Buscar

Distúrbios Endócrinos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Enfermagem na Saúde do Adulto: cuidados mínimos e intermediários 
Prof. MsC. Roberto Albuquerque 
Assistência de Enfermagem à 
Pacientes com Distúrbios Endócrinos 
 
 
Os sistemas corporais são controlados pelo sistema nervoso e 
pela rede interconectada de glândulas, conhecidas como sistema 
endócrino. 
 
A compreensão da função de cada uma das glândulas endócrinas 
e as consequências da hipofunção e hiperfunção de cada uma das 
glândulas possibilita ao enfermeiro prever as alterações 
fisiológicas e planejar as prescrições de cuidados. 
Glândulas do Sistema Endócrino 
 
As glândulas endócrinas incluem a hipófise, tireoide, 
paratireoides, suprarrenais, ilhotas pancreáticas, ovários e 
testículos. Essas glândulas, que secretam seus produtos 
diretamente para dentro da corrente sanguínea, são 
diferenciadas das glândulas exócrinas, como as glândulas 
sudoríparas, que secretam através de dutos para as superfícies 
epiteliais ou para dentro do trato gastrintestinal. O hipotálamo 
é a ligação entre os sistemas nervoso e endócrino. 
Glândula Endócrina 
 e Hormônio 
Principal Local de Ação Principais Processos Afetados 
Hipófise 
Hormônio de Crescimento 
Geral Crescimento dos ossos, músculos e outros órgãos 
Hipófise 
Tireoestimulante (TSH) 
Tireoide Crescimento e atividade secretora da glândula 
tireoide 
Hipófise 
Folículo-Estimulante (FSH) 
Ovários e Testículos Desenvolvimento dos folículos e secreção do 
estrogênio; Espermatogênese 
Hipófise 
Luteinizante (LH) 
Ovários Ovulação, formação do corpo lúteo, secreção de 
progesterona 
Hipófise 
Prolactina 
Glândulas mamárias e ovários Secreção do leite; manutenção do corpo lúteo 
Hipófise 
Antidiurético (ADH) 
Rim; Arteríolas Reabsorção de água; pressão arterial 
Hipófise 
Ocitocina 
Útero; Mama Contração; Expulsão do leite 
Glândula Pineal 
Melatonina 
Gônadas Maturação sexual 
Tireoide 
Tiroxina (T4) e Triiodotironina (T3) 
Geral Crescimento e desenvolvimento 
Paratireoide 
Paratormônio 
 
Osso, rim, intestino 
 
Aumenta a absorção de cálcio 
Glândula Endócrina 
 e Hormônio 
Principal Local de Ação Principais Processos Afetados 
Suprarrenais 
Cortisol 
Geral Metabolismo de carboidratos; resposta ao estresse; 
anti-inflamatório 
Suprarrenais 
Aldosterona 
Rim Reabsorção de sódio; eliminação de potássio 
Suprarrenais 
Adrenalina 
Músculo cardíaco; músculo liso; 
glândulas 
Funções de emergência: estimula o sistema nervoso 
simpático 
Suprarrenais 
Noradrenalina 
Órgãos inervados pelo sistema 
nervoso simpático 
Aumenta a resistência periférica 
Ilhotas Pancreáticas 
Insulina 
Geral Diminui a glicemia: utilização e armazenamento de 
carboidratos; diminui a neoglicogênese 
Ilhotas Pancreáticas 
Glucagon 
Fígado Aumenta a glicemia 
Testículos 
Testosterona 
Geral; órgãos reprodutores Desenvolvimento das características sexuais 
secundárias 
Ovários 
Estrogênio 
Geral; Glândulas Mamárias; 
Órgãos reprodutores 
Desenvolvimento das características sexuais 
secundárias 
Ovários 
Progesterona 
Glândulas mamárias; útero Desenvolvimento do tecido secretor; preparação 
para a implantação; manutenção da gestação 
Trato Gastrintestinal 
Gastrina 
Estômago Produção do suco gástrico 
Trato Gastrintestinal 
Secretina 
Fígado e pâncreas Produção da bile 
Assistência de Enfermagem à 
Pacientes com Distúrbios da Tireoide 
 
A glândula tireoide é um órgão e forma de borboleta, 
localizado na parte inferior do pescoço, anterior à traqueia. Ela 
consiste em dois lobos laterais ligados por um istmo. Ela tem 
cerca de 5cm de comprimento por 3cm de largura e pesa 
aproximadamente 30g. 
 
Hormônios da Tireoide 
- Função Primária: controlar a atividade metabólica celular. 
- T4, um hormônio relativamente fraco, mantém o 
metabolismo corporal em um estado de equilíbrio. 
- O T3, é cerca de cinco vezes mais potente que o T4 e 
apresenta uma ação metabólica mais rápida. 
- Aceleram os processos metabólicos por aumentarem o nível 
de enzimas específicas que contribuem para o consumo de 
oxigênio e por alterarem a responsividade dos tecidos aos 
outros hormônios. Os hormônios tireóideos, através de seus 
amplos efeitos sobre o metabolismo celular, influenciam 
todos os principais sistemas orgânicos. 
Hipotireoidismo 
 
O hipotireoidismo resulta de níveis baixos de hormônio 
tireóideo. 
 
