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Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 1/19 Garantias do Sistema Financeiro Nacional Prof. Cid Roberto prof.bancario@gmail.com 8141-4045 I. Garantias do Sistema Financeiro Nacional 1. Garantia Pessoal 1.1 Aval 1.2 Fiança 1.3 Fianças Bancárias 2. Garantia Real 2.1 Penhor Mercantil 2.2 Alienação Fiduciária 2.3 Hipoteca 3. Fundo Garantidor do Crédito I. Garantias do Sistema Financeiro Nacional As instituições financeiras ao analisar suas operações levam em conta vários fatores e ao concluir pela viabilidade do negócio, fixa as condições em que ele será realizado, definindo: • valor liberado, • prazo, • encargos financeiros, e • garantias. A constituição de garantias visa gerar maior comprometimento pessoal e patrimonial do tomador de recursos e aumentar, caso o cliente se torne insolvente, a possibilidade de retorno do capital emprestado. A garantia assume papel acessório à decisão de crédito, não podendo ser determinante para a realização do negócio, já que sua execução é sabidamente onerosa e demorada. O negócio de um banco não é cobrar judicialmente seus créditos; é emprestar bem e receber. As garantias podem ser: • pessoal ou fidejussória, e • real. As garantias são previsões legais para se garantir um contrato, em regra, de mútuo (dinheiro). 1. Garantia Pessoal (fidejussória) 1.1 Aval É a garantia de pagamento do título de crédito, dada por um terceiro ou por um de seus signatários. Consiste na: • declaração unilateral da vontade: incondicional e • obrigação cambiária só pode ser lançada no título (ou em folha de alongue). Tem a função de reforçar a garantia de pagamento do título no seu vencimento, visto que o garantidor promete pagar a dívida, caso o devedor não o faça. É garantia tipicamente cambiária, por isso, somente pode ser passado em títulos de crédito, não sendo válido em contrato. O avalista assume uma obrigação autônoma e solidária, sem relevância a data em que foi dado. O caráter de solidariedade é próprio do aval, assim, vencido o título, o credor pode cobrar indistintamente do devedor ou do avalista. Para ter validade, no caso do avalista ser casado, é necessário a assinatura do cônjuge independentemente do regime do casamento. O aval é considerado improdutivo quando o avalista é um dos signatários do Título de Crédito (TC). Aval prestado por: • mandatário – exige poderes especiais e na falta ou excesso de poderes, o mandatário, responde pessoalmente. • pessoa jurídica – dar garantia é ato que transcende os poderes normais de gestão, exigindo poderes especiais para os gestores; normalmente, estatutos e contratos sociais vedam a concessão de garantia (aval, fiança etc.) em favor de terceiros. O aval pode ser das seguintes espécies: • em preto – indica o avalizado. Exemplo: por aval a Marcelo Castro • em branco – a regra, é que será em favor do devedor principal. • parcial – admitido expressamente pela LUG – Lei Uniforme de Genebra. Obs.: O Código Civil de 2002 reintroduziu a vedação (Art. 897) – mas não teve efeito sobre a LUG, haja vista a previsão do art. 903 do mesmo Código Civil; dessa forma, não se aplica à letra de câmbio, nem à nota promissória, nem ao cheque e, por conseqüência, à duplicata. Não há fórmula sacramental (forma) para o aval, podendo ser formalizado da seguinte forma: • declaração de aval no verso ou no anverso – “bom para aval”; “por aval de…”; “em aval de…”; • simples assinatura no anverso – se não é do sacador, ou do aceitante, ou do endossante, será de avalista; • não exige datação. O avalista é responsável da “mesma maneira” que a pessoa por ele avalizada, a saber: • a natureza da obrigação do avalista é a mesma da do avalizado, mas o avalista não toma o lugar do avalizado.; • a responsabilidade subsiste, ainda que obrigação do avalizado seja nula por qualquer razão; • o avalista é devedor solidário cambiário. O aval pode ser antecipado, ou seja, pode ser dado antes de ser formalmente assumida a obrigação do avalizado. Por exemplo: • ao aceitante, antes do aceite; • ao endossante, antes do endosso. O aval é eficaz, mesmo que não haja aceite: parte do princípio da autonomia das obrigações cambiárias; Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 2/19 A responsabilidade do avalista existe ainda que nula a obrigação garantida. Esta é a regra geral. O avalista garante o pagamento do Título de Crédito - a garantia é objetiva. É chamado de aval simultâneo ou co-aval quando dois ou mais avalistas avalizam a mesma pessoa. O aval sucessivo ou “aval de aval” ocorre quando: • um avalista avaliza outro avalista; e • devendo ser indicada claramente a intenção de avalizar outro avalista. Avais em branco são considerados simultâneos e não sucessivos. Com relação à solidariedade cambiária, destaca-se: • o portador pode exigir o total do Título de Crédito de qualquer dos avalistas, simultâneos ou sucessivos; • o avalista que paga pode exigir o total da dívida do avalizado e dos demais coobrigados anteriores; • no aval sucessivo, o avalista que paga pode exigir do avalista que lhe antecede a totalidade da dívida. • no aval simultâneo, o avalista somente pode exigir do co-avalista a sua quota-parte; Importante: essa regra se aplica sempre que dois ou mais devedores cambiários ocupam o mesmo grau de responsabilidade cambiária; co-sacadores, co- endossantes, co-aceitantes. Para cancelar o aval, basta riscá-lo, apagá-lo ou sobrescrever expressões como “cancelado”, “não vale” etc. O aval após o vencimento do título produz idênticos efeitos. É anulável o aval sem a outorga do cônjuge (ou consorte), conforme a regra do art. 1647, do Código Civil. A exceção ocorre somente no regime de casamento de separação absoluta AVAL ENDOSSO tem função de garantia de pagamento no vencimento tem função de transferência dos direitos emergentes do título pode ser dado por qualquer pessoa somente pode ser dado pelo portador legitimado não admite exclusão de responsabilidade admite a exclusão de responsabilidade pode ser parcial não pode ser parcial (como instituto de transferência) 376. (BB/FCC/2006-DF) No que diz respeito à nota promissória, é correto afirmar que (A) o avalista poderá ser chamado a cumprir as obrigações da nota promissória antes de seu vencimento. (B) não pode ser garantida somente por aval, sendo necessárias outras garantias complementares. (C) a prestação do aval não pode ser dada na própria nota promissória. (D) o avalista será responsável pelo pagamento somente em caso de falecimento do emitente. (E) pessoas físicas casadas em regime de comunhão de bens só poderão dar aval com autorização de seu cônjuge. 377. (BB/FCC/2006-MT/MS/TO) A Resolução do Conselho Monetário Nacional nº 3.310, de 31 de agosto de 2005, prevê em seu artigo 3º parágrafo 2º, que o aval solidário pode constituir garantia nas operações de microcrédito. No aval solidário, (A) empresas de grande porte oferecem títulos públicos em garantia, tornando-se integralmente responsáveis por seu pagamento. (B) pessoas de uma mesma comunidade entregam bens em garantia a uma operação de crédito, tornando-se solidariamente responsáveis por seu pagamento. (C) pessoas pertencentes à mesma família oferecem bens em garantia a uma operação de crédito, abrindo mão de sua posse e domínio. (D) pessoas pertencentes à mesma família oferecem bens emgarantia a uma operação de crédito, mas não abrem mão de sua posse. (E) pessoas de uma mesma comunidade mutuamente garantem, sem a entrega de bens, uma operação de crédito, tornando-se solidariamente responsáveis por seu pagamento. 378. (BB/FCC/2006-SP) É correto afirmar: (A) Se o avalista pagar um título em lugar do avalizado, poderá exigir deste último o ressarcimento dos valores pagos. (B) Do ponto de vista formal, não há diferenças entre aval, fiança, caução, hipoteca e alienação fiduciária como instrumentos de garantia de operações de crédito. (C) O aval a um título de crédito deve ser prestado através de documento específico para essa finalidade. (D) Um cheque pode ter aval parcial, desde que este garanta no mínimo 50% do seu valor. (E) A prestação de aval requer a entrega da posse de bens móveis do avalista, em valor correspondente ao da obrigação garantida. 1.2 Fiança É uma obrigação escrita. É um contrato por meio do qual alguém, chamado fiador, garante o cumprimento da obrigação (contrato) do devedor. É um contrato acessório, sendo constituído de forma subordinada à existência de um contrato principal. Só existe até o limite estabelecido e somente pode ser cobrado caso o devedor não pague a dívida afiançada. Na fiança há três figuras distintas: • fiador – aquele que se obriga a cumprir a obrigação, caso o devedor não o faça, • afiançado – é o devedor principal da obrigação originária da fiança, • beneficiário – o credor. Quando o fiador for pessoa física casada, a fiança só é válida com a participação dos dois cônjuges. Trata-se de garantia acessória. É uma obrigação subsidiária, pois, devido ao seu caráter acessório, o fiador só se obrigará se o devedor principal ou afiançado não cumprir a prestação devida, a menos que se tenha estipulado solidariedade. Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 3/19 É unilateral, pois gera obrigações para o fiador, em relação ao credor, que só terá vantagem não assumindo nenhum compromisso em relação ao fiador. É contrato gratuito, porque, em regra, o fiador não receberá uma remuneração. Não admite interpretação extensiva, porque o fiador só responde pelo que estiver expresso no instrumento de fiança É dado somente em contratos – nunca em cambiais. É retratável, ou seja, o fiador poderá exonerar-se da obrigação a todo tempo se a fiança tiver duração ilimitada, mas ficará obrigado por todos os efeitos da fiança, anteriores ao ato amigável ou à sentença que o exonerar. É nula sem outorga do cônjuge (ou consorte). O credor pode exigir outro fiador em caso de morte do primeiro. O contrato entre credor e fiador e prescinde da presença do devedor; nem depende da aceitação do devedor. Goza do “benefício de ordem”, ou seja, antes de ser cobrada a dívida do fiador, deve ser cobrada do devedor. Não se prorroga tacitamente; A fiança possui as seguintes características: • fiança conjunta – quando prestada conjuntamente por mais de uma pessoa em garantia de um só débito; • fiança comum – é a normal, gozando de todas as regalias da fiança; • fiança solidária – é aquela em que o fiador abre mão de alguns benefícios, como o benefício de ordem, da subsidiariedade etc; • fiança excessiva – é aquela cujo débito real é menor que o valor afiançado. Ela se restringe ao valor do débito real; • fiança geral – é aquela que abrange o principal mais acessórios; • fiança limitada – garante até o limite avençado; • se a fiança for dada para uma parte do débito, não se estenderá ao restante; • fiança legal – oriunda da lei. Ex.: aquela exigida para que o tutor possa exercer a função; • a fiança é retratável, desde que por escrito e antes de qualquer vencimento da obrigação ou execução; • sub-fiança é a fiança que garante outra fiança; • a fiança poderá ser tanto por prazo determinado (normal) como por prazo indeterminado – exceção (deve ser expresso). Disposições Gerais A fiança dar-se-á por escrito, e não admite interpretação extensiva. A fiança não admite interpretação extensiva, de modo que o fiador só responderá pelo que estiver expresso no instrumento da fiança e, se alguma dúvida houver, será ela solucionada em favor do fiador. Pode-se estipular a fiança, ainda que sem consentimento do devedor ou contra a sua vontade. As dívidas futuras podem ser objeto de fiança; mas o fiador, neste caso, não será demandado senão depois que se fizer certa e líquida a obrigação do principal devedor. Não sendo limitada, a fiança compreenderá todos os acessórios da dívida principal, inclusive as despesas judiciais, desde a citação do fiador. A fiança pode ser de valor inferior ao da obrigação principal e contraída em condições menos onerosas e, quando exceder o valor da dívida, ou for mais onerosa que ela, não valerá senão até ao limite da obrigação afiançada. As obrigações nulas não são suscetíveis de fiança, exceto se a nulidade resultar apenas de incapacidade pessoal do devedor. A exceção retro estabelecida não abrange o caso de mútuo feito a menor. Quando alguém houver de oferecer fiador, o credor não pode ser obrigado a aceitá-lo se não for pessoa idônea, domiciliada no município onde tenha de prestar a fiança, e não possua bens suficientes para cumprir a obrigação. Se o fiador se tornar insolvente ou incapaz, poderá o credor exigir que seja substituído. Há o benefício de divisão, ou seja, os fiadores, em regra, são solidários entre si, exceto em caso do benefício da divisão. O fiador poderá exonerar-se da fiança que tiver assinado sem limitação de tempo, sempre que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante sessenta dias após a notificação do credor (retratação da fiança). Da Extinção da Fiança O fiador pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais, e as extintivas da obrigação que competem ao devedor principal, se não provierem simplesmente de incapacidade pessoal, salvo o caso do mútuo feito a pessoa menor. O fiador, ainda que solidário, ficará desobrigado: • se, sem consentimento seu, o credor conceder moratória ao devedor; • se, por fato do credor, for impossível a sub-rogação nos seus direitos e preferências; • se o credor, em pagamento da dívida, aceitar amigavelmente do devedor objeto diverso do que este era obrigado a lhe dar, ainda que depois venha a perdê-lo por evicção. AVAL FIANÇA é de Direito Cambiário é de Direito Comum declaração unilateral de vontade ato jurídico unilateral somente título de crédito qualquer tipo de crédito somente obrigação líquida obrigação líquida ou ilíquida somente pode ser dado no próprio título pode ser dada por meio de instrumento à parte (carta de…) é obrigação perante pessoa indeterminada é obrigação perante pessoa determinada é uma obrigação autônoma em relação à obrigação avalizada é uma garantia acessória e segue a sorte do principal Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 4/19 AVAL FIANÇA obrigação do avalista subsiste ainda que nula a avalizada nula a obrigação principal, nula a fiança avalista que paga adquire direito novo fiador que paga, sub-roga- se nos direitos do afiançado não comporta benefício de ordem comporta benefício de ordem 379. (BB/FCC/2006-DF) Uma determinada dívida é garantida por três fiadores. Caso ela não seja paga, cada fiador ficará responsável pelo pagamento (A) da dívida, na proporção que estiver fixada no contrato de fiança.(B) da dívida, na proporção de seu patrimônio em relação ao total do patrimônio de todos os fiadores. (C) da dívida, na proporção de sua renda mensal em relação ao total da renda mensal de todos os fiadores. (D) de 1/3 da dívida, independentemente do que dispuser o contrato de fiança. (E) do total da dívida, independentemente do que dispuser o contrato de fiança. 380. (BB/FCC/2006-MT/MS/TO) Com relação às garantias dadas por meio de fiança, é correto afirmar que (A) se o fiador se tomar insolvente ou incapaz, não poderá o credor exigir que ele seja substituído. (B) a fiança deve ser prestada por apenas um fiador, que assume a responsabilidade total sobre a dívida garantida. (C) o credor, sob certas condições, pode ser obrigado a aceitar o fiador apresentado pelo devedor. (D) a fiança nunca pode ser de valor inferior ao do principal da dívida garantida. (E) a fiança garante também os juros decorrentes da dívida contraída. 381. (BB/FCC/2006-SP) O Sr. Fulano de Tal é fanático por futebol e decidiu comprar um televisor novo para assistir à Copa do Mundo da Alemanha. Para tanto foi a um banco e pediu um empréstimo de R$ 500,00. Para conceder o empréstimo, o gerente do banco exigiu que o Sr. Fulano apresentasse uma pessoa idônea, que assinaria um contrato responsabilizando-se pelo pagamento da dívida, caso ele se tomasse inadimplente. A modalidade de garantia exigida nessa transação é denominada (A) alienação fiduciária. (B) fiança. (C) caução. (D) aval. (E) penhor mercantil. 1.3 Fianças Bancárias Trata-se da fiança já vista anteriormente prestada por pessoa jurídica, no caso, uma instituição financeira. Quando prestada por banco de primeira linha constitui excelente forma de garantia. A fiança bancária é um contrato por meio do qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (o afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida. As Cartas de Fiança Bancária têm prazo determinado de vigência e, para sua concessão, os bancos exigem garantias (nota promissória, caução de títulos de renda fixa ou de duplicatas). Importante é saber, também, que a fiança bancária não pode exceder a 500% (5 vezes) o Patrimônio de Referência – PR (conforme Resolução do BACEN, de número 2.802, de 21/12/2000, alterada pela Resolução 2.837, de 30/5/2001, definiu o conceito de Patrimônio de Referência – PR, e não Patrimônio Líquido Ajustado, para fins de apuração dos limites operacionais das instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pela mesma autarquia. Assim, o conceito de PLA foi substituído, de fato, pelo conceito de PR). A fiança é, normalmente, baixada: • quando do término do prazo de validade da Carta de Fiança, desde que assegurado o cumprimento das obrigações assumidas pelas partes contratantes; • mediante a devolução da Carta de Fiança; • mediante a entrega, ao banco, da declaração do credor (beneficiário), liberando a garantia prestada. As cartas de fiança concedidas devem ser sempre por prazo determinado, não podendo exceder de 12 meses; nas concorrências públicas, o prazo é de até seis meses. O Banco Central autoriza outorgar fiança bancária, dentre outros: • contratos de construção civil; • contratos de execução de obras adjudicadas por meio de concorrências públicas ou particulares; • contratos de prestação de serviços em empreitadas; • contratos de fornecimento de mercadorias, máquinas, materiais, matérias-primas etc.; • adiantamentos relativos a contratos de prestação de serviços, ou simplesmente adiantamentos ou sinais (importâncias entregues antecipadamente por conta de serviços ou outros), conforme condições expressas em ordens de compra, pedidos de mercadoria ou assemelhados; • aquisição ou compra de mercadorias, produtos, matérias-primas, no País, até determinado valor, garantindo praticamente um limite de crédito para compras, em um determinado valor e num determinado período; • compra específica de