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Dossie Ensino de Ciencias I

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS LICENCIATURA
PRATICAS DE EDUCAÇÃO EM CIENCIAS E BIOLOGIA I
Dossiê
Praticas de Educação em Ciências e Biologia I
MURILO GOMES RIBEIRO
GRACIELA DA SILVA OLIVEIRA
CUIABÁ - MT 
09 DE OUTUBRO DE 2018
MURILO GOMES RIBEIRO
DOSSIÊ
PRATICAS DE EDUCAÇÃO EM CIENCIAS E BIOLOGIA I
Dossiê apresentado ao curso de Ciências Biológicas, 
Orientado pela Professora Dr. Graciela da Silva Oliveira
CUIABÁ - MT
09 DE OUTUBRO DE 2018	
Dedico esse trabalho primeiramente a Deus, que me possibilitou a entrega desse Dossiê, e às minhas mães (Mãe e Avó), que possibilitam minha permanência em Cuiabá.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 	05
DESENVOLVIMENTO 	08
2.1. Neurociência e sua Importância Para a Educação 	08 
2.2. Correntes Pedagógicas 	09
2.3. O Manifesto dos Pioneiros e a Proposta de Paulo Freire	11
2.4. Construtivismo e Ensino de Ciências 	12
2.5. Construtivismo, Mudança Conceitual e Perfil Conceitual 	14 
2.6. Um Repensar Epistemológico 	16
2.7. Tomada de Consciência de Conflitos: Ensino por Investigação 	17
CONSIDERAÇÕES FINAIS 	19
REFERENCIAS 	20
INTRODUÇÃO:
	A licenciatura representa a base para a formação de bons professores, tornando segura a qualidade da educação brasileira. A preparação e formação do professor apresentam reflexões, discussão e propostas importantes que precisam ser abordadas em sala de aula. Sendo assim, é necessário que o discente em licenciatura, estude matérias que aprimore seu conhecimento pedagógico desde o início da sua formação, para que melhor seja suas habilidades na hora de cruzar seus conhecimentos científicos com pedagógicos e coloca-los em pratica.
	A contribuição docente em níveis básicos de escolaridade é muito grande, e importante para a formação e desenvolvimento de um aluno, além dela contribuir pra sua obtenção de conhecimentos lógicos e filosóficos, ela também influencia na sua opção e formação acadêmica, pois quanto aluno de ensino básico, sua percepção da realidade e possibilidades acadêmicas é bem restrita, sendo passada fragmentações dessas possibilidades pelo seu professor em sala de aula em palestras ou atividades extra classes.
	A disciplina Praticas de ensino e educação em ciências e biologia I tem como principal objetivo, desenvolver o discente para uma futura docência, dando início ao entendimento das correntes pedagógicas praticadas desde o passado, passando por todas suas reformas e a mais recente estudada, além do desenvolvimento em didáticas e métodos que possam ser usados na melhor explicação e entendimento dos alunos, assim como consta na ementa, abaixo.
 Fundamentação teórica nas diferentes concepções educacionais (as diferentes correntes pedagógicas contemporâneas). Didática de Ciências e de Biologia nas diferentes perspectivas pedagógicas. A prática educativa na sociedade contemporânea. Elaboração do dossiê.
	Tendo em base a importância da licenciatura e os processos que levam um aluno a decidir sua direção acadêmica, esse trabalho tem como objetivo fazer uma profunda reflexão sobre os conteúdos apresentados em sala de aula, junto aos seus métodos aplicados e por final, a sua importância para o desenvolvimento quanto discente.
A primeiro momento no curso de Ciências biológicas, eu me senti pressionado pela proporção de processamentos desenvolvidos, tanto pelo primeiro contato com o ensino superior, mas também com todas as possibilidades e áreas estudadas simultaneamente. A disciplina de Práticas de ensino em ciências e biologia I, me mostrou muito desespero quanto aluno, pois ela exige um pensamento mais filosófico e/ou sociológico dos assuntos abordados, diferente do esperado que é o pensamento logico e exato, visto que a biologia é uma ciência da natureza. Deve ser notado, a minha falta de percepção quanto a habilitação em licenciatura, que por ventura tem um maior aprofundamento nas práticas pedagógicas, além da reflexão filosófica do meio em que se trabalha, para que assim, seja formado um docente.
No primeiro semestre do curso de Ciências Biológicas Licenciatura, dentro da grade curricular semestral, encontra-se sete matérias, dentro delas a matéria citada acima. Resumidamente abordando cada uma delas, teremos:
Biologia Celular, com o intuito de dar introdução as bases macromoleculares das células vegetais e animais, todo seu funcionamento desde a replicação até sua estrutura, transportes através de membrana, desde o transporte ativo ao transporte passivo e todas suas diferenças. De maneira geral, ela proporciona a principal base para que seja possível a continuação com os estudos em biologia, dando ênfase principal para a matéria do próximo semestre (histologia) que relaciona as células em conjunto que formem um tecido. Abaixo encontra-se a ementa da disciplina: 
Estrutura e transporte através de membrana e propriedades elétricas. Junções e adesão celular. Compartimentos intracelulares e endereçamento de proteínas. Tráfico intracelular de vesículas. Conversão de energia. Comunicação e movimentação celular. Mecanismos de divisão celular. Ciclo celular e morte celular programada. Matriz extracelular.
