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TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NO CENÁRIO EDUCACIONAL BRASILEIRO


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1- Acadêmicos: Deysiane Carla Martinhago, Luciana Cugiki e Poliana Aparecida Aguiar 
2- Gesiele Reis – Mestra em Educação 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso (PED – 1536) – Seminário Interdisciplinar V – 
05/07/18 
 
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NO CENÁRIO 
EDUCACIONAL BRASILEIRO 
 
Acadêmicos ¹ 
Tutor Externo ² 
 
 
 
RESUMO 
 Na atualidade são várias as abordagens pedagógicas usadas nas escolas brasileiras, abordaremos 
nesse trabalho as Práticas Pedagógicas adotadas na escola e sua relação com a aprendizagem 
dissertando sobre as mais comuns. Apresentaremos as principais tendências pedagógicas na educação 
que influenciam o atual cenário educacional brasileiro. Dissertaremos em especial sobre a pedagogia 
Montessoriana que tem como principal objetivo estimular o aprendizado através da observação e da 
vivência de experiências concretas, comumente trabalhada na educação infantil e fundamental trazendo 
seus conceitos, alguns exemplos e sua influência nas escolas brasileiras. Apresentaremos através de 
pesquisa bibliográfica quatro linhas pedagógicas: Tradicional, na qual tem o professor como o centro 
de todo o ensino. Construtivista, que segue a linha de pensamento em que o aluno é o próprio criador 
de seu conhecimento. A Pedagogia de Waldorf, que ressalta o ensino livre onde favorece a criança, de 
uma forma mais libertadora baseado em três aspectos essenciais: desenvolvimento corporal, anímico e 
espiritual. E por fim pedagogia Montessoriana, na qual conceituamos e analisamos como cenário de 
influência na educação brasileira onde estimula o aprendizado da escrita, leitura, matemática, ciências 
da natureza, formas geométricas e os conhecimentos do dia-a-dia levando em consideração a 
autoeducação e o respeito pela individualidade, para preparar o educando à explorar o mundo ao seu 
redor, mais comumente visto na educação infantil. O ensino educacional público brasileiro é 
praticamente todo pertencente aos conceitos da escola tradicional, mas observa-se que vários ideais das 
linhas pedagógicas apresentadas fazem parte da escola, embora de modo fragmentado. 
Palavras-chave: Escola Tradicional. Pedagogia de Waldorf. Pedagogia Montessoriana. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Na atualidade são várias as abordagens pedagógicas usadas nas escolas brasileiras, abordaremos 
nesse trabalho as Práticas Pedagógicas adotadas na escola e sua relação com a aprendizagem dissertando 
sobre as mais comuns. Apresentaremos as principais tendências pedagógicas na educação que 
2 
 
influenciam o atual cenário educacional brasileiro. Dissertaremos em especial sobre a pedagogia 
Montessoriana que tem como principal objetivo estimular o aprendizado através da observação e da 
vivência de experiências concretas, comumente trabalhada na educação infantil e fundamental trazendo 
seus conceitos, alguns exemplos e sua influência nas escolas brasileiras. Apresentaremos através de 
pesquisa bibliográfica quatro linhas pedagógicas: Tradicional, na qual tem o professor como o centro de 
todo o ensino. Construtivista, que segue a linha de pensamento em que o aluno é o próprio criador de seu 
conhecimento. A Pedagogia de Waldorf, que ressalta o ensino livre onde favorece a criança, de uma 
forma mais libertadora baseado em três aspectos essenciais: desenvolvimento corporal, anímico e 
espiritual. E por fim pedagogia Montessoriana, na qual conceituamos e analisamos como cenário de 
influência na educação brasileira onde estimula o aprendizado da escrita, leitura, matemática, ciências da 
natureza, formas geométricas e os conhecimentos do dia-a-dia levando em consideração a autoeducação 
e o respeito pela individualidade, para preparar o educando à explorar o mundo ao seu redor, mais 
comumente visto na educação infantil e fundamental. 
 Observa-se que vários aspectos dessas linhas pedagógicas se fundem na educação brasileira, 
principalmente nas escolas públicas, onde os princípios da escola tradicional é predominante mas 
reconhece-se a presença também de muitos aspectos construtivistas, Aranha (2006 p. 345) nos recorda: 
O construtivismo também influenciou a elaboração dos Parâmetros Curriculares 
Nacionais, aprovados após a LDB de 1996, no sentido de recomendar que a 
formação do aluno não se reduza à acumulação de conhecimentos, objetivo 
comum da pedagogia tradicional.” Ou seja, pede aos professores que busquem 
outras formas de ensino que possibilitem uma aprendizagem mais significativa 
onde o educando seja parte integrante desse processo. 
 