mercadorias, produtos, máquinas, equipamentos, matérias-primas (no País ou no exterior), comprovada por meio de cópias de pedidos, ordens de compras, contratos, faturas pro forma, guias de importação; • isenção de tributos junto à alfândega, para permanência temporária de máquinas, equipamentos etc. (prazo indeterminado, sujeito a multa, juros e correção monetária); • liberação de máquinas, equipamentos e mercadorias retidos nas alfândegas e outros órgãos públicos (prazo indeterminado, sujeito a multa, juros e correção monetária); • obtenção de liminar resultante de mandado de segurança destinado a sustar cobrança de impostos e taxas (prazo indeterminado, sujeito a multa, juros e correção monetária); • pagamento de débitos fiscais, previdenciários, trabalhistas ou seu parcelamento (prazo indeterminado, sujeito a correção monetária); • pagamento de armazenagem de mercadorias importadas (prazo indeterminado, sujeito a correção Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 5/19 monetária); • operações ligadas ao comércio exterior; e • outras formas de cumprimento de obrigações, desde que não vedadas pelo Banco Central. O Banco Central veda (proíbe) a concessão de Cartas de Fiança, dentre outros: • que possam, direta ou indiretamente, ensejar aos favorecidos a obtenção de empréstimos em geral ou o levantamento de recursos junto ao público, ou que assegurem o pagamento de obrigações decorrentes da aquisição de bens e serviços; • que não tenham perfeita caracterização do valor em moeda nacional e vencimento definido, exceto para garantir interposição de recursos fiscais ou que sejam garantias prestadas para produzir efeitos perante órgãos fiscais ou entidades por elas controladas, cuja delimitação de prazo seja impraticável; • em moeda estrangeira ou que envolva risco de variação de taxas de câmbio, exceto quando se tratar de operações ligadas ao comércio exterior; • vinculadas, por qualquer forma, à aquisição de terrenos que não se destinem ao uso próprio ou que se destinem à execução de empreendimentos ou unidades habitacionais; • à diretoria do banco e membros dos conselhos consultivos ou administrativos, fiscais e semelhantes, bem como aos respectivos cônjuges; • aos parentes, até o segundo grau, das pessoas a que se refere o item anterior; • às pessoas físicas ou jurídicas que participem do capital do banco, com mais de 10%, salvo autorização específica do BACEN, em cada caso, quando se tratar de operações lastreadas por efeitos comerciais resultantes de transações de compra e venda ou penhor de mercado rias, em limites que forem fixados pelo CMN, em caráter geral; e • às pessoas jurídicas de cujo capital participem com mais de 10% quaisquer dos diretores ou administradores da própria instituição financeira, bem como seus cônjuges e respectivos parentes, até o segundo grau. Obs.: se a afiançada, por qualquer circunstância, não cumprir com as obrigações perante o beneficiário e, conseqüentemente, o banco louvar a fiança concedida, o débito daí resultante passa a ser uma operação de crédito sujeita ao IOF a partir do vencimento e até sua total liquidação, onerada pela maior taxa cobrada pelo banco. 2. Garantia Real 2.1 Penhor Mercantil É o contrato segundo o qual uma pessoa dá a outra coisa móvel em segurança e garantia do cumprimento de obrigação comercial. A pessoa que oferece o objeto em penhor tem o nome de dador ou devedor; a que a recebe é denominada credor pignoratício. O dador pode ser o próprio devedor ou um terceiro por ele. O Código Civil estabelece que “só pode constituir openhor com a posse da coisa móvel pelo credor”, abrindo exceções especiais para o penhor agrícola e o pecuário, casos em que os objetos empenhados ficam em poder do devedor por efeito da cláusula constituti. O constituto possessório. Característica do penhor mercantil – Pressupõe o penhor uma obrigação principal, cujo cumprimento é garantido pela coisa oferecida ao credor pelo devedor. Objeto do penhor – podem ser objeto de penhor mercantil coisas móveis, corpóreas ou incorpóreas, fungíveis ou infungíveis, passíveis de alienação. No que diz respeito ao penhor podemos resumir assim: • é o contrato acessório e formal; • é direito real de garantia; • recai sobre coisa móvel (em regra), do devedor ou terceiro; • o devedor oferece um móvel ao credor; • há entrega efetiva da coisa ao credor (em regra); • o credor é chamado de credor pignoratício; A exceção, em que o devedor fica com a coisa penhora é no Penhor Rural. O penhor rural divide-se em penhor agrícola, que diz respeito aos frutos pendentes ou em vias de formação, frutos armazenados, madeiras das matas, lenha cortada ou carvão vegetal, máquinas e instrumentos agrícolas e em penhor pecuário: semoventes etc. No penhor rural, os bens permanecem com o devedor e deve-se registrar o contrato no Cartório Imobiliário. Apesar disso, não se exige a outorga conjugal. O penhor legal independe de convenção das partes e é determinado por lei. Exemplos: • os hóspedes, estalajadeiros ou fornecedores de pousada ou alimento, sobre as bagagens, móveis, jóias ou dinheiro que os seus consumidores ou fregueses tiverem consigo nas respectivas casas ou estabelecimentos, pelas despesas ou consumo que aí tiverem feito; • o dono do prédio rústico ou urbano, sobre os bens móveis que o rendeiro ou inquilino tiver guarnecendo o mesmo prédio, pelos alugueres ou rendas. Podem ser objeto de penhor: • as coisas móveis; • as imóveis por acessão; • os direitos; • os títulos de crédito. Embora o credor possa eventualmente vender a coisa apenhada (ou empenhada) para satisfação de seu débito, jamais poderá apropriar-se da coisa para tal fim (apropriação indébita). O penhor tradicional (ou penhora comum) deve ser registrado no Cartório de Títulos e Documentos para ter eficácia contra terceiros. O penhor industrial e comercial devem ser registrados no Cartório de Registro de Imóveis. Resolve-se o penhor (extinção): • extinguindo-se a obrigação; • perecendo a coisa; • renunciando o credor; • dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a venda amigável do penhor, se a permitir expressamente o contrato, ou for autorizada pelo devedor, ou pelo credor; • confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de credor e dono da coisa; Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 6/19 • dando-se a adjudicação judicial, a remissão ou a venda do penhor, autorizada pelo credor. Obs.: A extinção da obrigação principal extingue o penhor, porém, a recíproca não é verdadeira. Observações importantes: O penhor agrícola e o penhor pecuário somente podem ser convencionados, respectivamente, pelos prazos máximos de três e quatro anos, prorrogáveis, uma só vez, até o limite de igual tempo. Se o prédio estiver hipotecado, o penhor rural poderá constituir-se independentemente da anuência do credor hipotecário, mas não lhe prejudica o direito de preferência, nem restringe a extensão da hipoteca, ao ser executada. Podem ser objeto do penhor agrícola: • máquinas e instrumentos de agricultura; • colheitas pendentes, ou em via de formação; • frutos acondicionados ou armazenados; • lenha cortada e carvão vegetal; • animais do serviço ordinário de estabelecimento agrícola. O penhor agrícola que recai sobre colheita pendente, ou em via de formação, abrange a imediatamente seguinte, no caso de frustrar-se ou ser insuficiente a que se deu em garantia. Podem ser objeto de penhor pecuário os animais que integram a atividade pastoril, agrícola ou de lacticínios. O devedor não poderá alienar os animais empenhados sem prévio consentimento, por escrito, do credor. Os animais da mesma espécie, comprados para substituir os mortos, ficam sub-rogados no penhor. Podem ser objeto de penhor Industrial e mercantil as máquinas, aparelhos, materiais, instrumentos, instalados e em funcionamento, com os acessórios ou sem eles; animais, utilizados na indústria; sal e bens destinados à exploração das salinas; produtos de suinocultura, animais destinados à industrialização de carnes e derivados; matérias-primas e produtos industrializados. Constitui-se o penhor industrial, ou o mercantil, mediante instrumento público ou particular, registrado no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição onde estiverem situadas as coisas empenhadas. Com relação ao penhor de direitos e títulos de crédito, podem ser objeto de penhor direitos, suscetíveis de cessão, sobre coisas móveis. Constitui-se o penhor de direito mediante instrumento público ou particular, registrado no Registro de Títulos e Documentos. O titular de direito empenhado deverá entregar ao credor pignoratício os documentos comprobatórios desse direito, salvo se tiver interesse legítimo em conservá-los. 382. (BB/FCC/2006-DF) O proprietário do restaurante Kilu’s Cazeiro M.E. pretende oferecer mais conforto aos seus clientes com a instalação de um aparelho de ar condicionado. Para tanto, dirigiu-se a um banco o solicitou um financiamento em nome de sua empresa. O gerente do banco condicionou a concessão do financiamento à assinatura de um contrato, em que o restaurante transferiria a posse de seu mobiliário para o banco, tornando-se depositário dos bens dados em garantia do financiamento. Essa condição de depositário seria revertida após a quitação do financiamento, ou o banco teria a posse definitiva dos bens empenhados no caso de inadimplência. Nesta operação, a garantia exigida pelo banco para conceder o financiamento é denominada (A) hipoteca. (B) caução. (C) aval. (D) penhor mercantil. (E) fiança. 