	Bioquímica, tem como objetivo, abordar todos os processos químicos que acontecem internamente nos seres vivos, dentro deles a fotossíntese, respiração celular, formação de proteínas e suas configurações, funcionamento de enzimas, fermentação e as formações e diferenças de carboidratos. A matéria trabalha com alguns conceitos abordados na química, por isso as duas matérias são cursadas simultaneamente. Ementa da disciplina:
 Estrutura e propriedades dos aminoácidos. Estrutura e propriedades gerais das proteínas. Ácidos nucleicos. Síntese de proteínas. Bioenergética. Enzimas. Vitaminas. Metabolismo anaeróbico e aeróbico de carboidratos. Cadeia respiratória e fosforilação oxidativa. Metabolismo de lipídios. Metabolismo de Proteínas. Integração metabólica. Fotossíntese
A disciplina de Química traz uma abordagem geral, tendo como objetivo, passar os conceitos químicos que serão futuramente usados como base para o desenvolvimento no decorrer do curso, para isso ela aborda assuntos como, aspectos da química orgânica (que são usados na bioquímica), balançeamento e outros, como diz na emente abaixo:
Teoria atômica e estrutura atômica, Ligações química e propriedades, Reações e substâncias químicas, Estequiometria química, Soluções, Fundamentos de Termoquímica e Cinética Química e Equilíbrio Molecular, Equilíbrio Iônico em soluções aquosas, Eletroquímica, Compostos de Coordenação. Química Ambiental. Aspectos Gerais de Química Orgânica. Prática em química analítica.
Física, aborda conceitos físicos básicos que futuramente serão usados na disciplina de biofísica, dentro dos assuntos abordados encontra-se comprimento de onda sonora, calor, conservação de energia e olho humano, como consta a ementa abaixo:
Conservação de energia. Energia e corpo humano. Fontes convencionais de energia. Sons. Ondas. Olho composto. Olho humano. Fluídos em sistemas biológicos. Vôo dos animais. Escala biológica.
História e filosofia do conhecimento biológico, tem a trazer toda história do conhecimento biológico, levando em conta que a biologia é uma ciência “nova”. A matéria aborda e discute assuntos como, os quatro tipos de conhecimento, sendo eles, o magico, mitológico, religioso e cientifico, discutindo todos eles envolvendo sua época e acontecimentos relativos ao momento em que tal pensamento predominava. Abaixo encontra-se a ementa de tal matéria:
De Platão a Aristóteles e o surgimento da Biologia. Aspectos gerais da Filosofia na Idade Média e o estabelecimento da Teologia Natural. As influências do Mecanicismo da revolução científica do fim do século XVII sobre a Biologia do século XVIII. A Biologia e a Geologia na França e na Inglaterra nos séculos XVIII e XIX: A Visão de Mundo deLamarck e o contexto científico mais amplo de sua teoria evolutiva. A visão de Mundo de Darwin e o contexto científico e social mais amplo de sua teoria evolutiva. Wallace. A recepção da teoria evolutiva de Darwin-Wallace. O “eclipse” do Darwinismo. A nova síntese ou Neodarwinismo. Genética e Biologia Molecular: o papel dessas disciplinas durante a história da Biologia Evolutiva, de Mendel aos dias atuais. História da Sistemática Filogenética.
Uma das matérias onde mais se encontram alunos com dificuldades é Fundamentos de evolução, sistemática e biogeografia, tal disciplina aborda assuntos como, evolução, distribuição geográfica, especiação e outros assuntos abrangentes que relacionam com taxonomia e nomenclatura, assim como consta na ementa:
A história e a teoria por trás das classificações e da nomenclatura biológica. As diferentes escolas de classificação. Conceitos básicos em Evolução. Conceitos e métodos associados à Sistemática Filogenética. Padrões e processos relacionados à Biogeografia Histórica.
Ao fazer uma breve análise das matérias cursadas pelos alunos no primeiro semestre, notase que sua grande maioria é cursada para dar ao aluno uma base de conhecimentos, que serão usados nos próximos semestres abordando assuntos especificamente da biologia, e que dentro das sete matérias citadas, apenas Biologia celular e Fundamentos não se encaixam nesse padrão teórico de base.
DESSENVLVIMENTO:
 Neurociência e Sua Importância Para a Educação:
O primeiro dia de aula foi dado com introdução a neurociência com o texto, Introdução ao diálogo entre neurociência e educação (Leonor Bezerra), na intenção de iniciar o entendimento do funcionamento de cérebro em relação a aprendizagem. O texto fala a respeito da ligação entre aprendizagem e cérebro, reforçando que para a aprendizagem acontecer, é necessária a atuação do cérebro.
