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Prof Karla Moresco PROCESSAMENTO DE CARNES E DERIVADOS PROCESSAMENTO DE CARNES E DERIVADOS Processos de fabricação de produtos cárneos Formas de conservação de carnes RTIQs Regulamento Técnico de Identidade e qualidade Desossa industrial Mercado de frios e embutidos no Brasil (Nielsen, 2008) 81,6% 39,2% 22,8% 19,5% Embutidos 8,6 kg/hab/ano (Sebrae, 2008) Salame 80% consumo na Região Sul Produtos cárneos processados ABATE DESOSSA SEPARAÇÃO CORTES ABATE DESOSSA SALGA DEFUMAÇÃO CONGELAMENTO SALSICHARIA CORTES E DESOSSA • Modernização das plantas dos frigoríficos – Maior controle de qualidade • Abertura de novos mercados para exportação • Carne fracionada – Agregação de valor, menor % de perdas Desossa industrial (bovino) Área climatizada 12°C PPHO Higiene Manipulador Procedimento Padrão de Higiene Operacional PPHO Higienização das instalações Desossa industrial (aves) SALA DE DESOSSA RENDIMENTO CARCAÇAS PARA PRODUÇÃO DE CORTES NOBRES 1 2 3 4 5 • Relação direta com massa muscular, gordura (*) e tecido ósseo. • Média = 50% rendimento (mín. 240 Kg carcaça quente) • Variáveis • Grau de acabamento (*) – desejável mín. 6 mm • Dieta, Sexo, Raça EXCETO A CARCAÇA = SUBPRODUTOS DA INDÚSTRIA DE CARNES DEMAIS PARTES DE VALOR ECONÔMICO COMESTÍVEIS NÃO COMESTÍVEIS Vísceras Recortes de carnes Sangue Envoltórios Farinha para ração animal Produtos farmacêuticos Recortes de carnes e vísceras utilizadas em embutidos Carcaças com aproveitamento condicional na inspeção post- mortem podem ser destinadas para quais tratamentos?? SALSICHARIA CONSERVA SALGA FORMAS DE CONSERVAÇÃO DA CARNES E DERIVADOS • REFRIGERAÇÃO – Transporte: <7°C – Comercialização: <5°C • CONGELAMENTO – Transporte e comercialização: < -12°C a -18°C – Túneis de congelamento • COZIMENTO – Temperatura interna de cocção – 72 - 74°C • ESTERILIZAÇÃO (apertização) – Corned beef – T > 100°C – Armazenadas a temperatura ambiente FORMAS DE CONSERVAÇÃO DA CARNE E DERIVADOS • DEFUMAÇÃO • Produtos fermentados podem ou não serem defumados • Condições: – 30 a 40°C – UR 75% – T°C elevada retarda a fermentacao FORMAS DE CONSERVAÇÃO DA CARNE E DERIVADOS • SALGA – Seca (1) – Úmida (2) – Mista FORMAS DE CONSERVAÇÃO DA CARNE E DERIVADOS 1 2 Diferenças Charque x Jerkeed Beef Jerkeed Beef (umidade <55%) Jerked Beef produzido a partir de matéria-prima de qualidade superior e injeção automática de salmoura contendo nitrito e nitrato de sódio, embalado a vácuo com maior shelf-life. Charque (umidade <45%) . RIISPOA • Definição de produtos embutidos (Art.412): – “ Todo produto elaborado com carnes ou órgãos comestíveis curados, ou não, condimentado, cozido ou não, defumado e dessecado ou não, tendo como envoltório tripas, bexigas ou outras membranas animais”. RIISPOA • Definição de produtos defumados: – “Produtos que, após o processo de cura, são submetidos à defumação para lhes dar cheiro e odor característicos, além de um maior prazo de vida comercial por desidratação parcial” INGREDIENTES E ADITIVOS UTILIZADOS NA FABRICAÇÃO DE EMBUTIDOS SAL • Confere sabor, bacteriostático • Influencia na Aw AÇÚCAR • Sabor, bacteriostático • Fornece energia para cultura starter NITRITO • Fixa-se com a mioglobina => nitrosomioglobina (cor vermelha) • Ação contra C. botulinum ANTIOXIDANTES ESTABILIZANTES • Ligadores custos rendimento ESTABILIZANTES VEGETAL ANIMAL AMIDO EMULSÃO DE PELE FECULA DE MANDIOCA BATATA FARINHA DE TRIGO PROTEINA TEXTURIZADA DE SOJA PLASMA SANGUÍNEO LEITE EM PÓ DESNATADO FRAUDES