383. (BB/FCC/2006-MT/MS/TO) Analise o texto que o Professor Pedro escreveu: O penhor mercantil é constituído por meio de instrumento público ou particular, que deve ser registrado no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição onde estiverem situadas as coisas empenhadas, por qualquer dos contratantes. Nesta modalidade de penhor, o devedor não permanece em poder das coisas empenhadas, ficando estas sob a custódia do credor. O texto de Pedro está INCORRETO porque (A) o instrumento do penhor só pode ser levado a registro pelo devedor. (B) o devedor, no penhor mercantil, fica em poder das coisas empenhadas. (C) a custódia das coisas empenhadas, no penhor mercantil, fica a cargo de entidades públicas. (D) o penhor mercantil deve ser registrado no Cartório de Títulos e Documentos. (E) o instrumento do penhor só pode ser levado a registro pelo credor. 384. (BB/FCC/2006-SP) É correto afirmar que (A) o penhor mercantil só pode ser constituído por meio de instrumento público, sendo necessárias duas pessoas idôneas como testemunhas. (B) extingue-se o penhor mercantil com o pagamento da divida, produzindo efeitos independentemente da averbação do cancelamento de seu registro. (C) o devedor, no penhor mercantil, pode alienar as coisas empenhadas, mesmo sem autorização do credor, desde que reponha outros bens da mesma natureza. (D) o instrumento de constituição do penhor mercantil, público ou particular, deve ser registrado no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição onde estiverem situadas as coisas empenhadas. (E) o devedor, no penhor mercantil, tem o direitode inspecionar as coisas empenhadas, uma vez que elas se encontram de posse do credor. 2.2 Alienação Fiduciária A alienação fiduciária em garantia é o contrato pelo qual o devedor, ou fiduciante, como garantia de uma dívida, pactua a transferência da propriedade fiduciária do bem ao credor, ou fiduciário, sob condição resolutiva expressa. A lei define a alienação fiduciária de imóvel como “o negócio jurídico pelo qual o devedor, ou fiduciante, com o escopo de garantia, contrata a transferência ao credor, ou fiduciário, da propriedade resolúvel de coisa imóvel” Classificação e Natureza Jurídica A alienação fiduciária em garantia não tem por finalidade precípua a transmissão da propriedade, embora esta seja de sua natureza. A transferência do domínio do bem ao credor não é o fim colimado pelas partes, mas um meio de garantir o credor contra a inadimplência do devedor. Por isso, ressalta sua natureza de contrato acessório. É um contrato típico, cujas regras disciplinares são deduzi das de maneira precisa na lei. É um contrato formal, Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 7/19 embora a forma possa variar como varie o “beneficiário final da operação”, segundo preceitua o art. 38 da Lei. A forma pública (escritura pública) é da essência do ato sempre que tal beneficiário seja pessoa jurídica. O instrumento particular poderá ser utilizado quando esse mesmo beneficiário for pessoa física. Resumo Consiste a alienação fiduciária em garantia na operação em que, recebendo alguém financiamento para aquisição de bem móvel durável, ou imóvel (LEI nº 9.514, de 20/11/1997), aliena esse bem ao financiador, em garantia do pagamento da dívida contraída. A pessoa que recebe o financiamento e aliena o bem em garantia tem o nome de alienante ou fiduciante; o credor ou financiador que adquire o bem em garantia é chamado de fiduciário. A característica desse contrato é o fato de ao fiduciário (credor ou financiador) ser transferido o domínio resolúvel e a posse indireta da coisa móvel alienada, independentemente da tradição efetiva do bem. Este ficará em poder do devedor ou fiduciante, que passa a ser o possuidor direto e depositário do bem. Possui as seguintes características: • é um contrato acessório e formal; • recai sobre bens móveis ou imóveis, o mútuo, ou o parcelamento de débitos previdenciários; • garantia real sui generis, porque não exerce sobre coisa alheia, mas sobre coisa própria, ou seja, o bem garantidor é do próprio credor (propriedade limitada); • financiado ou devedor fiduciante; • credor passa a ser proprietário e possuidor indireto ou mediato da coisa; • devedor fica com a posse direta ou imediata (usuário e depositário); • trata-se de uma propriedade limitada, que só serve para os fins previstos na lei; e resolúvel, pois retorna automaticamente para o devedor fiduciante, no momento em que for paga a última prestação; • a alienação fiduciária aplica-se a bens móveis e a imóveis (Lei nº 9.514, de 20/11/1997); Caso não haja a satisfação da dívida no prazo contratual, abrem-se ao credor as seguintes alternativas: • venda extrajudicial – promovida pelo credor fiduciário, independentemente de o bem estar em sua posse direta; • ação de busca e apreensão – pela qual o credor fiduciário visa obter a posse direta do bem para vendê- lo, movida contra o devedor fiduciário ou contra quem quer que detenha a coisa; • ação de execução – para penhora e alienação judicial de bens do devedor fi duciante, não incluído nestas o bem dado em garantia fiduciária por pertencer ao credor; • ação de depósito – para obter a restituição do bem, sob pena de prisão do depositário (infiel depositário), não sendo entregue a coisa ou seu equivalente em dinheiro. A Reserva de Domínio e Alienação Fiduciária são dois institutos distintos. Afora algumas poucas semelhanças destes dois remédios jurídicos, ambos são pactos adjetos, maiores são as diferenças elementares que os distinguem. Quanto à similitude: ambas as figuras são garantidoras do domínio e, quando da cobrança ou execução, abrem possíveis privilégios ao credor como prisão por dívida, como na figura do infiel depositário. A Reserva de Domínio como um pacto adjeto, cláusula acessória, de um contrato de compra e venda de bem móvel que visa garantir o domínio do vendedor na tradição da coisa. Atentemos, pois, para as diferenças importantes que existem entre a Reserva de Domínio e a Alienação Fiduciária em Garantia: Reserva de domínio Alienação Fiduciária em Garantia Afeta bem móvel exclusivamente Tanto abriga bem móvel, como imóvel, fungível e não fungível; como também dívida fiscal e previdenciária e cédulas de crédito. É ampla a gama de coisas abrangidas É um pacto adjeto ao Contrato de Compra e Venda de bem Móvel, apenas e tão-somente Não abriga necessariamente a Compra e Venda como irradia seus efeitos ao Mútuo (empréstimo) e ou outras figuras negociais. Tal entendimento é substanciado e corroborado na Súmula nº 28 STJ, que pacifica: trata- se de coisa que já integra o patrimônio do fiduciante e, como conseqüência, garante o pagamento ao fiduciário que, desde já, adquire o domínio Prisão Civil por Dívida (é discutível pela doutrina) Aqui tem se entendido caber a prisão civil, pois, por analogia, o fiduciante é o depositário do bem que, na Constituição da República, é autorizado excepcionalmente à Prisão Civil por Dívida, tal qual o é no inadimplemento da Pensão Alimentícia Ambas as figuras deverão obedecer à forma escrita, obstando taxativamente a forma verbal ou tácita. Ambas as figuras deverão obedecer à forma escrita, obstando taxativamente a forma verbal ou tácita Reserva de domínio Alienação Fiduciária em Garantia Afeta bem móvel exclusivamente Tanto abriga bem móvel, como imóvel, fungível e não fungível; como também dívida fiscal e previdenciária e cédulas de crédito. É ampla a gama de coisas abrangidas. É um pacto adjeto ao Contrato de Compra e Venda de bem Móvel, apenas e tão-somente. Não abriga necessariamente a Compra e Venda como irradia seus efeitos ao Mútuo (empréstimo) e ou outras figuras negociais. Tal entendimento é substanciado e corroborado na Súmula nº 28 STJ, que pacifica: trata-se de coisa que já integra o patrimônio do fiduciante e, como conseqüência, garante o pagamento ao fiduciário que, desde já, adquire o domínio. Prisão Civil por Dívida: Aqui tem se entendido caber a prisão civil, pois, por analogia, o fiduciante é o depositário Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 8/19 do bem que, na Constituição da República, é autorizado excepcionalmente à Prisão Civil por Dívida, tal qual o é no inadimplemento da Pensão Alimentícia. Ambas as figuras deverão obedecer à forma escrita, obstando taxativamente a forma verbal ou tácita. Ambas as figuras deverão obedecer à forma escrita, obstando taxativamente a forma verbal ou tácita. 385. (BB/FCC/2006-DF) Em relação à alienação fiduciária, é correto afirmar que (A) a dívida será considerada quitada, mesmo que o produto da venda do bem dado em garantia seja inferior ao valor emprestado. (B) deve ser celebrada por instrumento público ou particular a ser registrado no Cartório de Títulos e Documentos do domicílio do credor. (C) o devedor não pode utilizar o bem dado em garantia às suas expensas e risco, sendo, ainda, obrigado a zelar por sua conservação. (D) a propriedade dobem dado em garantia é transferida ao devedor, preservando-se a posse com o credor. (E) o contrato conterá a descrição da coisa objeto da transferência, com os elementos indispensáveis à sua identificação. 