E como ocorrem nossos comportamentos? Diríamos que resultam da atividade de nosso cérebro, ou melhor, de nosso sistema nervoso. Nossas sensações e percepções, ações motoras, emoções, pensamentos, ideias e decisões, ou seja, nossas funções mentais são produzidas pela atividade do sistema nervoso. A mente é o cérebro em funcionamento. Assim sendo, novos comportamentos resultam de modificações que ocorrem no cérebro, promovidas pelo processo ensino-aprendizagem.
	Além da necessidade do cérebro na aprendizagem, ele relata que há diferenças entre problemas neurológicos e problemas na aprendizagem, dizendo que nem sempre um depende do outro. Em alguns casos podem ocorrer a não aprendizagem por problemas neurológicos, quanto por problemas na aprendizagem, porem como um não depende necessariamente do outro, um fator pode ser isolado, como também os dois podem agir simultaneamente.
	O mesmo autor apresentado acima, possui outro texto que foi abordado na mesma aula, Cérebro, neuroplasticidade, genética e meio ambiente (Leonor Bezerra), que aprofunda na estrutura e funcionamento do sistema nervoso dividido em duas partes, sendo elas sistema nervoso periférico e sistema nervoso central, responsável pela aprendizagem através de ligações eletroquímicas entre neurônios. Além da aprendizagem, o autor aborda comportamentos que nos acompanha desde o nascimento, sendo herdados geneticamente e influenciando na aprendizagem que adquirimos ao longo de nossas vidas.
	Na mesma aula, foi apresentado dois videos, com a finalidade de maior entendimento a respeito do assunto, Sono memoria a aprendizado; Fatores que influenciam a aprendizagem, videos que abordam e relacionam a aprendizagem com sono e memoria, de maneira didática, ressaltando o fato dos três estarem ligados simultaneamente. O video “Fatores que influenciam no aprendizado” aborda brevemente elementos que influenciam na aquisição de conhecimento, sendo o primeiro e principal a atenção e pratica, dizendo que, como o nosso dia é limitado, não é possível total atenção em vários assuntos, sendo assim há a necessidade de foco, focar em apenas um tema/assunto e treinar constantemente; o segundo é o método, descobrir um método novo é muito fundamental, pois existem maneiras diferentes de aprender assuntos diferentes, sendo assim quando há um leque de métodos é então, mais fácil de ocorrer a aprendizagem; e como ultimo fator abordado vem a motivação, que são elementos que dão “vontade” de aprender, ou melhorar.
	Para auxiliar na passagem de informação, foi usado um ultimo material em forma de slide, que também aborda sono, aprendizagem e memoria, com informações e esquemas que facilitam o processamento de informação a respeito da aprendizagem.
	Chegamos à conclusão que, entender como o cérebro funciona e os processos na qual leva a aprendizagem, é muito importante quanto docente pois, ao reconhecer as etapas que levam ao aprendizado, é possível que problemas ocorrentes durante esse processo sejam resolvidos, além do desenvolvimento de um melhor método de ensino.
Nessa aula, obtivemos de modo geral, um ótimo desenvolvimento, isso se deu pela variedade de métodos aplicados, tornando possível entender o assunto abordado de diversas maneiras. Como discutido em um dos tópicos acima, os métodos são essenciais na aprendizagem, tendo em base esse conhecimento, percebemos que a facilidade no desenvolvimento discutido acima, teve bastante influencia da diversidade de métodos aplicados para o mesmo assunto. 
 Correntes Pedagógicas: 
Na segunda aula, foi abordado a introdução às correntes pedagógicas e as teorias de aprendizagem, iniciando com a Pedagogia tradicional. Nesse período a burguesia necessitava de pessoas capacitadas para o desenvolvimento do capitalismo, sendo assim surgiu a primeira escola que hoje tem o nome de “Educação bancaria”. Nessa época o aluno era educado para desenvolver suas aptidões de maneira individual, além disso as relações entre aluno e professor não tinha ligação nenhuma com o cotidiano e nem com o social de cada um.
Na educação bancaria, além de o aluno ser visto como uma folha de papel, com o intuído de ser “escrito” pelo professor através da escuta e repetição, ele tinha como obrigação também, não questionar, escutar e repetir o conteúdo transmitido pelo professor com as mesmas palavras além de ser pouco criativo. A função de definir o ritmo da aula e o conteúdo a ser aplicado, era papel do professor, assim como definir os objetivos, como também fixar os comportamentos finais do aluno e avalia-lo de acordo com os propósitos alcançados.
Com o crescimento na demanda de escolas, a escola se torna escala estatal, porem o ensino médio continua sendo restrito apenas para a educação privada, com isso surge a escola tecnicista com a intenção de suprir as necessidades industriais, para isso foi adotado novos métodos de ensino. No Brasil, foi iniciado um “clube de ciências” na qual tinha a finalidade de descobrir “pequenos” cientistas, além de ter uma visão estereotipada a respeito de o que é ser um cientista, nesse período o professor era visto como um “professor-técnico” com a função de solucionar os problemas através de uma aplicação e metodologia técnica e de separar os ensinamentos práticos dos teóricos, além disso suas técnicas a serem reproduzidas, deveria ser passadas da mesma maneira do que aprendida na universidade.
