiva, porque o fiador só 
responde pelo que estiver expresso no instrumento de 
fiança 
É dado somente em contratos – nunca em cambiais. 
É retratável, ou seja, o fiador poderá exonerar-se da 
obrigação a todo tempo se a fiança tiver duração ilimitada, 
mas ficará obrigado por todos os efeitos da fiança, 
anteriores ao ato amigável ou à sentença que o exonerar. 
É nula sem outorga do cônjuge (ou consorte). 
O credor pode exigir outro fiador em caso de morte do 
primeiro. 
O contrato entre credor e fiador e prescinde da presença 
do devedor; nem depende da aceitação do devedor. 
Goza do “benefício de ordem”, ou seja, antes de ser 
cobrada a dívida do fiador, deve ser cobrada do devedor. 
Não se prorroga tacitamente; 
A fiança possui as seguintes características: 
• fiança conjunta – quando prestada conjuntamente por 
mais de uma pessoa em garantia de um só débito; 
• fiança comum – é a normal, gozando de todas as 
regalias da fiança; 
• fiança solidária – é aquela em que o fiador abre mão 
de alguns benefícios, como o benefício de ordem, da 
subsidiariedade etc; 
• fiança excessiva – é aquela cujo débito real é menor 
que o valor afiançado. Ela se restringe ao valor do 
débito real; 
• fiança geral – é aquela que abrange o principal mais 
acessórios; 
• fiança limitada – garante até o limite avençado; 
• se a fiança for dada para uma parte do débito, não se 
estenderá ao restante; 
• fiança legal – oriunda da lei. Ex.: aquela exigida para 
que o tutor possa exercer a função; 
• a fiança é retratável, desde que por escrito e antes de 
qualquer vencimento da obrigação ou execução; 
• sub-fiança é a fiança que garante outra fiança; 
• a fiança poderá ser tanto por prazo determinado 
(normal) como por prazo indeterminado – exceção 
(deve ser expresso). 
Disposições Gerais 
A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação 
extensiva. 
A fiança não admite interpretação extensiva, de modo que 
o fiador só responderá pelo que estiver expresso no 
instrumento da fiança e, se alguma dúvida houver, será ela 
solucionada em favor do fiador. 
Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consentimento 
do devedor ou contra a sua vontade. 
As dívidas futuras podem ser objeto de fiança; mas o 
fiador, neste caso, não será demandado senão depois que 
se fizer certa e líquida a obrigação do principal devedor. 
Não sendo limitada, a fiança compreenderá todos os 
acessórios da dívida principal, inclusive as despesas 
judiciais, desde a citação do fiador. 
A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação 
principal e contraída em condições menos onerosas e, 
quando exceder o valor da dívida, ou for mais onerosa que 
ela, não valerá senão até ao limite da obrigação afiançada. 
As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança, exceto 
se a nulidade resultar apenas de incapacidade pessoal do 
devedor. 
A exceção retro estabelecida não abrange o caso de 
mútuo feito a menor. 
Quando alguém houver de oferecer fiador, o credor não 
pode ser obrigado a aceitá-lo se não for pessoa idônea, 
domiciliada no município onde tenha de prestar a fiança, e 
não possua bens suficientes para cumprir a obrigação. 
Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, poderá o 
credor exigir que seja substituído. 
Há o benefício de divisão, ou seja, os fiadores, em regra, 
são solidários entre si, exceto em caso do benefício da 
divisão. 
O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado 
sem limitação de tempo, sempre que lhe convier, ficando 
obrigado por todos os efeitos da fiança, durante sessenta 
dias após a notificação do credor (retratação da fiança). 
Da Extinção da Fiança 
O fiador pode opor ao credor as exceções que lhe forem 
pessoais, e as extintivas da obrigação que competem ao 
devedor principal, se não provierem simplesmente de 
incapacidade pessoal, salvo o caso do mútuo feito a 
pessoa menor. 
O fiador, ainda que solidário, ficará desobrigado: 
• se, sem consentimento seu, o credor conceder 
moratória ao devedor; 
• se, por fato do credor, for impossível a sub-rogação nos 
seus direitos e preferências; 
• se o credor, em pagamento da dívida, aceitar 
amigavelmente do devedor objeto diverso do que este 
era obrigado a lhe dar, ainda que depois venha a 
perdê-lo por evicção. 
 
AVAL FIANÇA 
é de Direito Cambiário é de Direito Comum 
declaração unilateral de 
vontade ato jurídico unilateral 
somente título de crédito qualquer tipo de crédito 
somente obrigação líquida obrigação líquida ou ilíquida 
somente pode ser dado no 
próprio título 
pode ser dada por meio de 
instrumento à parte (carta 
de…) 
é obrigação perante 
pessoa indeterminada 
é obrigação perante 
pessoa determinada 
é uma obrigação autônoma 
em relação à obrigação 
avalizada 
é uma garantia acessória e 
segue a sorte do principal 
 
Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 4/19 
AVAL FIANÇA 
obrigação do avalista 
subsiste ainda que nula a 
avalizada 
nula a obrigação principal, 
nula a fiança 
avalista que paga adquire 
direito novo 
fiador que paga, sub-roga-
se nos direitos do 
afiançado 
não comporta benefício de 
ordem 
comporta benefício de 
ordem 
 
379. (BB/FCC/2006-DF) Uma determinada dívida é 
garantida por três fiadores. Caso ela não seja paga, cada 
fiador ficará responsável pelo pagamento 
(A) da dívida, na proporção que estiver fixada no contrato 
de fiança.(B) da dívida, na proporção de seu patrimônio em relação 
ao total do patrimônio de todos os fiadores. 
(C) da dívida, na proporção de sua renda mensal em 
relação ao total da renda mensal de todos os fiadores. 
(D) de 1/3 da dívida, independentemente do que dispuser 
o contrato de fiança. 
(E) do total da dívida, independentemente do que 
dispuser o contrato de fiança. 
380. (BB/FCC/2006-MT/MS/TO) Com relação às garantias 
dadas por meio de fiança, é correto afirmar que 
(A) se o fiador se tomar insolvente ou incapaz, não 
poderá o credor exigir que ele seja substituído. 
(B) a fiança deve ser prestada por apenas um fiador, que 
assume a responsabilidade total sobre a dívida 
garantida. 
(C) o credor, sob certas condições, pode ser obrigado a 
aceitar o fiador apresentado pelo devedor. 
(D) a fiança nunca pode ser de valor inferior ao do 
principal da dívida garantida. 
(E) a fiança garante também os juros decorrentes da 
dívida contraída. 
381. (BB/FCC/2006-SP) O Sr. Fulano de Tal é fanático por 
futebol e decidiu comprar um televisor novo para assistir à 
Copa do Mundo da Alemanha. Para tanto foi a um banco e 
pediu um empréstimo de R$ 500,00. Para conceder o 
empréstimo, o gerente do banco exigiu que o Sr. Fulano 
apresentasse uma pessoa idônea, que assinaria um 
contrato responsabilizando-se pelo pagamento da dívida, 
caso ele se tomasse inadimplente. A modalidade de 
garantia exigida nessa transação é denominada 
(A) alienação fiduciária. 
(B) fiança. 
(C) caução. 
(D) aval. 
(E) penhor mercantil. 
 