386. (BB/FCC/2006-MT/MS/TO) Para exercer seu oficio, um dentista precisava adquirir o equipamento necessário à montagem de seu consultório. Como não dispunha de recursos suficientes, foi a um banco pedir financiamento. Para conceder o financiamento, o gerente do banco esclareceu que deveria ser assinado um contrato entre o dentista e a instituição financeira, no qual o dentista ficaria de posse dos equipamentos adquiridos, muito embora transferisse a propriedade para a instituição financeira. Quando da total quitação da divida, o dentista retomaria a propriedade dos equipamentos. Neste tipo de transação o banco requer, para conceder o financiamento, uma garantia denominada (A) alienação fiduciária. (B) fiança bancária. (C) aval. (D) penhor mercantil. (E) hipoteca. 387. (BB/FCC/2006-SP) Na alienação fiduciária, o I tem a II de um bem móvel, podendo utilizá-lo às suas expensas e risco, na qualidade de depositário. Preenchem correta e respectivamente as lacunas I e II acima: I II A devedor propriedade B devedor posse C credor posse D mutuário propriedade E credor propriedade 2.3 Hipoteca É um direito real de garantia, ou seja, a garantia recai sobre uma coisa (res), em regra, imóvel. O devedor oferece um bem imóvel (em regra), seu ou de terceiros. Exceções: • os acessórios dos imóveis conjuntamente com eles (tratores, máquinas agrícolas e demais acessórios); • navios; • aeronaves; • minas e pedreiras, independentemente do solo onde se acham; • as estradas de ferro com a(s) máquina(s). A coisa hipotecada permanece com o devedor. O credor é chamado de credor hipotecário. O credor passa a ter preferência sobre os demais credores na venda do imóvel. É feito mediante contrato acessório e formal. Em regra, exige-se escritura pública. Deverá ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis. Hipoteca legal – é aquela que independe de convenção das partes; determinada por lei: A lei confere hipoteca: • às pessoas de direito público interno sobre os imóveis pertencentes aos encarregados da cobrança, guarda ou administração dos respectivos fundos e rendas; • aos filhos, sobre os imóveis do pai ou da mãe que passar a outras núpcias, antes de fazer o inventário do casal anterior; • ao ofendido, ou aos seus herdeiros, sobre os imóveis do delinqüente, para satisfação do dano causado pelo delito e pagamento das despesas judiciais; • ao co-herdeiro, para garantia do seu quinhão ou torna da partilha, sobre o imóvel adjudicado ao herdeiro reponente (é o herdeiro que efetua a entrega a outro, da parte que lhe pertence); • ao credor sobre o imóvel arrematado, para garantia do pagamento do restante do preço da arrematação. Obs.: Se o hipotecante for incapaz, haverá necessidade de um alvará judicial, para a prática desse ato; Podem requerer a remição (liberação do objeto gravado) do imóvel hipotecado: • o adquirente do imóvel hipotecado; • o credor da segunda hipoteca (credor sub-hipotecário); • o próprio devedor, como preferente, quando a remição é pleiteada pelo credor sub-hipotecário. A hipoteca extingue-se: • pelo desaparecimento da obrigação principal; • pela destruição da coisa ou resolução do domínio; • pela renúncia do credor; • pela remissão; • pela sentença passada em julgado; • pela prescrição; • pela arrematação ou adjudicação. (BASA/CESPE/2007) A instituição financeira, em suas operações ativas, quando empresta dinheiro ao público, procura diversas formas de garantir o retorno de seus mútuos (dinheiro emprestado), ou seja, utiliza- se de mecanismos legais para que o risco de seus empréstimos seja o menor possível. Assim, além de fazer os cadastros de seus clientes, análise financeira das pessoas para quem vai emprestar, verificando o risco em cada operação, Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 9/19 também utiliza-se de garantias juridicamente estabelecidas em leis, tais como avalistas, fiadores, hipotecas, penhores e alienações fiduciárias. Acerca das garantias do SFN, julgue os próximos itens. 388. A alienação fiduciária é uma garantia que tem como objeto específico as coisas móveis. (A) Certo (B) Errado 389. Como regra geral, tanto para o aval quanto para a fiança prestados por pessoas casadas, exige-se a autorização do cônjuge, exceto no regime de casamento de separação absoluta de bens. (A) Certo (B) Errado 390. O objeto do penhor, em regra, são as coisas imóveis. (A) Certo (B) Errado 391. O aval é especifico para a garantia de títulos de crédito e a fiança, para contratos, não cabendo aval em contratos, nem fiança em títulos de crédito. (A) Certo (B) Errado 392. Não são admitidas como objeto de hipoteca as coisas móveis. (A) Certo (B) Errado 393. A alienação fiduciária é uma garantia que tem como objeto especifico as coisas móveis. (A) Certo (B) Errado (BB/CESPE/2007-III) Garantia é, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, ato ou efeito de garantir (- se); ato ou palavra com que se assegura o cumprimento de obrigação, compromisso, promessa etc. (...). Acerca das garantias do Sistema Financeiro Nacional, julgue os itens seguintes. 394. O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é um fundo criado e mantido pelo governo, com a finalidade de funcionar como uma espécie de seguro bancário para os investidores. (A) Certo (B) Errado 395. A fiança bancária não pode exceder a cinco vezes o patrimônio líquido ajustado do banco fiador. (A) Certo (B) Errado 396. A fiança, o aval e a alienação fiduciária são garantias fidejussórias. (A) Certo (B) Errado 397. A alienação fiduciária em garantia é um contrato formal e exige a forma pública (escritura pública) sempre que o beneficiário seja pessoa jurídica. (A) Certo (B) Errado 398. Não se pode estipular a fiança sem o consentimento do devedor. (A) Certo (B) Errado 399. A hipoteca não se extingue pelo perecimento da coisa hipotecada. (A) Certo (B) Errado 400. Credor pignoratício é aquele que tem como garantia coisa móvel empenhada. (A) Certo (B) Errado 401. O aval parcial não é admitido como forma de garantia em título de crédito. (A) Certo (B) Errado (BB/CESPE/2007-II) Garantia é a segurança dada ao titular de um direito para que possa exercê-lo. É uma verdadeira proteção concedida ao credor, aumentando a possibilidade de receber aquilo que lhe é devido. Acerca das garantias do Sistema Financeiro Nacional e do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), julgue os itens a seguir. 402. São garantias reais a hipoteca, o penhor, a alienação fiduciária e a fiança. O aval é uma garantia pessoal. (A) Certo (B) Errado 403. A alienação fiduciária em garantia não tem por finalidade precípua a transmissão da propriedade, embora esta seja sua natureza. (A) Certo (B) Errado 404. A fiança é uma garantia pessoal, na qual o credor não poderá exigir que seja substituído o fiador, quando o mesmo se tornar insolvente ou incapaz. (A) Certo (B) Errado 405. O aval, uma vez dado, não poderá ser cancelado pelo avalista. (A) Certo (B) Errado 406. No penhor rural, a regra é que a coisa empenhada continua em poder do devedor, que deve guardá-la e conservá-la. (A) Certo (B) Errado 407. A hipoteca deverá sempre vir registrada em contrato, sob pena de nulidade. (A) Certo (B) Errado 408. O FGC é uma associação civil sem fins lucrativos,com personalidade jurídica de direito privado, e não exerce qualquer função pública. (A) Certo (B) Errado 409. A fiança bancária é um contrato pelo qual o cliente (fiador) garante o cumprimento da obrigação do banco (o afiançado), junto a um credor em favor do qual a obrigação deve ser cumprida. (A) Certo Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 10/19 (B) Errado (BB/CESPE/2007-I) Garantia é a segurança dada ao titular de um direito, para que possa exercê-lo. É um ato acessório de uma obrigação. Normalmente, constitui-se por meio de uma cláusula contratual que visa assegurar ao credor, pela concessão, por exemplo, de um financiamento, que o devedor cumprirá o assumido. Com isso, obriga o devedor a cumprir a prestação devida ao credor. É o mesmo que uma caução. Os bancos, como proteção, para aumentar a possibilidade de receber aquilo que emprestou, utilizam-se desse reforço jurídico, de caráter pessoal (aval e fiança) ou real (hipoteca, alienação fiduciária, anticrese ou penhor). Além das garantias bancárias, que são especificamente o ato de o banco assegurar o pagamento de uma obrigação que deve ser cumprida pelo garantido, foi criada, por outro lado, uma garantia para o cliente bancário, ou seja, para que o investidor tenha um mínimo de segurança para o caso de um banco vir a fechar suas portas. Esta garantia é o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Acerca das garantias bancárias e do FGC, julgue os itens seguintes. 