A escola tecnicista teve muitas críticas, uma delas é a respeito da distorção da realidade, além de não ter vinculo nenhum com a política, economia e nem com o social, impossibilitando o aluno de obter um pensamento crítico, e a visão errada de que apenas fora da sala de aula se aprende. Com isso, houve uma certa popularização da educação básica e consequentemente isso teve uma repercussão política, houve também reforma nas diretrizes curriculares, com o intuito de formar cidadãos críticos junto com aumento na carga horaria.
Com o passar do tempo e com a redemocratização do país surgiram denúncias de uma suposta exploração de classes a respeito da educação, nesse contexto surge estudos e debates na intenção de romper com a educação para uma minoria (as elites) e torna-la democrática,de maneira que seja acessível a todas as classes, com isso surge a Problematização de Freire.
Manifesto dos pioneiros da escola nova liderado por Fernando de Azevedo e Anísio Teixeira, teve o intuito de substituir a escola bancaria trazendo uma educação problematizadora, abordada por reflexão de relação com o mundo, tendo consciência da realidade e poder de transformação. Na escola nova, o aluno é visto como o centro da aprendizagem sendo mediado através dos seus interesses demonstrados, nisso costumes e métodos de ensino visto anteriormente não eram mais considerados.
Posto em pratica a escola nova, os métodos utilizados em aula eram uma abordagem através de temas geradores, tendo como início o diálogo entre professores e alunos resultando na percepção das experiencias do cotidiano e os problemas sociais, seguido novamente de diálogos entre alunos e professor e por fim resultando em uma solução ou intervenção dos problemas detectados.
Na mesma aula foi apresentado outro material que se trata a respeito do cognitivismo, baseado na assimilação de um novo conhecimento junto ao pensamento nativo do aluno. Nesse método o aluno deve ser observador, além de tudo questionar, comparar experimentar, relacionar, fazer perguntas e ser ativo em sala, dentro disso, cabe ao aluno solucionar os problemas apresentados. Para que seja possível a aprendizagem, cabe ao professor relacionar os assuntos á um contexto social do aluno, fazendo com que haja uma assimilação entre os dois, evitando uma rotina fixa de um só método, além das tarefas como, criar um ambiente propicio para que o aluno se sinta a vontade para compartilhas sua rotina cotidiana, propor problemas que exija uma explicação única, de maneira que ocorra discussões e maneiras diferentes de resolve-lo, além da não complexibilidade do problema, a tornando possível que o aluno possa resolver o problema sem que o professor de a solução. As maneiras avaliativas nesses contextos foram diversificadas, cabendo ao professor escolher maneiras alternativas de avaliar o aluno, saindo do padrão tradicional, possibilitando a melhor percepção do que o aluno tem desenvolvido no decorrer das aulas.
Nesta aula foi utilizado também um texto, sendo disponibilizado com antecedência, para que possível sua leitura antes da aula, possibilitando melhor entendimento e uma breve discussão a respeito do tema abordado. O texto foi utilizado como um auxiliar, das correntes pedagógicas, junto aos tipos de pensamentos, abordando cada um deles e fazendo uma breve comparativa e dando inicio ao Modelo de mudança conceitual. “Torna-se então necessário promover a mudança conceptual, sendo a partir da concorrência entre construtos pessoais e construtos científicos que o indivíduo (re)constrói o seu conhecimento acerca dos fenômenos científicos” (Ausubel & cols., 1980; Duit, 1995; Canavarro, 1999; Praia, 1999).
Tendo base os assuntos abordados acima, o desenvolvimento e a absorção de informações foi de forma positiva, introduzindo a base para as correntes pedagógicas junto a suas aplicações abrindo espaço para novas ideias e métodos de ensino/aprendizagem, dando ao aluno um pensamento critico possibilitando a percepção de que, o conhecimento é uma via de mão única, sendo assim o ensino e a aprendizagem andam juntos.
 O Manifesto dos Pioneiros e a Proposta de Paulo Freire: 
A próxima aula foi abordada a respeito do manifesto dos pioneiros, assim como sua necessidade e os caminhos a quais foi dado sua origem.
Com a percepção de que a educação bancaria, não supria as necessidades do Brasil Republica, houve um movimento na qual tinha como objetivo implantar novos métodos de ensino, de forma integrasse uma maior diversidade social além de organizar os métodos de ensino, na quais nunca tinha sido criado.
Para essa aula foram utilizados três textos e dois videos, nas quais dentro desses textos encontra-se a noticia original do Manifesto dos Pioneiros que foi publicada em agosto de 1984, e o video “Manifesto dos pioneiros da educação” onde é feito uma reportagem comparando o modelo antigo ao modelo proposto no documento. No video um “viajante do futuro”, criado na intenção de comparar os dois tempos, percebe que a maioria dos assuntos abordados no manifesto foram atendidos, e contribuem efetivamente para o aprendizado do aluno, porem foi percebido que algumas características ainda não foram atendidas como a escola laica por exemplo.
