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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Equações Diferenciais - Exercícios Programados 7 Soluções Aviso do Coordenador: Caros Alunos, os exercícios correspondentes às aulas das semanas de 02/04 a 30/04/2007 foram reunidos em dois grupos, devido à tentativa de atendimento da solicita- ção de apresentar respostas detalhadas, implicando no aumento do tamanho dos gabaritos, e também à ocorrência de feriado prolongado no período. O segundo EP do mês de abril (aulas 12 e 13) será disponibilizado até o dia 21/04 Exercício 1 Calcule a solução geral de (e2y − y cos xy)dx+ (2xe2y − x cos xy + 2y) dy = 0 Solução: Sejam M(x, y) = e2y − y cos xy e N(x, y) = 2xe2y − x cos xy + 2y TemosMy = 2e2y−cos xy+yx sen xy = Nx, de modo que a equação é exata. Portanto existe ϕ(x, y) tal que ϕx = e2y − y cos xy (1) e ϕy = 2xe2y − x cos xy + 2y (2) Integrando a equação (1) com respeito a x: ϕ(x, y) = ∫ ϕx dx+ g(y) = ∫ (e2y − y cos xy) dx+ g(y), i.é, ϕ(x, y) = xe2y − sen xy + g(y) (3) Derivando a equação (3) com respeito a y e igualando o resultado com a equação (2), obtemos ϕy = 2xe2y − xcos xy + g′(y) = 2xe2y − x cos xy + 2y (4) Conluímos daí que g′(y) = 2y e então g(y) = y2. Consórcio CEDERJ - Fundação CECIERJ 2007/1 Dessa forma ϕ(x, y) = xe2y − sen xy + y2, e as soluções da equação proposta são definidas implicitamente pela relação xe2y − sen xy + y2 = c. Exercício 2 Resolva (x+ y) dx+ x ln x dy = 0, x ∈ (0,+∞) Solução: Sejam M(x, y) = x+ y e N(x, y) = x ln x Temos My = 1 Nx = ln x+ 1, de modo que a equação não é exata. Entretanto (My −Nx)/N = −ln x/(x ln x) = −1/x, e então m(x) = e− ∫ 1/x dx = 1/x é um fator de integração para a equação. Multiplicando a equação dada por m(x) obtemos a equação exata (1 + y/x) + (ln x) y′ = 0 (5) Daí existe ϕ(x, y) tal que ϕx = 1 + y/x (6) e ϕy = ln x (7) Integrando a equação (7) com respeito a y: ϕ(x, y) = ∫ ln x dy + h(x) = y ln x+ h(x), (8) Derivando a equação (8) com respeito a x e igualando o resultado com a equação (6), obtemos ϕx = y/x+ h′(x) = 1 + y/x (9) Conluímos daí que h′(x) = 1 e então h(x) = x. Dessa forma ϕ(x, y) = y ln x+ x, Consórcio CEDERJ - Fundação CECIERJ 2007/1 e as soluções da equação proposta são definidas implicitamente pela relação y ln x+ x = c. Exercício 3 Decomponha o operador diferencial linear L ≡ 4D2 + 4D + 1 em um produto de fatores irredutíveis de ordem inferior Solução: Observamos que o operador 4D2+4D+1 é um operador de coeficientes constantes. Então podemos utilizar a analogia (o isomorfismo) que existe entre a álgebra dos operadores lineares de coeficientes constantes e a álgebra dos polinômios em uma indeterminada: anD n + an−1D n−1 + · · ·+ a1D + a0 ←→ anxn + an−1xn−1 + · · ·+ a1x+ a0 De acordo com essa correspondIencia, ao operador 4D2+4D+1 corresponde o polinômio 4x2+4x+1, o qual se fatora como 4 ( x2 + x+ 14 ) = 4 ( x+ 12 )2. Conclui-se então que o operador 4D2 + 4D + 1 se fatora como 4 ( D + 1 2 )2 Exercício 4 Resolva as equacões exatas da lista a seguir (a) (x− y)dx+ (−x+ y + 2)dy = 0 (b) y′ = y − x+ 1 −x+ y + 3 (c) (x2 + y2)dx+ (xexy + 1)dy = 0 (d) (y + cosx)dx+ (x+ seny)dy = 0 (e) (3x2y + y2)dx(x2 + 2xy)dy = 0 (f) y′ = y 1 2 (g) y′ = x+ y Solução: a)(x− y)dx+ (−x+ y + 2)dy = 0 Sejam M(x, y) = x− y e N(x, y) = −x+ y + 2 Consórcio CEDERJ - Fundação CECIERJ 2007/1 Temos My = −1 = Nx, de modo que a equação é exata. Existe ϕ(x, y) tal que ϕx = x− y (10) e ϕy = −x+ y + 2 (11) Integrando a equação (10) com respeito a x: ϕ(x, y) = ∫ (x− y) dx+ g(y), i.