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ALIMENTOS FUNCIONAIS Prof. Michel C. De Angelis Pereira ALIMENTOS FUNCIONAIS CONCEITO: Alimento semelhante em aparência ao alimento convencional, consumido como parte da dieta usual, capaz de produzir demonstrados efeitos metabólicos ou fisiológicos úteis na manutenção de uma boa saúde física e mental, podendo auxiliar na redução do risco de doenças crônico- degenerativas, além das suas funções nutritivas básicas (Lajolo, 2001). ALIMENTOS FUNCIONAIS Uma declaração funcional (ou fisiológica) refere-se às conseqüências da interação entre um componente do alimento e uma função genômica, bioquímica, celular ou fisiológica específicas, sem referência direta a nenhum benefício para a saúde ou a prevenção de doenças. Uma declaração sobre Uma declaração sobre a a saúdesaúde refererefere--se se à prevenção de uma patologia ou de à prevenção de uma patologia ou de uma enfermidade através do consumo uma enfermidade através do consumo de um componente específico, de um de um componente específico, de um ingrediente ou de uma mistura de ingrediente ou de uma mistura de componentes específicos ou componentes específicos ou ingredientes.ingredientes. ALIMENTOS FUNCIONAISALIMENTOS FUNCIONAIS ALIMENTOS FUNCIONAIS Denominações mais utilizadas: ü Fitonutriente ü Fitoquímico ü Substância funcional ü Alimento terapêutico ü Farmacoalimento ü Nutracêutico ALIMENTOS FUNCIONAIS Mercado de alimentos funcionais: ü Bebidas ü Produtos lácteos ü Produtos de confeitaria ü Produtos de panificação ü Cereais matinais RESOLUÇÃO Nº 18, 30/04/1999 DIRETRIZES BÁSICAS PARA ANÁLISE E COMPROVAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE ALEGADAS EM ROTULAGEM DE ALIMENTOS. Considera: que o consenso da relação estreita entre alimentação-saúde-doença, novos conceitos sobre as necessidades de nutrientes em estados fisiológicos especiais, efeitos benéficos de outros compostos não nutrientes, fatores ligados à urbanização, aumento da expectativa de vida, são fatores que vêm estimulando a produção de novos alimentos; • que freqüentemente o consumidor é confundido com uma nomenclatura e alegações ("claims") de propriedades não demonstradas cientificamente; • a tendência do Codex Alimentarius e de vários países de disciplinar as alegações sobre as propriedades funcionais dos alimentos ou de seus componentes, como também a segurança de uso com base em evidências científicas; RESOLUÇÃO Nº 18, 30/04/1999 • que os princípios gerais do Regulamento Técnico para Rotulagem de Alimentos Embalados já estabelecem que : a) não se pode apresentar no rótulo atributos de efeitos ou propriedades que não possam ser demonstrados; b) é proibida a indicação de que o alimento possui propriedades medicinais ou terapêuticas, RESOLUÇÃO Nº 18, 30/04/1999 ÂMBITO DE APLICAÇÃO • O presente regulamento se aplica às alegações de propriedades funcionais e ou de saúde de alimentos e ingredientes para consumo humano, veiculadas nos rótulos de produtos elaborados, embalados e comercializados prontos para a oferta ao consumidor. RESOLUÇÃO Nº 18, 30/04/1999 DIRETRIZES PARA UTILIZAÇÃO DA ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE. • A alegação de propriedades funcionais e ou de saúde é permitida em caráter opcional. • O alimento ou ingrediente que alegar propriedades funcionais ou de saúde pode, além de funções nutricionais básicas, quando se tratar de nutriente, produzir efeitos metabólicos e ou fisiológicos e ou efeitos benéficos à saúde, devendo ser seguro para consumo sem supervisão médica. DIRETRIZES PARA UTILIZAÇÃO DA ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE • Para os nutrientes com funções plenamente reconhecidas pela comunidade científica não será necessária a demonstração de eficácia ou análise da mesma para alegação funcional na rotulagem RESOLUÇÃO Nº 18, 30/04/1999RESOLUÇÃO Nº 18, 30/04/1999 DIRETRIZES PARA UTILIZAÇÃO DA ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE • As alegações podem fazer referências à manutenção geral da saúde, ao papel fisiológico dos nutrientes e não nutrientes e à redução de risco a doenças. Não são permitidas alegações de saúde que façam referência à cura ou prevenção de doenças RESOLUÇÃO Nº 18, 30/04/1999RESOLUÇÃO Nº 18, 30/04/1999 COMPROVAÇÃO DA ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS OU DE SAÚDE ser conduzida com base em: • consumo previsto ou recomendado pelo fabricante; • finalidade, condições de uso e valor nutricional, quando for o caso; RESOLUÇÃO Nº 18, 30/04/1999RESOLUÇÃO Nº 18, 30/04/1999 COMPROVAÇÃO DA ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS OU DE SAÚDE • Evidências científicas aplicáveis, conforme o caso, à comprovação da alegação de propriedade funcional e ou de saúde: • composição química com caracterização molecular, quando for o caso, e ou formulação do produto; • ensaios bioquímicos; • ensaios nutricionais e ou fisiológicos e ou toxicológicos em animais de experimentação; • estudos epidemiológicos; • ensaios clínicos; RESOLUÇÃO Nº 18, 30/04/1999RESOLUÇÃO Nº 18, 30/04/1999 COMPROVAÇÃO DA ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS OU DE SAÚDE (Cont...) • evidências abrangentes da literatura científica, organismos internacionais de saúde e legislação internacionalmente reconhecida sobre as propriedades e características do produto; • comprovação de uso tradicional, observado na população, sem associação de danos à saúde. RESOLUÇÃO Nº 18, 30/04/1999RESOLUÇÃO Nº 18, 30/04/1999 COMPROVAÇÃO DA ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS OU DE SAÚDE • Informações documentadas sobre aprovação de uso do alimento ou ingrediente em outros países, blocos econômicos, Codex Alimentarius e outros organismos