As causas dessa redução de níveis de hormônios tireóideos 
podem ser: tireoidite linfocítica crônica (tireoidite de 
Hashimoto), atrofia da glândula tireoide com o envelhecimento, 
terapias para o hipertireoidismo (iodo radioativo; 
tireoidectomia), medicamentos (lítio; compostos de iodo), 
radiação na cabeça e pescoço para tratamento de tumores de 
cabeça e pescoço, deficiência ou excesso de iodo. 
Hipotireiodismo – Manifestações 
Clínicas 
As manifestações clínicas do hipotireoidismo são inespecíficas, porém 
fadiga extrema é um dos sintomas mais comuns. Relato de perda de 
cabelos, unhas quebradiças e pele seca são comuns, e a dormência e 
formigamento dos dedos podem acontecer. Ocasionalmente, o 
paciente pode queixar-se de rouquidão. Distúrbios menstruais 
também ocorrem (menorragia ou amenorreia), além da perda da 
libido. Geralmente o paciente começa a ganhar peso, mesmo sem 
um aumento da ingesta alimentar. A face torna-se sem expressão e 
semelhante a uma máscara. Geralmente o paciente também se queixa 
de frio, mesmo em ambientes aquecidos. A fala é lenta, a língua 
aumenta; queixa-se de constipação; a surdez também pode acontecer. 
Hipotireiodismo – Manifestações 
Clínicas 
. 
Tratamento 
Tratamento Clínico 
 O tratamento consiste em: 
 
 Reposição do hormônio tireóideo 
 Terapia de suporte: gasometria arterial; oximetria de 
pulso (saturação de oxigênio) 
 Prevenção da função cardíaca: verificar aterosclerose, 
IAM, angina (no início do tratamento) 
 
Tratamento 
Tratamento de Enfermagem 
 
 Modificando a atividade: encorajar o paciente a participar das 
atividades dentro dos níveis de tolerância estabelecidos para evitar as 
complicações da imobilidade. 
 Monitorizando o estado físico: os sinais vitais e o nível cognitivo do 
paciente são monitorizados de perto para detectar a deterioração do 
estado físico e mental. 
 Promovendo o conforto físico: com frequência, o paciente 
experimenta calafrio e intolerância extrema ao frio. Roupas extras e 
cobertores são fornecidos. O uso de almofadas térmicas e cobertores 
elétricos é evitado devido ao risco de vasodilatação periférica, perda 
adicional do calor corporal e colapso vascular. 
 Oferecer suporte emocional devido a mudança na imagem corporal, 
fadiga. 
 
Diagnósticos de Enfermagem e 
Prescrições de Cuidados 
 Intolerância à atividade relacionada à fadiga e ao 
processo cognitivo deprimido 
 Meta: participação aumentada nas atividades e aumento da 
independência 
 Espaçar as atividades para promover o repouso e o exercício 
 Ajudar nas atividades de autocuidado quando paciente estiver fatigado 
 Fornecer a estimulação através da conversa e de atividades não estressantes 
 Encoraja às atividades 
 Hipotermia 
 Meta: manutenção da temperatura corporal 
 Fornecer camada extra de roupas ou cobertor 
 Evitar fonte externa de calor 
 Monitorizar temperatura corporal 
 Proteger contra a exposição ao frio e ao fluxo de ar 
 
Diagnósticos de Enfermagem e 
Prescrições de Cuidados 
 Constipação relacionada à função gastrintestinal 
deprimida 
 Meta: retorno da função intestinal normal 
 Encorajaringesta hídrica 
 Fornecer alimentos ricos em fibras 
 Monitorizar a função intestinal 
 Encorajar a deambulação dentro da tolerância do paciente ao exercício 
 Conhecimento deficiente relacionado ao esquema 
terapêutico 
 Meta: conhecer e aceitar o esquema terapêutico prescrito 
 Explicar o porquê da reposição de hormônio tireóideo 
 Descrever os efeitos desejados do medicamento para o paciente 
 Ajudar o paciente a desenvolver um horário para os medicamentos 
 Explicar a necessidade de acompanhamento por longo prazo para o paciente e 
família 
 
Diagnósticos de Enfermagem e 
Prescrições de Cuidados 
 Padrão respiratório ineficaz relacionado à 
ventilação deprimida 
 Meta: estado respiratório melhorado e manutenção do padrão 
respiratório normal 
 Monitorizar frequência respiratória, oximetria de pulso e gasometria 
 Encorajar respiração profunda, tosse. 
 Manter via aérea permeável. 
 Confusão aguda 
 Meta: melhoria dos processos de raciocínio 
 Orientar o paciente para tempo, espaço, data e eventos ao redor dele 
 Fornecer a estimulação através da conversa e atividades sem risco 
 Explicar ao paciente e à família que a mudança na função cognitiva e mental é 
uma consequência do processo patológico 
 Monitorizar os processos cognitivos 
 