1.3 Fianças Bancárias 
Trata-se da fiança já vista anteriormente prestada por 
pessoa jurídica, no caso, uma instituição financeira. 
Quando prestada por banco de primeira linha constitui 
excelente forma de garantia. 
A fiança bancária é um contrato por meio do qual o banco 
(fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente 
(o afiançado), junto a um credor em favor do qual a 
obrigação deve ser cumprida. 
As Cartas de Fiança Bancária têm prazo determinado de 
vigência e, para sua concessão, os bancos exigem 
garantias (nota promissória, caução de títulos de renda fixa 
ou de duplicatas). 
Importante é saber, também, que a fiança bancária não 
pode exceder a 500% (5 vezes) o Patrimônio de 
Referência – PR (conforme Resolução do BACEN, de 
número 2.802, de 21/12/2000, alterada pela Resolução 
2.837, de 30/5/2001, definiu o conceito de Patrimônio de 
Referência – PR, e não Patrimônio Líquido Ajustado, para 
fins de apuração dos limites operacionais das instituições 
financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar 
pela mesma autarquia. Assim, o conceito de PLA foi 
substituído, de fato, pelo conceito de PR). 
A fiança é, normalmente, baixada: 
• quando do término do prazo de validade da Carta de 
Fiança, desde que assegurado o cumprimento das 
obrigações assumidas pelas partes contratantes; 
• mediante a devolução da Carta de Fiança; 
• mediante a entrega, ao banco, da declaração do credor 
(beneficiário), liberando a garantia prestada. As cartas 
de fiança concedidas devem ser sempre por prazo 
determinado, não podendo exceder de 12 meses; nas 
concorrências públicas, o prazo é de até seis meses. 
O Banco Central autoriza outorgar fiança bancária, dentre 
outros: 
• contratos de construção civil; 
• contratos de execução de obras adjudicadas por meio 
de concorrências públicas ou particulares; 
• contratos de prestação de serviços em empreitadas; 
• contratos de fornecimento de mercadorias, máquinas, 
materiais, matérias-primas etc.; 
• adiantamentos relativos a contratos de prestação de 
serviços, ou simplesmente adiantamentos ou sinais 
(importâncias entregues antecipadamente por conta de 
serviços ou outros), conforme condições expressas em 
ordens de compra, pedidos de mercadoria ou 
assemelhados; 
• aquisição ou compra de mercadorias, produtos, 
matérias-primas, no País, até determinado valor, 
garantindo praticamente um limite de crédito para 
compras, em um determinado valor e num determinado 
período; 
• compra específica de mercadorias, produtos, 
máquinas, equipamentos, matérias-primas (no País ou 
no exterior), comprovada por meio de cópias de 
pedidos, ordens de compras, contratos, faturas pro 
forma, guias de importação; 
• isenção de tributos junto à alfândega, para 
permanência temporária de máquinas, equipamentos 
etc. (prazo indeterminado, sujeito a multa, juros e 
correção monetária); 
• liberação de máquinas, equipamentos e mercadorias 
retidos nas alfândegas e outros órgãos públicos (prazo 
indeterminado, sujeito a multa, juros e correção 
monetária); 
• obtenção de liminar resultante de mandado de 
segurança destinado a sustar cobrança de impostos e 
taxas (prazo indeterminado, sujeito a multa, juros e 
correção monetária); 
• pagamento de débitos fiscais, previdenciários, 
trabalhistas ou seu parcelamento (prazo indeterminado, 
sujeito a correção monetária); 
• pagamento de armazenagem de mercadorias 
importadas (prazo indeterminado, sujeito a correção 
 
Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 5/19 
monetária); 
• operações ligadas ao comércio exterior; e 
• outras formas de cumprimento de obrigações, desde 
que não vedadas pelo Banco Central. 
O Banco Central veda (proíbe) a concessão de Cartas de 
Fiança, dentre outros: 
• que possam, direta ou indiretamente, ensejar aos 
favorecidos a obtenção de empréstimos em geral ou o 
levantamento de recursos junto ao público, ou que 
assegurem o pagamento de obrigações decorrentes da 
aquisição de bens e serviços; 
• que não tenham perfeita caracterização do valor em 
moeda nacional e vencimento definido, exceto para 
garantir interposição de recursos fiscais ou que sejam 
garantias prestadas para produzir efeitos perante 
órgãos fiscais ou entidades por elas controladas, cuja 
delimitação de prazo seja impraticável; 
• em moeda estrangeira ou que envolva risco de 
variação de taxas de câmbio, exceto quando se tratar 
de operações ligadas ao comércio exterior; 
• vinculadas, por qualquer forma, à aquisição de terrenos 
que não se destinem ao uso próprio ou que se 
destinem à execução de empreendimentos ou 
unidades habitacionais; 
• à diretoria do banco e membros dos conselhos 
consultivos ou administrativos, fiscais e semelhantes, 
bem como aos respectivos cônjuges; 
• aos parentes, até o segundo grau, das pessoas a que 
se refere o item anterior; 
• às pessoas físicas ou jurídicas que participem do 
capital do banco, com mais de 10%, salvo autorização 
específica do BACEN, em cada caso, quando se tratar 
de operações lastreadas por efeitos comerciais 
resultantes de transações de compra e venda ou 
penhor de mercado rias, em limites que forem fixados 
pelo CMN, em caráter geral; e 
• às pessoas jurídicas de cujo capital participem com 
mais de 10% quaisquer dos diretores ou 
administradores da própria instituição financeira, bem 
como seus cônjuges e respectivos parentes, até o 
segundo grau. 
Obs.: se a afiançada, por qualquer circunstância, não 
cumprir com as obrigações perante o beneficiário e, 
conseqüentemente, o banco louvar a fiança concedida, 
o débito daí resultante passa a ser uma operação de 
crédito sujeita ao IOF a partir do vencimento e até sua 
total liquidação, onerada pela maior taxa cobrada pelo 
banco. 
2. Garantia Real 
2.1 Penhor Mercantil 
É o contrato segundo o qual uma pessoa dá a outra coisa 
móvel em segurança e garantia do cumprimento de 
obrigação comercial. A pessoa que oferece o objeto em 
penhor tem o nome de dador ou devedor; a que a recebe é 
denominada credor pignoratício. O dador pode ser o 
próprio devedor ou um terceiro por ele. 
O Código Civil estabelece que “só pode constituir openhor 
com a posse da coisa móvel pelo credor”, abrindo 
exceções especiais para o penhor agrícola e o pecuário, 
casos em que os objetos empenhados ficam em poder do 
devedor por efeito da cláusula constituti. O constituto 
possessório. 
Característica do penhor mercantil – Pressupõe o penhor 
uma obrigação principal, cujo cumprimento é garantido 
pela coisa oferecida ao credor pelo devedor. 
Objeto do penhor – podem ser objeto de penhor mercantil 
coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas, fungíveis ou 
infungíveis, passíveis de alienação. 
No que diz respeito ao penhor podemos resumir assim: 
• é o contrato acessório e formal; 
• é direito real de garantia; 
• recai sobre coisa móvel (em regra), do devedor ou 
terceiro; 
• o devedor oferece um móvel ao credor; 
• há entrega efetiva da coisa ao credor (em regra); 
• o credor é chamado de credor pignoratício; 
A exceção, em que o devedor fica com a coisa penhora é 
no Penhor Rural. 
O penhor rural divide-se em penhor agrícola, que diz 
respeito aos frutos pendentes ou em vias de formação, 
frutos armazenados, madeiras das matas, lenha cortada 
ou carvão vegetal, máquinas e instrumentos agrícolas e 
em penhor pecuário: semoventes etc. 
No penhor rural, os bens permanecem com o devedor e 
deve-se registrar o contrato no Cartório Imobiliário. Apesar 
disso, não se exige a outorga conjugal. 
O penhor legal independe de convenção das partes e é 
determinado por lei. Exemplos: 
• os hóspedes, estalajadeiros ou fornecedores de 
pousada ou alimento, sobre as bagagens, móveis, jóias 
ou dinheiro que os seus consumidores ou fregueses 
tiverem consigo nas respectivas casas ou 
estabelecimentos, pelas despesas ou consumo que aí 
tiverem feito; 
• o dono do prédio rústico ou urbano, sobre os bens 
móveis que o rendeiro ou inquilino tiver guarnecendo o 
mesmo prédio, pelos alugueres ou rendas. 
Podem ser objeto de penhor: 
• as coisas móveis; 
• as imóveis por acessão; 
• os direitos; 
• os títulos de crédito. 
Embora o credor possa eventualmente vender a coisa 
apenhada (ou empenhada) para satisfação de seu débito, 
jamais poderá apropriar-se da coisa para tal fim 
(apropriação indébita). 
O penhor tradicional (ou penhora comum) deve ser 
registrado no Cartório de Títulos e Documentos para ter 
eficácia contra terceiros. 
O penhor industrial e comercial devem ser registrados no 
Cartório de Registro de Imóveis. 
Resolve-se o penhor (extinção): 
• extinguindo-se a obrigação; 
• perecendo a coisa; 
• renunciando o credor; 
• dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a venda 
amigável do penhor, se a permitir expressamente o 
contrato, ou for autorizada pelo devedor, ou pelo 
credor; 
• confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de 
credor e dono da coisa; 
 
Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 6/19 
• dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a venda 
do penhor, autorizada pelo credor. 
Obs.: A extinção da obrigação principal extingue o 
penhor, porém, a recíproca não é verdadeira. 
Observações importantes: O penhor agrícola e o penhor 
pecuário somente podem ser convencionados, 
respectivamente, pelos prazos máximos de três e quatro 
anos, prorrogáveis, uma só vez, até o limite de igual 
tempo. Se o prédio estiver hipotecado, o penhor rural 
poderá constituir-se independentemente da anuência do 
credor hipotecário, mas não lhe prejudica o direito de 
preferência, nem restringe a extensão da hipoteca, ao ser 
executada. 
Podem ser objeto do penhor agrícola: 
• máquinas e instrumentos de agricultura; 
• colheitas pendentes, ou em via de formação; 
• frutos acondicionados ou armazenados; 
• lenha cortada e carvão vegetal; 
• animais do serviço ordinário de estabelecimento 
agrícola. O penhor agrícola que recai sobre colheita 
pendente, ou em via de formação, abrange a 
imediatamente seguinte, no caso de frustrar-se ou ser 
insuficiente a que se deu em garantia. 
Podem ser objeto de penhor pecuário os animais que 
integram a atividade pastoril, agrícola ou de lacticínios. O 
devedor não poderá alienar os animais empenhados sem 
prévio consentimento, por escrito, do credor. Os animais 
da mesma espécie, comprados para substituir os mortos, 
ficam sub-rogados no penhor. 
Podem ser objeto de penhor Industrial e mercantil as 
máquinas, aparelhos, materiais, instrumentos, instalados e 
em funcionamento, com os acessórios ou sem eles; 
animais, utilizados na indústria; sal e bens destinados à 
exploração das salinas; produtos de suinocultura, animais 
destinados à industrialização de carnes e derivados; 
matérias-primas e produtos industrializados. Constitui-se o 
penhor industrial, ou o mercantil, mediante instrumento 
público ou particular, registrado no Cartório de Registro de 
Imóveis da circunscrição onde estiverem situadas as 
coisas empenhadas. 
Com relação ao penhor de direitos e títulos de crédito, 
podem ser objeto de penhor direitos, suscetíveis de 
cessão, sobre coisas móveis. Constitui-se o penhor de 
direito mediante instrumento público ou particular, 
registrado no Registro de Títulos e Documentos. O titular 
de direito empenhado deverá entregar ao credor 
pignoratício os documentos comprobatórios desse direito, 
salvo se tiver interesse legítimo em conservá-los. 
 