410. Podem ser objeto de penhor direitos, suscetíveis de cessão, sobre coisas móveis somente. (A) Certo (B) Errado 411. O FGC tem como associadas obrigatórias as instituições financeiras e as associações de poupança e empréstimo em funcionamento no país; não contempla as cooperativas de crédito e cobre o limite de até R$ 20.000,00, por pessoa, contra a mesma instituição associada. (A) Certo (B) Errado 412. A fiança bancária é o contrato por meio do qual o banco, que é o fiador, garante o cumprimento da obrigação de seu cliente (afiançado) e poderá ser concedida em diversas modalidades de operações, exceto em operações ligadas ao comércio exterior. (A) Certo (B) Errado 413. A fiança conjuntamente prestada a um só débito, por mais de uma pessoa, importa, necessariamente, o compromisso de solidariedade entre elas. (A) Certo (B) Errado 414. Quando houver mais de um avalista em um só titulo de crédito, eles não poderão reservar entre si o beneficio de ordem. (A) Certo (B) Errado 415. A alienação fiduciária é uma garantia conhecida como sui generis (peculiar), exatamente porque a coisa, móvel ou imóvel, dada em garantia, passa à propriedade do próprio credor. (A) Certo (B) Errado 416. O contrato que tenha cláusula de garantia sobre hipoteca não pode prever a proibição de venda do imóvel pelo proprietário, sob pena de nulidade dessa cláusula. (A) Certo (B) Errado 417. (BB/FCC/2006-DF) Analise o texto que o Professor João escreveu: Um imóvel pode ser hipotecado para garantir uma dívida futura ou condicionada, desde que determinado o valor máximo do crédito a ser garantido. Essa hipoteca abrangerá todos os melhoramentos e construções realizadas no imóvel. O dono do imóvel hipotecado pode ainda constituir outra hipoteca sobre ele, mediante novo titulo, em favor do mesmo ou de outro credor. É vedado ao proprietário, no entanto, alienar o imóvel hipotecado. O texto de João está INCORRETO porque (A) imóveis hipotecados não podem ser objeto de outra hipoteca. (B) se um imóvel for objeto de uma segunda hipoteca, esta não poderá ser em favor do mesmo credor. (C) é nula a cláusula que proíbe ao proprietário alienar imóvel hipotecado. (D) imóveis não podem ser hipotecados para garantir dividas futuras. (E) a hipoteca não abrange melhoramentos e construções feitas no imóvel. 418. (BB/FCC/2006-MT/MS/TO) São bens e direitos que podem ser objeto de hipoteca: (A) aeronaves, jóias e estradas de ferro. (B) imóveis, participações societárias e navios. (C) imóveis, participações societárias e aeronaves. (D) imóveis, estradas de ferro e aeronaves. (E) estradas de ferro, navios e jóias. 419. (BB/FCC/2006-SP) Quatro irmãos são proprietários de uma fazenda avaliada em R$ 400 000,00, nas seguintes proporções: — Álvaro 25%; — Benedito 10%; — Carlos 35%; e — Daniel 30%. Caso seja necessário, o valor máximo pelo qual poderá ser hipotecada a fazenda será de (A) R$ 40 000,00, caso Benedito, Carlos e Daniel não dêem seu consentimento para hipotecar o imóvel. (B) R$ 100 000,00, caso Álvaro, Carlos e Daniel não dêem seu consentimento para hipotecar o imóvel. (C) R$ 400 000,00, caso todos os irmãos concordem em hipotecar o imóvel. (D) R$ 200 000,00, caso Álvaro e Daniel não dêem seu consentimento para hipotecar o imóvel. (E) R$ 180 000,00, caso Álvaro, Benedito e Carlos não dêem seu consentimento para hipotecar o imóvel. 420. (CEF/FCC/2004-II) Em relação às garantias reais está correto afirmar que (A) a caução é a vinculação de dinheiro, direitos e títulos de crédito que embora não fiquem depositados na instituição financeira garantem o pagamento de uma obrigação assumida. (B) o penhor é a garantia plena e solidária que o banco dá a qualquer cliente obrigado ou coobrigado em titulo cambial. (C) a alienação fiduciária incide sobre um bem móvel ou imóvel, transferindo sua propriedade enquanto durar a obrigação garantida. A propriedade é do credor mas a posse é do devedor. (D) o penhor é a vinculação de um bem imóvel para garantir o pagamento de uma obrigação assumida pelo proprietário ou terceiro. Nas operações bancárias exige-se a existência de um fiel depositário. (E) a hipoteca é a vinculação de um bem móvel para garantir o pagamento de uma obrigação, assumida Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 11/19 pelo proprietário ou terceiro, despojando de posse, através de escritura pública registrada em cartório de Registro de Imóveis. 421. (BB/Cesgranrio/99) Nas operações de crédito, os bancos, sempre, exigirão garanti-as aos seus devedores. De um modo geral, diante de devedores com diferentes riscos de crédito, como agirão os bancos? (A) Darão preferência às garantias fidejussórias, não dependendo do risco do devedor. (B) Darão preferência às garantias fidejussórias, dependendo do risco do devedor. (C) Darão preferência às garantias reais, não dependendo do risco do devedor. (D) Darão preferência às garantias reais, dependendo do risco do devedor. (E) Serão indiferentes ao tipo de garantia, mas dependendo do risco do devedor. (BB/Cespe/2001) Em função do risco causado pelo fenômeno da inadimplência, que, quando se generaliza, pode provocar risco sistêmico ao Sistema Financeiro Nacional (SFN), foram instituídas garantias para os agentes que nele operam. Acerca dessas garantias, julgue os itens abaixo. 422. A alienação fiduciária é o instrumento que transfere ao credor o domínio resolúvel e a posse indireta da coisa móvel alienada, independentemente da tradição efetiva do bem, tornando-se o alienante ou devedor seu possuidor direto e depositário, com todas as responsabilidades e encargos que lhe incumbem de acordo com as leis civil e penal. (A) Certo (B) Errado 423. Nas operações do SFN, aval e fiança são institutos de idênticas sistemáticas de funcionamento e conseqüências jurídicas. (A) Certo (B) Errado 424. Participam do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) todas as instituições componentes do SFN.(A) Certo (B) Errado 425. O fundo de garantia do tempo de serviço, entre outras atribuições, funciona como garantidor da solvência das operações imobiliárias. (A) Certo (B) Errado 426. Para garantir a liquidez do sistema bancário, ameaçada pela redução significativa dos índices inflacionários provocada pelo Plano Real, foi criado o fundo social de emergência. (A) Certo (B) Errado 427. (Banpara/Daves/2005) O conceito de alienação fiduciária está corretamente expresso na alternativa: (A) É um depósito em dinheiro que garantirá o pagamento de um empréstimo. (B) É o ato pelo qual um Banco, por conta de alguém, ou por conta própria, instrui suas agências para efetuarem certo pagamento ou crédito a terceiros. (C) É modalidade de seguro garantida pelo Governo Federal e pelo Banco Central para todos os depositantes de estabelecimentos bancários. (D) É uma forma programada de aplicação, em que o cliente autoriza, por escrito, o Banco onde mantém conta corrente a debitar uma parcela mensal, previamente ajustada. (E) É o contrato pelo qual o devedor, como garantia de uma dívida, pactua a transferência da propriedade fiduciária do bem ao credor, sob condição resolutiva e expressa. 428. (Banpara/Daves/2005) Muitas são as operações realizadas entre os estabelecimentos bancários e seus clientes, existindo uma delas que é usualmente garantida por jóias. Essa operação é denominada de (A) endosso. (B) penhor. (C) caução. (D) aval ou fiança. (E) hipoteca. 429. (Banpara/Daves/2005) Com relação à venda com reserva de domínio, é correto afirmar: (A) O bem ficará em poder do devedor ou fiduciante, que passa a ser o possuidor direto e depositário do bem. (B) O bem ficará em poder do credor ou fiduciário, que, se perder o bem, será considerado pela Lei como depositário infiel. (C) O bem poderá ficar em poder do devedor ou do credor, mas estes não poderão atravessar a fronteira do Estado onde foi realizada a operação, sob pena de serem considerados evadidos. (D) O bem só poderá ficar em poder do devedor, se este se comprometer, em contrato firmado com a Instituição Financeira, que será realizada vistoria mensal para avaliar o estado do bem objeto do contrato. (E) para cada contrato o Banco Central avaliará as condições do devedor e do credor e, em relatório circunstanciado, determinará em poder de quem ficará o bem. 430. (Banpara/Daves/2005) No caso de venda de um bem com alienação fiduciária, caso não haja o pagamento da dívida no prazo contratual, o credor poderá adotar corretamente o seguinte procedimento, entre outros: (A) Comunicar ao Banco Central a inadimplência do cliente, para que aquele tome as providências de sua alçada. (B) Executar ação para penhora e alienação judicial de bens do devedor fiduciante. (C) Comunicar unicamente à Diretoria do seu Banco sobre a inadimplência do cliente. (D) Comunicar ao Banco Central e à Diretoria do seu Banco. (E) Comunicar ao Banco Central e ao Serasa. 431. (Banpara/Daves/2005) São garantias reais que podem ser averbadas nos cartórios de registro de imóveis: (A) o contrato particular de compra e venda de imóvel. (B) a hipoteca e os cheques pré-datados. (C) a caução e o contrato particular de compra e venda de imóvel. (D) a hipoteca e o penhor. (E) as alterações contratuais das sociedades empresariais, que possuem imóveis no seu patrimônio. 432. (Banpara/Daves/2005) A hipoteca que recai sobre Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 12/19 um bem imóvel, poderá ser extinta se (A) o mutuário decidir que já pagou o suficiente sobre o financiamento. (B) houver sentença judicial transitada em julgado favorável ao mutuário. (C) ocorrer o falecimento do mutuário, mesmo sem o pagamento ser efetuado pela Seguradora. (D) o mutuário mudar de endereço, ocupando outro imóvel e não mais o financiado, que é objeto da hipoteca. (E) houver desmoronamento de uma das paredes do imóvel. 