Hipertireoidismo 
 
O hipertireoidismo é o segundo distúrbio endócrino mais 
prevalente depois da diabetes. A doença de Graves, o tipo 
mais comum de hipertireoidismo, resulta de um débito 
excessivo de hormônios tireóideos causado pela estimulação 
anormal da glândula tireoide, afetando oito vezes mais mulheres 
do que homens. Ele pode aparecer depois de um choque 
emocional, estresse ou infecção, porém o significado exato 
dessas relações não é conhecido. 
Hipertireoidismo 
O sintoma frequentemente apresentado é o nervosismo. Eles 
costumam mostrar-se irritáveis e apreensivos; não podem 
sentar-se calmamente; sofrem palpitações; pulso rápido; 
toleram mal o calor e raramente suam; pele continuamente 
umidificada; uma coloração salmão; exoftalmia é frequente. 
Outras manifestações incluem um apetite e ingesta dietética 
aumentada, perda de peso progressiva, fadiga muscular e 
fraquezas anormais. 
Tratamento Médico 
Visa reduzir a hiperatividade tireóidea por meio de três ações: 
 
(1) irradiação, envolvendo a administração de radioisótopos 
(iodo radioativo) para os efeitos destrutivos sobre a glândula 
tireoide; 
(2) farmacoterapia, por meio de medicamentos que 
interferem na síntese de hormônios tireóideos e; 
(3) cirurgia, com a remoção da maior parte da glândula 
tireoide. 
Diagnósticos de Enfermagem e 
Cuidados 
 Com base em todos os dados do histórico de enfermagem, os principais 
diagnósticos de enfermagem do paciente com hipertireoidismo incluem: 
 
 Nutrição desequilibrada, mais que as necessidades corporais 
 Meta: melhorar o estado nutricional 
 Oferecer dieta balanceada e de pequeno tamanho 
 Evitar alimentos condimentados e estimulantes 
 Encorajar alimentos hipercalóricos e hiperprotéicos para aumento do peso 
 Controle emocional instável relacionada à irritabilidade, apreensão 
e instabilidade emocional 
 Meta: estimular medidas de aceitação 
 Tranquilizar paciente e família sobre a irritabilidade, informando que os sintomas desaparecerão com o 
tratamento 
 Manter conduta calma e tranquila com o paciente 
 Manter ambiente calmo 
 Encorajar atividades de relaxamento 
 
Diagnósticos de Enfermagem e 
Cuidados 
 Baixa autoestima situacional relacionada às 
alterações do aspecto (exoftalmia), apetite 
excessivo e perda de peso 
 Meta: melhorar a autoestima 
 Informar a familiares e amigos para não chamar atenção do paciente para 
as mudanças ocorridas na imagem corporal 
 Informar que a maioria das alterações desaparecerá com o tratamento 
 
 Hipertermia 
 Meta: manter a temperatura corporal 
 
Assistência de Enfermagem à Paciente 
com Diabetes Mellitus 
 
O diabetes mellitus é um grupo de doenças endócrinas 
caracterizadas por níveis elevados de glicose no sangue 
(hiperglicemia) resultante de defeitos na secreção de insulina 
e/ou na ação desta. 
 
Assistência de Enfermagem à Paciente 
com Diabetes Mellitus 
 
A insulina, hormônio produzindo pelo pâncreas, controla o 
nível de glicose no sangue ao regular sua produção e 
armazenamento. No estado diabético, as células podem parar 
de responder à insulina ou o pâncreas pode parar totalmente de 
produzi-las. Isso leva a hiperglicemia que pode resultar em 
complicações metabólicas agudas, como a hipoglicemia e 
cetoacidose diabética. 
Assistência de Enfermagem à Paciente 
com Diabetes Mellitus 
 
Os efeitos em longo prazo da hiperglicemia contribuem para 
complicações macrovasculares (doença coronariana, doença 
vascular cerebral e doença vascular periférica), para 
complicações microvasculares crônicas (doença renal e ocular) 
e para complicações neuropáticas (doença dos nervos). 
Classificação do Diabetes 
 
 tipo 1 (diabetes mellitus insulino-dependente) 
 tipo 2 (diabetes mellitus não-insulino-dependente) 
 diabetes mellitus associado a outras condições ou síndromes 
 diabetes mellitus gestacional (DMG) 
Classificação Atual Classificação 
Anterior 
Características e Implicações Clínicas 
Tipo 1: diabetes 
insulino-dependente 
Diabetes juvenil Início em qualquer idade, mas usualmente no jovem (abaixo dos 30 anos); 
usualmente magro no diagnóstico; perda de peso recente; etiologia: fatores 
genéticos, imunológicos ou ambientais; pouca ou nenhuma insulina 
endógena; precisa de insulina para preservar a vida. 
Tipo 2: diabetes não-
insulino-dependente 
Diabetes do adulto Início em qualquer idade, usualmente depois dos 30 anos; usualmente obeso 
no diagnóstico; diminuição da insulina endógena ou aumentada a resistência 
à insulina; pode controlar através da perda de peso; podem usar 
hipoglicemiantes orais. 
Diabetes mellitus 
associado a outras 
condições ou 
síndromes 
Diabetes secundário Acompanhada de doenças pancreáticas ou anormalidades hormonais. 
Diabetes gestacional Diabetes gestacional Início durante a gravidez, usualmente no segundo ou terceiro trimestre; 
devido aos hormônios secretados pela placenta, que inibem a ação da 
insulina; tratado com dieta e, quando necessário, com insulina; pode 
desaparecer após a gestação; podem desenvolver o diabetes tipo 2 em algum 
momento da vida. 
Tolerância 
comprometida à glicose 
(intolerância à glicose) 
Diabetes limítrofe; 
diabetes latente; 
diabetes assintomático 
Glicose comprometida em jejum; podem desenvolver o diabetes; 
suscetibilidade acima do normal para doença aterosclerótica. 
Manifestações Clínicas 
 As manifestações clínicas incluem os 3 P’s: poliúria, 
polidipsia e polifagia. A poliúria (micção aumentada) e a 
polidipsia (sede aumentada), ocorrem em consequência da 
perda excessiva de líquido associada à diurese osmótica. O 
paciente também experimenta polifagia (apetite aumentado) 
decorrente da deficiência da insulina e pela quebra (clivagem) 
de proteínas e lipídios. Outros sintomas englobam a fadiga, 
fraqueza, perda de peso, alterações súbitas da visão, 
formigamento ou dormência nas mãos ou pés, pele seca, lesões 
que curam de forma lenta e infecções recorrentes. O início da 
diabetes tipo 1 também podem estar associado à náuseas, 
vômitos ou dores abdominais. 
Critérios para Diagnóstico 
Deve apresentar: sintoma de poliúria, polidipsia, perda 
ponderal de peso, acrescido de glicose causal maior ou igual a 
200mg/dl. Compreende-se como glicose casual aquelarealizada a qualquer hora do dia, independentemente do 
horário das refeições. 
 