internacionalmente reconhecidos RESOLUÇÃO Nº 18, 30/04/1999RESOLUÇÃO Nº 18, 30/04/1999 RESOLUÇÃO Nº 19, 30/04/1999 REGULAMENTO TÉCNICO DE PROCEDIMENTOS PARA REGISTRO DE ALIMENTO COM ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE EM SUA ROTULAGEM Exigências para o registro do produto: Relatório Técnico Científico contendo as seguintes informações: 1. denominação do produto; 2. finalidade de uso; 3. recomendação de consumo indicada pelo fabricante; 4. descrição científica dos ingredientes do produto, segundo espécie de origem botânica, animal ou mineral, quando for o caso; 5. composição química com caracterização molecular, quando for o caso, e ou formulação do produto; 6. descrição da metodologia analítica para avaliação dos componentes objeto da alegação; RESOLUÇÃO Nº 19, 30/04/1999RESOLUÇÃO Nº 19, 30/04/1999 • 7. texto e cópia do leiaute dos dizeres de rotulagem do produto de acordo com os regulamentos de rotulagem e as DIRETRIZES BÁSICAS PARA ANÁLISE E COMPROVAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAIS E OU DE SAÚDE ALEGADAS EM ROTULAGEM DE ALIMENTOS; • 8. qualquer informação ou propriedade funcional ou de saúde de um alimento ou ingrediente veiculada, por qualquer meio de comunicação, não poderá ser diferente em seu significado daquela aprovada para constar em sua rotulagem. • 9. evidências científicas aplicáveis, conforme o caso, à comprovação da alegação de propriedade funcional e ou de saúde: RESOLUÇÃO Nº 19, 30/04/1999RESOLUÇÃO Nº 19, 30/04/1999 Exigências para o registro do produto (Cont...): Evidências científicas aplicáveis, conforme o caso, à comprovação da alegação de propriedade funcional e ou de saúde: • . ensaios nutricionais e ou fisiológicos e ou toxicológicos em animais de experimentação; • . ensaios bioquímicos; • . estudos epidemiológicos; • . ensaios clínicos; • . comprovação de uso tradicional, observado napopulação, sem danos à saúde; • . evidências abrangentes da literatura científica, organismos internacionais de saúde e legislação internacionalmente reconhecida sobre as propriedades e características do produto. RESOLUÇÃO RDC N.º 2, 07/01/2002 REGULAMENTO TÉCNICO DE SUBSTÂNCIAS BIOATIVAS E PROBIÓTICOS ISOLADOS COM ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADES FUNCIONAL E OU DE SAÚDE RESOLUÇÃO RDC N.º 2, 07/01/2002 (Cont...) • Excluem-se desta categoria: • - chás; • - composto líquido pronto para consumo; • - alimentos para praticantes de atividade física; • - produtos cuja finalidade de uso indique ação terapêutica ou medicamentosa; • - produtos com ação farmacológica preventiva ou curativa definidas, mesmo de origem natural; • - produtos que contenham substâncias farmacológicas estimulantes, hormônios e outras consideradas como "dopping" pelo Comitê Olímpico Internacional - COI; • - produtos fitoterápicos, bem como suas associações com nutrientes ou não nutrientes; RESOLUÇÃO RDC N.º 2, 07/01/2002 (Cont...) • - alimentos e ingredientes alimentares que contenham ou consistam em organismos geneticamente modificados - OGM; • - alimentos e ingredientes alimentares produzidos a partir de organismos geneticamente modificados, mas que não o contenham; • - suplemento vitamínico e ou de mineral; • - alimentos para nutrição enteral; • - novos alimentos e ou novos ingredientes; • - produtos com Padrão de Identidade e Qualidade ou Regulamento Técnico específico. • Os produtos de que trata este regulamento são classificados em: 1. Carotenóides; 2. Fitoesteróis; 3. Flavonóides; 4. Fosfolipídeos; 5. Organosulfurados; 6. Polifenóis; 7. Probióticos. RESOLUÇÃO RDC N.º 2, 07/01/2002 (Cont...) RESOLUÇÃO RDC N.º 2, 07/01/2002 (Cont...) COMPOSIÇÃO E REQUISITOS: 1. A composição e requisitos referem-se ao produto pronto para o consumo. 2. É proibida a composição que necessite a preparação por infusão. 3. Vitaminas e ou Minerais podem ser adicionados, desde que o consumo diário do produto indicado pelo fabricante não ultrapasse 100% da IDR e não prejudique a biodisponibilidade de qualquer dos componentes do produto. 4. Nenhuma substância nociva ou inadequada deve ser introduzida ou formada como conseqüência de processamento com o propósito de estabilização. RESOLUÇÃO RDC N.º 2, 07/01/2002 (Cont...) FORMAS DE APRESENTAÇÃO: 1. O produto sujeito a esta norma deve ser apresentado nas formas sólida, semi-sólida ou líquida, tais como: tabletes, comprimidos, drágeas, pós, cápsulas, granulados, pastilhas, soluções e suspensões. 2. O produto deve ser acondicionado em embalagem adequada à manutenção de suas características até o final do prazo de validade. 3. O produto somente pode ser vendido em unidades pré-embaladas, não sendo permitida a venda fracionada. RESOLUÇÃO RDC N.º 2, 07/01/2002 (Cont...) ROTULAGEM: • No caso de Substância Bioativa, deve constar, a quantidade em que está presente na porção diária recomendada pelo fabricante. Esta declaração deve estar próxima à alegação de propriedade funcional e ou de saúde do produto e não deve fazer parte da Tabela de Informação Nutricional. • No caso dos Probióticos, deve constar a quantidade dos microorganismos viáveis, que garanta a ação alegada dentro do prazo de validade do produto. Esta informação deve estar próxima à alegação de propriedade funcional e ou de saúde do produto e fora da Tabela de Informação Nutricional. RESOLUÇÃO RDC N.º 2, 07/01/2002 (Cont...) PROPAGANDA: 1. Deve atender ao disposto no Decreto-Lei 986, de 12 de outubro de 1969 e ao Regulamento Técnico específico sobre propaganda de alimentos. 2. Qualquer informação sobre as propriedades do produto, veiculada por qualquer meio de comunicação, não pode ser diferente daquela aprovada para a rotulagem. 