ECONÔMICAS Método de aplicação ingredientes de cura SAIS DE CURA EMBUTIDOS FRESCAIS Conservação = < 7°C Prazo de validade de 1 a 6 dias. LINGUIÇAS TOSCANA CALABRESA PORTUGUESA PAIO Matéria-prima (MP) Carne suína + gordura suína Exclusivamente carne suína Exclusivamente de carne suína Carne suína e bovina (máx. 20%) Principais características Cru e curada Curada sabor picante Defumação opcional Curada sabor alho Defumada Forma ferrradura Curada Defumada até 20% CMS INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 4 (MAPA, 2000) Frescas Secas (curadas) Cozidas Nota 1: Tipo Calabresa e Tipo Portuguesa até 20% CMS (sofrem tratamento térmico). Nota 2: Deve constar no rótulo e na lista de ingredientes “CMS” e a espécie animal. Nota 3: CMS poderá ser substituído em até 20% por outras carnes de animais de açougue. Paio Portuguesa Calabresa LINGUIÇA COLONIAL INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 22 (MAPA, 2000) • Produto cárneo industrializado – MP = carnes suínas + toucinho + ingredientes – Curado (fermentação rápida) – Defumado – Dessecado • Granulometria variável • Embutida em envoltório natural EMBUTIDOS COZIDOS TRATAMENTO TÉRMICO - EX. MORTADELA: 2 horas a 60ºC (chaminé aberta) 2 horas a 75ºC (chaminé fechada) Com a chaminé fechada, mantem-se 85ºC até atingir 74ºC internamente. ESTUFAS A GÁS PARA COZIMENTO DE EMBUTIDOS VANTAGENS • Acentua cor, odor e sabor • Ação contra M.O. • Retarda oxidação gorduras • Temperatura – fumaça a frio – 20°C – fumaça a quente – 70 a 100°C EMBUTIDOS DEFUMADOS DESVANTAGENS • Benzopirenos => cancerígenos • Perda rendimento – 5 a 10% QUALIDADE DOS EMBUTIDOS • Qualidade da matéria-prima • Qualidade dos ingredientes • Instalações • Equipamentos • Tecnologias Regulamentos Técnicos de Identidade e Qualidade (RTIQs) • INSTRUÇÃO NORMATIVA N.º 22, DE 31 DE JULHO DE 2000 (MAPA) • Aprova os RTIQs TIPOS DE SALAME • De acordo com a IN 22 (MAPA, 2000): 8 tipos de salame SALAMINHO TIPO ALEMÃO TIPOS DE SALAME Salame Tipo Italiano Salame Tipo Milano Salame Tipo Hamburguês Salame Tipo Friolano Salame Tipo Calabrês Salame Tipo Alemão Salaminho DIFERENCIAIS Matéria-prima (espécie animal) Granulometria (carne ou toucinho) Condimentação Defumados ou não SALAME • Derivado cárneo produzido por processos de cura e fermentação láctica. • Matérias-primas – Paleta, toucinho • Armazenamento – Câmara de refrigeração (0 a 5° C). • Moedor: 1ª etapa de preparação da massa. • O processo de moagem é dividido em: – Caracol – Disco pré-cortador – Disco de granulometria SALAME • Misturador: – CARNE MOÍDA – INGREDIENTES NÃO CÁRNEOS – CULTURA Starter SALAME SALAME • Embutideira: função de colocar a massa já pronta em tripas (envoltórios). Sistema automatizado Sistema manual SALAME • FUMEIROS – Temperatura entre 28 e 32°C – UR 70 a 90% • Tempo de permanência mínimo de 36 h – Umidade máx. 45% (IN 22, 2000) • MATURAÇÃO – Temperatura controlada • 15 primeiros dias = 18 para 14°C • Após = 14 para 20°C SALAME • Lavagem: – Retirada de mofos • Retirada das tripas: – Peças são colocadas em tanque com água a 20°C para facilitar a retirada das tripas • Embalagem: – Embalagem primária, seguida de selageme extração de ar – Após 24 horas • Peças colocadas nas embalagens secundárias. COPA (Capocollo = pescoço) • Utilizam-se peças inteiras de carne suína • Sobre-paleta (ombro) • Peso: 1 e 1,5 kg • Armazenamento: 8 a 12 °C • com condimentos Salga em 2 momentos distintos : – Câmara – 2 dias depois – ressalga • Descansa por 6 dias • Defumação – Fumeiros 28 