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Gabarito EP1 Geometria Anal´ıtica I Professora Lhaylla Crissaff 1. Considere os pontos A = (4, 0), B = (−3, 1), C = (0,−7), D = (1 2 , 0), E = (0, √ 3) e F = (0, 0). (a) Decida quais pontos esta˜o sobre o eixo OX. (b) Decida quais pontos esta˜o sobre o eixo OY . Soluc¸a˜o. Para resolver esta questa˜o, basta discutirmos se os pontos dados no enunciado possuem abscissa ou ordenada iguais a 0. Os pontos que tiverem abscissa igual a 0 (ou a coordenada x igual a 0, ou a primeira coordenada igual a 0) esta˜o sobre o eixo OY . E os pontos que tiverem ordenada igual a 0 (ou a coordenada y igual a 0, ou a segunda coordenada igual a 0) esta˜o sobre o eixo OX. Deu pra entender ? E´ bem simples mesmo :) (a) Como os pontos A,D, F possuem a segunda coordenada igual a 0, eles esta˜o sobre o eixo OX. (b) Como os pontos C,E, F possuem a primeira coordenada igual a 0, eles esta˜o sobre o eixo OY . Atenc¸a˜o: O ponto B na˜o esta´ sobre nenhum eixo ! E se localiza no segundo quadrante, certo ? Se voceˆ ainda ficou com alguma du´vida, use a figura 1 para te ajudar a entender a questa˜o. Figura 1: Exerc´ıcio 1. 2. Descubra qual quadrante esta´ localizado o ponto P em cada caso dado abaixo: (a) P = (−7, 2); (b) P = ( √ 2,−5); (c) P = (−1 2 ,−2 3 ); (d) P = (−√2,√5− 2); (e) P = (√ 3 3 , −1+ √ 2 2 ) . 2014.1 1 Gabarito EP1 Geometria Anal´ıtica I Professora Lhaylla Crissaff Soluc¸a˜o. Para relembrar qual a ordem dos quadrantes, veja o material extra que esta´ na plataforma. Esta´ na pa´gina 7. (a) Neste caso, x = −7 < 0 e y = 2 > 0. Enta˜o, A esta´ no 2o quadrante. (b) Neste caso, x = √ 2 > 0 e y = −5 < 0. Enta˜o, B esta´ no 4o quadrante. (c) Neste caso, x = −1 2 < 0 e y = −2 3 < 0. Enta˜o, C esta´ no 3o quadrante. (d) Neste caso, x = −√2 < 0 e y = √5−2 ≡ 2.23−2 ≡ 0.23 > 0. Enta˜o, D esta´ no 2o quadrante. (e) Neste caso, x = √ 3 3 > 0 e y = −1+ √ 2 2 ≡ −1+1.41 2 ≡ 0.41 2 > 0. Enta˜o, E esta´ no 1o quadrante. Observac¸a˜o: O s´ımbolo ≡ pode ser lido e interpretado como ”aproximadamente”. Para conferir o que fizemos, deˆem uma olhada na figura 2. Figura 2: Exerc´ıcio 2. 3. Se xy < 0, em quais quadrantes pode estar situado o ponto P = (x, y)? Soluc¸a˜o. Voltando aos tempos de Ensino Fundamental, vamos relembrar como o sinal dos nu´meros influ- encia a multiplicac¸a˜o deles. Eu aprendi assim: ”A multiplicac¸a˜o de dois nu´meros com o mesmo sinal (sejam os dois positivos ou negativos) resulta em nu´mero positivo. A multiplicac¸a˜o de dois nu´meros com sinais opostos resulta em um nu´mero negativo”. Lembram disso ? Voltando ao exerc´ıcio, temos que o nu´mero xy, dado pela multiplicac¸a˜o dos nu´meros x e y, e´ um nu´mero menor que zero. Para que isso acontec¸a, utilizando a regrinha que relembramos acima, x e y devem ter sinais opostos. Mas quem vai ser o positivo e quem vai ser o negativo ? Na˜o sabemos. Por isso, vamos pensar nas duas possibilidades: • se x e´ positivo e y e´ negativo, enta˜o o ponto P = (x, y) esta´ localizado no 4o quadrante; • se x e´ negativo e y e´ positivo, enta˜o o ponto P = (x, y) esta´ localizado no 2o quadrante. 