3. Qualquer folheto que venha a acompanhar o produto não pode veicular informações diferentes daquelas aprovadas para a rotulagem. Lista de alegações de propriedade funcional aprovadas Atualizado em julho/2008 • As porções dos alimentos devem ser aquelas previstas na Resolução RDC 359/03 calculadas com base nos grupos de alimentos previstos na referida resolução. Para maiores esclarecimentos consultar o Manual de Orientação das Indústrias • No caso de associação de nutrientes ou não nutrientes em um mesmo produto, a eficácia da alegação deve ser comprovada no produto, com o uso concomitante dos nutrientes ou não nutrientes. ÁCIDOS GRAXOS • ÔMEGA 3 • Alegação“O consumo de ácidos graxos ômega 3 auxilia na manutenção de níveis saudáveis de triglicerídeos, desde que associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Requisitos específicos: Esta alegação somente deve ser utilizada para os ácidos graxos Omega 3 de cadeia longa provenientes de óleos de peixe (EPA - ácido eicosapentaenóico e DHA – ácido docosahexaenóico). O produto deve apresentar no mínimo 0,1g de EPA e ou DHA na porção ou em 100g ou 100ml do produto pronto para o consumo, caso a porção seja superior a 100g ou 100ml. Ômega 3 - Requisitos específicos (Cont...): • Os processos devem apresentar laudo de análise, utilizando metodologia reconhecida, com o teor dos contaminantes inorgânicos em ppm: Mercúrio, Chumbo, Cádmio e Arsênio. Utilizar como referência o Decreto nº 55871/65, categoria de outros alimentos. • No rótulo do produto deve ser incluída a advertência em destaque e em negrito: “Pessoas que apresentem doenças ou alterações fisiológicas, mulheres grávidas ou amamentando (nutrizes) deverão consultar o médico antes de usar o produto”. Carotenóides • LICOPENO; LUTEÍNA ; ZEAXANTINA • Alegação“O licopeno tem ação antioxidante que protege as células contra os radicais livres. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Carotenóides - LICOPENO; LUTEÍNA ; ZEAXANTINA (Cont...): • Requisitos específicos: A quantidade, contida na porção do produto pronto para consumo, deve ser declarada no rótulo, próximo à alegação. • No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, deve-se declarar a quantidade na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. • Apresentar o processo detalhado de obtenção e padronização da substância, incluindo solventes e outros compostos utilizados. • Apresentar laudo com o teor do(s) resíduo(s) do(s) solvente(s) utilizado(s). • Apresentar laudo com o grau de pureza do produto. FIBRAS ALIMENTARES • FIBRAS ALIMENTARES • Alegação: “As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis ”. Requisitos específicos: Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3g de fibras se o alimento for sólido ou 1,5g de fibras se o alimento for líquido. Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de fibras alimentares. No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos acima devem ser atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto: “O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”. FIBRAS ALIMENTARES • BETA GLUCANA • Alegação: “A beta glucana (fibra alimentar) auxilia na redução da absorção de colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitosde vida saudáveis”. Requisitos específicos: Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3 g de beta glucana, se o alimento for sólido, ou 1,5 g se o alimento for líquido. Essa alegação só está aprovada para a beta glucana presente na aveia. Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de beta glucana, abaixo de fibras alimentares. Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto: “O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”. FIBRAS ALIMENTARES • DEXTRINA RESISTENTE • Alegação: “As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Requisitos específicos: Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3 g de dextrina resistente se o alimento for sólido, ou 1,5 g se o alimento for líquido. No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos acima devem ser atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. O uso do ingrediente não deve ultrapassar 30g na recomendação diária do produto pronto para consumo, conforme indicação do fabricante. Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de dextrina resistente abaixo de fibras alimentares. Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto: “O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”. FIBRAS ALIMENTARES • FRUTOOLIGOSSACARÍDEO – FOS • Alegação: “Os frutooligossacarídeos – FOS contribuem para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Requisitos específicos: Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3 g de FOS se o alimento for sólido ou 1,5 g se o alimento for líquido. No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos acima devem ser atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de frutooligossacarídeo, abaixo de fibras alimentares. O uso do ingrediente não deve ultrapassar 30g na recomendação diária do produto pronto para consumo, conforme indicação do fabricante. Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto: “O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”. FIBRAS ALIMENTARES • GOMA GUAR PARCIALMENTE HIDROLISADA • Alegação: “As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Requisitos específicos: Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3g de goma guar parcialmente hidrolisada se o alimento for sólido ou 1,5g de fibras se o alimento for líquido. No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos acima devem ser atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. Essa alegação só está aprovada para a goma guar parcialmente hidrolisada obtida da espécie vegetal. Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de goma guar parcialmente hidrolisada, abaixo de fibras alimentares. Caso o produto seja comercializado na forma isolada, em sache ou pó, por exemplo, a empresa deve informar no rótulo, a quantidade mínima de líquido em que o produto deve ser dissolvido. Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto: “O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”. FIBRAS ALIMENTARES • LACTULOSE • Alegação: “A lactulose auxilia o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Requisitos específicos: Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3g de lactulose se o alimento for sólido ou 1,5g se o alimento for líquido. No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos acima devem ser atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de lactulose abaixo de fibras alimentares. Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto: “O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”. FIBRAS ALIMENTARES • POLIDEXTROSE • Alegação: “As fibras alimentares auxiliam o funcionamento do intestino. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Requisitos específicos: Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3 g de Polidextrose se o alimento for sólido ou 1,5 g de fibras se o alimento for líquido. No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos acima devem ser atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de polidextrose, abaixo de fibras alimentares. Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto: “O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”. FIBRAS ALIMENTARES • PSILLIUM OU PSYLLIUM • Alegação: “O psillium (fibra alimentar) auxilia na redução da absorção de gordura. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Requisitos específicos: Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção diária do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3g de psillium se o alimento for sólido ou 1,5g se o alimento for líquido. No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos acima devem ser atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. A única espécie já avaliada é a Plantago ovata. Qualquer outra espécie deve ser avaliada quanto à segurança de uso. Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de Psillium abaixo de fibras alimentares. Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto: “O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”. FIBRAS ALIMENTARES • QUITOSANA • Alegação: “A quitosana auxilia na redução da absorção de gordura e colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Requisitos específicos: Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3g de quitosana se o alimento for sólido ou 1,5g se o alimento for líquido. No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares,os requisitos acima devem ser atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. Os processos devem apresentar laudo de análise, utilizando metodologia reconhecida, com o teor dos contaminantes inorgânicos em ppm: Mercúrio, Chumbo, Cádmio e Arsênio. Utilizar como referência o Decreto nº 55871/65, categoria de outros alimentos. Deve ser apresentado laudo de análise com a composição físico química, incluindo o teor de fibras e de cinzas. Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de quitosana abaixo de fibras alimentares. No rótulo deve constar a frase de advertência em destaque e negrito: FIBRAS ALIMENTARES QUITOSANA (Cont...) Requisitos específicos: Esta alegação pode ser utilizada desde que a porção do produto pronto para consumo forneça no mínimo 3g de quitosana se o alimento for sólido ou 1,5g se o alimento for líquido. No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, os requisitos acima devem ser atendidos na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. Os processos devem apresentar laudo de análise, utilizando metodologia reconhecida, com o teor dos contaminantes inorgânicos em ppm: Mercúrio, Chumbo, Cádmio e Arsênio. Utilizar como referência o Decreto nº 55871/65, categoria de outros alimentos. Deve ser apresentado laudo de análise com a composição físico química, incluindo o teor de fibras e de cinzas. Na tabela de informação nutricional deve ser declarada a quantidade de quitosana abaixo de fibras alimentares. No rótulo deve constar a frase de advertência em destaque e negrito: "Pessoas alérgicas a peixes e crustáceos devem evitar o consumo deste produto". Quando apresentada isolada em cápsulas, tabletes, comprimidos, pós e similares, a seguinte informação, em destaque e em negrito, deve constar no rótulo do produto: “O consumo deste produto deve ser acompanhado da ingestão de líquidos”. FITOESTERÓIS • FITOESTERÓIS • Alegação: “Os fitoesteróis auxiliam na redução da absorção de colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. FITOESTERÓIS (Cont...) Requisitos específicos: A porção do produto pronto para consumo deve fornecer no mínimo 0,8g de fitoesteróis livres.Quantidades inferiores poderão ser utilizadas desde que comprovadas na matriz alimentar. A recomendação diária do produto, que deve estar entre 1 a 3 porções/dia, deve garantir uma ingestão entre 1 a 3 gramas de fitoesteróis livres por dia. Na designação do produto deve ser incluída a informação “... com fitoesteróis”. A quantidade de fitoesteróis, contida na porção do produto pronto para consumo, deve ser declarada no rótulo, próximo à alegação. FITOESTERÓIS (Cont...) Requisitos específicos (Cont...): Os fitoesteróis referem-se tanto aos esteróis e estanóis livres quanto aos esterificados. Apresentar o processo detalhado de obtenção e padronização da substância, incluindo solventes e outros compostos utilizados. Apresentar laudo com o teor do(s) resíduo(s) do(s) solvente(s) utilizado(s). Apresentar