 Os alunos já partilham de outros métodos de ensino, embora fazendo parte de um processo lento, 
mudanças significativas já ocorreram dentro das escolas, e o professor, onde na escola tradicional é o 
centro de todo o ensino, se tornou um pouco mais próximo dos educandos. Encontramos também aspectos 
da Pedagogia Waldorf, onde as classes são separadas por idades, e muitos influências Montessorianas, 
principalmente na educação dos pequenos, como o mobiliário correspondente ao tamanho, brinquedos 
coloridos e educativos, materiais que colaboram para o desenvolvimento motor e independência das 
crianças. 
 
 
 
 
 
3 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 
 São várias as tendências pedagógicas que influenciam o sistema educacional brasileiro. Embora a 
escola tradicional seja fortemente seguida, dentro desse contexto onde o professor é o centro do 
conhecimento, ao longo dos anos outros ideais foram inseridos. 
 Quando falamos sobre abordagens pedagógicas logo vem à cabeça tudo o que é realizado dentro das 
escolas, tudo o que é feito no sentido da educação escolar. Quando olhamos para a história da educação 
podemos ver como ela tem se modificado e desenvolvido, essas mudanças acompanham as 
transformações sociais e econômicas. Apontaremos em seguida quatro linhas pedagógicas importantes 
que influenciam o cenário educacional brasileiro, ora bem distintas, ora usadas em parte na escola 
tradicional. São elas: 
 Escola Tradicional 
 Possui uma grande influência no ensino atual onde rege preparar o aluno para a sociedade, onde a 
escola fica responsável por repassar conteúdos e tem o professor como o centro de todo o ensino. 
Marcado pelo autoritarismo onde o educador é o centro do saber e ao aluno cabe apenas receber e aceitar 
o ensino que está sendo passado. Conforme Libâneo (1990 p. 24-25) “A Aprendizagem é receptiva e 
mecânica, para o que se recorre frequentemente à coação. A retenção do material ensinado é garantida 
pela repetição de exercícios sistemáticos e recapitulação da matéria. A transferência da aprendizagem 
dependendo do treino. [...]” 
 O método adquirido pelo tutor é o verbal onde a “decoreba” faz parte do ensino, não é levado em 
consideração a construção do conhecimento mas sim baseado em tirar notas boas sem levar em conta o 
próprio senso crítico do aluno. 
 O aluno apenas é o receptor do conhecimento, onde é moldado ao padrão do professor, nessa forma 
de ensino “conhecimentos e valores sociais acumulados pelas gerações adultas é repassada ao aluno 
como verdades.” (LIBÂNEO, 1990, p.24). O meio de avaliação desse método é através de provas, 
deveres de casa em que dessa forma é medido o que o aluno absorveu/decorou durante o ensino. As 
escolas brasileiras são praticamente todas moldadas nesse estilo, principalmente as escolas públicas. 
 