2014.1 2 Gabarito EP1 Geometria Anal´ıtica I Professora Lhaylla Crissaff 4. Em cada caso, calcule x e y de modo que seja verdadeira a igualdade: (a) (x, y) = (3, 0); (b) (x, 1) = (−2, y); (c) (2x, y + 3) = (10, 10); (d) (x + y, x− y) = (5, 1). Soluc¸a˜o. Para resolver este exerc´ıcio, devemos utilizar o fato de que dois pontos sa˜o iguais se, e somente se, suas coordenadas sa˜o iguais. Da´ı, basta igualar as coordenadas em todos os itens dados ;) (a) Diretamente temos que x = 3 e y = 0. (b) Mais uma vez, apenas igualando, sem nenhum ca´lculo, vemos que x = −2 e y = 1. (c) Agora temos que 2x = 10 e y + 3 = 10. Logo, x = 5 e y = 7. (d) Neste caso, x + y = 5 e x − y = 1. Enta˜o, precisamos encontrar valores para x e y que satisfac¸am as duas equac¸o˜es ao mesmo tempo !!! Ou seja, temos um sistema para resolver. Da primeira equac¸a˜o obtemos x = 5 − y. Substituindo x = 5 − y na segunda equac¸a˜o obtemos (5− y)− y = 1⇐⇒ y = 2. Da´ı, x = 5− y = 5− 2 = 3. Esta´ resolvido ! 5. Sejam A = (a, 0) e B = (0, a), com a > 0. Ache x de modo que o ponto C = (x, x) seja o terceiro ve´rtice do triaˆngulo equila´tero ABC. Soluc¸a˜o. Um triaˆngulo e´ dito equila´tero se todos os seus lados possuem a mesma medida, portanto d(A,B) = d(B,C) = d(C,A). Para calcular estas distaˆncias, podemos usar a fo´rmula da pa´gina 7 do material extra que esta´ plataforma. Vamos calcular estas distaˆncias: d(A,B) = √ (a− 0)2 + (0− a)2 = √ a2 + a2 = √ 2a2; OBS.: Notem que d(B,A) = √ (a− 0)2 + (0− a)2 = √(0− a)2 + (a− 0)2 = d(A,B). Pensando nas continhas, isso acontece porque cada parcela dentro da raiz quadrada esta´ elevada ao quadrado. Pensando na geometria, a distaˆncia de Nitero´i ate´ Bom Jesus do Itabapoana e´ a mesma de Bom Jesus do Itabapoana ate´ Nitero´i ne´ ?! d(B,C) = √ (x− 0)2 + (x− a)2 = √ x2 + x2 − 2ax + a2 = √ 2x2 − 2ax + a2; d(C,A) = √ (a− x)2 + (0− x)2 = √ a2 − 2ax + x2x2 = √ 2x2 − 2ax + a2. Olhando para o ca´lculo das distaˆncias que fizemos acima, podemos perceber que d(B,C) = d(C,A) para quaisquer que sejam os valores de x e a que usemos, pois as fo´rmulas obtidas sa˜o iguais ! Da´ı, na˜o precisamos nos preocupar em igualar distaˆncias que ja´ sa˜o iguais ne´ ?! Vamos trabalhar com a distaˆncia que ficou faltando, que e´ d(A,B) = d(B,C). Vejamos: 2014.1 3 Gabarito EP1 Geometria Anal´ıtica I Professora Lhaylla Crissaff d(A,B) = d(B,C)⇐⇒ √ 2a2 = √ 2x2 − 2ax + a2. O pro´ximo passo para resolver a equac¸a˜o que obtemos acima e´ elevar ao quadrado os dois lados desta equac¸a˜o e