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Sobre a puberdade temos que ela pode ser dividida em quatro estágios: telarca; pubarca e adrenarca; estirão puberal; e menarca. A telarca é o aparecimento dos botões mamários e é o primeiro sinal da puberdade. Em média a telarca ocorre em torno de 10,8 anos.1 Uma classificação criada por Marshall e Tanner em 1969 é comum para a avaliar o desenvolvimento puberal através do crescimento mamário e também dos pelos pubianos, os estágios de Tanner sobre o primeiro seguem na imagem abaixo1, 2, 3 (Estágio de Tanner para o desenvolvimento das mamas. In: BRASIL, 2009): A puberdade comumente se inicia entre os 8 e 13 anos com a telarca, o desvio deste padrão para a esquerda é a telarquia precoce que é mais encontrada em meninas com menos de dois anos, comumente pela persistência de secreção de gonadotrofinas hipofisárias, mas também em crianças por volta dos seis anos pela antecipação da produção de estrogênio nos ovários ou maior sensibilidade dos receptores.1, 2 No acompanhamento de rotina é notado um desenvolvimento do tecido mamário ou dos mamilos, mas a criança possui uma estatura normal e ausência de outras características puberais. O desenvolvimento mamário normalmente se estabiliza ou regride sem nenhuma intervenção medicamentosa. 2, 4Há informações sobre a telarca precoce devido ao uso de estrogênios exógenos presentes em cremes e tônicos capilares, por exemplo, e a ingestão exacerbada de produtos à base de soja (devido a presença dos desreguladores endócrinos fitoestrógenos). 4 Já a telarca tardia pode ser creditada ao baixo nível de estrógenos, sendo um sinal da puberdade tardia. A presença de uma doença crônica debilitante, tratamentos quimio ou radioterápicos, disgenesia gonadal ou exercícios físicos em excesso podem levar ao retardo (ou mesmo ausência) de características sexuais secundárias, como o desenvolvimento mamário. A intervenção deve ser realizada de acordo com a origem da ausência de telarca. 2 Referências: 1. TOY, Eugene C. et al. Casos Clínicos em Ginecologia e Obstetrícia (Lange). 4ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2014, p. 453. 2. HOFFMAN, Barbara L. et al. Ginecologia de Williams. 2ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. Capítulo 14. 3. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Orientações para o Atendimento à Saúde da Adolescente. Brasília, 2009. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_atendimento_adolescnte_menina.pdf 4. FORTES, Érika M. et al. Ingestão Excessiva de Fitoestrógenos e Telarca Precoce: Relato de Caso com Possível Correlação. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia, São Paulo, n. 51, v. 3, 2007.
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