 Pedagogia Construtivista 
4 
 
 O ensino Construtivista tem como referência os grandes filósofos Jean Piaget (1896-1980) e Lev 
Vygotsky (1896-1934). Segue a linha de pensamento em que o aluno é o próprio criador de seu 
conhecimento, totalmente o oposto da linha tradicional onde o professor era o centro do saber. No 
construtivismoo aluno é o principal protagonista. Piaget desenvolveu alguns estágios dos 
desenvolvimentos mentais que são: 
1. Período sensório-motor: Fase marcada pelo egocentrismo, ocorre entre o nascimento até 2 anos 
de idade. “e todas as relações que estabelece são feitas em função do seu próprio corpo” 
(HAYDT, 2006, p. 39.) 
2. Período pré-operatório: Entre os dois aos sete anos de idade. Ocorre por meio da linguagem 
onde a criança começa a interagir de forma mais precisa. 
3. Período operatório: Entre os sete anos de idade. “Caracteriza-se pela formação das operações 
mentais, que são ações exercidas mentalmente, isto é, realizadas de modo interiorizado” 
(HAYDT, 2006, p. 44.) 
4. Período das operações concretas: Dos sete aos doze anos de idade. “são as ações interiorizadas, 
móveis e reversíveis, cuja aplicação se limita aos objetivos considerados reais, isto é, concretos.” 
(HAYDT, 2006, p. 44) 
5. Período das operações abstratas ou formais: Por volta dos doze anos. “Caracteriza-se pelo 
surgimento das operações intelectuais formais ou abstratas, que atingem um novo nível de 
equilíbrio por volta dos quinze anos, aproximadamente” (HAYDT, 2006, p. 47). 
 A educação não é apenas uma simples transmissão de conhecimento, ela deve permitir o aluno a 
buscar seu próprio conhecimento deixar com que ele aprecie esse aprendizado. Esse método de ensino 
visa o aprendizado em grupo onde ali eles tiram conclusões através da convivência e experiências com 
os colegas. 
 O professor tem o papel de mediador, ele formula situações de melhor aprendizado. A construção do 
conhecimento do aluno é fruto da ação do professor. Esse meio de ensino não tem a utilização de formas 
de avaliação dado em consideração que o aluno constrói seu próprio conhecimento. Aranha (2006, p. 
277) enfatiza: 
A contribuição de Piaget para a pedagogia tem sido, até hoje, inestimável, sobretudo 
devido às indicações sobre o estágio adequado para serem ensinados determinados 
conteúdos às crianças, sem desrespeitar suas reais possibilidades mentais, ou seja, de 
acordo com seu desenvolvimento intelectual e afetivo. 
 
 Pedagogia Waldorf 
5 
 
 A pedagogia de Waldorf tem como referência o educador, filósofo e artista Rudolf Steiner (1861-
19250 tem a ideologia de educação em que formem os alunos para a liberdade). Um currículo escolar 
totalmente diferenciado da escola tradicional. Ressalta o ensino livre onde favorece da mesma maneira a 
criança, mas de uma forma ainda mais libertadora. São colocados três aspectos essenciais: 
desenvolvimento corporal, anímico e espiritual. A criança aprende brincando respeitando seu próprio 
tempo. Tem como base o conceito de que o desenvolvimento de cada ser humano é diferente. O ensino 
deve levar em consideração as diferentes características de cada um. Lanz (1979, p.85) ressalta: 
A pedagogia Waldorf não é um edifício de ideias abstratas, mas lida com situações 
concretas. Admite sem julga-las, diferenças existentes entre raças e culturas: e procura 
adaptar-se a todas elas. Não fala “da criança”, mas aplica-se a individualidades humanas 
procurando fazer jus cada uma, isso não significa que não queira corrigir defeitos e 
unilateralidades. Reconhece defasagens, fenômenos de aceleração, etc. 
 
 Caracterizam-se pela divisão de períodos de sete anos, os setênios. Nas classes são reunidos os alunos 
com a mesma faixa etária. A alfabetização inicia apenas aos sete anos. A infância é considerada parte 
fundamental do processo de amadurecimento, até aos sete anos a criança é estimulada a conhecer, 
reconhecer e dominar seu corpo e explorar o mundo a sua volta. Os alunos são respeitados cada um com 
sua individualidade, aceitos sem qualquer preconceito social, religioso, de sexo, não é julgado. A escola 
tem um compromisso com cada aluno, cada aluno é único dentro do sistema de ensino Waldorf. Lanz 
(1979, p.92) nos descreve: 
Diante da riqueza do currículo e da exiguidade do tempo disponível, um segredo da 
pedagogia Waldorf consiste na economia do ensino, com o qual o professor deve trabalhar 
já que a finalidade é formar os alunos, fazendo com que sintam o essencial de uma 
disciplina, o professor deve renunciar a todos os detalhes sem nexo, que serão logo 
esquecidos, e só oneram a memória. Em cada matéria existem fatos, acontecimentos, leis 
e relações essenciais: é isto que que o aluno deve conhecer: melhor do que conhecer uma 
fórmula é saber deduzi-la. Pensar “matematicamente” ou “historicamente” vale mais do 
que o acumulo de fórmulas, nomes ou datas. 
 Assim um mesmo assunto que se objetiva ensinar, é abordado várias vezes durante o ciclo escolar 
mas nunca da mesma forma, e principalmente respeita a capacidade de compreensão de cada um. A 
pedagogia de Waldorf tem o intuito de desenvolver a personalidade de forma equilibrada e integrada, 
estimulando o desenvolvimento na criança e no jovem da clareza de raciocínio, equilíbrio emocional e 
iniciativa. 
 Pedagogia Montessoriana 
 Maria Montessori (1870-1952), reconhecida como pioneira na educação, seu trabalho enfatiza a 
importância da aprendizagem na infância. O Método Montessori estimula o desenvolvimento das 
habilidades motores e sociais. Estimula o aprendizado da escrita, leitura, matemática, ciências da 
6 
 