fazer desaparecer esta raiz que na˜o nos deixa evoluir: √ 2a2 = √ 2x2 − 2ax + a2 2a2 = 2x2 − 2ax + a2 0 = 2x2 − 2ax− a2. O objetivo da questa˜o e´ encontrar o valor de x, certo ? Enta˜o para finalizar, precisamos resolver a equac¸a˜o do segundo grau que encontrar acima na varia´vel x. Note que o coeficiente de x2 e´ 2, o coeficiente de x e´ −2a (o a faz parte do coeficiente e na˜o pode ser tirado!!!) e o termo independente e´ −a2. Resolvendo a equac¸a˜o do segundo grau usando a fo´rmula de Ba´skara temos: 2x2 − 2ax− a2 = 0 ⇐⇒ x = −(−2a)± √ (−2a)2 − 4(2)(−a2) 2× 2 ⇐⇒ x = 2a± √ 4a2 + 8a2 4 ⇐⇒ x = 2a± √ 12a2 4 Neste passo na˜o cometa o crime de cortar o 2 do 2a com o 4 do denominador hein ?! NA˜O PODEEEE ! x = 2a±√12a2 4 ⇐⇒ x = 2a± 2 √ 3a 4 ⇐⇒ x = 2(a± √ 3a) 4 Agora podemos simplificar o 2 do numerador com o 4 do denominador. Isso e´ poss´ıvel pois o nu´mero 2 foi colocado em evideˆncia e com isso esta´ sendo multiplicado por todo o numerador. No caso anterior (quando na˜o simplificamos), o 2 estava multiplicado apenas pelo a e na˜o pelo numerador todo. Certo ?! Voltando ao valor de x, temos x = a±√3a 2 . 6. Calcule o ponto me´dio do segmento de extremidades A = (3, 7) e B = (11,−1). Soluc¸a˜o. Para encontrar o ponto me´dio P do segmento AB, vamos utilizar a fo´rmula encontrada no exemplo 5 da pa´gina 10 do material extra que esta´ na plataforma. Vejamos: P = ( 3 + 11 2 , 7− 1 2 ) = ( 14 2 , 6 2 ) = (7, 3). 7. Calcule as coordenadas do vetor −→v da figura 3. Soluc¸a˜o. Queremos calcular as coordenadas dos vetores que esta˜o na figura 3. Para isto, precisamos descobrir 2014.1 4 Gabarito EP1 Geometria Anal´ıtica I Professora Lhaylla Crissaff (a) 7a (b) 7b (c) 7c (d) 7d (e) 7e (f) 7f Figura 3: Questa˜o 7. onde o vetor comec¸a e onde ele termina e usar a definic¸a˜o 1.3 da Aula 1 do mo´dulo. Em todos os casos, vamos chamar de A o ponto inicial do vetor e de B o ponto final do vetor. Assim, −→v = −→AB. (a) A = (0, 0) e B = (4, 3), enta˜o −→v = −→AB = (4−0, 3−0) = (4, 0). Noteque, sempre que o ponto inicial do vetor for a origem, as coordenadas do vetor coincidem com as coordenadas do ponto final do vetor. (b) A = (0, 0) e B = (−4, 2), enta˜o −→v = −→AB = (−4− 0, 2− 0) = (−4, 2). (c) A = (1, 2) e B = (6, 3), enta˜o −→v = −→AB = (6− 1, 3− 2) = (5, 1). (d) A = (1, 4) e B = (5, 2), enta˜o −→v = −→AB = (5− 1, 2− 4) = (4,−2). (e) A = (5, 1) e B = (1, 4), enta˜o −→v = −→AB = (1− 5, 4− 1) = (−4, 3). (f) A = (7, 4) e B = (3, 2), enta˜o −→v = −→AB = (3− 7, 2− 4) = (−4,−2). 