Categoria Jejum Duas horas após 
Glicemia Normal Abaixo de 100 Abaixo de 140 
Tolerância à Glicose 
Diminuída 
Maior ou igual a 100 e 
menor que 126 
Maior ou igual a 140 a menor que 200 
Diabetes mellitus Maior ou igual a 126 Maior ou igual a 200 (com sintomas clássicos) 
 (Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes – 2015-2016) 
Tratamento 
 
 A principal meta do tratamento do diabetes é normalizar a 
atividade da insulina e os níveis sanguíneos de glicose para reduzir o 
desenvolvimento de complicações vasculares e neuropáticas. 
 Existem cinco componentes do tratamento do diabetes: 
 Tratamento nutricional: fornecer todos os constituintes 
alimentares essenciais; atingir e manter um peso razoável; 
satisfazer às necessidades de energia; evitar as amplas flutuações 
diárias nos níveis sanguíneos de glicose, mantendo-os o mais 
próximo possível da normalidade de forma segura e prática; 
diminuir os níveis de lipídios. 
 
Tratamento 
 Exercício Físico: o exercício físico diminui a glicemia por 
aumentar a captação da glicose pelos músculos do corpo e 
melhorar a utilização da insulina; sempre fazer um lanche antes de 
atividades físicas. 
 Monitorização: automonitorização da glicose sanguínea; 
monitorização da hemoglobina glicosilada (hemoglobina presa a 
glicose) de 3 em 3 meses; exame da glicose urinária. 
 Terapia Farmacológica: esquemas de insulinas e 
hipoglicemiantes orais 
 Educação: educação em saúde relacionada as habilidades de 
autocuidado diário, comportamentos de prevenção em seu estilo 
de vida, nutrição, efeitos dos medicamentos, exercícios físicos, 
complicações da diabetes. 
 
Tipos de Insulina 
Evolução da Ação Início Pico 
Máxim
o 
Duração 
da Ação 
Indicações 
Ação Rápida 10-
15min 
1h 3h Redução rápida do nível de glicose, para 
tratar hiperglicemia pós-prandial 
Ação Curta 
(Insulina 
Regular) 
30’ – 
1h 
2-3h 4-6 h Comumente administrada 20-30 minutos 
antes da refeição 
Ação 
Intermediária 
(NPH) 
3-4h 4-12h 16-20h Usualmente utilizada depois do alimento 
Ação Longa 
(ultralenta) 
6-8h 12-16h 20-30h Usado principalmente para controlar o 
nível de glicose em jejum 
Complicações da Terapia com Insulina 
 Reações Alérgicas Locais: rubor, edema, dor e enduração ou de uma pápula 
de 2 a 4cm, pode surgir no sítio de injeção 1 a 2 horas depois. Não utilizar 
álcool para limpar o local antes e depois da aplicação. O médico pode 
prescrever um anti-histamínico para reverter o caso. 
 
 Reações Alérgicas Sistêmicas: são raras. Pode existir uma reação cutânea 
local imediata que, gradualmente, se transforma em urticária generalizada. 
Raras ainda podem ser edema generalizado ou anafilaxia. 
 
 Lipodistrofia insulínica: reação localizada no sítio de aplicação da insulina; 
aparece como uma pequena depressão mais acentuada do tecido adiposo 
subcutâneo. Necessidade de rodízio dos sítios de injeção. O paciente deve evitar 
injetar insulina nessas áreas até que a hipertrofia desapareça. 
 
 Resistência à insulina 
 Hiperglicemia matinal 
 
Autoadministração da Insulina 
 Com uma das mãos, estabilize a pele espalhando-a ou 
pinçando uma grande área 
 Pegue a seringa com a outra mão e segure-a como se você 
estivesse segurando um lápis. Introduza a agulha em linha reta 
na pele. 
 Injete a insulina 
 Afaste a agulha reta em relação à pele. Pressione com algodão 
sobre o local da injeção por alguns segundos 
 Descarte a seringa. 
 