laudo com o grau de pureza do produto e a caracterização dos fitoesteróis/ fitoestanóis presentes. No rótulo deve constar as seguintes frases de advertência em destaque e em negrito: “Pessoas com níveis elevados de colesterol devem procurar orientação médica”. “Os fitoesteróis não fornecem benefícios adicionais quando consumidos acima de 3 g/dia”. “O produto não é adequado para crianças abaixo de cinco anos, gestantes e lactentes”. POLIÓIS • Manitol / Xilitol / Sorbitol • Alegação: “Manitol / Xilitol / Sorbitol não produz ácidos que danificam os dentes. O consumo do produto não substitui hábitos adequados de higiene bucal e de alimentação” Requisitos específicos: Alegação aprovada somente para gomas de mascar sem açúcar. PROBIÓTICOS • Lactobacillus acidophilus Lactobacillus casei shirota Lactobacillus casei variedade rhamnosus Lactobacillus casei variedade defensis Lactobacillus paracasei Lactococcus lactis Bifidobacterium bifidum Bifidobacterium animallis (incluindo a subespécie B. lactis) Bifidobacterium longum Enterococcus faecium • Alegação: “O (indicar a espécie do microrganismo) (probiótico) contribui para o equilíbrio da flora intestinal. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis”. Probióticos (cont...) Requisitos específicos: A quantidade mínima viável para os probióticos deve estar situada na faixa de 108 a 109 Unidades Formadoras de Colônias (UFC) na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. Valores menores podem ser aceitos, desde que a empresa comprove sua eficácia. A documentação referente à comprovação de eficácia, deve incluir: - Laudo de análise do produto que comprove a quantidade mínima viável do microrganismo até o final do prazo de validade. - Teste de resistência da cultura utilizada no produto à acidez gástrica e aos sais biliares. A quantidade do probiótico em UFC, contida na recomendação diária do produto pronto para consumo, deve ser declarada no rótulo, próximo à alegação. Os microorganismos Lactobacillus delbrueckii (subespécie bulgaricus) e Streptococcus salivarius (subespécie thermophillus) foram retirados da lista tendo em vista que além de serem espécies necessárias para produção de iogurte, não possuem efeito probiótico cientificamente comprovado. PROTEÍNA DE SOJA • PROTEÍNA DE SOJA • Alegação: “O consumo diário de no mínimo 25 g de proteína de soja pode ajudar a reduzir o colesterol. Seu consumo deve estar associado a uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis". Requisitos específicos: A quantidade de proteína de soja, contida na porção do produto pronto para consumo, deve ser declarada no rótulo, próximo à alegação No caso de produtos nas formas de cápsulas, tabletes, comprimidos e similares, deve-se declarar a quantidade de proteína de soja na recomendação diária do produto pronto para o consumo, conforme indicação do fabricante. . “Os dizeres de rotulagem e o material publicitário dos produtos à base de soja não podem veicular qualquer alegação em função das isoflavonas, seja de conteúdo (“contém”), funcional, de saúde e terapêutica (prevenção, tratamento e cura de doenças)”. ALIMENTOS FUNCIONAIS Aspectos para atingir um mercado promissor: • Um mercado relativamente jovem, com alto potencial de crescimento e diversificação, composto por consumidores mais exigentes e informados. • A constante manutenção da imagem de segurança e alta qualidade dos produtos. • A necessidade de uma comunicação eficiente e honesta com o consumidor. • A necessidade de apoio científico, que prove os benefícios alegados, justificando o preço diferenciado destes produtos. PROBIÓTICOS Conceito: Microrganismos viáveis que, ao serem ingeridos têm efeitos benéficos sobre a saúde do hospedeiro. Há um interesse crescente em conseguir o desenvolvimento de novas cepas, mais ativas. Tratando-se de microrganismos, não existe “risco zero” e portanto, é preciso aceitar que podem ter efeitos positivos mas também potenciais efeitos secundários (Marteau & Salminen, 1998). PREBIÓTICOS Conceito: Os prebióticos são “ingredientes não digeríveis dos alimentos que afetam o hospedeiro porque seu objetivo, seletivamente, é de modificar o crescimento e/ou a atividade de uma ou de um número de bactérias no colón tendo, assim o potencial de melhorar a saúde do hospedeiro”. SIMBIÓTICOS Conceito: O conceito básico para simbióticos seria: “os simbióticos são misturas de probióticos e prebióticos que afetam o hospedeiro de maneira benéfica” (Trabulsi, 2000). PROBIÓTICOSØ Microbiota intestinal Ø Patogenia • Infecções • Diarréias MICRORGANISMOS PROBIÓTICOS Lactobacillus acidophilus, L. delbrueckii, subsp. bulgaricus, L. casei, Bifidobacterium bifidum, B. longum, B. infantis, B. adolescentis, Streptococcus thermophilus. POSSÍVEIS MECANISMOS DE AÇÃO Ø Aumento de outros m.o. benéficos Ø Concorrência por receptores de aderência Ø produção de metabólitos Ø Diminuição da atividade de bactérias que produzem carcinógenos POSSÍVEIS MECANISMOS DE AÇÃO (Cont...) Ø Competição por nutrientes e espaço (resistência a colonização) Ø Estimulação da imunidade intestinal (barreira natural) Ø Influência na absorção de minerais (Ca, Fe e Mg) EFICÁCIA TERAPÊUTICA DOS PROBIÓTICOS v S. boulardi, L. acidophillus e L. bulgaricus ØDiarréia causada por antibióticos Ø Colite pseudomembranosa (Clostridium difficile) § Intolerância à lactose (S. termphillus, L. acidophilus, L. bulgaricus) PROBIÓTICOS x Helicobacter pylori Patologias e as terapias com Probióticos EFICÁCIA TERAPÊUTICA DOS PROBIÓTICOS Ø Resistência ao suco gástrico e bile Ø Colonização duradoura do intestino humano ( Concentração maior ou igual a 10 milhões de células /grama) Comercialização de probióticos Leite acidófilo Iogurte Medicamento PREBIÓTICOS ü