natureza, formas geométricas e os conhecimentos do dia-a-dia para preparar o educando à explorar o 
mundo ao seu redor. Maria Montessori adaptou e criou dezenas de materiais lúdicos e educativos que 
auxiliam o desenvolvimento sensorial, motor e cognitivo dos pequenos. A metodologia criada por 
Montessori é multissensorial, cada bloco, cubo, barra e/ou conjunto de peças foram projetados para 
estimular vários sentidos ao mesmo tempo. A visão a audição, e o tato são amplamente explorados. Todos 
os materiais de auxilio no aprendizado exigem participação ativa dos educandos necessitando o toque e 
manuseio para funcionarem. Segundo Röhrs (2010, p. 18): 
Montessori preconizava, para a etapa inicial do processo educativo, a utilização 
de um material didático constituído de várias series de objetos padronizados, [...] 
se preocupava muito com o estágio experimental. Mas ela reconhecia, ao mesmo 
tempo, que é necessário encorajar, aprofundar essas tendências, esses centros de 
interesses por meio dos exercícios e que o sucesso da empreitada depende do 
despertar do senso de responsabilidade nas crianças. E o que ela trouxe de 
verdadeiramente novo: não só levava em conta as preferências e os centros de 
interesse das crianças, [...] esforçava-se em encorajar nas crianças a 
autodisciplina e o senso de responsabilidade. 
 
 A metodologia de Montessori é explicada a partir de alguns princípios, intitulados pilares da educação 
Montessoriana, são entre eles: 
Autoeducação; é a capacidade natural que a criança tem de aprender. É próprio da criança o interesse e 
a curiosidade de querer descobrir o mundo: investir, pesquisar, mexer, ver o que acontece com objeto. 
A criança se descobre e se entende com seus próprios movimentos. Montessori entendia por 
autoeducação que a formação da estrutura dor ser humano especifica ao seu interior, perante a influência 
do ambiente e dos três períodos de desenvolvimentos, resumidos em: 
 
 Do nascimento aos 6 anos – a criança constrói seu saber através da 
exploração e da absorção do ambiente que a circunda- sua inteligência labora 
em função do “externo” e das relações existentes entre os objetos e suas 
características. É um período essencialmente sensorial. 
 Dos 6 aos 12 anos – a criança é capaz de relacionar os fatos à luz da razão, 
preocupando-se com os “comos’ e com os “porquês” das coisas. É a entrada 
no mundo da abstração. 
 Dos 12 aos 18 anos – o mundo passaa interessá-la sob um ponto de vista 
diferente: procura aquilo que deve fazer como ser social, ou seja, desperta 
para a dimensão das causas x efeitos, na vivencia consigo mesmo e com o 
mundo circundante (ORGANIZAÇAO MONTESSORI DO BRASIL, 2010, 
s/p) 
 
 Educação cósmica: essa é a maneira como os adultos devem apresentar as coisas para as crianças. 
Cosmos significa ordem, a criança que está aprendendo a entender o mundo precisa dessa ordem, para 
conseguir de forma organizando compreender as informações recebidas dos adultos contribuindo para 
que a criança entenda seu papel no universo. 
7 
 
 Educação como ciência; essa é a maneira apresentada por Montessori de como compreender a 
criança, observar e criar teorias pra entender a melhor forma de ensina-la e sempre aprimorar as 
possibilidades. Batista (2011 p.16): 
 Em Educação como Ciência, Montessori (1965, p. 143-163) defendeu uma nova 
diretiva da pedagogia chamada científica: “´para educar é necessário conhecer a 
criança a ser educada”, ou seja, submeter sua prática as necessidades e 
características próprias de cada uma das etapas de desenvolvimento do ser 
humano, identificando –as como via única para obtenção de um real suporte ao 
processo cognitivo. 
 