433. (Nossacaixa/Vunesp/2007) Trata-se de um compromisso contratual, pelo qual uma instituição financeira garante o cumprimento de obrigações de seus clientes. Essa é a definição de (A) cheque especial. (B) crédito direto ao consumidor. (C) fiança bancária. (D) adiantamento a depositantes. (E) caução. 434. Pelo seu contrato, uma pessoa garante satisfazer ao credor uma obrigação assumida pelo devedor, caso este não a cumpra, sendo ele(a) dado(a) somente por escrito, não sendo permitida interpretação extensiva. Trata-se do contrato de: (A) aval. (B) alienação fiduciária. (C) caução. (D) penhor. (E) fiança. (BRB/Cespe/2001) Toda vez que pessoas contratam entre si direitos e obrigações, a primeira preocupação de ambas as partes é assegurar-se de que os deveres contratuais serão cumpridos. Julgue os itens a seguir, que se referem aos instrumentos que garantem o cumprimento dos contratos. 435. A hipoteca é uma modalidade de garantia real, enquanto a caução é uma modalidade de garantia pessoal. (A) Certo (B) Errado 436. Pela alienação fiduciária, o vendedor somente transferirá o bem ao comprador após o pagamento da metade do preço. (A) Certo (B) Errado 437. Em uma fiança de empréstimo, o fiador somente será obrigado ao pagamento depois de cobrado o tomador. (A) Certo (B) Errado 438. A diferença entre aval e fiança é que o primeiro somente é prestado em títulos de crédito, enquanto o segundo é prestado em todo e qualquer tipo de contrato. (A) Certo (B) Errado (BB/Cespe/2003) Com referência ao instituto da alienação fiduciária, julgue os itens seguintes. 439. A alienação fiduciária somente se prova por escrito, e seu instrumento, público ou particular, qualquer que seja o seu valor, será obrigatoriamente arquivado, por cópia ou microfilme, no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do credor, sob pena de não valer contra terceiros. (A) Certo (B) Errado 440. No caso de inadimplemento ou mora nas obrigações contratuais garantidas mediante alienação fiduciária, o proprietário fiduciário ou credor poderá vender a coisa a terceiros, sem a exigência de leilão, de hasta pública, de avaliação prévia ou de qualquer outra medida judicial ou extrajudicial, independentemente da existência de disposição expressa em contrário prevista no contrato, devendo aplicar o preço da venda no pagamento de seu crédito e das despesas decorrentes e entregar ao devedor o saldo apurado, se houver. (A) Certo (B) Errado 441. Se, na data do instrumento de alienação fiduciária, o devedor ainda não for proprietário da coisa objeto do contrato, o domínio fiduciário desta será transferido ao credor no momento da aquisição da propriedade pelo devedor, independentemente de qualquer formalidade posterior. (A) Certo (B) Errado 442. Se o bem alienado fiduciariamente não for encontrado ou não se achar na posse do devedor, o credor poderá requerer a conversão do pedido de busca e apreensão, nos mesmos autos, em ação penal, por crime de estelionato, na forma prevista no Código de Processo Penal. (A) Certo (B) Errado 443. A mora, o inadimplemento de obrigações contratuais garantidas por alienação fiduciária e a ocorrência legal ou convencional de algum dos casos de antecipação de vencimento da dívida facultarão ao credor, de pleno direito, considerar vencidas todas as obrigações contratuais, independentemente de aviso ou notificação judicial ou extrajudicial. (A) Certo (B) Errado 3. Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Criado em agosto de 1995, pela Resolução 2.197, de 31.08.1995, do Conselho Monetário Nacional - CMN, que autorizou a "constituiçãode entidade privada, sem fins lucrativos, destinada a administrar mecanismos de proteção a titulares de créditos contra instituições financeiras". Em novembro de 1995, o Estatuto e Regulamento da nova entidade foram aprovados. Criando-se, portanto, o Fundo Garantidor de Créditos - FGC, associação civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado, através da Resolução 2.211, de 16.11.1995 - com nova redação dada pela Resolução 3.024/02, estabelecendo-se o sistema de garantia de depósitos no Brasil. Assim, o FGC é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra um mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores, que permite recuperar os depósitos ou créditos mantidos em instituição financeira, em caso de falência ou de sua liquidação. A sede do FGC está localizada na cidade de São Paulo (SP), possuindo escritório regional em Brasília (DF). Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 13/19 O FGC tem por objetivos prestar garantia de créditos contra instituições dele associadas, nas hipóteses de: • decretação da intervenção, liquidação extrajudicial ou falência da associada; • reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de insolvência da associada. Tem como missão institucional contribuir para: • proteger o pequeno poupador; • promover a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional; e • evitar crise bancária sistêmica. Conforme determina a Resolução 3.251, 16 de novembro de 2004, são instituições associadas do FGC os bancos múltiplos, os bancos comerciais, os bancos de investimento, os bancos de desenvolvimento, a Caixa Econômica Federal, as sociedades de crédito, financiamento e investimento, as sociedades de crédito imobiliário, as companhias hipotecárias e as associações de poupança e empréstimo, em funcionamento no Brasil, que: • recebem depósitos à vista, a prazo ou em contas de poupança; • efetuam aceite em letras de câmbio; • captam recursos mediante a emissão e a colocação de letras imobiliárias, letras hipotecárias e letras de crédito imobiliário. O FGC possui norma legal que explicita os critérios e limites de proteção ao Sistema Financeiro Nacional - Resolução n.º 3.400, de 06.09.2006. O fundeamento é baseado (constituído) em contribuições mensais das associadas o que permite que um nível adequado de capitalização de recursos seja atingido dentro de uma situação de normalidade no Sistema Financeiro Nacional. As instituições financeiras é que contribuem com uma porcentagem de 0,0125% a.m. do montante dos saldos das contas correspondentes às obrigações objeto de garantia para a manutenção do FGC. O caráter privado da estrutura do FGC - estabelecido através de uma Resolução do Conselho Monetário Nacional, possuindo, portanto, força de lei - foi importante na sua consolidação como entidade independente. São garantidos pelo FGC; • depósitos à vista ou sacáveis mediante aviso prévio; • depósitos em contas-correntes de depósito para investimento; • depósitos de poupança; • depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado; • depósitos mantidos em contas não movimentáveis por cheques destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos, aposentadorias, pensões e similares; • letras de câmbio; • letras imobiliárias; • letras hipotecárias; • letras de crédito imobiliário. Não são garantidos pelo FGC; • os depósitos, empréstimos ou quaisquer outros recursos captados ou levantados no exterior; • as operações relacionadas a programas de interesse governamental instituídos por lei; • os depósitos judiciais; • os depósitos a prazo autorizados a compor o nível II do Patrimônio de Referência, de que trata a Resolução 2.837, de 30 de maio de 2001. O valor máximo, por instituição, é de R$ 60.000 por depositante ou aplicador, independentemente do valor total e da distribuição em diferentes formas de depósito e aplicação. Os cônjuges são considerados pessoas distintas, seja qual for o regime de bens do casamento, ou seja, cada um receberá até o valor máximo de R$ 60.000,00. As aplicações em Fundos de Investimento não têm garantia do FGC, visto que o patrimônio dos bancos não se confunde com o patrimônio dos fundos de investimento financeiro que eles administram; por isso, quando o banco enfrenta problemas, os aplicadores nos fundos podem fazer assembléias e mudar a administração do fundo para outra instituição; assim, é desnecessária a cobertura dos recursos dos fundos pelo FGC, pois esses recursos não devem ser atingidos por eventuais dificuldades das instituições financeiras. A operacionalização dos pagamentos ocorre da seguinte forma: • o Banco Liquidando prepara e separa, por Agência, listagens consolidando os créditos por CPF/CNPJ dos beneficiários, com o valor que cada um deles receberá do FGC, bem como os respectivos documentos de pagamento (Termos de Cessão); • tais pagamentos serão feitos através de um Banco Pagador escolhido pelo FGC, nas suas agências que se situarem mais próximas das ex-agências do Banco Liquidando, para facilitar o acesso aos beneficiários; • o beneficiário assinará, no ato do recebimento de seu crédito, o Termo de Cessão de Créditos ao FGC, que será enviado, em três vias, para as agências do Banco Pagador (uma se destina ao beneficiário, uma servirá como comprovante do Banco Pagador e uma ao Banco Liquidando onde será microfilmada); • não é permitido o crédito direto em contas correntes, mesmo já sendo o beneficiário correntista do Banco Pagador, de vez que a assinatura no referido Termo de Cessão é obrigatória; portanto, o beneficiário terá que comparecer pessoalmente ou designar procurador com poderes específicos (permitir-se-á instrumento particular com firma reconhecida); • Não haverá cobrança de tarifas bancárias na prestação deste serviço, tanto para o FGC como do beneficiário; Limite de cobertura 1. O total de créditos de cada pessoa contra a mesma instituição associada, ou contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro, será garantido até o valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais). 