Ensinando a Seleção e Rotação do 
Local (Rodízio) 
  As quatro principais áreas para a injeção são o abdome, braços 
(superfície posterior), coxas (superfície anterior) e quadris. A 
velocidade máxima de absorção acontece no abdome e diminui 
progressivamente no braço, coxa e quadril. No abdome, deve ter 
um intervalo de 1 a 2,5cm de distância da injeção anterior. Por 
exemplo, os pacientes podem injetar as doses matutinas no 
abdome e as doses noturnas nos braços ou pernas (isso para não 
variar os níveis de glicose por causa das diferentes taxas de 
absorção). 
 Quando o paciente está planejando exercitar-se, a insulina não 
deve ser injetada no membro que irá ser exercitado, porque ela 
será absorvida mais rapidamente e isso poderá resultar em 
hipoglicemia. 
 
Erros sobre o Diabetes 
 O diabetes é causado pela ingestão excessiva de açúcar 
Quando o diabetes se desenvolve, a ingesta excessiva de açúcar pode 
fazer com que o nível de glicose aumente. Entretanto, o diabetes 
desenvolve-se inicialmente como resultado de uma diminuição na 
quantidade de insulina no corpo ou de uma redução na capacidade da 
insulina de controlar o nível sanguíneo de glicose. Esses problemas 
não são causados pela ingestão excessiva de açúcar. No diabetes tipo 
1, as células beta do pâncreas produzem pouca ou nenhuma insulina. 
No diabetes tipo 2, o corpo fica resistente ao efeito da insulina; a 
quantidade de insulina liberada não é suficiente para superar essa 
resistência à insulina, resultando na hiperglicemia. A resistência à 
insulina e a liberação diminuída dela não são causadas pela ingesta 
excessiva de açúcar. 
 
Erros sobre o Diabetes 
 O açúcar é encontrado apenas em sobremesas 
Existem vários tipos diferentes de açúcar que aumentam os níveis glicêmicos. Iogurte com sabor, 
cereais, molhos também contêm algum tipo de açúcar. Frutas e suco de frutas também contêm açúcar. 
Mesmo quando o suco é rotulado “sem açúcar”, pois ha o açúcar natural da fruta, que provoca elevações 
nos níveis de glicose. 
 
 Quando doses crescentes de insulina são necessárias para controlar a glicemia, o 
diabetes deve estar “piorando” 
Explique ao paciente que, diferente de outros medicamentos que são fornecidos em doses 
padronizadas, não existe uma dose padronizada de insulina que seja eficaz para todos os pacientes. Em 
vez disso, a dose deve ser ajustada de acordo com os resultados do teste de glicemia. Quando a dose 
inicial de insulina prescrita para o paciente não diminui adequadamente o nível de glicose, o paciente 
pode presumir que ele possui um caso mais grave de diabetes. É importante esclarecer que muitos 
fatores podem afetar a capacidade da insulina de diminuir a glicose, incluindo a obesidade, puberdade, 
gestação, doenças e determinados medicamentos. Além disso, para evitar a hipoglicemia, os médicos 
frequentemente começam a terapia insulínica com dosagens menores que as que seriam eventualmente 
necessárias. Em seguida, as doses são aumentadas em pequenos acréscimos até que os níveis de glicemia 
estejam dentro da faixa desejada. 
 
 
Erros sobre o Diabetes 
 A insulina provoca cegueira (ou outras complicações do diabetes). 
Quando os pacientes possuem um conhecimento do diabetes no qual o inicio da terapia com insulina 
calhou de coincidir com o estabelecimento de complicações do diabetes, o paciente pode visualizar a 
insulina como a causa das complicações, como cegueira e amputação. Nessas situações, o conhecimento 
aconteceu provavelmente com o diabetes do tipo 2 que não era mais controlável com a dieta e agentes 
hipoglicemiantes orais. Devemos explicar que certos fatores, como a glicose sanguínea elevada (não a 
terapia com insulina), contribuem para algumas das complicações do diabetes. Além disso, devemos 
enfatizar que a insulina é um hormônio natural, o qual está presente no corpo de todas as pessoas, que 
ajuda a controlar os níveis sanguíneos de glicose e que, definitivamente não causa as complicações do 
diabetes em longo prazo. 
 
 Existe um perigo extremo na injeção de insulina caso exista qualquer bilha de ar na 
seringa 
Os pacientes podem ter medo de morrerquando bolhas de ar são injetadas com a seringa (isso pode 
estar ligado ao conceito errôneo de que a insulina é injetada diretamente dentro da veia). Tranquilize os 
pacientes esclarecendo que o principal risco por ter bolhas de ar na seringa de insulina é que a 
quantidade de insulina injetada seja menor do que a dosagem necessária. 
 
 
Erros sobre o Diabetes 
 Os testes de glicose urinário e sanguíneo são intercambiáveis, isto é, eles fornecem as 
mesmas informações 
O teste direto do sangue é o método mais exato para medir o nível de glicose. O teste de urina mede a 
quantidade de glicose que foi “derramada” para dentro da urina desde que a bexiga foi esvaziada pela 
última vez; é apenas uma maneira indireta de determinar o nível de glicose no sangue. Os rins não 
permitirão que a glicose entre na formação da urina até que o nível de glicose no sangue alcance 180 a 
200mg/dl. Portanto, a urina irá evidenciar um teste negativo para glicose quando a glicose sanguínea 
estiver em qualquer nível entre 0 e 200mg/dl. A hipoglicemia não pode ser detectada com o exame de 
urina, nem o nível de glicemia pode ser controlado com exatidão. 
 Os níveis glicêmicos permanecem iguais durante todo o dia 
Existe, normalmente, uma variação nos níveis glicêmicos, com os níveis mais baixos antes das refeições 
e os níveis mais elevados em 1 a 2 horas após a alimentação. A meta do plano de tratamento do diabetes 
é diminuir as amplas oscilações nos níveis de glicose, e não eliminar as variações normais. 
 