 Ambiente preparado: esse é o lugar onde a criança passará boa parte do seu tempo, deve estimular 
sua autonomia, entendendo sua liberdade e seus limites. 
Em Montessori, encontramos os fundamentos que fazem com que nos 
preocupemos em organizar o ambiente escolar utilizando mesas e cadeiras 
proporcionais ao tamanho das crianças, em mantermos os matérias pedagógicos 
em prateleiras à altura delas, de termos pias, tanques de lavar roupa, fogões e 
outros utensílios domésticos em tamanhos menores para que elas possam brincar, 
imitando o ambiente familiar. Além disso, ela também nos traz reflexões sobre a 
necessidade de concentração para que algumas atividades possam ser realizadas, 
enfatizando para tanto a importância do silencio, e sobre a necessidade das 
crianças manipularem objetos, utilizando as mãos para isso. Sem falar nos 
matérias criados por Montessori, presentes em nossa escolas e centros de 
educação infantil até os dias atuais. (LUCAS, 2005, p. 88-89 apud PESSOA,2017 
p.323) 
 
 Adulto preparado; é a pessoa responsável a ajudar a criança a se desenvolver, deve conhecer as fases 
do desenvolvimento da criança e conhecer exatamente o que está ensinando ao educando visando sempre 
estimular o desenvolvimento do mesmo. 
 Maria Montessori propõe uma educação que começa no desenvolvimento dos sentidos e evolui para 
a realidade da criança, estimula atividades do dia-a-dia como varrer, lavar, arrumar, etc. Possibilita o 
contato com a natureza e seus elementos: terra, água, ..., e também com a ciência: matemática, linguagem, 
escrita, ..., Maria Montessori afirma: 
Numa ação pedagógica para crianças pequenas, para ser eficaz, deverá ser, em primeiro 
lugar, dirigida para este fim: ajuda-las a avançar na via da independência. Ajuda-las a 
prender andar sem ajuda, a correr, a subir e a descer escadas, a apanhar objetos tombados, 
a vestir-se e desperta-se, a lavar-se, a falar para exprimir claramente as suas próprias 
necessidades, a fazer ensaios para satisfazer seus desejos, eis a educação da independência 
(MONTESSORI, 1932 p.35 apud PORTELA,2013 p.27) 
 
 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
8 
 
 O presente trabalho foi desenvolvido a partir de pesquisa documental qualitativa. Recorremos a 
livros de História, artigos escritos sobre o tema e material existente na internet e bibliotecas: 
“a pesquisa documental devido a suas características, podes ser confundida com a pesquisa 
bibliográfica. Gil (2008) destaca como principal diferença entre esses dois tipos de 
pesquisa a natureza das fontes de ambas as pesquisas. Enquanto a pesquisa bibliográfica 
se utiliza fundamentalmente das contribuições de vários autores sobre determinado 
assunto, a pesquisa documental baseia-se em materiais que não receberam ainda um 
tratamento analítico ou que podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da 
pesquisa. ,..., A utilização da pesquisa documental é destacado no momento em que 
podemos organizar informações que se encontram dispersas, conferindo-lhe uma nova 
importância como fonte de consulta.” (PRODANOV; FREITAS,2013 p.55/56) 
 O trabalho refere-se a uma apresentação relativamente resumida sobre as linhas pedagógicas 
influentes na educação brasileira, visto que o tema pesquisado é bastante amplo possuindo inúmeras 
apresentações, evidenciando os principais pontos relativos a cada abordagem pedagógica separando-as 
por tópicos para melhor entendimento, utilizamos alguns livros e artigos existentes em bibliotecas e na 
internet pela riqueza de seus conteúdos e pelo caráter cientifico da pesquisa. 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
 Analisando os métodos pedagógicos citados, podemos dizer avaliando nossa formação individual, 
ao que se referem as participantes desse grupo, todas vindas de escolas públicas e que mesmo agora 
participantes de uma faculdade particular que o ensino educacional brasileiro remete quase que 
totalmente a escola tradicional, salvo algumas instituições particulares. Ainda se mantém a figura do 
ensino centrada no professor mas também é evidente que as linhas pedagógicas citadas neste trabalho: o 
construtivismo, a pedagogia Waldorf e a Pedagogia Montessoriana influenciam diretamente as linhas 
adotadas no ensino público. Percebe-se, embora de forma fragmentada e mais acentuada nos últimos 
anos, um interesse em adotar linhas pedagógicas que valorizem mais o ser humano. 
 Maria Montessori, sem sombra de dúvida, é a linha de pensamento que mais percebe-se nas escolas 
públicas, fica fácil evidencia-la nos brinquedos e no mobiliário utilizados na educação infantil e nas séries 
iniciais. A intenção de dar independência às crianças, os blocos coloridos, os brinquedos multissensoriais 
que estimulam o desenvolvimento dos pequenos, o uso dos sentidos, das mãos, o próprio brincar, são 
algumas das influências da pedagoga. 
 Mas também é de notada compreensão que essas linhas pedagógicas se cruzem em alguns ideais, o 
que se percebe é o cuidado com a infância, o respeito pela individualidade e o tempo de aprendizagem 
9 
 