O movimento dos pioneiros de maneira geral propõe a organização de um sistema nacional de ensino, refletindo sobre a economia ser extremamente fundamental, e abordando o fato do ensino ter influencia direta sobre a economia. Com essa informação sabe-se que é fundamental tanto para a economia quanto para a educação, a criação de um sistema fixo e eficaz de ensino, que abrange toda a população. E com esse pensamento, foi iniciado o desenvolvimento do que hoje chamamos, de nova escola.
A escola nova tinha como principal objetivo a substituição da educação bancaria, nisso novas características iriam aparecer no intuito de substituir conceitos considerados “ruins” pelo movimento, dentro deles ensinar o aluno de acordo com suas necessidades e aptidões, além de não se restringir apenas a sala de aula, variando os métodos de ensino e colocando em praticas as teorias aprendidas em sala de aula. 
O manifesto na integra, além dele proporcionar uma nova estrutura educacional, ele também utiliza das críticas associadas a escola tradicional para dar veracidade ao novo modelo escolar, relatando que a mesma formava cidadãos individualistas que de modo não tinha uma visão crítica da sociedade, além da falta de interações interpessoais entre os indivíduos.
A escola tradicional, instalada para uma concepção burguesa, vinha mantendo o individuo na sua autonomia isolada e estéril, resultante da doutrina do individualismo libertário, que teve alias o seu papel na formação das democracias e sem cujo assalto não se teriam quebrado os quadros rígidos da vida social. (Fernando de Azevedo, O movimento dos pioneiros da educação nova)
Após a exibição dos dois videos, foi discutido a respeito de cada um deles, e foi percebido a importância do manifesto para a substituição da escola tradicional. É notável a importância do movimento, pois de modo contribui tanto para o desenvolvimento educacional do pais, quanto para o desenvolvimento industrial, tendo consciência que é necessário mão de obra qualificada para a constituição de industrias e serviços, fazendo assim, com que de modo a educação não se prive apenas para a elite, como era na escola tradicional.
Construtivismo e Ensino de Ciências:
A próxima aula foi iniciada abordando assuntos a respeito do construtivismo e as revoluções cientificas. Para isso foi usado dois textos com o intuito de auxiliar a aula, sendo eles “O construtivismo e ensino de ciências” por Fernando Bastos, e “Ciências normais e revoluções cientificas: A filosofia da ciência de Thomas Kuhn”, por Fernanda Ostermann.
O primeiro texto aborda o construtivismo que, foi inspirado nas obras de Peiajet, basicamente afirmando que todo conhecimento é construído através da percepção do meio em que o indivíduo está, a existência de instrumentos teóricos adequados a certas situações também são de suma importância, por exemplo, existem teorias de determinado local e época que tem um prazo de vigência, ou seja em algum certo momento essa teoria entra em declínio impossibilitando que novos conhecimentos surjam de sua origem, necessitando a elaboração de uma nova teoria. O problema é quando essas teorias não podem ser elaboradas rapidamente ou precisamente, surgindo então, o que chamamos de Obstáculo epistemológico, como afirma Fernando em um trecho de seu texto:
Essa ausência do instrumental teórico adequado, que pode perdurar por um tempo relativamente longo, tem sido denominada obstáculo epistemológico. Os obstáculos epistemológicos manifestam-se não apenas na ausência de teorias potencialmente uteis, mas também quando o excessivo apego às teorias dominantes impedeque teorias que teorias mais promissoras sejam notadas e aproveitadas.
O texto aborda também construtivismo em relação a mudança de conceitos, já que o assunto aborda a noção de conhecimentos prévios, o modo em que o texto aborda os dois assuntos transparecem que eles vem sofrendo bastante críticas, porém é preciso a atenção a um detalhe, não é o construtivismo que é criticado, mas sim a substituição de um conceito no intuito de aprender outro, ou seja, o construtivismo aborda os conhecimentos embutidos ao aluno, podendo ser obtidos em casa nos ciclos de amigos ou em qualquer outro meio social, na qual chamamos de conhecimento prévio, esses conhecimentos podem ser usados como auxiliares em relação ao aprendizado, porem a tentativa de substituir esses conceitos vem sido muito criticado. Isso porque o processo de aquisição de conhecimento é descontinuo, envolvendo a reorganização de alguns conhecimentos prévios, junto a alguns novos conhecimentos para que por fim haja um aprendizado, como afirma Fernanda Bastos:
O processo de produção de conhecimentos na ciência envolve a reformulação ou substituição de hipóteses e teorias anteriormente vigentes, isto é, ele não se da de modo linear, por meio de acumulo de conhecimentos, mas envolve rupturas e mudanças de rumo.
	Outro ponto que deve-se tomar cuidado, é a respeito da assimilação de conhecimento é que, não se sabe ao certo, exatamente o que o aluno constrói enquanto o professor passa as informações, sendo assim o risco do aluno construir uma ideia errada a respeito do assunto abordado quando se trata de mudança de conceito é muito grande, ainda pelo fato de que cada aluno possui conhecimentos e realidades diferentes, tornando então diferente a construção de conhecimento em relação a cada um deles.