382. (BB/FCC/2006-DF) O proprietário do restaurante 
Kilu’s Cazeiro M.E. pretende oferecer mais conforto aos 
seus clientes com a instalação de um aparelho de ar 
condicionado. Para tanto, dirigiu-se a um banco o solicitou 
um financiamento em nome de sua empresa. O gerente do 
banco condicionou a concessão do financiamento à 
assinatura de um contrato, em que o restaurante 
transferiria a posse de seu mobiliário para o banco, 
tornando-se depositário dos bens dados em garantia do 
financiamento. Essa condição de depositário seria 
revertida após a quitação do financiamento, ou o banco 
teria a posse definitiva dos bens empenhados no caso de 
inadimplência. Nesta operação, a garantia exigida pelo 
banco para conceder o financiamento é denominada 
(A) hipoteca. 
(B) caução. 
(C) aval. 
(D) penhor mercantil. 
(E) fiança. 
383. (BB/FCC/2006-MT/MS/TO) Analise o texto que o 
Professor Pedro escreveu: 
O penhor mercantil é constituído por meio de instrumento 
público ou particular, que deve ser registrado no Cartório 
de Registro de Imóveis da circunscrição onde estiverem 
situadas as coisas empenhadas, por qualquer dos 
contratantes. Nesta modalidade de penhor, o devedor não 
permanece em poder das coisas empenhadas, ficando 
estas sob a custódia do credor. 
O texto de Pedro está INCORRETO porque 
(A) o instrumento do penhor só pode ser levado a registro 
pelo devedor. 
(B) o devedor, no penhor mercantil, fica em poder das 
coisas empenhadas. 
(C) a custódia das coisas empenhadas, no penhor 
mercantil, fica a cargo de entidades públicas. 
(D) o penhor mercantil deve ser registrado no Cartório de 
Títulos e Documentos. 
(E) o instrumento do penhor só pode ser levado a registro 
pelo credor. 
384. (BB/FCC/2006-SP) É correto afirmar que 
(A) o penhor mercantil só pode ser constituído por meio 
de instrumento público, sendo necessárias duas 
pessoas idôneas como testemunhas. 
(B) extingue-se o penhor mercantil com o pagamento da 
divida, produzindo efeitos independentemente da 
averbação do cancelamento de seu registro. 
(C) o devedor, no penhor mercantil, pode alienar as 
coisas empenhadas, mesmo sem autorização do 
credor, desde que reponha outros bens da mesma 
natureza. 
(D) o instrumento de constituição do penhor mercantil, 
público ou particular, deve ser registrado no Cartório 
de Registro de Imóveis da circunscrição onde 
estiverem situadas as coisas empenhadas. 
(E) o devedor, no penhor mercantil, tem o direitode 
inspecionar as coisas empenhadas, uma vez que elas 
se encontram de posse do credor. 
 
2.2 Alienação Fiduciária 
A alienação fiduciária em garantia é o contrato pelo qual o 
devedor, ou fiduciante, como garantia de uma dívida, 
pactua a transferência da propriedade fiduciária do bem ao 
credor, ou fiduciário, sob condição resolutiva expressa. A 
lei define a alienação fiduciária de imóvel como “o negócio 
jurídico pelo qual o devedor, ou fiduciante, com o escopo 
de garantia, contrata a transferência ao credor, ou 
fiduciário, da propriedade resolúvel de coisa imóvel” 
Classificação e Natureza Jurídica 
A alienação fiduciária em garantia não tem por finalidade 
precípua a transmissão da propriedade, embora esta seja 
de sua natureza. 
A transferência do domínio do bem ao credor não é o fim 
colimado pelas partes, mas um meio de garantir o credor 
contra a inadimplência do devedor. Por isso, ressalta sua 
natureza de contrato acessório. 
É um contrato típico, cujas regras disciplinares são deduzi 
das de maneira precisa na lei. É um contrato formal, 
 
Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 7/19 
embora a forma possa variar como varie o “beneficiário 
final da operação”, segundo preceitua o art. 38 da Lei. 
A forma pública (escritura pública) é da essência do ato 
sempre que tal beneficiário seja pessoa jurídica. O 
instrumento particular poderá ser utilizado quando esse 
mesmo beneficiário for pessoa física. 
Resumo 
Consiste a alienação fiduciária em garantia na operação 
em que, recebendo alguém financiamento para aquisição 
de bem móvel durável, ou imóvel (LEI nº 9.514, de 
20/11/1997), aliena esse bem ao financiador, em garantia 
do pagamento da dívida contraída. 
A pessoa que recebe o financiamento e aliena o bem em 
garantia tem o nome de alienante ou fiduciante; o credor 
ou financiador que adquire o bem em garantia é chamado 
de fiduciário. 
A característica desse contrato é o fato de ao fiduciário 
(credor ou financiador) ser transferido o domínio resolúvel 
e a posse indireta da coisa móvel alienada, 
independentemente da tradição efetiva do bem. Este ficará 
em poder do devedor ou fiduciante, que passa a ser o 
possuidor direto e depositário do bem. 
Possui as seguintes características: 
• é um contrato acessório e formal; 
• recai sobre bens móveis ou imóveis, o mútuo, ou o 
parcelamento de débitos previdenciários; 
• garantia real sui generis, porque não exerce sobre 
coisa alheia, mas sobre coisa própria, ou seja, o bem 
garantidor é do próprio credor (propriedade limitada); 
• financiado ou devedor fiduciante; 
• credor passa a ser proprietário e possuidor indireto ou 
mediato da coisa; 
• devedor fica com a posse direta ou imediata (usuário e 
depositário); 
• trata-se de uma propriedade limitada, que só serve 
para os fins previstos na lei; e resolúvel, pois retorna 
automaticamente para o devedor fiduciante, no 
momento em que for paga a última prestação; 
• a alienação fiduciária aplica-se a bens móveis e a 
imóveis (Lei nº 9.514, de 20/11/1997); 
Caso não haja a satisfação da dívida no prazo contratual, 
abrem-se ao credor as seguintes alternativas: 
• venda extrajudicial – promovida pelo credor fiduciário, 
independentemente de o bem estar em sua posse 
direta; 
• ação de busca e apreensão – pela qual o credor 
fiduciário visa obter a posse direta do bem para vendê-
lo, movida contra o devedor fiduciário ou contra quem 
quer que detenha a coisa; 
• ação de execução – para penhora e alienação judicial 
de bens do devedor fi duciante, não incluído nestas o 
bem dado em garantia fiduciária por pertencer ao 
credor; 
• ação de depósito – para obter a restituição do bem, sob 
pena de prisão do depositário (infiel depositário), não 
sendo entregue a coisa ou seu equivalente em 
dinheiro. 
A Reserva de Domínio e Alienação Fiduciária são dois 
institutos distintos. Afora algumas poucas semelhanças 
destes dois remédios jurídicos, ambos são pactos adjetos, 
maiores são as diferenças elementares que os distinguem. 
Quanto à similitude: ambas as figuras são garantidoras do 
domínio e, quando da cobrança ou execução, abrem 
possíveis privilégios ao credor como prisão por dívida, 
como na figura do infiel depositário. A Reserva de Domínio 
como um pacto adjeto, cláusula acessória, de um contrato 
de compra e venda de bem móvel que visa garantir o 
domínio do vendedor na tradição da coisa. 
Atentemos, pois, para as diferenças importantes que 
existem entre a Reserva de Domínio e a Alienação 
Fiduciária em Garantia: 
 