de cada um. Fica claro que o professor é o maior agente transformador dos espaços escolares, evidenciado 
que esse profissional deve e pode buscar novos conceitos de educação. É também perceptível que essas 
linhas pedagógicas são mais evidenciadas nas escolas particulares, que oferecem possibilidades variadas 
as famílias que podem pagar por elas e que o ensino público fica a margem da boa vontade da 
administração pública. 
 Após estudos realizados e com a ajuda de um amigo com algumas habilidades em marcenaria e com 
a utilização de materiais recicláveis construímos alguns brinquedos baseados na visão Montessoriana, 
que considera importante o desenvolvimento cognitivo infantil, são eles: 
FIGURA 1 – BRINQUEDOS SENSORIAIS 
 Brinquedo 1 Brinquedo 2 
 
FONTE: Arquivo das autoras 
Brinquedo 1 - Saquinho Sensorial: explora a sensação tátil e a visão. Confeccionado com amido de milho, 
água, corante alimentício e pequenos objetos, estimula o bebê a sentir novas sensações. 
Brinquedo 2 - Cesto dos Tesouros: permite a experimentação de novas sensações, com vários objetos 
aleatórios, com formas, cores e texturas diferentes. 
 
FIGURA 2 – BRINQUEDOS QUE ESTIMULAM O MOVIMENTO 
 Brinquedo 3 Brinquedo 4 
10 
 
 
 FONTE: Arquivodas autoras. 
Brinquedo 3 - Carrinho Andador: recomendado para incentivar a criança a aprender a caminhar (entre 9-
12 meses), estimula o bebê a se movimentar e carregar seus objetivos preferidos. 
Brinquedo 4 - Rodari: são ideais para motivar o movimento, o desenvolvimento do tato, podem possuir 
bolinhas que fazem barulho, estimulando a audição. 
FIGURA 3 – BRINQUEDOS QUE ESTIMULAM A TRANQUILIDADE E ACEITAÇÃO 
 Brinquedo 5 Brinquedo 6 
 
FONTE: Arquivo das autoras. 
Brinquedo 5 - Pote da Calma: é usado para acalmar crianças pequenas depois de uma situação de briga 
ou choro. O objetivo é distrai-los com a tinta e o glitter se movendo dentro do recipiente. Assim, eles se 
concentram no vidro, voltam a atenção para o efeito e tem tempo de respirar e se acalmar. 
11 
 
Brinquedo 6 - Caixa de Permanência: através dela o bebê consegue perceber que um objeto, ainda que 
desapareça da sua visão, não deixa de existir. Aprende que retornaram a ser visíveis em outro momento, 
também auxiliam a trabalhar a psicomotricidade fina e coordenação óculo-manual. 
FIGURA 4 – BRINQUEDOS QUE ASSOCIAM CORES E FORMAS 
Brinquedo 7 Brinquedo 8 
 
FONTE: Arquivo das autoras. 
Brinquedo 7 - Caixa de Cores: estimula a coordenação dos olhos (óculo-manual) ao colocar a bola em 
um local, ela irá desaparecer e surgir em outro ponto. Trabalhe-se a psicomotricidade fina. 
Brinquedo 8 - Formas Geométricas: auxilia no desenvolvimento motor e na orientação espacial das 
crianças, trabalhando a noção de equilíbrio e aprendizado sobre cores e formas. 
 