é, ϕ(x, y) = x2/2− xy + g(y) (12) Derivando a equação (12) com respeito a y e igualando o resultado com a equação (11), obtemos ϕy = −x+ g′(y) = −x+ y + 2 (13) Conluímos daí que g′(y) = y + 2 e então g(y) = y2/2 + 2y. Dessa forma ϕ(x, y) = x2/2− xy + y2/2 + 2y, e as soluções da equação proposta são definidas implicitamente pela relação x2/2− xy + y2/2 + 2y = c. b) y′ = y − x+ 1 −x+ y + 3 Escrevendo a equação na forma M(x, y) +N(x, y) y′ = 0 temos (y − x+ 1)︸ ︷︷ ︸ M(x,y) +(x− y − 3)︸ ︷︷ ︸ N(x,y) y′ = 0 Temos My = 1 = Nx, de modo que a equação é exata. Existe ϕ(x, y) tal que ϕx = y − x+ 1 (14) e ϕy = x− y − 3 (15) Consórcio CEDERJ - Fundação CECIERJ 2007/1 Integrando a equação (14) com respeito a x: ϕ(x, y) = ∫ (y − x+ 1) dx+ g(y), i.é, ϕ(x, y) = xy − x2/2 + x+ g(y) (16) Derivando a equação (16) com respeito a y e igualando o resultado com a equação (15), obtemos ϕy = x+ g′(y) = x− y − 3 (17) Conluímos daí que g′(y) = −y − 3 e então g(y) = −y2/2− 3y Dessa forma ϕ(x, y) = xy − x2/2 + x− y2/2− 3y, e as soluções da equação proposta são definidas implicitamente pela relação xy − x2/2 + x− y2/2− 3y = c. c) (x2 + y2)dx+ (xexy + 1)dy = 0 Sejam M(x, y) = x2 + y2 e N(x, y) = xexy + 1 Temos My = 2y 6= Nx = exy + xyexy, de modo que a equação não é exata. d) (y + cos x) dx+ (x+ sen y) dy = 0 Sejam M(x, y) = y + cos x e N(x, y) = x+ sen y Temos My = 1 = Nx, de modo que a equação é exata. Existe ϕ(x, y) tal que ϕx = y + cos x (18) e ϕy = x+ sen y (19) Integrando a equação (18) com respeito a x: ϕ(x, y) = ∫ (y + cos x) dx+ g(y), Consórcio CEDERJ - Fundação CECIERJ 2007/1 i.é, ϕ(x, y) = xy + sen x+ g(y) (20) Derivando a equação (20) com respeito a y e igualando o resultado com a equação (19), obtemos ϕy = x+ g′(y) = x+ sen y (21) Conluímos daí que g′(y) = sen y e então g(y) = −cos y Dessa forma ϕ(x, y) = xy + sen x− cos y, e as soluções da equação proposta são definidas implicitamente pela relação xy + sen x− cos y = c. e) (3x2y + y2)dx(x2 + 2xy)dy = 0 Sejam M(x, y) = 3x2y + y2 e N(x, y) = x2 + 2xy Temos My = 3x2+2y 6= Nx = 2x+2y, de modo que a equação não é exata. f) y′ = y 1 2 Sejam M(x, y) = y 1 2 e N(x, y) = −1 Temos My = 1/(2 √ y) 6= Nx = 0, de modo que a equação não é exata. g) y′ = x+ y Sejam M(x, y) = x+ y e N(x, y) = −1 Temos My = 1 6= Nx = 0, de modo que a equação não é exata. Consórcio CEDERJ - Fundação CECIERJ 2007/1 Exercício 5 ATENÇÃO !!!: CORREÇÃO NO ENUNCIADO DO EXERCÍCIO 5: Onde se lê :“Escreva as equações lineares abaixo na forma canônica” leia-se “Escreva as equações lineares da lista abaixo na forma canônica” Obs: A forma canônica de uma equação diferencial linear de ordem n é an(x)y (n) + an−1(x)y (n−1) + · · ·+ a1(x)y′ + a0(x)y︸ ︷︷ ︸ L.y = h(x) (a) (xD3 −D)y = arcsenx (b) y′ = tgx− x+ 1 cosx− x+ 3 y (c) (x2 +D)y + (xexy −D)Dy = 0 (d) (D4 + cosx)y + (x+Dy)Dy = 0 Solução: a) (xD3 −D)y = arcsenx ⇐⇒ (xD3)y −Dy = arcsenx ⇐⇒ xy′′′ − y′ = arcsenx A forma canônica (Ly = h(x)) é xy′′′ − y′ = arcsenx b) A forma canônica da equação y′ = tgx− x+ 1 cosx− x+ 3y é y′ + ( − tgx− x+ 1 cosx− x+ 3 ) ︸ ︷︷ ︸ a0(x) y = 0 c) (x2 +D)y + (xexy −D)Dy = 0 ⇐⇒ (x2)y −Dy + (xexy)(Dy)−D(Dy) = 0 Consórcio CEDERJ - Fundação CECIERJ 2007/1 A presença do coeficiente xexy antecedendo à derivada Dy impede que a equação dada seja uma equação diferencial linear. Lembre-se que os coeficientes de equações diferenciais lineares são fun- ções apenas da variável x Resposta: A equação não é uma equação diferencial linear. Conseqüen- temente não pode ser escrita na forma canônica das equações diferenciais lineares. d) (D4 + cosx)y + (x+Dy)Dy = 0 ⇐⇒ (D4)y + (cosx)y + xDy + (Dy)(Dy) = 0 ⇐⇒ y(iv) + (cosx)y + xy′ + (y′)(y′) = 0 ⇐⇒ y(iv) + (cosx)y + xy′ + (y′)2 = 0 Resposta: A parcela (y′)2 proíbe que a equação seja uma equação diferen- cial linear. Conseqüentemente não pode ser escrita na forma canônica das equações diferenciais lineares. Consórcio CEDERJ- Fundação CECIERJ 2007/1
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