2. Para efeito da determinação do valor garantido dos créditos de cada pessoa, devem ser observados os seguintes critérios: a) titular do crédito é aquele em cujo nome o crédito estiver registrado na escrituração da instituição associada ou aquele designado em título por ela emitido ou aceito; Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 14/19 b) devem ser somados os créditos de cada credor identificado pelo respectivo Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) / Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) contra todas as instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro. 3. Os cônjuges são considerados pessoas distintas, seja qual for o regime de bens do casamento, e o crédito do valor garantido será efetuado de forma individual. Cada um receberá até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), respeitando-se o saldo. 4. Créditos em nome de dependentes do beneficiário, identificados na forma do item 2, b) acima, devem ser computados separadamente, desde que essa relação de dependência possa ser comprovada mediante apresentação de cópia da última declaração do Imposto de Renda. 5. Os créditos titulados por associações, condomínios, cooperativas, grupos ou administradoras de consórcios, entidades de previdência complementar, sociedades seguradoras,sociedades de capitalização e demais sociedades e associações sem personalidade jurídica e entidades assemelhadas serão garantidos até o valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) na totalidade de seus haveres em uma mesma instituição associada. 6. Nas contas conjuntas não tituladas por cônjuges e dependentes, o valor da garantia é limitado a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), ou ao saldo da conta quando inferior a esse limite, dividido pelo número de titulares, sendo o crédito do valor garantido feito de forma individual. Exemplos: a) Conta conjunta de 4 (quatro) titulares: A B C D = saldo de R$ 80.000,00 Valor Garantido = R$ 60,000.00 = R$ 15,000.00 cada um. b) Um cliente (A) com 4 (quatro) contas conjuntas (com B, C, D e E) cada uma com saldo de R$ 80.000,00: Conta AB = R$ 80.000,00 Conta AC = R$ 80.000,00 Conta AD = R$ 80.000,00 Conta AE = R$ 80.000,00 Cálculo do valor da garantia por conta: AB = R$ 60.000,00/2 = R$ 30.000,00 AC = R$ 60.000,00/2 = R$ 30.000,00 AD = R$ 60.000,00/2 = R$ 30.000,00 AE = R$ 60.000,00/2 = R$ 30.000,00 A cada um deles caberá: A = R$ 60.000,00 B = R$ 30.000,00 C = R$ 30.000,00 D = R$ 30.000,00 E = R$ 30.000,00 7. Nas contas conjuntas tituladas por cônjuges, dependentes e terceiros, o cálculo do valor da garantia será efetuado sempre em duas etapas, conforme a seguir: 1ª etapa: R$ 60.000,00 (garantia máxima de uma conta) dividido pelo número de titulares. 2ª etapa: Apurado o valor que caberia a cada titular na 1ª etapa, como se fossem todos iguais, considerar que os cônjuges e dependentes poderão receber até R$ 60.000,00 cada um, limitado ao saldo da conta. Exemplos: a) Conta conjunta com 3 (três) titulares, sendo: marido / esposa / amigo, com saldo de R$ 180.000,00, o valor da garantia corresponderá a: Amigo = R$ 20.000,00 (R$ 60.000,00/3) Marido = R$ 60,000.00 (valor máximo da garantia) Esposa = R$ 60,000.00 (valor máximo da garantia) b) O mesmo exemplo do item 7.a) com saldo de R$ 90.000,00 corresponderia a: Amigo = R$ 20.000,00 (R$ 60.000,00/3) Marido = R$ 35,000.00 [(R$ 90.000,00 - R$ 20.000,00)/2] Esposa = R$ 35,000.00 [(R$ 90.000,00 - R$ 20.000,00)/2] c) O mesmo exemplo do item 7.b) com saldo de R$ 90.000,00 entre marido, esposa, dependente e amigo: Amigo = R$ 15.000,00 (R$ 60.000,00/4) Dependente = R$ 25,000.00 [(R$ 90.000,00 - R$ 15.000,00)/3] Marido = R$ 25,000.00 [(R$ 90.000,00 - R$ 15.000,00)/3] Esposa = R$ 25,000.00 [(R$ 90.000,00 - R$ 15.000,00)/3] d) O mesmo exemplo do item 7.c) com saldo de R$ 90.000,00 entre dois amigos, esposa e marido: Amigo 1 = R$ 15.000,00 (R$ 60.000,00/4) Amigo 2 = R$ 15.000,00 (R$ 60.000,00/4) Marido = R$ 30,000.00 [(R$ 90.000,00 - R$ 30.000,00)/2] Esposa = R$ 30,000.00 [(R$ 90.000,00 - R$ 30.000,00)/2] Detectada a ocorrência de procedimentos que possam propiciar, mediante utilização de artifícios, o pagamento de valor superior ao limite de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), com o intuito de beneficiar uma mesma pessoa, o FGC, desde que fundamentado para o depositante ou investidor, poderá suspender os pagamentos até o esclarecimento do fato, cabendo ao interessado a comprovação da lisura dos procedimentos adotados, ficando a critério do FGC acatar ou não os argumentos e provas apresentadas (Art. 2.o, § 5.o do Anexo II à Resolução 3.251, de 16.12.2004). Para mais informações sobre o Fundo Garantidor do Crédito, vale a pena visitar a página do FGC, no endereço: http://www.fgc.org.br. Grancursos – Garantias do Sistema Financeiro e Factoring – Prof. Cid Roberto Página 15/19 Exercícios 444. (BB/CESPE/2007-III) O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é um fundo criado e mantido pelo governo, com a finalidade de funcionar como uma espécie de seguro bancário para os investidores. (A) Certo (B) Errado 445. (BB/CESPE/2007-II) O FGC é uma associação civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica de direito privado, e não exerce qualquer função pública. (A) Certo (B) Errado 446. (BB/CESPE/2007-I) O FGC tem como associadas obrigatórias as instituições financeiras e as associações de poupança e empréstimo em funcionamento no país; não contempla as cooperativas de crédito e cobre o limite de até R$ 20.000,00, por pessoa, contra a mesma instituição associada. (A) Certo (B) Errado 447. (BB/Cespe/2001) Participam do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) todas as instituições componentes do SFN. (A) Certo (B) Errado 448. (BB/Cespe/2001) O fundo de garantia do tempo de serviço, entre outras atribuições, funciona como garantidor da solvência das operações imobiliárias. (A) Certo (B) Errado 449. (BB/FCC/2006-DF) NÃO contém apenas créditos cobertos pela garantia do FGC: (A) depósitos à vista, letras de câmbio e depósitos em conta investimento. (B) depósitos à vista, depósitos judiciais e depósitos de poupança. (C) depósitos de poupança, letras hipotecárias e letras de crédito imobiliário. (D) letras de câmbio, letras hipotecárias e letras imobiliárias. (E) depósitos em conta investimento, depósitos de poupança e letras hipotecárias. 450. (BB/FCC/2006-MT/MS/TO) Analise: A contribuição mensal ordinária das instituições associadas ao Fundo Garantidor de Créditos deve ser fixada, mediante autorização do I , por II , observado o III de 0,0125% do montante dos saldos das contas objeto da garantia. Esses recursos IV ser aplicados na aquisição de bens imóveis. Preenchem correta e respectivamente as lacunas I, II, III e IV acima: (A) Banco Central do Brasil; sua Diretoria Executiva; mínimo; poderão. (B) Conselho Monetário Nacional; sua Diretoria Executiva; máximo; poderão. (C) Banco Central do Brasil; seu Conselho de Administração; mínimo; não poderão. (D) Conselho Monetário Nacional; seu Conselho Fiscal; máximo; poderão. (E) Conselho Monetário Nacional; seu Conselho de Administração; máximo; não poderão. 451. (BB/FCC/2006-SP) Em caso de insolvência (“quebra”) de uma instituição financeira, o valor máximo garantido pelo FGC sobre os saldos mantidos pelos clientes em suas contas correntes é de (A) R$ 60 mil. (B) R$ 50 mil. (C) R$ 40mil. (D) R$ 30 mil. (E) R$ 20 mil. Factoring Sociedades de Fomento1 Mercantil2 (factoring) A palavra factoring foi traduzida do inglês para o português como “fomento comercial”. E uma atividade comercial, mista e atípica, que soma prestação de serviços à compra de ativos financeiros. Caracteriza-se pela venda de um direito de crédito feita pelo dono deste crédito (o sacador) a uma instituição compradora (factoring), que fornece os recursos ao sacador, mediante um deságio sobre o valor de face deste direito de crédito (duplicata ou cheque); Este deságio é calculado com base em um fator de compra, composto do seguinte: • custo dos recursos obtidos pela factoring, • risco, • despesas administrativas, • impostos, • ganho pretendido; O factoring é uma atividade essencialmente mercantil, em que o pré-requisito é o registro na Junta Comercial. Por não ser instituição financeira, não está sujeita à fiscalização ou à regulamentação do BACEN. Como não atua no mercado de capitais, também não está sujeita da à fiscalização ou à regulamentação do CVM. Isso facilita o aparecimento de empresas constituídas como sendo de factoring que na prática atuam como verdadeiros agiotas. Legalmente são denominadas Sociedades de Fomento Mercantil. Seus recursos para operar são próprios e/ou decorrentes da emissão de debêntures, da emissão de notas promissórias comerciais (commercial papers) e de conta garantida junto a bancos. É proibida, por lei,
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