Um trabalho desenvolvido por autores vinculados ao movimento das concepções alternativas que utilizam de alguns conhecimentos de Mortimer, trouxe como um dos seus resultados que, os alunos constroem por si mesmo uma variedade de teorias que envolvem as coisas da natureza, baseado em suas experiencias com os fenômenos naturais e seres vivos, sendo assim teorias que os alunos trazem consigo mesmo podem divergir em relação aos conceitos científicos (Fernando Bastos).
Outro problema em relação a substituição de conceitos, é que, caso o conceito prévio seja mais utilizado e mais presente na vida do aluno, a substituição desse conceito se torna difícil, podendo as vezes não ser possível.
Sendo assim, o fato de os alunos terem ideias alternativas que são correspondentes a suas necessidades atuais assim como seu cotidiano, aparenta ser justamente a razão pela qual é tão difícil que essas ideias sejam abandonadas (cf. Osborne & Wittrock, 1985)
Para isso, foi desenvolvido o perfil epistemológico proposto por Mortimer, que veremos afundo nas próximas aulas. A constituição do perfil, prevê várias áreas de consciência diferente para um mesmo assunto ou conceito, tendo noção que todas essas áreas estão em um mesmo individuo, nota-se a não necessidade da substituição de um conceito por outro, sendo assim todos esses conceitos são mantidos, e separados em cada uma das categorias (realismo, racionalismo clássico, racionalismo moderno, racionalismo contemporâneo), para que em contextos específicos seja usado o mais adequado.
Ao final da aula foi discutido sobre a mudança conceitual, junto com suas criticas e seus problemas, abrindo espaço para a ideia do perfil conceitual que possibilita o aluno aprender um novo conceito sem que precise necessariamente substituir outro, esse assunto será tema da próxima aula.
Construtivismo, Mudança Conceitual e Perfil Conceitual:
Mudança conceitual ou perfil conceitual? Essa é uma duvida que gera bastante debate e dicotomia de opiniões, nesta aula foi abordado os dois temas com a finalidade de encontrar características favoráveis nos dois assuntos. Para esta aula, foi disponibilizado com antecedência três textos no Ava (Ambiente virtual de aprendizagem) sendo eles: “Construtivismo, mudança conceitual e ensino de ciências: Para onde vamos?” de Mortimer, “Mudança conceitual ou composição de um perfil conceitual?” por Silvia Trivelato, e “Uma proposta de perfil conceitual para o conceito de calor”, também por Mortimer, porem apenas dois deles foram usados em sala.
A aula foi iniciada com a divisão da turma em dois grupos de aproximadamente sete pessoas cada, a intenção era usar a teoria de Philips 66 (um método que consiste em fazer tudo em um numeral seis, ou seja seis grupos de seis pessoas com seis minutos para realizarem tarefas e etc), porem como nossa turma é “iniciante” e pequena, a aula fluiu um pouco diferente.
Um dos grupos ficou responsável por desenvolver o texto “Uma proposta de perfil conceitual para o conceito de calor”. O texto aborda a proposta de Mortimer da noção de perfil conceitual, que pode ser usada para o crescimento de uma ideia relativa, assim como descrever a evolução dessas ideias como também o processo de evolução desses conceitos. Ele afirma que cada zona de perfil conceitual tem uma maneira de enxergar o mundo. A primeira delas é a visão realista, baseando-se no conhecimento básico obtido de maneira natural, como exemplo o calor sendo vinculado a sensações, como quente. Em seguida temos a visão animista que ve o calor como uma matéria viva, podendo sentir vontade de dar ou receber calor. Na zona substancialista que vem em seguida, o calor é visto como uma matéria que pode penetrar nas coisas, sendo como etapa final, o calor ser visto como temperatura.
O texto abordado pelo primeiro grupo, faz a assimilação do assunto abordado no segundo, encaixando conceitos criados no primeiro texto, para a visão de calor. O segundo grupo, desenvolveu as ideias do texto “Mudança conceitual ou composição de um perfil conceitual?).
Como o conhecimento baseado em senso comum, está de fato junto aos alunos em sala de aula, é importante que os professores saibam que as concepções previas tem muita influência sobre aquilo que será aprendido em sala de aula. O modelo de mudança conceitual foi desenvolvido tendo em base o conhecimento prévio dos alunos, ele prevê a mudança de um conceito empirista para um conceito cientifico baseando na criação de conflitos. A principio o MMC foi muito bem aceito, porem tem sido muito criticado pois, os professorem reclamam que, nem sempre é possível a criação de conflitos baseado na realidade do aluno, ou também por conta da complexibilidade do conflito. Em muitos casos o aluno permanecia com esquemas diferente do contexto, sendo assim o MMC em parte para o processo de aprendizagem, porem ele impede que o aluno de um “salto” do conceito empirista para o conceito cientifico. Com todos esses problemas e críticas, surge o Perfil conceitual proposto por Mortimer, sendo relativo a um conceito fundamentado por cinco perfis diferentes.