 O diabetes tipo 2 pode virar diabetes tipo 1 
Não. As causas são diferentes. O que pode acontecer é que o paciente com diabetes tipo 2, em um 
determinado momento da doença, pode não responder adequadamente aos hipoglicemiantes orais e 
restrição dietética. Neste momento, doses de insulina serão necessárias para controlar a hiperglicemia. 
 
Complicações Agudas do Diabetes 
 
 Hipoglicemia 
 
A hipoglicemia (nível sanguíneo de glicose anormalmente baixo) ocorre 
quando a glicemia cai abaixo de 50 a 50mg/dl. Ela pode ser provocada pela 
quantidade excessiva de insulina ou de agentes hipoglicemiantes orais, pela 
quantidade muito reduzida de alimento ou pela atividade física excessiva. A 
hipoglicemia pode acontecer em qualquer momento do dia ou da noite. 
Com frequência, ela tem lugar antes das refeições, em especial quando 
estas são retardadas ou quando os lanches são omitidos. Por exemplo, a 
hipoglicemia na metade da manhã pode ocorrer quando a insulina regular 
matutina está em seu máximo de atuação, enquanto a hipoglicemia que 
ocorre no final da tarde coincide com o pico da insulina NPH ou lenta 
matutina. A hipoglicemia na metade da noite pode acontecer por causa do 
máximo de insulina NPH ou lenta noturna ou antes do jantar, 
principalmente em pacientes que não fizeram um pequeno lanche na hora 
de dormir. 
 
Complicações Agudas do Diabetes 
 
 Hipoglicemia 
 
Os sintomas da hipoglicemia branda são sudorese, tremor, 
taquicardia, palpitação, nervosismo e fome. Na hipoglicemia 
moderada, o paciente apresenta incapacidade de se concentrar, 
cefaleia, tonteira, confusão, dormência dos lábios e língua, 
turvação da fala, comprometimento da coordenação, alterações 
emocionais, visão dupla e sonolência. Já na hipoglicemia grave, 
o paciente pode apresentar desorientação, convulsão, 
dificuldade de acordar ou perda da consciência. 
Complicações Agudas do Diabetes 
 
 Hipoglicemia 
O tratamento imediato deve ser fornecido quando a 
hipoglicemia ocorre. A recomendação usual é a ingesta de um 
carboidrato simples de ação rápida, tais como: 120 a 180ml de 
suco de fruta (sem açúcar) ou 2 a 3 colheres de chá de açúcar 
ou mel. Quando o quadro melhorar, um lanche contendo 
proteína e amido (exemplo: leite ou queijo e biscoito) é 
recomendado, a menos que o paciente planeje ingerir uma 
refeição regular ou um lanche dentro de 30 a 60 minutos. 
Complicações Agudas do Diabetes 
 
 Hipoglicemia 
 
É importante para os pacientes diabéticos (em especial aqueles 
que recebem insulina) carregar consigo alguma forma de açúcar 
simples (balinha, por exemplo) em todos os momentos. 
Quando um paciente apresenta uma reação hipoglicêmica e não 
possui qualquer um dos alimentos de emergência 
recomendados, qualquer alimento disponível deve ser ingerido. 
Complicações Agudas do Diabetes 
 
 Cetoacidose Diabética 
 
A CAD é causada por uma ausência ou quantidade 
acentuadamente inadequada de insulina. Isso resulta em 
distúrbios no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios. 
Os três principais aspectos clínicos da CAD são: hiperglicemia, 
desidratação e perda eletrolítica e acidose. 
 
Complicações Agudas do Diabetes 
 
 Cetoacidose Diabética 
 
Quando a insulina está faltando, a quantidade de glicose que 
entra nas células é reduzida e a produção de glicose pelo fígado 
aumenta. Ambos os fatores levam a hiperglicemia. Em uma 
tentativa de livrar o corpo do excesso de glicose, os rins 
secretam a glicose em conjunto com a água e eletrólitos (sódio 
e potássio). Essa diurese osmótica, que se caracteriza por 
micção excessiva (poliúria), leva à desidratação e a acentuada 
perda de eletrólitos. Os pacientes com CAD grave podem 
perder uma média de 6,5 litros de água, durante um período de 
24 horas. 
 
Complicações Agudas do Diabetes 
 
 Cetoacidose Diabética 
 
 Outro efeito da deficiência de insulina é a clivagem dos 
lipídios em ácidos graxos livres e glicerol. Os ácidos graxos livres são 
convertidos em corpos cetônicos pelo fígado. Na CAD, existe 
produção excessiva de corpos cetônicos por causa da carência de 
insulina, o que normalmente impediria que isso acontecesse. 
 
 As principais causas de CAD são: dose de insulina diminuída 
ou ausente; doença ou infecção; diabetes não diagnosticada e não 
tratada. 
 
