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Compressão Medular Emergência Oncológica.pdf

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Emergência clínica síndrome de compressão medular (teremos algumas RM lindíssimas e bem
fáceis de entender, apreciem):
A síndrome de compressão medular (SCM) pode ser causada de várias formas através de
massas tumorais, ossificação do ligamento longitudinal posterior e calcificação do ligamento
amarelo, por exemplo. No caso de pacientes com neoplasia maligna 2 a 5% deles apresentam a
SCM sintomática. Os tumores da coluna vertebral podem ser classificados em extradurais,
intradurais extramedulares e intradurais intramedulares. Entre os tumores primários da coluna
temos osteosarcoma, tumores de células de Schwann, ependimomas etc, além de uma infinidade
de tumorações benignas. A maioria dos casos, no entanto, resulta de metástases ósseas na coluna,
mais comumente dos cânceres de mama, próstata, pulmão, tireoide, carcinoma de células
renais, linfoma e o mieloma múltiplo. 1, 2, 3, 4
(Tumor extradural)
RUPPERT, 2017
As tumorações intradurais se dão em sua maioria por disseminação hematogênica, contaminando
o LCR, no entanto, é muito comum também a contaminação iatrogênica durante procedimentos.
Quando intramedular podemos encontrar um crescimento aflorado em volta da epineuro,
perineuro e vasos sanguíneos que além de isquemia podem desencadear hemorragias
subaracnoideas. Os tumores intramedulares intradurais representam 4 a 5% dos tumores
primários do SNC, surgem das células gliais, neuronais e/ou células conjuntivas. São
classificados como de baixo, intermediário ou alto grau com base na citologia e são
encontrados com mais frequência na coluna cervical e cervicotorácica.2, 3, 4
(Tumor intradural extramedular)
RUPPERT, 2017
(Tumor intradural intramedular)
RUPPERT, 2017
A tumoração pode causar compressão por dois mecanismos: por compressão direta pela lesão
localizada em um corpo vertebral (85%) ou através do forame intervertebral (15%) indo na
direção do canal vertebral ou por uma fratura patológica causada por infiltração no corpo
vertebral (com a já comentada instabilidade da coluna).2, 3, 4Ambas as formas podem co-existir.
Importante lembrar que geralmente vemos tumores anteriores ou laterais, raramente
posteriores. Dito isso podemos imaginar três naturezas de tumores, os osteolíticos (mais comuns
em adultos, especialmente no câncer de mama, pulmão e tireoide); osteoblásticos (tipicamente no
câncer de próstata e bexiga e tumores carcinoides); e os mistos (nos cânceres de pulmão, mama,
colo do útero e ovário).2, 3
Os sintomas são variáveis e sugestivos da histologia do tumor. A dor é o sintoma mais comum
à apresentação, ela que me faz pensar nesta síndrome para Miguel, mas não só. Disfunção motora
é o sinal mais precoce e ocorre antes das alterações sensoriais. A maioria ocorre ao nível da
medula espinhal torácica (cerca de 60%) e por isso é mais comum a paraparesia e hiperreflexia
(lembra alguém?). Enfim há perda significativa da autonomia e qualidade de vida.1, 3
Referências:
1. BARROS, Andrezza L. A. Santos Paes de. Emergências na Clínica Oncológica. In: MARQUES,
Cristiana de Lima Tavares de Queiroz et al (coord.). Oncologia: Uma abordagem Multidisciplinar.
Recife: Carpe Diem, 2015. P. 203-212.
2. RUPPERT, Lisa Marie. Malignant Spinal Cord Compression-Adapting Conventional
Rehabilitation Approaches. Physical Medicine and Rehabilitation Clinics of North America,
[S.I.], v. 28, n. 01, p. 101-114, 2017. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5604850/>. Acesso em: 08 set. 2018. (Fator de
impacto 0,65 em 2015; semelhante ao Qualis B2).
3. Hammack, Julie. E. Spinal Cord Disease in Patients With Cancer. CONTINUUM: Lifelong
Learning in Neurology, [S.I.], v. 18, n. 02, p. 312–327, 2012. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22810129/>. Acesso em: 08 set. 2018. (Fator de impacto
0,62 em 2015; semelhante ao Qualis B2).
4. CHAMBERLAIN, Marc C. Neoplastic Myelopathies. CONTINUUM: Lifelong Learning in
Neurology, [S.I.], v. 21, n. 01, p. 132–145, 2015. Disponível em:
<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25651222>. Acesso em: 08 set. 2018. (Fator de impacto
0,62 em 2015; semelhante ao Qualis B2).

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