Reserva de domínio Alienação Fiduciária em Garantia 
Afeta bem móvel 
exclusivamente 
Tanto abriga bem móvel, 
como imóvel, fungível e 
não fungível; como também 
dívida fiscal e 
previdenciária e cédulas de 
crédito. É ampla a gama de 
coisas abrangidas 
É um pacto adjeto ao 
Contrato de Compra e 
Venda de bem Móvel, 
apenas e tão-somente 
Não abriga 
necessariamente a Compra 
e Venda como irradia seus 
efeitos ao Mútuo 
(empréstimo) e ou outras 
figuras negociais. Tal 
entendimento é 
substanciado e 
corroborado na Súmula nº 
28 STJ, que pacifica: trata-
se de coisa que já integra o 
patrimônio do fiduciante e, 
como conseqüência, 
garante o pagamento ao 
fiduciário que, desde já, 
adquire o domínio 
Prisão Civil por Dívida (é 
discutível pela doutrina) 
Aqui tem se entendido 
caber a prisão civil, pois, 
por analogia, o fiduciante é 
o depositário do bem que, 
na Constituição da 
República, é autorizado 
excepcionalmente à Prisão 
Civil por Dívida, tal qual o é 
no inadimplemento da 
Pensão Alimentícia 
Ambas as figuras deverão obedecer à forma escrita, 
obstando taxativamente a forma verbal ou tácita. Ambas 
as figuras deverão obedecer à forma escrita, obstando 
taxativamente a forma verbal ou tácita 
Reserva de domínio Alienação Fiduciária em Garantia 
Afeta bem móvel exclusivamente Tanto abriga bem móvel, 
como imóvel, fungível e não fungível; como também dívida 
fiscal e previdenciária e cédulas de crédito. É ampla a 
gama de coisas abrangidas. 
É um pacto adjeto ao Contrato de Compra e Venda de 
bem Móvel, apenas e tão-somente. Não abriga 
necessariamente a Compra e Venda como irradia seus 
efeitos ao Mútuo (empréstimo) e ou outras figuras 
negociais. Tal entendimento é substanciado e corroborado 
na Súmula nº 28 STJ, que pacifica: trata-se de coisa que já 
integra o patrimônio do fiduciante e, como conseqüência, 
garante o pagamento ao fiduciário que, desde já, adquire o 
domínio. 
Prisão Civil por Dívida: Aqui tem se entendido caber a 
prisão civil, pois, por analogia, o fiduciante é o depositário 
 
Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 8/19 
do bem que, na Constituição da República, é autorizado 
excepcionalmente à Prisão Civil por Dívida, tal qual o é no 
inadimplemento da Pensão Alimentícia. Ambas as figuras 
deverão obedecer à forma escrita, obstando taxativamente 
a forma verbal ou tácita. Ambas as figuras deverão 
obedecer à forma escrita, obstando taxativamente a forma 
verbal ou tácita. 
 
385. (BB/FCC/2006-DF) Em relação à alienação fiduciária, 
é correto afirmar que 
(A) a dívida será considerada quitada, mesmo que o 
produto da venda do bem dado em garantia seja 
inferior ao valor emprestado. 
(B) deve ser celebrada por instrumento público ou 
particular a ser registrado no Cartório de Títulos e 
Documentos do domicílio do credor. 
(C) o devedor não pode utilizar o bem dado em garantia 
às suas expensas e risco, sendo, ainda, obrigado a 
zelar por sua conservação. 
(D) a propriedade dobem dado em garantia é transferida 
ao devedor, preservando-se a posse com o credor. 
(E) o contrato conterá a descrição da coisa objeto da 
transferência, com os elementos indispensáveis à sua 
identificação. 
386. (BB/FCC/2006-MT/MS/TO) Para exercer seu oficio, 
um dentista precisava adquirir o equipamento necessário à 
montagem de seu consultório. Como não dispunha de 
recursos suficientes, foi a um banco pedir financiamento. 
Para conceder o financiamento, o gerente do banco 
esclareceu que deveria ser assinado um contrato entre o 
dentista e a instituição financeira, no qual o dentista ficaria 
de posse dos equipamentos adquiridos, muito embora 
transferisse a propriedade para a instituição financeira. 
Quando da total quitação da divida, o dentista retomaria a 
propriedade dos equipamentos. Neste tipo de transação o 
banco requer, para conceder o financiamento, uma 
garantia denominada 
(A) alienação fiduciária. 
(B) fiança bancária. 
(C) aval. 
(D) penhor mercantil. 
(E) hipoteca. 
387. (BB/FCC/2006-SP) Na alienação fiduciária, o I tem 
a II de um bem móvel, podendo utilizá-lo às suas 
expensas e risco, na qualidade de depositário. 
Preenchem correta e respectivamente as lacunas I e II 
acima: 
 
I II 
A devedor propriedade 
B devedor posse 
C credor posse 
D mutuário propriedade 
E credor propriedade 
 
 
2.3 Hipoteca 
É um direito real de garantia, ou seja, a garantia recai 
sobre uma coisa (res), em regra, imóvel. 
O devedor oferece um bem imóvel (em regra), seu ou de 
terceiros. 
Exceções: 
• os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles 
(tratores, máquinas agrícolas e demais acessórios); 
• navios; 
• aeronaves; 
• minas e pedreiras, independentemente do solo onde se 
acham; 
• as estradas de ferro com a(s) máquina(s). 
A coisa hipotecada permanece com o devedor. 
O credor é chamado de credor hipotecário. 
O credor passa a ter preferência sobre os demais credores 
na venda do imóvel. 
É feito mediante contrato acessório e formal. 
Em regra, exige-se escritura pública. 
Deverá ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis. 
Hipoteca legal – é aquela que independe de convenção 
das partes; determinada por lei: A lei confere hipoteca: 
• às pessoas de direito público interno sobre os imóveis 
pertencentes aos encarregados da cobrança, guarda 
ou administração dos respectivos fundos e rendas; 
• aos filhos, sobre os imóveis do pai ou da mãe que 
passar a outras núpcias, antes de fazer o inventário do 
casal anterior; 
• ao ofendido, ou aos seus herdeiros, sobre os imóveis 
do delinqüente, para satisfação do dano causado pelo 
delito e pagamento das despesas judiciais; 
• ao co-herdeiro, para garantia do seu quinhão ou torna 
da partilha, sobre o imóvel adjudicado ao herdeiro 
reponente (é o herdeiro que efetua a entrega a outro, 
da parte que lhe pertence); 
• ao credor sobre o imóvel arrematado, para garantia do 
pagamento do restante do preço da arrematação. 
Obs.: Se o hipotecante for incapaz, haverá 
necessidade de um alvará judicial, para a prática desse 
ato; 
Podem requerer a remição (liberação do objeto gravado) 
do imóvel hipotecado: 
• o adquirente do imóvel hipotecado; 
• o credor da segunda hipoteca (credor sub-hipotecário); 
• o próprio devedor, como preferente, quando a remição 
é pleiteada pelo credor sub-hipotecário. 
A hipoteca extingue-se: 
• pelo desaparecimento da obrigação principal; 
• pela destruição da coisa ou resolução do domínio; 
• pela renúncia do credor; 
• pela remissão; 
• pela sentença passada em julgado; 
• pela prescrição; 
• pela arrematação ou adjudicação. 
 
 
 
(BASA/CESPE/2007) A instituição financeira, em suas 
operações ativas, quando empresta dinheiro ao público, 
procura diversas formas de garantir o retorno de seus 
mútuos (dinheiro emprestado), ou seja, utiliza- se de 
mecanismos legais para que o risco de seus empréstimos 
seja o menor possível. Assim, além de fazer os cadastros 
de seus clientes, análise financeira das pessoas para 
quem vai emprestar, verificando o risco em cada operação, 
 
Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 9/19 
também utiliza-se de garantias juridicamente estabelecidas 
em leis, tais como avalistas, fiadores, hipotecas, penhores 
e alienações fiduciárias. Acerca das garantias do SFN, 
julgue os próximos itens. 
388. A alienação fiduciária é uma garantia que tem como 
objeto específico as coisas móveis. 
(A) Certo 
(B) Errado 
389. Como regra geral, tanto para o aval quanto para a 
fiança prestados por pessoas casadas, exige-se a 
autorização do cônjuge, exceto no regime de casamento 
de separação absoluta de bens. 
(A) Certo 
(B) Errado 
390. O objeto do penhor, em regra, são as coisas imóveis. 
(A) Certo 
(B) Errado 
391. O aval é especifico para a garantia de títulos de 
crédito e a fiança, para contratos, não cabendo aval em 
contratos, nem fiança em títulos de crédito. 
(A) Certo 
(B) Errado 
392. Não são admitidas como objeto de hipoteca as 
coisas móveis. 
(A) Certo 
(B) Errado 
393. A alienação fiduciária é uma garantia que tem como 
objeto especifico as coisas móveis. 
(A) Certo 
(B) Errado 
 