8. Dados os pontos A = (1, 0), B = (4, 2), C = (3, 4) e D = (0, 2), verifique que o quadrila´tero ABCD e´ um paralelogramo. Soluc¸a˜o. Da Geometria Euclidiana, sabemos que um paralelogramo e´ um quadrila´tero que possui lados opostos paralelos e congruentes. E o que tem isso com vetores ? TUDO ! Dizer que os lados opostos de um quadrila´tero sa˜o paralelos e congruentes e´ equivalente a dizer que os lados opostos do quadrila´tero sa˜o segmentos equipolentes (mesmo tamanho, direc¸a˜o e sentido). Isto e´, ABCD e´ um paralelogramo ⇐⇒ AB ≡ DC ⇐⇒ AC e BD possuem o mesmo ponto me´dio. 2014.1 5 Gabarito EP1 Geometria Anal´ıtica I Professora Lhaylla Crissaff O ponto me´dio de AC e´ ( 1 + 3 2 , 0 + 4 2 ) = (2, 2). E, o ponto me´dio de BD e´ ( 4 + 0 2 , 2 + 2 2 ) = (2, 2). Como os pontos me´dios dos segmentos AC e BD sa˜o iguais, pela proposic¸a˜o 1.1 da pa´gina 11, os segmento AB e DC sa˜o equipolentes. Logo, AB e DC possuem o mesmo tamanho e direc¸a˜o, o que implica que ABCD e´ um paralelogramo. OBS.: O enunciado disse que ABCD e´ um quadrila´tero, e por isso ja´ temos certeza de que os pontos A,B,C e D na˜o sa˜o colineares. Se na˜o tive´ssemos essa informac¸a˜o, ter´ıamos que verificar que os pontos A,B,C e D na˜o sa˜o colineares, ja´ que a proposic¸a˜o 1.1 (foi este resultado que usamos para resolver a questa˜o ne´ ?!) vale mesmo que A,B,C e D sejam colineares. Vamos analisar melhor este problema nas duas pro´ximas questo˜es. 9. Dados os pontos A = (2, 3), B = (4, 4) e D = (2, 1), determine C para que ABCD seja um paralelogramo. Esboce este paralelogramo em um plano cartesiano. Soluc¸a˜o. Como queremos encontrar as coordenadas do ponto C, vamos ”colocar nomes” nelas. Seja C = (x, y). Para que ABCD seja um paralelogramo, seguindo o mesmo racioc´ınio do exerc´ıcio anterior, precisamos garantir que AC e BD possuam os mesmos pontos me´dios. Assim, igualando os pontos me´dios temos: ( 2 + x 2 , 3 + y 2 ) = ( 4 + 2 2 , 4 + 1 2 ) ⇐⇒ { 2 + x = 6 3 + y = 5 . Resolvendo o sistema acima, encontramos x = 4 e y = 2. Figura 4: Exerc´ıcio 8. Pela figura 9, vemos que ABCD realmente e´ um paralelogramo. 10. Dados os pontos A = (0, 1), B = (2, 3) e D = (3, 4), determine C para que ABCD seja um paralelogramo. Esboce este paralelogramo em um plano cartesiano. Voceˆ realmente obteve um paralelogramo? 2014.1 6 Gabarito EP1 Geometria Anal´ıtica I Professora Lhaylla Crissaff Soluc¸a˜o. Analogamente ao que foi feito no exerc´ıcio anterior, consideremos C = (x, y). Para que ABCD seja um paralelogramo, precisamos garantir que AC e BD possuam os mesmos pontos me´dios. Assim, igualando os pontos me´dios temos:( 0 + x 2 , 1 + y 2 ) = ( 2 + 3 2 , 3 + 4 2 ) ⇐⇒ { 0 + x = 5 1 + y = 7 . Resolvendo o sistema acima, encontramos x = 5 e y = 6. Pela figura 10, vemos que ABCD na˜o e´ um paralelogramo. Figura 5: Exerc´ıcio 9. OBS.: Viram a diferenc¸a dos exerc´ıcios 8 e 9 ? So´ mostrar que os segmentos AC e BD sa˜o equipolentes na˜o e´ suficiente para que ABCD seja um paralelogramo, pois a proposic¸a˜o 1.1 vale mesmo que A,B,C e D sejam colineares. 2014.1 7
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