 
FIGURA 5 – JOGOS DE ASSOCIAÇÃO 
Brinquedo 9 Brinquedo 10 
12 
 
 
FONTE: Arquivo das autoras. 
Brinquedo 9 e 10 - Jogos de Associação: são vários os jogos que podem ser explorados com a tática da 
associação: cores, números, letras, tipos, quantidades e muitos outros. Pode ser trabalhado em diversas 
fases do desenvolvimento da criança, acompanhando e respeitando seu desenvolvimento individual. 
 É brincando que a criança descobre o mundo e estabelece seu primeiro contato com as diferentes 
texturas, formatos e temperaturas que estão ao seu redor. Miniaturas de objetos adultos, como vassoura 
e louças, também são boas alternativas para inserir as crianças aos poucos, no cotidiano da casa e nas 
tarefas domésticas, tornando mais independente e um adulto mais preparado na sociedade. Cada idade 
demanda interesses diferentes, sendo importante estimular criativamente cada fase do desenvolvimento 
cognitivo infantil. 
 
5. CONCLUSÕES 
 
 Abordamos neste trabalho as tendências mais comuns nas escolas brasileiras, apresentamos as 
principais características dos modelos pedagógicos: Tradicional, Construtivista, Pedagogia de Waldorf e 
Pedagogia Montessoriana. Observamos que elas se cruzam em alguns ideais, cada uma traz 
possibilidades variadas de ensino. A escola tradicional ainda mantém o professor como centro da 
aprendizagem, mas fica evidente a influência dos modelos pedagógicos citados. Mesmo que de maneira 
fragmentada e lenta, muitas mudanças são notadas principalmente nas escolas públicas. E é fato, que os 
maiores agentes transformadores são os professores, cabe a eles a difícil missão de se reeducar, de 
entender a importância da sua profissão, e conseguir mesmo em ambientes sociais com muitas 
13 
 
dificuldades e com pouco apoio financeiro, que a educação consiste essencialmente no respeito pelo 
próximo em sua individualidade e cultura. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação e da Pedagogia. Geral e Brasil.3. ed. São 
Paulo: Moderna, 2006. 
BARBOSA, Ana Clarisse Alencar; BUBLITZ, Kathia; BARUFFI, Mônica. Didática e a formação do 
professor. Indaial; Uniasselvi, 2016. 
BATISTA, Maria de Fátima Morgado Cortez. Instrumento de avaliação da autoeducação para o 
professor Montessoriano: construção e validação. Rio de Janeiro,2011. 
HAYDT, R. C. C. Curso de didática geral. 6. ed. São Paulo: Ática, 2006. 
HAYDT, R. C. C. Curso de didática geral. 8. ed. São Paulo: Ática, 2006. 
LIBÂNEO, J.C. Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos conteúdos. 9. ed.. 
São Paulo: Edições Loiola, 1990. 
RÖHRS, Hermann. Maria Montessori. Recife: Coleção educadores –MEC, 2010. 
RUDOLF, Lanz. A Pedagogia Waldorf, caminho para uma ensino mais humano. São Paulo: 
Simmis, 1979. 
PESSOA, Astânia Ferreira. Método pedagógico Montessoriano contemporâneo e suas implicações 
na educação. UFCG. Revista de Pesquisa Interdisciplinar. Capazeiros,2017. Disponível em: 
https://www.revistas.ufcg.edu.br/cfp/index.php/pesquisainterdisciplinar/article/download/...pdf. 
Acesso em: 02/06/2018. 
PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani César de. METODOLOGIA DO TRABALHO 
CIENTÍFICO: Métodos e Técnicas de Pesquisa e do trabalho acadêmico. 2.ed. Rio Grande do Sul: 
Universidade FEEVALE, 2013. 
PORTELA, Daiany. FILOSOFIA MONTESSORI: o desenvolvimento da individualidade da 
criança. São José, 2013. Disponível em: https://www.usj.edu.br/wp-content/uploads/2015/08/tcc-
filosofia-montessori-daiany-portela.pdf. Acesso em: 02/06/2018.