(BB/CESPE/2007-III) Garantia é, segundo o Dicionário 
Houaiss da Língua Portuguesa, ato ou efeito de garantir (-
se); ato ou palavra com que se assegura o cumprimento 
de obrigação, compromisso, promessa etc. (...). Acerca 
das garantias do Sistema Financeiro Nacional, julgue os 
itens seguintes. 
394. O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é um fundo 
criado e mantido pelo governo, com a finalidade de 
funcionar como uma espécie de seguro bancário para os 
investidores. 
(A) Certo 
(B) Errado 
395. A fiança bancária não pode exceder a cinco vezes o 
patrimônio líquido ajustado do banco fiador. 
(A) Certo 
(B) Errado 
396. A fiança, o aval e a alienação fiduciária são garantias 
fidejussórias. 
(A) Certo 
(B) Errado 
397. A alienação fiduciária em garantia é um contrato 
formal e exige a forma pública (escritura pública) sempre 
que o beneficiário seja pessoa jurídica. 
(A) Certo 
(B) Errado 
398. Não se pode estipular a fiança sem o consentimento 
do devedor. 
(A) Certo 
(B) Errado 
399. A hipoteca não se extingue pelo perecimento da 
coisa hipotecada. 
(A) Certo 
(B) Errado 
400. Credor pignoratício é aquele que tem como garantia 
coisa móvel empenhada. 
(A) Certo 
(B) Errado 
401. O aval parcial não é admitido como forma de garantia 
em título de crédito. 
(A) Certo 
(B) Errado 
 
(BB/CESPE/2007-II) Garantia é a segurança dada ao 
titular de um direito para que possa exercê-lo. É uma 
verdadeira proteção concedida ao credor, aumentando a 
possibilidade de receber aquilo que lhe é devido. Acerca 
das garantias do Sistema Financeiro Nacional e do Fundo 
Garantidor de Crédito (FGC), julgue os itens a seguir. 
402. São garantias reais a hipoteca, o penhor, a alienação 
fiduciária e a fiança. O aval é uma garantia pessoal. 
(A) Certo 
(B) Errado 
403. A alienação fiduciária em garantia não tem por 
finalidade precípua a transmissão da propriedade, embora 
esta seja sua natureza. 
(A) Certo 
(B) Errado 
404. A fiança é uma garantia pessoal, na qual o credor 
não poderá exigir que seja substituído o fiador, quando o 
mesmo se tornar insolvente ou incapaz. 
(A) Certo 
(B) Errado 
405. O aval, uma vez dado, não poderá ser cancelado 
pelo avalista. 
(A) Certo 
(B) Errado 
406. No penhor rural, a regra é que a coisa empenhada 
continua em poder do devedor, que deve guardá-la e 
conservá-la. 
(A) Certo 
(B) Errado 
407. A hipoteca deverá sempre vir registrada em contrato, 
sob pena de nulidade. 
(A) Certo 
(B) Errado 
408. O FGC é uma associação civil sem fins lucrativos,com personalidade jurídica de direito privado, e não exerce 
qualquer função pública. 
(A) Certo 
(B) Errado 
409. A fiança bancária é um contrato pelo qual o cliente 
(fiador) garante o cumprimento da obrigação do banco (o 
afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação 
deve ser cumprida. 
(A) Certo 
 
Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 10/19 
(B) Errado 
 
(BB/CESPE/2007-I) Garantia é a segurança dada ao titular 
de um direito, para que possa exercê-lo. É um ato 
acessório de uma obrigação. Normalmente, constitui-se 
por meio de uma cláusula contratual que visa assegurar ao 
credor, pela concessão, por exemplo, de um 
financiamento, que o devedor cumprirá o assumido. Com 
isso, obriga o devedor a cumprir a prestação devida ao 
credor. É o mesmo que uma caução. Os bancos, como 
proteção, para aumentar a possibilidade de receber aquilo 
que emprestou, utilizam-se desse reforço jurídico, de 
caráter pessoal (aval e fiança) ou real (hipoteca, alienação 
fiduciária, anticrese ou penhor). Além das garantias 
bancárias, que são especificamente o ato de o banco 
assegurar o pagamento de uma obrigação que deve ser 
cumprida pelo garantido, foi criada, por outro lado, uma 
garantia para o cliente bancário, ou seja, para que o 
investidor tenha um mínimo de segurança para o caso de 
um banco vir a fechar suas portas. Esta garantia é o Fundo 
Garantidor de Crédito (FGC). Acerca das garantias 
bancárias e do FGC, julgue os itens seguintes. 
410. Podem ser objeto de penhor direitos, suscetíveis de 
cessão, sobre coisas móveis somente. 
(A) Certo 
(B) Errado 
411. O FGC tem como associadas obrigatórias as 
instituições financeiras e as associações de poupança e 
empréstimo em funcionamento no país; não contempla as 
cooperativas de crédito e cobre o limite de até R$ 
20.000,00, por pessoa, contra a mesma instituição 
associada. 
(A) Certo 
(B) Errado 
412. A fiança bancária é o contrato por meio do qual o 
banco, que é o fiador, garante o cumprimento da obrigação 
de seu cliente (afiançado) e poderá ser concedida em 
diversas modalidades de operações, exceto em operações 
ligadas ao comércio exterior. 
(A) Certo 
(B) Errado 
413. A fiança conjuntamente prestada a um só débito, por 
mais de uma pessoa, importa, necessariamente, o 
compromisso de solidariedade entre elas. 
(A) Certo 
(B) Errado 
414. Quando houver mais de um avalista em um só titulo 
de crédito, eles não poderão reservar entre si o beneficio 
de ordem. 
(A) Certo 
(B) Errado 
415. A alienação fiduciária é uma garantia conhecida 
como sui generis (peculiar), exatamente porque a coisa, 
móvel ou imóvel, dada em garantia, passa à propriedade 
do próprio credor. 
(A) Certo 
(B) Errado 
416. O contrato que tenha cláusula de garantia sobre 
hipoteca não pode prever a proibição de venda do imóvel 
pelo proprietário, sob pena de nulidade dessa cláusula. 
(A) Certo 
(B) Errado 
417. (BB/FCC/2006-DF) Analise o texto que o Professor 
João escreveu: Um imóvel pode ser hipotecado para 
garantir uma dívida futura ou condicionada, desde que 
determinado o valor máximo do crédito a ser garantido. 
Essa hipoteca abrangerá todos os melhoramentos e 
construções realizadas no imóvel. O dono do imóvel 
hipotecado pode ainda constituir outra hipoteca sobre ele, 
mediante novo titulo, em favor do mesmo ou de outro 
credor. É vedado ao proprietário, no entanto, alienar o 
imóvel hipotecado. O texto de João está INCORRETO 
porque 
(A) imóveis hipotecados não podem ser objeto de outra 
hipoteca. 
(B) se um imóvel for objeto de uma segunda hipoteca, 
esta não poderá ser em favor do mesmo credor. 
(C) é nula a cláusula que proíbe ao proprietário alienar 
imóvel hipotecado. 
(D) imóveis não podem ser hipotecados para garantir 
dividas futuras. 
(E) a hipoteca não abrange melhoramentos e 
construções feitas no imóvel. 
418. (BB/FCC/2006-MT/MS/TO) São bens e direitos que 
podem ser objeto de hipoteca: 
(A) aeronaves, jóias e estradas de ferro. 
(B) imóveis, participações societárias e navios. 
(C) imóveis, participações societárias e aeronaves. 
(D) imóveis, estradas de ferro e aeronaves. 
(E) estradas de ferro, navios e jóias. 
419. (BB/FCC/2006-SP) Quatro irmãos são proprietários 
de uma fazenda avaliada em R$ 400 000,00, nas 
seguintes proporções: 
— Álvaro 25%; 
— Benedito 10%; 
— Carlos 35%; e 
— Daniel 30%. 
Caso seja necessário, o valor máximo pelo qual poderá ser 
hipotecada a fazenda será de 
(A) R$ 40 000,00, caso Benedito, Carlos e Daniel não 
dêem seu consentimento para hipotecar o imóvel. 
(B) R$ 100 000,00, caso Álvaro, Carlos e Daniel não 
dêem seu consentimento para hipotecar o imóvel. 
(C) R$ 400 000,00, caso todos os irmãos concordem em 
hipotecar o imóvel. 
(D) R$ 200 000,00, caso Álvaro e Daniel não dêem seu 
consentimento para hipotecar o imóvel. 
(E) R$ 180 000,00, caso Álvaro, Benedito e Carlos não 
dêem seu consentimento para hipotecar o imóvel. 
420. (CEF/FCC/2004-II) Em relação às garantias reais 
está correto afirmar que 
(A) a caução é a vinculação de dinheiro, direitos e títulos 
de crédito que embora não fiquem depositados na 
instituição financeira garantem o pagamento de uma 
obrigação assumida. 
(B) o penhor é a garantia plena e solidária que o banco 
dá a qualquer cliente obrigado ou coobrigado em titulo 
cambial. 
(C) a alienação fiduciária incide sobre um bem móvel ou 
imóvel, transferindo sua propriedade enquanto durar a 
obrigação garantida. A propriedade é do credor mas a 
posse é do devedor. 
(D) o penhor é a vinculação de um bem imóvel para 
garantir o pagamento de uma obrigação assumida 
pelo proprietário ou terceiro. Nas operações bancárias 
exige-se a existência de um fiel depositário. 
(E) a hipoteca é a vinculação de um bem móvel para 
garantir o pagamento de uma obrigação, assumida 
 
Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 11/19 
pelo proprietário ou terceiro, despojando de posse, 
através de escritura pública registrada em cartório de 
Registro de Imóveis. 
421. (BB/Cesgranrio/99) Nas operações de crédito, os 
bancos, sempre, exigirão garanti-as aos seus devedores. 
De um modo geral, diante de devedores com diferentes 
riscos de crédito, como agirão os bancos? 
(A) Darão preferência às garantias fidejussórias, não 
dependendo do risco do devedor. 
(B) Darão preferência às garantias fidejussórias, 
dependendo do risco do devedor. 
(C) Darão preferência às garantias reais, não 
dependendo do risco do devedor. 
(D) Darão preferência às garantias reais, dependendo do 
risco do devedor. 
(E) Serão indiferentes ao tipo de garantia, mas 
dependendo do risco do devedor. 
 
