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5- Fluxo de caixa 5.1- Componentes de um fluxo de caixa 5.2- Elaboração do fluxo de caixa 5.1- Componentes de um fluxo de caixa Investimento – dispêndio de capital relacionado a compra de ativos, despesas relacionadas a instalação, frete, seguro e, caso haja transferência de tecnologia, treinamento de pessoal. Capital circulante líquido (ou capital de giro) - a implantação de um novo empreendimento acarretará em uma elevação da atividade da empresa e com isso em aumentos relacionados tanto aos ativos circulantes ( títulos negociáveis, duplicatas a receber e estoques) quanto aos passivos circulantes (títulos, duplicatas e contas a pagar) . Essa imobilização de recursos, caso o capital circulante líquido seja positivo, será recuperada ao final da vida útil do empreendimento; Receitas – benefícios decorrentes da entrada de operação do projeto, calculados pelo produto entre as estimativas de preço e quantidade vendida ao longo da vida útil do projeto; Custos operacionais – gastos relacionados com mão de obra, matéria- prima, energia elétrica, transporte, etc. Nesta rubrica estão incluídos os impostos relativos ao PIS (Programa de Integração Social), COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) e ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação). Tributação Tributação (cont.) ICMS são diferenciadas por tipo de mercadorias e estados envolvidos na operação de compra e venda das mesmas. De forma genérica teríamos o seguinte: i. 7% em operações com Estados do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Estado do Espírito Santo e 12% para as demais regiões; ii. 18% nas operações internas e importações em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro e 17% nos demais estados; iii. 7% nas operações com produtos da cesta básica; iv. 25% em operações internas, interestaduais e importações de perfumes, cosméticos, cigarros, armas e munições, bebidas alcoólicas etc. 5.1- Componentes de um fluxo de caixa (cont...) Amortização (A) – pagamento do percentual do custo de implantação obtido de capital de terceiros. Despesas financeiras (DF) – representam os gastos relacionados ao pagamento de juros, que depende do plano de financiamento a ser negociado com o agente financeiro. Imposto de Renda (IR) – a alíquota referente às empresas tributadas pelo lucro real é de 15% sobre o lucro real, antes das despesas do imposto de renda e até R$240.000,00/ano. O que exceder a este limite estará sujeito a um adicional de imposto de renda de alíquota de 10%. Para as empresas tributas pelo lucro presumido, ver tabela da Receita Federal. 5.1- Componentes de um fluxo de caixa (cont...) Valor residual – resulta da liquidação do investimento de um empreendimento na sua data terminal, estando incluída a reversão da expectativa da variação do capital circulante líquido que foi incluída, conforme apresentado, na parcela de investimento. Depreciação – dado que os ativos permanentes perdem valor com o tempo, é permitido lançar mão deste componente do fluxo de caixa o qual funciona, por um lado, como uma despesa apenas para reduzir o lucro tributável, não havendo uma saída efetiva de caixa. Por outro lado, apresenta- se como uma provisão (fundo de depreciação) para reposição futura de um determinado bem. Faro (op. cit.) define três tipos de depreciação: i. Física – perda do valor causada pelo desgaste do bem; ii. Econômica – referente ao declínio sofrido na capacidade que o bem apresenta para gerar receitas, causado seja pela exaustão física do equipamento, seja pelas constantes inovações tecnológicas ou até mesmo mudanças no gosto dos consumidores; iii. Contábil – estimativa da perda de valor sofrida pelo bem, com a finalidade de efetuar um registro contábil. 5.1- Componentes de um fluxo de caixa (cont...) Principais métodos de depreciação Método da linha reta Método da taxa fixa de depreciação Método do declínio em dobro Método da soma dos dígitos (Cole) 5.1- Componentes de um fluxo de caixa (cont...) Principais métodos de depreciação (cont.) 5.1- Componentes de um fluxo de caixa (cont...) Principais métodos de depreciação (cont.) 5.1- Componentes de um fluxo de caixa (cont...) Principais métodos de depreciação (cont.) 5.1- Componentes de um fluxo de caixa (cont...) Principais métodos de depreciação (cont.) D1 = 5 x (I - L) 15 D2 = 4 x (I - L) 15 D3 = 3 x (I - L) 15 D4 = 2 x (I - L) 15 D5 = 1 x (I - L) 15 Alternativamente, 5.1- Componentes de um fluxo de caixa (cont...) Principais métodos de depreciação (cont.) 5.1- Componentes de um fluxo de caixa (cont...) Principais métodos de depreciação (cont.) 5.2- Elaboração do fluxo de caixa - Atividades Operacionais – apresenta, durante a vida útil, as entradas e saídas de caixa, ou fluxo de caixa operacional, referentes a produção e venda dos produtos e serviços do projeto. Neste caso algumas definições contábeis são importantes, tais como: i. Lucro Bruto – Diferença entre a receita e o custo operacional; ii. Lucro Tributável – é igual ao Lucro Bruto menos Despesas e menos Depreciação; iii.Imposto de Renda – calculado a partir de uma alíquota que incide sobre o Lucro Tributável; iv. Lucro Líquido Após o Imposto de Renda – diferença entre o Lucro Tributável e o Imposto de Renda. - Fluxo de caixa operacional pode ser definido como a soma do Lucro Líquido Após o Imposto de Renda e a Depreciação. - Atividades de Investimentos – relacionadas à compra de ativos imobilizados e às necessidades de capital de giro. Elaboração do fluxo de caixa Projeto de investimento Fluxo de caixa do acionista Fluxo de caixa do acionista Fluxo de caixa do projeto de investimento