O primeiro perfil é o realismo, baseado na primeira impressão que o aluno tem daquilo, surgindo de forma natural e não explicativa. Após vem o empirista com uma metodologia para aquilo, como formas de medir ou a utilização de algum instrumento para sua interação. Seguindo vem o racionalismo clássico, abrindo uma proporção de funcionalidades a quilo abordado, seguindo do racionalismo moderno onde a cadeia de funcionalidades e relações se tornam mais complexas, e o pensamento realista não é mais absoluto, por último temos o realismo contemporâneo onde o conceito inicial passa por estágios avançados ate que se torne um conceito cientifico.
Após o reconhecimento da heterogeneidade de cada zona de perfil, é perceptível que não há a necessidade de abandonar um conceito para que seja compreendido outro conceito mais complexo, sendo assim a noção de perfil conceitual nos permite reconhecer que as ideias realistas podem conviver com as cientificas, de maneira que cada uma delas seja usada em contextos adequados assim como afirma o texto:
A noção de perfil conceitual nos permite reconhecer que as ideias alternativas podem conviver com as científicas,cada uma delas sendo usada nos contextos adequados, ou seja, poderíamos reinterpretar o resultado das inúmeras pesquisas que indicavam a permanência das ideias prévias dos estudantes, mesmo após os esforços de instrução da escolarização, a partir da noção de perfil conceitual. As ideias alternativas demonstradas por estudantes originam-se em manifestações cotidianas da cultura. Coloca-se, assim, um novo programa de pesquisa para a área. Hipóteses levantadas a partir dessa constatação e dessa fundamentação passam a orientar pesquisas que investigam como a linguagem e as representações simbólicas tomam parte dos processos de significação. (Silvia Trivelato)
O terceiro texto, que não foi usado em sala de aula, foi disponibilizado com o intuído de uma breve leitura antes da aula, para que facilitasse o entendimento perante a atividade realizada. Após os dois grupos terminarem sua leitura e seu entendimento a respeito dos textos, foi feito uma discussão na intenção que houvesse troca de informação levando em conta o que cada grupo tenha intendido do tema. Ao final foi solicitado um resumo individual, em relação aos dois textos, de maneira que os dois se complementam.
É importante quanto docente, saber que não há a necessidade do aluno substituir um conceito para que aprenda outro, pois com essa informação os problemas e conflitos quanto ensino são menores, além disso é importante para o professor, ter noção dos perfis epistemológicos para que assim se tenha noção da construção que o aluno já tem sobre determinado assunto. 
 Um Repensar Epistemológico:
Levando em conta que o conhecimento não é guiado por qualquer determinismo histórico, cabe aos professores a formação de um cidadão cientificamente culto. Tendo base essa afirmação, o tema dessa aula foi o Repensar epistemológico, abordada pelas explicações da professora, assim como um texto auxiliar disponibilizado no ava, “Da educação em ciência às orientações para o ensino das ciências: Um repensar epistemológico” por Antônio Cachapuz, Joao Praia e Manuela Jorge. 
Como de costume a aula é guiada pelo tema, que geralmente correspondem os textos, porem a abordagem desta vez foi um pouco diferente. Tendo a noção da importância de um mapa conceitual para a aprendizagem, nesta aula foi pedido que os alunos desenvolvessem dois mapas conceituais, um deles aglomerando as três escolas estudadas inicialmente, sendo elas a escola tradicional, escola nova e pedagogia progressista, e o segundo abordando as teorias de aprendizagem como comportamentalismo, modelo de mudança conceitual e perfil conceitual.
A principio foi percebido que houve uma certa dificuldade na iniciação da construção do mapa, porem com o passar do tempo, a maneira com que o mapa era desenrolado, ficava mais fácil para sua construção. Mesmo com a construção sendo facilitada com o passar do tempo, sua construção é uma coisa demorada, levando o tempo inteiro da aula.
A aula foi terminada com a entrega da atividade e com uma breve discussão a respeito de como foi desenvolvido cada um dos mapas.
O desenvolvimento de mapas conceituais, é muito importante, pois além de facilitar o aluno de entender o conteúdo passado, ele organiza as ideias de maneira que seja possível de o professor avaliar o aluno, descobrindo se o que está sendo construído está certo.
 Tomada de Consciência de Conflitos: Ensino por Investigação:
Dando inicio a mais uma aula, o tema abordado dessa vez foi “Ensino por investigação”, como de praxe, foi disponibilizado um texto auxiliar desenvolvido por Mortimer: “Tomada de consciência de conflito: Analise da atividade discursiva em uma aula de ciências”. O artigo examina como o conflito entre a visão de senso comum e a visão da ciência é percebido e trabalhado pelos estudantes com a mediação do professor. Em sala, foi utilizado um slide que aborda o tema de maneira mais didática.