Complicações Agudas do Diabetes 
 
 Cetoacidose Diabética 
 
 Os sinais e sintomas são: poliúria, polidipsia (sede 
aumentada), turvação visual, fraqueza e cefaleia; cetose e 
acidose (anorexia, náuseas, vômitos e dor abdominal); hálito 
cetônico (odor frugal); hiperventilação (respiração muito 
profunda, mas não difíceis – Kusmaull). 
 Além do tratamento da hiperglicemia, o controle da 
CAD é direcionado para a correção da desidratação (hidratação 
venosa), da perda eletrolítica (reposição de potássio) e da 
acidose (infusão intravenosa de insulina). 
 
Complicações do Diabetes em Longo 
Prazo 
 As categorias gerais das complicações crônicas do 
diabetes são: 
 Doença macrovascular (alterações nos vasos sanguíneos 
de médio e grande calibres): doença coronoariana, doença 
vascular cerebral e doença vascular periférica, IAM. 
 Doença microvascular (retinopatia diabética, nefropatia) 
 Neuropatia diabética (nervos periféricos e pé diabético) 
 
Problemas com as Pernas e Pés no 
Diabetes 
  Neuropatia: a neuropatia sensorial leva à perda da sensação de 
dor e pressão, e a neuropatia periférica leva ao ressecamento 
aumentado e fissura da pele (secundária à sudorese diminuída). A 
neuropatia motora resulta em atrofia muscular, o que pode levar a 
alterações no formato do pé. 
 
 Doença vascular periférica: a má circulação dos membros 
inferiores contribui para a má cicatrização das lesões e para o 
desenvolvimento da gangrena. 
 
 Imunocomprometimento: a hiperglicemia compromete a 
capacidade dos leucócitos especializados de destruir as bactérias. 
Dessa maneira, o diabetes mal controlado, existe uma resistência 
diminuída a determinadas infecções. 
 
 
A sequência típica de evento no desenvolvimento de uma ulcera 
de pé diabética começa com uma lesão de tecidos moles do pé, 
uma formaçãode uma fissura entre os dedos ou na área da pele 
ressecada ou formação de um calo. As lesões não são sentidas 
pelo paciente com um pé insensível e podem ser térmicas, por 
substâncias químicas ou do tipo traumático. 
 
 
Quando o paciente não tem o costume de inspecionar por 
completo ambos os pés diariamente, a lesão ou fissura pode 
passar despercebida até que uma infecção grave tenha se 
desenvolvido. Nos pacientes com doença vascular periférica, as 
ulceras de pé podem não cicatrizar devido à incapacidade 
diminuída do tecido lesionado de receber oxigênio, nutrientes e 
antibióticos. A amputação pode ser necessária para evitar a 
disseminação da infecção. 
Cuidados com o Pé Diabético 
1. Cuide de seu diabetes 
2. Verifique os pés diariamente 
a. Observe a sola dos pés diariamente para cortes, bolhas, manchas 
avermelhadas e edema 
b. Use um espelho para verificar a sola dos pés ou peça a um membro da 
família que ajude se tiver problemas 
3. Lave os pés diariamente 
a. Lave com água morda e não quente, diariamente 
b. Seque bem os pés. Certifique-se de secar entre os dedos 
4. Mantenha a pele lisa e macia 
a. Esfregue uma fina camada de loção para a pele sobre a região superior e 
inferior dos pés, mas não entre os dedos (não criar umidade) 
5. Amacie os calos e verrugas suavemente 
 
Cuidados com o Pé Diabético 
6. Corte suas unhas a cada semana ou quando necessário 
a. Corte suas unhas retas e acompanhando as bordas com uma tesoura afiada 
7. Use sapatos e meias o tempo todo 
a. Nunca ande descalço 
b. Use sapatos confortáveis que se adaptem bem e protejam os pés 
c. Verifique os sapatos antes de amarra-los, um por vez, para garantir que a parte interna está macia 
e não existem objetos dentro deles 
d. Prefira comprar sapatos no final da tarde (de manhã os pés podem não estar inchados) 
8. Proteja os pés contra o calor e frio 
a. Use sapatos na praia ou sobre calçamentos quentes 
9. Mantenha o fluxo sanguíneo nos pés 
a. Coloque os pés elevados, quando sentar 
b. Mexa com os dedos e movimente os tornozelos para cima e para baixo por 5 minutos, 2 a 3 vezes 
ao dia 
c. Não cruze as pernas por longo períodos 
d. Não fume 
10. Consulte a equipe de saúde regularmente 
 
Processo de Enfermagem 
 Processo de Enfermagem para o paciente recém-
diagnosticado 
 
Principais Diagnósticos de Enfermagem 
 - Risco de volume de líquidos relacionado à poliúria e desidratação 
 - Nutrição desequilibrada relacionada ao desequilíbrio da insulina, 
alimento e atividade física 
 - Conhecimento deficiente relacionado à informações/habilidades de 
autocuidado para o diabetes 
 - Déficit no autocuidado relacionado a comprometimentos físicos e 
fatores sociais 
 - Ansiedade relacionada à perda do controle, medo da incapacidade de 
controlar o diabetes, informação errônea ligada ao diabetes, medo das 
complicações do diabetes. 
 