a 32°C – mín. 20 h • Cura – 18 e 32°C (70 e 90% UR) – Após 30 dias • Perda de ate 45% peso inicial • Textura firme • Coloração e aroma característicos • Lavagem => embalagem COPA (Capocollo = pescoço) PRESUNTO • Utiliza-se carne de pernil resfriado de suíno, limpo de excesso de gorduras, glândulas e nervos. • RIISPOA – “Produto cárneo industrializado obtido exclusivamente de pernil de suínos, desossado, adicionado de ingredientes, e submetido a processo de cocção adequado”. Dependências para produção de presunto PRESUNTO • Ingredientes obrigatórios – Carne pernil suíno – Sal – Nitrito e/ou nitrato de sódio e/ou potássio em forma de salmoura • Ingredientes opcionais – Proteína de origem animal/vegetal – Açúcares – Maltodextrina – Aromas, especiarias, aditivos Adição de até 2% proteínas não cárneas nos presuntos cozidos PESA PERNIL DESOSS ADO INJETA SOLUÇÃO DE CURA (25%) Tambleamento CURA SOB REFRIGE RAÇÃO (2 a 4°C) 4 a 6 DIAS ENFORMA GEM PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE PRESUNTO COCÇÃO Banho- maria 85°C 90 min (1 kg) ou 55 min (500 g) Esfria em água corrente Maturação Câmara fria por 24 h DESENFORMAGEM ESTOCAGEM • Enformagem • Pernil para desossa COCÇÃO EM ESTUFA PRESUNTO • TAMBLEAMENTO • Repetidos golpes entre as peças e contra as paredes do equipamento. • Temperatura de 6 a 8°C. • Benefícios: • Melhor penetração da salmoura • Maior uniformidade da cor PRESUNTO TIPO PARMA • IN 22 (2000, MAPA) • Pernil íntegro (9 kg) • Suínos selecionados (130 kg) • Sem pata • Salgado • Dessecado por 10 meses DENOMINAÇÃO DE VENDA: PRESUNTO TIPO PARMA • FATIADO • EM PARTES • DESOSSADO Nitrato / nitrito => opcional SALSICHAS Produto cárneo industrializado, obtido da EMULSÃO DE CARNE de uma ou mais espécies de animais de açougue, adicionados de ingredientes, embutido em envoltório natural ou artificial, ou por processo de extrusão, e submetido a um processo térmico adequado. SALSICHAS SALSICHA VIENA SALSICHA FRANKFURT UMIDADE 65% 65% 65% CMS 60% (aves = 40%) 0% 0% AMIDO 2% 2% 2% MATÉRIA PRIMA CMS porções musculares bovino e/ou suíno + gordura suína porções musculares bovino e/ou suíno + gordura suína MIÚDOS VÍSCERAS 10% 0% 0% SALSICHAS (IN nº 04, 2000, MAPA) Nota 1: Tipo Viena, Tipo Frankfurt – carnes de diferentes animais açougue, miúdos e vísceras estômago, coração, língua, rins, cérebro, fígado) , tendões, peles e gordura; CMS até 40% SALSICHAS Ingredientes opcionais 1. Miúdos e vísceras comestíveis: CORAÇÃO, LÍNGUA, RINS, ESTÔMAGOS, PELE, TENDÕES, MEDULA E CÉREBRO • Máximo 10% = isolados ou combinados • Exceto nas Salsichas Viena e Frankfurt 2. Outros - Gordura animal ou vegetal - Água - Proteína vegetal (até 4%) - Proteína animal - Agentes de liga - Aditivos intencionais - Açucares - Aromas, especiarias e condimentos Nota: Não será permitida a adição de proteínas não cárnicas (ex. soja) nas salsichas Viena e Frankfurt, exceto as proteínas lácteas. •Salsicha moagem, trituração e mistura • Cutter EMULSÃO salsicha, mortadela, patê EMBUTIMENTO SUPERVISÃO DE FÁBRICAS NO RS • 21 estabelecimentos de embutidos (SIF): – 66,66% = 100% produtos NÃO CONFORMIDADE (NC) • NC mais frequentes: – Adição de água nas linguiças frescais – Desvios na [nitrato/nitrito] – Adição de ingredientes não permitidos • PROT. SOJA => linguiça Toscana • CMS / pele => linguiças frescais • AMIDO => linguiças cozidas • BAÇO => mortadela Fonte : http://coral.ufsm.br/ccr/revista/controle.pdf Fraude econômica Obrigada pela atenção!
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