(BB/Cespe/2001) Em função do risco causado pelo 
fenômeno da inadimplência, que, quando se generaliza, 
pode provocar risco sistêmico ao Sistema Financeiro 
Nacional (SFN), foram instituídas garantias para os 
agentes que nele operam. Acerca dessas garantias, julgue 
os itens abaixo. 
422. A alienação fiduciária é o instrumento que transfere 
ao credor o domínio resolúvel e a posse indireta da coisa 
móvel alienada, independentemente da tradição efetiva do 
bem, tornando-se o alienante ou devedor seu possuidor 
direto e depositário, com todas as responsabilidades e 
encargos que lhe incumbem de acordo com as leis civil e 
penal. 
(A) Certo 
(B) Errado 
423. Nas operações do SFN, aval e fiança são institutos 
de idênticas sistemáticas de funcionamento e 
conseqüências jurídicas. 
(A) Certo 
(B) Errado 
424. Participam do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) 
todas as instituições componentes do SFN.(A) Certo 
(B) Errado 
 
425. O fundo de garantia do tempo de serviço, entre 
outras 
atribuições, funciona como garantidor da solvência das 
operações imobiliárias. 
(A) Certo 
(B) Errado 
426. Para garantir a liquidez do sistema bancário, 
ameaçada pela redução significativa dos índices 
inflacionários provocada pelo Plano Real, foi criado o fundo 
social de emergência. 
(A) Certo 
(B) Errado 
427. (Banpara/Daves/2005) O conceito de alienação 
fiduciária está corretamente expresso na alternativa: 
(A) É um depósito em dinheiro que garantirá o 
pagamento de um empréstimo. 
(B) É o ato pelo qual um Banco, por conta de alguém, ou 
por conta própria, instrui suas agências para 
efetuarem certo pagamento ou crédito a terceiros. 
(C) É modalidade de seguro garantida pelo Governo 
Federal e pelo Banco Central para todos os 
depositantes de estabelecimentos bancários. 
(D) É uma forma programada de aplicação, em que o 
cliente autoriza, por escrito, o Banco onde mantém 
conta corrente a debitar uma parcela mensal, 
previamente ajustada. 
(E) É o contrato pelo qual o devedor, como garantia de 
uma dívida, pactua a transferência da propriedade 
fiduciária do bem ao credor, sob condição resolutiva e 
expressa. 
428. (Banpara/Daves/2005) Muitas são as operações 
realizadas entre os estabelecimentos bancários e seus 
clientes, existindo uma delas que é usualmente garantida 
por jóias. Essa operação é denominada de 
(A) endosso. 
(B) penhor. 
(C) caução. 
(D) aval ou fiança. 
(E) hipoteca. 
429. (Banpara/Daves/2005) Com relação à venda com 
reserva de domínio, é correto afirmar: 
(A) O bem ficará em poder do devedor ou fiduciante, que 
passa a ser o possuidor direto e depositário do bem. 
(B) O bem ficará em poder do credor ou fiduciário, que, 
se perder o bem, será considerado pela Lei como 
depositário infiel. 
(C) O bem poderá ficar em poder do devedor ou do 
credor, mas estes não poderão atravessar a fronteira 
do Estado onde foi realizada a operação, sob pena de 
serem considerados evadidos. 
(D) O bem só poderá ficar em poder do devedor, se este 
se comprometer, em contrato firmado com a 
Instituição Financeira, que será realizada vistoria 
mensal para avaliar o estado do bem objeto do 
contrato. 
(E) para cada contrato o Banco Central avaliará as 
condições do devedor e do credor e, em relatório 
circunstanciado, determinará em poder de quem 
ficará o bem. 
430. (Banpara/Daves/2005) No caso de venda de um bem 
com alienação fiduciária, caso não haja o pagamento da 
dívida no prazo contratual, o credor poderá adotar 
corretamente o seguinte procedimento, entre outros: 
(A) Comunicar ao Banco Central a inadimplência do 
cliente, para que aquele tome as providências de sua 
alçada. 
(B) Executar ação para penhora e alienação judicial de 
bens do devedor fiduciante. 
(C) Comunicar unicamente à Diretoria do seu Banco 
sobre a inadimplência do cliente. 
(D) Comunicar ao Banco Central e à Diretoria do seu 
Banco. 
(E) Comunicar ao Banco Central e ao Serasa. 
431. (Banpara/Daves/2005) São garantias reais que 
podem ser averbadas nos cartórios de registro de imóveis: 
(A) o contrato particular de compra e venda de imóvel. 
(B) a hipoteca e os cheques pré-datados. 
(C) a caução e o contrato particular de compra e venda 
de imóvel. 
(D) a hipoteca e o penhor. 
(E) as alterações contratuais das sociedades 
empresariais, que possuem imóveis no seu 
patrimônio. 
432. (Banpara/Daves/2005) A hipoteca que recai sobre 
 
Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 12/19 
um bem imóvel, poderá ser extinta se 
(A) o mutuário decidir que já pagou o suficiente sobre o 
financiamento. 
(B) houver sentença judicial transitada em julgado 
favorável ao mutuário. 
(C) ocorrer o falecimento do mutuário, mesmo sem o 
pagamento ser efetuado pela Seguradora. 
(D) o mutuário mudar de endereço, ocupando outro 
imóvel e não mais o financiado, que é objeto da 
hipoteca. 
(E) houver desmoronamento de uma das paredes do 
imóvel. 
433. (Nossacaixa/Vunesp/2007) Trata-se de um 
compromisso contratual, pelo qual uma instituição 
financeira garante o cumprimento de obrigações de seus 
clientes. Essa é a definição de 
(A) cheque especial. 
(B) crédito direto ao consumidor. 
(C) fiança bancária. 
(D) adiantamento a depositantes. 
(E) caução. 
434. Pelo seu contrato, uma pessoa garante satisfazer ao 
credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este 
não a cumpra, sendo ele(a) dado(a) somente por escrito, 
não sendo permitida interpretação extensiva. Trata-se do 
contrato de: 
(A) aval. 
(B) alienação fiduciária. 
(C) caução. 
(D) penhor. 
(E) fiança. 
(BRB/Cespe/2001) Toda vez que pessoas contratam entre 
si direitos e obrigações, a primeira preocupação de ambas 
as partes é assegurar-se de que os deveres contratuais 
serão cumpridos. Julgue os itens a seguir, que se referem 
aos instrumentos que garantem o cumprimento dos 
contratos. 
435. A hipoteca é uma modalidade de garantia real, 
enquanto a caução é uma modalidade de garantia pessoal. 
(A) Certo 
(B) Errado 
436. Pela alienação fiduciária, o vendedor somente 
transferirá o bem ao comprador após o pagamento da 
metade do preço. 
(A) Certo 
(B) Errado 
437. Em uma fiança de empréstimo, o fiador somente será 
obrigado ao pagamento depois de cobrado o tomador. 
(A) Certo 
(B) Errado 
438. A diferença entre aval e fiança é que o primeiro 
somente é prestado em títulos de crédito, enquanto o 
segundo é prestado em todo e qualquer tipo de contrato. 
(A) Certo 
(B) Errado 
 