Processo de Enfermagem 
 Processo de Enfermagem para o paciente recém-
diagnosticado 
 
Prescrições de Enfermagem 
 - Manter o equilíbrio hidroeletrolítico: medir ingesta e débito 
 - Melhorar a ingesta nutricional 
 - Reduzir a ansiedade 
 - Melhorar o autocuidado 
 - Monitorizar e tratar as complicações potenciais (sobrecarga 
hídrica, hipocalemia, hiperglicemia e cetoacidose, hipoglicemia e 
edema cerebral) 
 
Checklist 
1. Alcança o equilíbrio hidroeletrolítico: demonstra equilíbrio de ingesta e débito; exibe valores eletrolíticos 
dentro dos limites da normalidade; exibe sinais vitais que permanecem estáveis com a resolução da hipotensão 
ortostática e taquicardia. 
2. Alcança o equilíbrio metabólico: evita extremos dos níveis de glicose (hipo ou hiperglicemia); demonstra 
solução rápida dos episódios hipoglicêmicos; mantém peso adequado. 
3. Demonstra/verbaliza as tarefas de sobrevida do diabetes: define o diabetes como uma condição em que estão 
presentes os níveis elevados de glicose no sangue; determina a faixa de normalidade da glicose sanguínea; 
identifica os fatores que fazem com que o nível glicêmico suba (alimento, doença e infecções); identifica os 
fatores que fazem com que o nível glicêmico caia (insulina, exercícios físicos); descreve as principais 
modalidades de tratamento – dieta, exercício, monitorização, educação e medicamento. 
4. Modalidades de tratamento: demonstra a técnica adequada para injetar a insulina; determina a dose e o 
horário das injeções, ação máxima e duração da insulina; verbaliza o plano de rodízios de injeção da insulina; 
determina a dose, horário, ação máxima e duração dos agentes orais prescritos; verbaliza a compreensão da 
classificação dos alimentos; verbaliza o horário apropriado para ingerir as refeições e lanches; ordena os 
alimentos apropriados; demonstra técnica apropriada para monitorização da glicose sanguínea; demonstra 
técnica correta para descartar a agulha; identifica os recursos comunitários e ambulatoriais para obter 
educação adicional sobre o diabetes. 
Checklist 
5. Complicações agudas: verbaliza os sintomas da hipoglicemia (tremor, sudorese, fome, cefaleia, dormência ou 
formigamento dos lábios ou dedos, fraqueza, fadiga, dificuldade de concentração, alteração do humor) e 
perigos da hipoglicemia não tratada (convulsões e coma); identifica o tratamento adequado da hipoglicemia 
(carboidratos simples seguidos por um lanche de proteínas e carboidratos – ou uma refeição em horário 
regular); identifica as causas potenciais da hipoglicemia (insulina em excesso, ingesta alimentar retardada ou 
diminuída, atividade física aumentada); verbaliza os comportamentos de prevenção, como a monitorização 
frequente da glicemia; fazer um lanche antes do exercício; verbaliza a importância de portar uma identificação 
médica e de transportar uma fonte de carboidrato simples em todos os momentos; verbaliza os sintomas da 
hiperglicemia prolongada (sede e micção aumentadas). 
6. Ausência de complicações: exibe frequência e ritmo cardíacos normais; exibe pressão e distensão venosa 
jugular dentro dos limites da normalidade; exibe níveis de glicemia e cetona urinária dentro dos limites de 
normalidade; não exibe manifestações de hipo ou hiperglicemia; mostra estado mental melhorado sem sinais de 
edema cerebral; determina as medidas para evitar a ocorrência de complicações. 
7. Mantém a integridade cutânea: demonstra pele íntegra sem ressecamento e fissura; evita as úlceras 
provocadas por pressão e neuropatia. 
8. Cuidados com os pés: inspeciona os pés, até mesmo fazendo a inspeção para fissuras entre os dedos; lava os pés 
com água morda e sabão; seca os pés por completo; aplica loção em todo o pé, exceto entre os dedos; verbaliza 
comportamentos que diminuem o risco de úlceras nos pés (uso de sapatos em todos os momentos; uso da mão 
ou do cotovelo, e não do pé, para testar a temperatura da água; uso de meias de algodão; prevenção de sapatos 
apertados; uso de sapatos novos por períodos curtos; prevenção e tratamento de calosidades e verrugas; cortar 
as unhas com cuidado). 
 
Checklist 
9 Prevenção da doença ocular: verbaliza a necessidade de exames oculares anuais (começando 5 anos depois do 
diagnóstico de diabetes tipo 1, e um ano do diagnóstico para o diabetes do tipo 2); relata que a retionopatia não 
costuma provocar alteração na visão até que tenha ocorrido lesão grave na retina; relata que o tratamento 
precoce com laser, juntamente com o bom controle da glicemia e da pressão arterial, pode evitar a perda da 
visão pela retinopatia; identifica a hipo e hiperglicemia como as duas causas da turvação visual temporária. 
10. Controle dos fatores de risco macrovasculares: mantém a glicemia e as cetonas urinárias dentro dos limites 
de normalidade; não experimenta sinais ousintomas de hipoglicemia ou hiperglicemia; identifica os sinais de 
hipo e hiperglicemia; relata o aparecimento dos sintomas, de modo que o tratamento possa ser iniciado. 
 
 
UM XÊRO DE INSULINA!!!!

Outros materiais