Fontes alimentares: Trigo, chicória, aspargo, alcachofra, banana, alho e cebola ü Exemplos: FOS, Oligofrutose, rafinose, estaquiose e lactulose. Amido ResistenteAmido Resistente SIMBIÓTICOS O conceito básico para simbióticos seria: “os simbióticos são misturas de probióticos e prebióticos que afetam o hospedeiro de maneira benéfica” (Trabulsi, 2000). ü Exemplos: Lactosil + Lactobacilos FOS + Bifidobactérias ALIMENTOS FUNCIONAIS COM AÇÕES ANTIOXIDANTES E DE MODULAÇÃO DE ATIVIDADES CELULARES Radical Livre Radical livre (RL) é qualquer espécie química capaz de existência independente, mesmo que fugaz, que contenha um ou mais orbitais atômicos com elétrons não pareados ou que quimicamente, se comporte como tal (Rabay & Torres, 1997). PRINCIPAIS RADICAIS LIVRES ü -OH (Radical hidroxila) ü H2O2 (Peróxido de hidrogênio) ü -O2 (Radical superóxido) ü LOO2- (Radical peroxil) COMPOSTOS FENÓLICOS Principais flavonóides: Quercetina, Kaempferol e Miricetina ü Antocianinas (Cianidina, Delfinidina e Peodidina) encontradas em flores e usadas como corantes ü Flavanas (Catequina, Luteoforol e Procianidina) encontradas em frutas e chás ü Flavanonas (Hesperidina e Naringenina) encontradas exclusivamente em frutas cítricas. COMPOSTOS FENÓLICOS ü Flavonas (Apigenina, Luteolina, Tangeretina) encontradas em frutas cítricas, cereais, ervas e outros vegetais. ü Flavonóis (Quercetina, Rutina, Miricetina e Kaempferol) encontrados em vegetais e frutas. ü Isoflavonóides (Daidzeína e Genisteína) encontrados quase que exclusivamente em leguminosas. O que é o Resveratrol? Composto fenólico, encontrado em alguns produtos alimentícios, mas principalmente no vinho tinto. É uma fitoalexina: Composto fenólico, encontrado em alguns produtos alimentícios, mas principalmente no vinho tinto. É uma fitoalexina: do grego phyton = planta e alexin = composto que repele do grego phyton = planta e alexin = composto que repele ataque fúngico (Botrytis cinerea, Plasmopora vitcula), dano mecânico ou por irradiação de luz ultravioleta. Atividades e interesses de estudos AntioxidanteAntioxidante Inibe a dioxigenase da lipoxigenase que por sua vez contém um íon ferro no seu centro ativo e catalisa as reações de hidroperoxidação. Chem. Pharm. Bull. v. 30, n. 5, p. 1766-1770, 1982; J. Agric. Food Chem. v. 47, p.4842-4846, 1999 A similaridade entre o trans-resveratrol e o estrogênio sintético, o faz atuar de forma similar no organismo, substituindo em parte o tratamento de reposição hormonal no pós menopausa. Life Sciences. v. 70, p. 1577-1589, 2002. RepositorRepositor HormonalHormonal AntiinflamatórioAntiinflamatório Inibição da transcrição e atividade da COX-1 e COX-2. Journal of Biological Chemistry, v. 273, n. 34 (Aug. 21), p. 21875-21882, 1998. AntitumorigênicoAntitumorigênico Inibe a cascata do ácido araquidônico, rota metabólica que pode induzir a gênese de tumores. Inibição da PkC (efeito quimiopreventivo). Biochemical Pharmacology, v. 60, n. 9, p. 1355-1359, 2000. Indutor de apoptose (agente antiproliferativo). Cancer Letters, v. 158, p. 85- 91, 2000. Life Sciences. v. 70, p. 1577-1589, 2002. Síntese de flavonóides CAROTENÓIDES ü b-caroteno ü Licopeno ü Capxantina ü Neoxantina ü Bixina ü Luteína ü Violoxantina violoxantina Compostos de enxofreCompostos de enxofre Aliina Glicosinolatos Substâncias Estrogênicas em Alimentos Estrógenos ou estrogênios • Designação genérica dos hormônios responsáveis pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários na mulher e pelo aparecimento, durante o ciclo menstrual, das condições adequadas, na genitália feminina, à fertilidade, implantação e nutrição do embrião. • De acordo com a ocorrência e estrutura química são classificados como: Naturais ou sintéticos: estradiol, estrona e estriol; estrogênios equínos e estrogênios conjugados. Esteróides e não esteróides. Naturais Naturais Sintéticos Esteróides ovarianos Estradiol, estrona e estriol Micoestrógenos Zearalenona e Zearalenol Fitoestrógenos LignanasIsoflavonas Coumestanas Genisteína Daidzeína Promotores de crescimento Xenoestrógenos Classificação de fitoestrógenos Classe Exemplos Principal fonte Lignanas Enterolactona Óleo de sementes Enterodiol Linhaça Cereal (farelo e inteiro) Vegetais Frutas Legumes Isoflavonas Genisteina Daidzeina Equol Soja Trevo Coumestanas Coumestrol Trevo Genisteina, daidzeina e gliciteina estão comumente presentes em plantas e alimentos como glicose conjugada (glicosídeos). O grupo glicosil é conjudado, por uma ligação éster, na posição 7- isoflavona e o açúcar é geralmente esterificado com grupos acetil ou malonil na 6”-posição. 7-Glicosilgenisteina é conhecido como genisteína, 7-glicosildaidzeina é conhecido como daidzina e 7- Glicosilgliciteina é conhecido como glicitinna. Quando o açúcar utiliza grupos acetil ou malonil estes termos são prefixados com 6”-acetil ou 6”-malonil. ESTRUTURA • Estudos mostram os efeitos benéficos dos fitoestrógenos na prevenção de doenças crônicas (câncer de colo, mama e próstata, doenças cardiovasculares) e, em pacientes na pós- menopausa (redução dos sintomas e prevenção) Produzem efeitos do estrógeno, porém não são carcinogênicos. • A genisteína funcionaria como um inibidor da oncogênese, pois inibe a tirosina-quinase (PTK), o fator de crescimento epidermal (EGF-R), a DNA topoisomerase I e II, a ribossomal S6 quinase, assim como a angiogênese e a diferenciação celular in vivo. A genisteína, por sua vez, inibe a produção de radicais livres,. • os fitoestrógenos reduzem os níveis de LDL e a taxa total de colesterol sanguíneo em animais e em humanos. • A incidência de coronariopatias na população asiática, comparada com a população dos EUA é dez vezes menor. Estrógenos derivados de plantas • Fitoestrógeno: substâncias vegetais com atividade biológica semelhantes ao estrogênio. • São compostos fenólicos heterocíclicos (estrutura similar aos estrógenos naturais e sintéticos). • Descoberto na década de 20 e nos anos 40 assumiram importância biológica e econômica, na Austrália, com a redução de fertilidade induzida em ovelhas alimentadascom trevo. • Atualmente classificam-se em: lignanas, isoflavonas, e coumestanas • Ação dos fitoestrógenos no organismo: “imitadores” de estrogênio: atuam de forma análoga ao estrogênio em pequenas doses (efeito estrogênico) Podem bloquear o efeito do mesmo em doses elevadas. Podem estar relacionados com o aparecimento de tumores em doses elevadas. • Ativam uma família de proteínas (receptores de estrogênio). Podem afetar: a produção e/ou quebra de estrogênios pelo corpo; os níveis de estrogênios carreados na circulação sanguínea e a comunicação de vias metabólicas entre as células, prevenindo a transformação de vasos sanguíneos em tumores ou alterar processos envolvidos no processamento de DNA para a multiplicação celular. • As propriedades estrogênica e anti-estrogênica decorre da interação com os receptores de estrogênios. • Os estrógenos derivados de plantas se ligam competitivamente aos receptores de estrogênio – α (ERα ) e β (ERβ ) - e os ativam. • ERα é chamada um receptor de estrogênio clássico e tem sido conhecido por décadas, enquanto que ERβ foi descrito e caracterizado a poucos anos atrás. MECANISMO DE AÇÃO DO MECANISMO DE AÇÃO DO FITOESTRÓGENOFITOESTRÓGENO Interferir com a atividade de tirosinaquinase para a ativação de receptores tanto do fator de crescimento quanto da tirosinaquinase citoplasmática, os quais são essenciais para a transdução de sinais mitogênicos ü Tem sido proposto que Fitoestrógeno inibe o crescimento celular por: Afinidade relativa de ligação de vários compostos aos receptores estrogênicos α e β Composto ERα ERβ Estradiol-17β 100 100 Estrona 60 37 Estriol 14 21 Progesterona <0.001 < 0.001 Testosterona <0.01 < 0.01 Coumestrol 94 185 Genisteina 5 36 β -Sitosterol <0.001 <0.001 Tamoxifen 7 6 • Coumestrol: tem o mais potente efeito estrogênico, entretanto, é raramente encontrada na dieta humana Ele se liga ao ERα com uma afinidade dez vezes mais baixa, mas a dissociação é mais fechada do que o estradiol-17 β. • Biochanina A: derivado metoxi da genisteina, não se liga aos receptores de estrogênio, mas é estrogênico in vivo. • Daidzeina: tem uma afinidade de ligação mais alta aos receptores de estrogênio do que seu derivado metoxi, formononetina. Fontes de fitoestrógenos • Isoflavonóides: grãos da família leguminosa; soja e produtos a base de soja são as maiores fontes dietéticas deste tipo de fitoestrógeno. • Lignanas: alimentos ricos em fibras como farelo de cereais e grãos; sementes de linhaça • Coumestana: grãos como ervilhas; brotos de alfafa e trevo. • As fontes mais ricas de daidzeína (mg/100 g de peso seco) são tofu, ervilhas, alfalfa, nozes, chá e café. Genisteina, e outras isoflavonas são encontradas em tofu, nozes, feijão, pão escuro e café. • Formononetina: broto de alfalfa, nozes e cerveja. • Biochanina A: broto de alfalfa e nozes, entretanto em uma concentração menor comparada com formononetina. • Coumestrol: broto de alfafa e brócolos. • Lignanas: frutas silvestres e alguns vegetais; matairesinol é encontrado principalmente em brócolos, morango, pão escuro e chá, e as fontes mais ricas de secoisolaresinol são toronja, amora, abobrinha, café e chá. Kleijn et al., (2001) • As isoflavonas podem ser divididas em: Agliconas: daidzeína, gliciteína, formononetina e biocanina A Gliconas: daidzina, genistina, glicitina, ononina e sissotrina Acetilgliconas: 6-acetildaidzina, 6-acetilgenistina Malonilgliconas: 6-malonildaidzina, 6- malonilgenistina Utilização dos fitoestrógenos Nutrição e suplementos nutricionais • Soja: alimento mais estudado. É conhecida há milênios na Asia, constituindo a base da alimentação do povo. Fermentada: produz diferentes molhos Preensada: obtém-se um óleo utilizado na cozinha Germinada: é um vegetal fresco rico em proteínas e vitaminas. Moída: forma farinha (seca) e provê o queijo de soja (úmida como leite) Consumida em excesso pode provocar descalcificação (ácido fítico) Utilização dos fitoestrógenos Fitoterapia – plantas medicinais • Remifemin (comprimidos) é o mais utilizado na Alemanha, Estados Unidos e Austrália e estudado, é um extrato da Cimífuga racemosa, e utilizado como alternativa natural à TRH. Ele contém diversos fitoestrogênios sendo o mais importante a formononetina, que tem propriedades anticancerosas no endométrio e na mama (tem efeito antiestrogênico ao ocupar o receptor estrogênico). • Alfafa (Medicago sativa) pode ser encontrada em comprimidos; foi demonstrado que animais alimentados com alfafa podem exibir estro persistente sem ovulações • O vitex (Vitex agnus-castus): utilizado como medicamento no tratamento da tensão pré- menstrual e da hiperprolactinemia. Era também utilizada por frades, por seu efeito de diminuir o desejo sexual. • O alcaçuz (Glycyrrhiza glabra) além de conter estriol, formononectina e várias isoflavonas, reduz a carcinogênese. • O Dong Quai (Angelica sinensis) é antídoto efetivo contra a ansiedade, depressão, nervosismo e insônia da menopausa • Panax ginseng (ginseng) ou ginseng siberiano (Eleutherococcus senticosus) : os efeitos estrogênicos estão na estimulação da adrenal, com aumento da produção de androstenediona que é posteriormente transformada em estrona. Propriedades físicas e químicas • As isoflavonas agliconas: estáveis sob condições fisiológicas. • A ligação éster de acetil– e malonil– glicose são lábeis à variações de pH e temperaturas elevadas. • As ligações glicose–isoflavona