(BB/Cespe/2003) Com referência ao instituto da alienação 
fiduciária, julgue os itens seguintes. 
439. A alienação fiduciária somente se prova por escrito, e 
seu instrumento, público ou particular, qualquer que seja o 
seu valor, será obrigatoriamente arquivado, por cópia ou 
microfilme, no Registro de Títulos e Documentos do 
domicílio do credor, sob pena de não valer contra terceiros. 
(A) Certo 
(B) Errado 
440. No caso de inadimplemento ou mora nas obrigações 
contratuais garantidas mediante alienação fiduciária, o 
proprietário fiduciário ou credor poderá vender a coisa a 
terceiros, sem a exigência de leilão, de hasta pública, de 
avaliação prévia ou de qualquer outra medida judicial ou 
extrajudicial, independentemente da existência de 
disposição expressa em contrário prevista no contrato, 
devendo aplicar o preço da venda no pagamento de seu 
crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor 
o saldo apurado, se houver. 
(A) Certo 
(B) Errado 
441. Se, na data do instrumento de alienação fiduciária, o 
devedor ainda não for proprietário da coisa objeto do 
contrato, o domínio fiduciário desta será transferido ao 
credor no momento da aquisição da propriedade pelo 
devedor, independentemente de qualquer formalidade 
posterior. 
(A) Certo 
(B) Errado 
442. Se o bem alienado fiduciariamente não for 
encontrado ou não se achar na posse do devedor, o credor 
poderá requerer a conversão do pedido de busca e 
apreensão, nos mesmos autos, em ação penal, por crime 
de estelionato, na forma prevista no Código de Processo 
Penal. 
(A) Certo 
(B) Errado 
443. A mora, o inadimplemento de obrigações contratuais 
garantidas por alienação fiduciária e a ocorrência legal ou 
convencional de algum dos casos de antecipação de 
vencimento da dívida facultarão ao credor, de pleno direito, 
considerar vencidas todas as obrigações contratuais, 
independentemente de aviso ou notificação judicial ou 
extrajudicial. 
(A) Certo 
(B) Errado 
3. Fundo Garantidor de Crédito (FGC). 
Criado em agosto de 1995, pela Resolução 2.197, de 
31.08.1995, do Conselho Monetário Nacional - CMN, que 
autorizou a "constituiçãode entidade privada, sem fins 
lucrativos, destinada a administrar mecanismos de 
proteção a titulares de créditos contra instituições 
financeiras". 
Em novembro de 1995, o Estatuto e Regulamento da nova 
entidade foram aprovados. Criando-se, portanto, o Fundo 
Garantidor de Créditos - FGC, associação civil sem fins 
lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado, 
através da Resolução 2.211, de 16.11.1995 - com nova 
redação dada pela Resolução 3.024/02, estabelecendo-se 
o sistema de garantia de depósitos no Brasil. 
Assim, o FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, 
que administra um mecanismo de proteção aos 
correntistas, poupadores e investidores, que permite 
recuperar os depósitos ou créditos mantidos em instituição 
financeira, em caso de falência ou de sua liquidação. 
A sede do FGC está localizada na cidade de São Paulo 
(SP), possuindo escritório regional em Brasília (DF). 
 
Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 13/19 
O FGC tem por objetivos prestar garantia de créditos 
contra instituições dele associadas, nas hipóteses de: 
• decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou 
falência da associada; 
• reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do 
estado de insolvência da associada. 
Tem como missão institucional contribuir para: 
• proteger o pequeno poupador; 
• promover a estabilidade do Sistema Financeiro 
Nacional; e 
• evitar crise bancária sistêmica. 
Conforme determina a Resolução 3.251, 16 de novembro 
de 2004, são instituições associadas do FGC os bancos 
múltiplos, os bancos comerciais, os bancos de 
investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa 
Econômica Federal, as sociedades de crédito, 
financiamento e investimento, as sociedades de crédito 
imobiliário, as companhias hipotecárias e as associações 
de poupança e empréstimo, em funcionamento no Brasil, 
que: 
• recebem depósitos à vista, a prazo ou em contas de 
poupança; 
• efetuam aceite em letras de câmbio; 
• captam recursos mediante a emissão e a colocação 
de letras imobiliárias, letras hipotecárias e letras de 
crédito imobiliário. 
O FGC possui norma legal que explicita os critérios e 
limites de proteção ao Sistema Financeiro Nacional - 
Resolução n.º 3.400, de 06.09.2006. 
O fundeamento é baseado (constituído) em contribuições 
mensais das associadas o que permite que um nível 
adequado de capitalização de recursos seja atingido 
dentro de uma situação de normalidade no Sistema 
Financeiro Nacional. 
As instituições financeiras é que contribuem com uma 
porcentagem de 0,0125% a.m. do montante dos saldos 
das contas correspondentes às obrigações objeto de 
garantia para a manutenção do FGC. 
O caráter privado da estrutura do FGC - estabelecido 
através de uma Resolução do Conselho Monetário 
Nacional, possuindo, portanto, força de lei - foi importante 
na sua consolidação como entidade independente. 
São garantidos pelo FGC; 
• depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; 
• depósitos em contas-correntes de depósito para 
investimento; 
• depósitos de poupança; 
• depósitos a prazo, com ou sem emissão de 
certificado; 
• depósitos mantidos em contas não movimentáveis 
por cheques destinadas ao registro e controle do 
fluxo de recursos referentes à prestação de serviços 
de pagamento de salários, vencimentos, 
aposentadorias, pensões e similares; 
• letras de câmbio; 
• letras imobiliárias; 
• letras hipotecárias; 
• letras de crédito imobiliário. 
Não são garantidos pelo FGC; 
• os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros 
recursos captados ou levantados no exterior; 
• as operações relacionadas a programas de interesse 
governamental instituídos por lei; 
• os depósitos judiciais; 
• os depósitos a prazo autorizados a compor o nível II 
do Patrimônio de Referência, de que trata a 
Resolução 2.837, de 30 de maio de 2001. 
O valor máximo, por instituição, é de R$ 60.000 por 
depositante ou aplicador, independentemente do valor total 
e da distribuição em diferentes formas de depósito e 
aplicação. 
Os cônjuges são considerados pessoas distintas, seja qual 
for o regime de bens do casamento, ou seja, cada um 
receberá até o valor máximo de R$ 60.000,00. 
As aplicações em Fundos de Investimento não têm 
garantia do FGC, visto que o patrimônio dos bancos não 
se confunde com o patrimônio dos fundos de investimento 
financeiro que eles administram; por isso, quando o banco 
enfrenta problemas, os aplicadores nos fundos podem 
fazer assembléias e mudar a administração do fundo para 
outra instituição; assim, é desnecessária a cobertura dos 
recursos dos fundos pelo FGC, pois esses recursos não 
devem ser atingidos por eventuais dificuldades das 
instituições financeiras. 
A operacionalização dos pagamentos ocorre da seguinte 
forma: 
• o Banco Liquidando prepara e separa, por Agência, 
listagens consolidando os créditos por CPF/CNPJ 
dos beneficiários, com o valor que cada um deles 
receberá do FGC, bem como os respectivos 
documentos de pagamento (Termos de Cessão); 
• tais pagamentos serão feitos através de um Banco 
Pagador escolhido pelo FGC, nas suas agências que 
se situarem mais próximas das ex-agências do 
Banco Liquidando, para facilitar o acesso aos 
beneficiários; 
• o beneficiário assinará, no ato do recebimento de seu 
crédito, o Termo de Cessão de Créditos ao FGC, que 
será enviado, em três vias, para as agências do 
Banco Pagador (uma se destina ao beneficiário, uma 
servirá como comprovante do Banco Pagador e uma 
ao Banco Liquidando onde será microfilmada); 
• não é permitido o crédito direto em contas correntes, 
mesmo já sendo o beneficiário correntista do Banco 
Pagador, de vez que a assinatura no referido Termo 
de Cessão é obrigatória; portanto, o beneficiário terá 
que comparecer pessoalmente ou designar 
procurador com poderes específicos (permitir-se-á 
instrumento particular com firma reconhecida); 
• Não haverá cobrança de tarifas bancárias na 
prestação deste serviço, tanto para o FGC como do 
beneficiário; 
Limite de cobertura 
1. O total de créditos de cada pessoa contra a mesma 
instituição associada, ou contra todas as instituições 
associadas do mesmo conglomerado financeiro, será 
garantido até o valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil 
reais). 
2. Para efeito da determinação do valor garantido dos 
créditos de cada pessoa, devem ser observados os 
seguintes critérios: 
a) titular do crédito é aquele em cujo nome o crédito 
estiver registrado na escrituração da instituição 
associada ou aquele designado em título por ela 
emitido ou aceito; 
 
Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 14/19 
b) devem ser somados os créditos de cada credor 
identificado pelo respectivo Cadastro de Pessoas 
Físicas (CPF) / Cadastro Nacional de Pessoa 
Jurídica (CNPJ) contra todas as instituições 
associadas do mesmo conglomerado financeiro. 
3. Os cônjuges são considerados pessoas distintas, seja 
qual for o regime de bens do casamento, e o crédito do 
valor garantido será efetuado de forma individual. Cada 
um receberá até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), 
respeitando-se o saldo. 
4. Créditos em nome de dependentes do beneficiário, 
identificados na forma do item 2, b) acima, devem ser 
computados separadamente, desde que essa relação 
de dependência possa ser comprovada mediante 
apresentação de cópia da última declaração do 
Imposto de Renda. 
5. Os créditos titulados por associações, condomínios, 
cooperativas, grupos ou administradoras de consórcios, 
entidades de previdência complementar, sociedades 
seguradoras,sociedades de capitalização e demais 
sociedades e associações sem personalidade jurídica e 
entidades assemelhadas serão garantidos até o valor 
de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) na totalidade de 
seus haveres em uma mesma instituição associada. 
6. Nas contas conjuntas não tituladas por cônjuges e 
dependentes, o valor da garantia é limitado a R$ 
60.000,00 (sessenta mil reais), ou ao saldo da conta 
quando inferior a esse limite, dividido pelo número de 
titulares, sendo o crédito do valor garantido feito de 
forma individual. 
Exemplos: 
a) Conta conjunta de 4 (quatro) titulares: 
A B C D = saldo de R$ 80.000,00 
Valor Garantido = R$ 60,000.00 = R$ 15,000.00 
cada um. 
b) Um cliente (A) com 4 (quatro) contas conjuntas 
(com B, C, D e E) cada uma com saldo de R$ 
80.000,00: 
Conta AB = R$ 80.000,00 
Conta AC = R$ 80.000,00 
Conta AD = R$ 80.000,00 
Conta AE = R$ 80.000,00 
Cálculo do valor da garantia por conta: 
AB = R$ 60.000,00/2 = R$ 30.000,00 
AC = R$ 60.000,00/2 = R$ 30.000,00 
AD = R$ 60.000,00/2 = R$ 30.000,00 
AE = R$ 60.000,00/2 = R$ 30.000,00 
A cada um deles caberá: 
A = R$ 60.000,00 
B = R$ 30.000,00 
C = R$ 30.000,00 
D = R$ 30.000,00 
E = R$ 30.000,00 
7. Nas contas conjuntas tituladas por cônjuges, 
dependentes e terceiros, o cálculo do valor da 
garantia será efetuado sempre em duas etapas, 
conforme a seguir: 
1ª etapa: R$ 60.000,00 (garantia máxima de uma 
conta) dividido pelo número de titulares. 
2ª etapa: Apurado o valor que caberia a cada titular 
na 1ª etapa, como se fossem todos 
iguais, considerar que os cônjuges e 
dependentes poderão receber até R$ 
60.000,00 cada um, limitado ao saldo da 
conta. 
Exemplos: 
a) Conta conjunta com 3 (três) titulares, sendo: 
marido / esposa / amigo, com saldo de R$ 
180.000,00, o valor da garantia corresponderá a: 
Amigo = R$ 20.000,00 (R$ 60.000,00/3) 
Marido = R$ 60,000.00 (valor máximo da garantia) 
Esposa = R$ 60,000.00 (valor máximo da garantia) 
b) O mesmo exemplo do item 7.a) com saldo de R$ 
90.000,00 corresponderia a: 
Amigo = R$ 20.000,00 (R$ 60.000,00/3) 
Marido = R$ 35,000.00 [(R$ 90.000,00 - R$ 20.000,00)/2] 
Esposa = R$ 35,000.00 [(R$ 90.000,00 - R$ 20.000,00)/2] 
c) O mesmo exemplo do item 7.b) com saldo de R$ 
90.000,00 entre marido, esposa, dependente e 
amigo: 
Amigo = R$ 15.000,00 (R$ 60.000,00/4) 
Dependente = R$ 25,000.00 [(R$ 90.000,00 - R$ 15.000,00)/3] 
Marido = R$ 25,000.00 [(R$ 90.000,00 - R$ 15.000,00)/3] 
Esposa = R$ 25,000.00 [(R$ 90.000,00 - R$ 15.000,00)/3] 
d) O mesmo exemplo do item 7.c) com saldo de R$ 
90.000,00 entre dois amigos, esposa e marido: 
Amigo 1 = R$ 15.000,00 (R$ 60.000,00/4) 
Amigo 2 = R$ 15.000,00 (R$ 60.000,00/4) 
Marido = R$ 30,000.00 [(R$ 90.000,00 - R$ 30.000,00)/2] 
Esposa = R$ 30,000.00 [(R$ 90.000,00 - R$ 30.000,00)/2] 
 Detectada a ocorrência de procedimentos que 
possam propiciar, mediante utilização de artifícios, o 
pagamento de valor superior ao limite de R$ 
60.000,00 (sessenta mil reais), com o intuito de 
beneficiar uma mesma pessoa, o FGC, desde que 
fundamentado para o depositante ou investidor, 
poderá suspender os pagamentos até o 
esclarecimento do fato, cabendo ao interessado a 
comprovação da lisura dos procedimentos adotados, 
ficando a critério do FGC acatar ou não os 
argumentos e provas apresentadas (Art. 2.o, § 5.o 
do Anexo II à Resolução 3.251, de 16.12.2004). 
 Para mais informações sobre o Fundo Garantidor do 
Crédito, vale a pena visitar a página do FGC, no 
endereço: http://www.fgc.org.br. 
 
 
Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 15/19 
Exercícios 
444. (BB/CESPE/2007-III) O Fundo Garantidor de Crédito 
(FGC) é um fundo criado e mantido pelo governo, com a 
finalidade de funcionar como uma espécie de seguro 
bancário para os investidores. 
(A) Certo 
(B) Errado 
445. (BB/CESPE/2007-II) O FGC é uma associação civil 
sem fins lucrativos, com personalidade jurídica de direito 
privado, e não exerce qualquer função pública. 
(A) Certo 
(B) Errado 
446. (BB/CESPE/2007-I) O FGC tem como associadas 
obrigatórias as instituições financeiras e as associações de 
poupança e empréstimo em funcionamento no país; não 
contempla as cooperativas de crédito e cobre o limite de 
até R$ 20.000,00, por pessoa, contra a mesma instituição 
associada. 
(A) Certo 
(B) Errado 
447. (BB/Cespe/2001) Participam do Fundo Garantidor de 
Crédito (FGC) todas as instituições componentes do SFN. 
(A) Certo 
(B) Errado 
448. (BB/Cespe/2001) O fundo de garantia do tempo de 
serviço, entre outras atribuições, funciona como garantidor 
da solvência das operações imobiliárias. 
(A) Certo 
(B) Errado 
449. (BB/FCC/2006-DF) NÃO contém apenas créditos 
cobertos pela garantia do FGC: 
(A) depósitos à vista, letras de câmbio e depósitos em conta 
investimento. 
(B) depósitos à vista, depósitos judiciais e depósitos de 
poupança. 
(C) depósitos de poupança, letras hipotecárias e letras de 
crédito imobiliário. 
(D) letras de câmbio, letras hipotecárias e letras imobiliárias. 
(E) depósitos em conta investimento, depósitos de poupança e 
letras hipotecárias. 
450. (BB/FCC/2006-MT/MS/TO) Analise: 
A contribuição mensal ordinária das instituições associadas ao 
Fundo Garantidor de Créditos deve ser fixada, mediante 
autorização do I , por II , observado o III de 0,0125% do 
montante dos saldos das contas objeto da garantia. Esses 
recursos IV ser aplicados na aquisição de bens imóveis. 
Preenchem correta e respectivamente as lacunas I, II, III e IV 
acima: 
(A) Banco Central do Brasil; sua Diretoria Executiva; mínimo; 
poderão. 
(B) Conselho Monetário Nacional; sua Diretoria Executiva; 
máximo; poderão. 
(C) Banco Central do Brasil; seu Conselho de Administração; 
mínimo; não poderão. 
(D) Conselho Monetário Nacional; seu Conselho Fiscal; 
máximo; poderão. 
(E) Conselho Monetário Nacional; seu Conselho de 
Administração; máximo; não poderão. 
451. (BB/FCC/2006-SP) Em caso de insolvência 
(“quebra”) de uma instituição financeira, o valor máximo 
garantido pelo FGC sobre os saldos mantidos pelos 
clientes em suas contas correntes é de 
(A) R$ 60 mil. 
(B) R$ 50 mil. 
(C) R$ 40mil. 
(D) R$ 30 mil. 
(E) R$ 20 mil. 
 
 
 
Factoring 
Sociedades de Fomento1 Mercantil2 (factoring) 
A palavra factoring foi traduzida do inglês para o português 
como “fomento comercial”. 
E uma atividade comercial, mista e atípica, que soma 
prestação de serviços à compra de ativos financeiros. 
Caracteriza-se pela venda de um direito de crédito feita 
pelo dono deste crédito (o sacador) a uma instituição 
compradora (factoring), que fornece os recursos ao 
sacador, mediante um deságio sobre o valor de face deste 
direito de crédito (duplicata ou cheque); 
Este deságio é calculado com base em um fator de 
compra, composto do seguinte: 
• custo dos recursos obtidos pela factoring, 
• risco, 
• despesas administrativas, 
• impostos, 
• ganho pretendido; 
O factoring é uma atividade essencialmente mercantil, em 
que o pré-requisito é o registro na Junta Comercial. 
Por não ser instituição financeira, não está sujeita à 
fiscalização ou à regulamentação do BACEN. 
Como não atua no mercado de capitais, também não está 
sujeita da à fiscalização ou à regulamentação do CVM. 
Isso facilita o aparecimento de empresas constituídas 
como sendo de factoring que na prática atuam como 
verdadeiros agiotas. 
Legalmente são denominadas Sociedades de Fomento 
Mercantil. 
Seus recursos para operar são próprios e/ou decorrentes 
da emissão de debêntures, da emissão de notas 
promissórias comerciais (commercial papers) e de conta 
garantida junto a bancos. 
É proibida, por lei,

Outros materiais