Ciência baseada na investigação, o tema afirma que o conhecimento cientifico não ser apresentado de maneira pronta, sendo assim construído pela investigação, sendo assim o aluno tem a função de planejar, conduzir as investigações, resolver os problemas, testar as ideias e refletir sobre as evidencias, elaborar novas hipóteses além de realizar um trabalho em equipe. Esse método tem vários aspectos positivos, além da explicitação do conhecimento prévio do aluno, obtido através da observação baseadas na maneira em que o aluno lida com a situação/problema, a aprendizagem obtida é conceitual perante o contexto em que ele será utilizado, e o estudante se apropria de exemplos que podem servir de modelos ou padrões para a solução de problemas parecidos.
A Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) no Brasil foi “instalada” por algumas etapas, sendo a primeira dada pela escolha temática, junto com a criação da proposta (problematização e contextualização) e aulas teóricas exploratórias, seguindo de pesquisas e desenvolvimento e por final a avaliação da aprendizagem, sendo avaliado o processo individual e em grupo, assim como a produção final do grupo e uma autoavaliação.
Um video complementar ao tema foi exibido, o “Problema do barquinho” disponível na plataforma do Youtube. O video aborda uma atividade pratica realizada em sala de aula, onde os alunos eram divididos em grupos e cada grupo era responsável por desenvolver um barquinho feito com papel alumínio, o barquinho tinha como finalidade sustentar o maior peso possível. 
Na tentativa de desenvolver o barquinho, os alunos foram estimulados a pensar em maneiras de conseguir manter o máximo de peso em cima do barquinho sem que ele afundasse, nisso foi desenvolvido varias metodologias diferentes, tanto na sua estrutura quanto na divisão do peso a ser carregado e no formato do barquinho. Após várias tentativas, alguns alunos conseguiram desenvolver modelos de barco que conseguisse carregar uma quantidade de peso variável, sem que ele afundasse. No final da atividade, foi aplicado uma aula onde a professora explicou toda a teoria por traz do desenvolvimento do barquinho, assim como explicou usando um conceito cientifico da área da física, para ensinar aos alunos assuntos como, gravidade distribuição de peso e etc. 
Ao final da aula os assuntos abordados foi chegado a ideia de que, o método traz bons resultados, pois quando é posto um aluno para resolver um problema em pratica, seu estimulo ao desenvolvimento de uma solução é bem maior em relação a entrega da resolução pronta, além de que na tentativa de desenvolver a solução para o problema, surgem muitas duvidas que possam ser sanadas na futura explicação teórica do professor, trazendo assim, além da fixação do aluno ao conteúdo abordado, um maior desenvolvimento de interesses em relação aos conhecimentos obtidos, tendo em base que a dúvida, é uma das principais portas para o desenvolvimento à aprendizagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
No início da disciplina e com o decorrer, foi notado muita dificuldade no entendimento dos conteúdos, tanto pela linguagem tratada na matéria (linguagem filosófica) quanto pelo próprio conteúdo, que apesar de não ser difícil, requer uma visão filosófica da parte do aluno. Por mais que o aluno encontrou dificuldades para se adaptar a matéria e aos conteúdos abordados, ao decorrer do semestre o entendimento foi possibilitado, e consequentemente foi ficando mais fácil sua compreensão.
Os métodos utilizados para avaliação se resumem em estudos dirigidos, que além de forçar o desenvolvimento do aluno em determinado assunto, possibilita o professor de saber o que está sendo construído pelo aluno, e provas que são usadas tradicionalmente na maioria das matérias. O que chamou atenção foi a ultima prova avaliativa, onde os alunos esperavam por uma prova em modelo tradicional, e foram surpreendidos quando foi apresentado a proposta, onde o aluno era aconselhado a escrever uma carta para si mesmo que poderia ser entregue a ele futuramente. 
O acumulo de conhecimentos que a disciplina proporciona ao estudante de licenciatura é de extrema importância, pois além de atribuirconhecimentos em relação a escola tradicional e a problematização Freireana (por exemplo) e abordar os processos que cada um deles passou, assim como suas qualidades e seus defeitos, possibilita o aluno quanto docente a entender os processos na qual é levado o aprendizado, sendo assim contribuindo para o desenvolvimento de metodologias em sala de aula, assim como frisa a importância de trazer parte do cotidiano do aluno para dentro da aula, fazendo com que o aluno melhor absorva conhecimentos.
É notável também que todos os temas abordados contribuem de maneiras diferentes para a melhor formação docente, possibilitando que o aluno tenha noção de várias áreas e diferentes circunstancias, sendo que cada tema permite a resolução de um certo problema ou contribui para o desenvolvimento de alguma técnica que facilite o ensino. Como exemplo eu posso citar o reconhecimento de conhecimentos prévios dos alunos, ao reconhece-los é facilitado a maneira em que você possa passar o conteúdo, permitindo associar um novo conceito utilizando um conceito já existente, tornando mais fácil a compreensão do assunto.
Sendo assim, com base em todas as informações acima, é de extrema importância para a formação em docência, a disciplina de Praticas de educação em Ciências e Biologia I, contribuindo para uma ampla visão em educação e resolução de problemas educacionais.
REFERENCIAS:
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