são mais fortes, mas são quebradas sob condições acidicas e/ou altas temperaturas. • A solubilidade das isoflavonas agliconas é baixa. • A conjugação de resíduos de glicose aumenta a solubilidade. A acetilação e a malonilação reduz a solubilidade. • Biocanina A e formononetina são menos solúveis do que a genisteina e a daidzeina. COUMESTANAS • Coumestanas: estruturalmente e biossinteticamente relacionadas às isoflavonas. • Elas são encontradas predominantemente em trevo e alfafa e em menor extensão em broto de soja - são raros componentes da dieta humana. Coumestanas FITOESTRÓGENOS nas DCC ü Isoflavonas (genisteína e daidzeína) ü b-Sitosterol ü Campesterol ü Sigmasterol ü Estigmasterol ü Lanosterol ü Tirosol Mecanismo de ação dos fitoestrógenos Mecanismo de ação dos fitosteróisMecanismo de ação dos fitosteróis Os fitoestrogênios absorvidos entram na circulação enteroepática e podem ser excretados na bile, desconjugados pela microbiota intestinal, reabsorvidos, reconjugados pelo fígado e excretados pela urina. ISOFLAVONAS ISOFLAVONAS - Fitoestrógenos Os fitoestrogênios absorvidos entram na circulação enteroepática e podem ser excretados na bile, desconjugados pela flora intestinal, reabsorvidos, reconjugados pelo fígado e excretados pela urina. ATIVIDADES FISIOLÓGICAS E FUNCIONAIS DOS ÁCIDOS GRAXOS Essencialidade dos ácidos graxos w - 6 ® 1930 w - 3 ® 1980 ATIVIDADES FISIOPATOLÓGICAS DOS ÁCIDOS GRAXOS Ø Composição de membranas celulares Ø Coagulação sanguínea Ø Inflamação Ø Lipoproteínas plasmáticas Transporte dos lipídeos pelas lipoproteínasTransporte dos lipídeos pelas lipoproteínas Controle da síntese de colesterolControle da síntese de colesterol Representação esquemática de uma lipoproteína Transporte dos lipídeos Transporte dos lipídeos (Cont...)(Cont...) # VLDL e LDL: a degradação de VLDL origina LDL pelo fígado a partir de gordura, CHD, álcool e colesterol, apresenta 95% de lipídio (60%é triglicerídeo) e 5% de proteínas. Transportam cerca de 60 a80% do colesterolsérico e possui afini-dade com as células das paredes das artérias AteroscleroseAterosclerose (Cont...) ÁCIDO OXÁLICO Ø Características: Apresenta-se em cristais incolores, translúcidos, inodores, sabor ácido e um pouco metálico Ø Principais fontes alimentares: espinafre, tomate, acelga, nozes e cacau Ø Interações Estrutura do ácido oxálicoEstrutura do ácido oxálico ÁCIDO OXÁLICOÁCIDO OXÁLICO Alimento (100g) Ácido oxálico (mg) Almeirão 74 Amendoim torrado 187 Beterraba 675 Chocolate 117 Espinafre cozido 750 Pimenta 419 Quiabo 146 Concentração (mg) de ácido oxálico em alguns alimentos ÁCIDO FÍTICO ü(Myo-inositol 1,2,3,4,5,6 hexaquifosfato) üImportância para a fisiologia vegetal ü 1-2% em peso de grãos integrais ü 7% em isolados protéicos ü Feijão preto (88% IP6 e 10,2% IP5) ÁCIDO FÍTICO Fitase (myo-inositol hexafosfato fosfohidrolase) ØInterações com minerais ü Zinco ü Cálcio ü Ferro ü Cobre Possíveis interações do ácido fítico com proteínas, minerais e amido (Santos, 1998) Possíveis interações do ácido fítico com minerais (Thompson, 1989) AlimentoAlimento ((100100g)g) Fitato (mg)Fitato (mg) Amêndoas 1280 Amendoim 748 Arroz branco cru 140 Arroz integral 890 Aveia crua 943 Cevada – grão integral 970 Coco cru 270 Concentrado PTN soja 1240-2170 Ervilha seca 851 Feijão 280 Feijão branco cru 1030 Trigo – farelo 3011 Concentração de fitatos em alimentos TANINOS Ø Composto fenólico ü Taninos hidrolisáveis (CHO e ác. Fenólicos) ü Taninos condensados ou não hidrolisáveis (oligômeros dos grupos flavan-3-ols ou flavan 3,4-diols) TANINOS Ø Interação com proteínas ü Tamanho da molécula ü Conformação flexível (a retração da molécula facilita a ligação com os sítios da PTN) ü Solubilidade BIODISPONIBILIDADE DA VIT A E CAROTENÓIDES Carotenóides séricos Retinol da dieta- absorção de 70-90% b- caroteno- absorção de 20-50% e diminui p/ 10% se ↑ consumo Soro - [ ] expressiva de carotenóides endógenos Resposta variável p/ ingestão oral [ ] no soro x balanço ingestão x reservas Metabolismo intestinal→éster de retinila BIODISPONIBILIDADE DA VIT A E CAROTENÓIDES BIODISPONIBILIDADE DA VIT A E CAROTENÓIDES v Retinol sérico (↓ sensibilidade em casos de depleção moderada) v RBP (Retinol Binding Protein) X Zn v Isótopos estáveis v Quilomícrons vBalanço químico- degradação e secreção endógena de carotenóides Fatores que interferem na biodisponibilidade de vit A e carotenóides →Presença de lipídeos → Formas esterificadas → Temperatura → Forma de cultivo, colheita e tempo de Maturação → Matriz alimentar cromoplasto (frutas) X cloroplasto (folhosos) Fatores que interferem na biodisponibilidade de vit A e carotenóides →Técnica dietética 1) Espinafre (Luteína- ↑ 14% a [ ] plasmática qdo comparada à folha intacta) 2) Cocção à vapor 3) Ebulição- ação de O2 - ↑ produção de isômeros Fatores que interferem na biodisponibilidade de vit A e carotenóides →Poliéster de sacarose → Orlistat → Fitoestrógenos → Etanol VITAMINA D v Indivíduo saudável v 80% absorvida v Luz solar VITAMINA E (tocoferol) vUtilizada como biomarcadores sensíveis de estresse oxidativo (α- tocoferonolactonas) VITAMINA E (tocoferol) v Interferentes de biodisponibilidade de vit E: - Lipídeos TCM- ↑ absorção TCL- ↓ absorção ( peroxidação lipídica e/ou ligação à lipoptns) - Se → GPx ↓ RL → Atenuação da deficiência de vit E - Cisteína e metionina ↑ síntese de GSH → necessidade de vit E Fatores que interferem na biodisponibilidade de vit A e carotenóides →Poliéster de sacarose → Orlistat → Fitoestrógenos → Etanol Cálcio (Ca) v Ácido oxálico e ácido fítico Biodisponibilidade (Ca) do espinafre - 5% Biodisponibilidade (Ca) do leite - 27-30% v Lactose v Sais de Ca→ 30% absorção
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