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FACULDADE DE CIÊNCIAS LABORÁTÓRIO DE FÍSICA I RELATÓRIO – VELOCIDADE MÉDIA, VELOCIDADE INSTANTÂNEA E QUEDA LIVRE OUTUBRO 2017 1. OBJETIVOS Os procedimentos descritos neste relatório tiveram como objetivo determinar a velocidade média e instantânea por meio do trilho de ar e sensores de cronômetros. E também verificar as leis do movimento retilíneo uniformemente acelerado, medindo-se a aceleração da gravidade por meio de um corpo em queda livre. 2. INTRODUÇÃO -Velocidade média e instantânea: A velocidade de um corpo é dada pela relação entre o deslocamento de um corpo em determinado tempo. Pode ser considerada a grandeza que mede o quão rápido um corpo se desloca. A velocidade média indica o quão rápido um objeto se desloca em um intervalo de tempo médio e é dada pela seguinte razão: 𝑉𝑚 = ΔX Δt Sabendo o conceito de velocidade média, pode-se perguntar se o automóvel precisa andar todo o percurso na mesma velocidade. A resposta é não, pois sabe-se que a velocidade média calcula a média da velocidade durante o percurso. Então, a velocidade que o velocímetro do carro mostra é a Velocidade Instantânea do carro, ou seja, a velocidade que o carro está no exato momento em que se olha para o velocímetro. A velocidade instantânea de um móvel será encontrada quando se considerar um intervalo de tempo (Δt) infinitamente pequeno, ou seja, quando o intervalo de tempo tender a zero (Δt 0). 𝑣 = lim Δ𝑥→0 𝑣 = lim Δx→0 ΔX Δt = 𝑑𝑋 𝑑𝑡 -Queda Livre: Para se falar de Queda Livre, primeiro tem que se discutir sobre o movimento retilíneo uniformemente variado, o qual demonstra que a velocidade varia uniformemente em razão ao tempo. Pode ser definido como um movimento de um móvel em relação a um referencial ao longo de uma reta, na qual sua aceleração é sempre constante. Diz-se que a velocidade do móvel sofre variações iguais em intervalos de tempo iguais. No MRUV a aceleração média assim como sua aceleração instantânea são iguais. O movimento de queda livre é o exemplo mais notável de movimento retilíneo uniformemente acelerado. Esse movimento sofre a ação da aceleração da gravidade, aceleração essa que é representada por g e é variável para cada ponto da superfície da Terra. Porém para o estudo de Física, e desprezando a resistência do ar, seu valor é constante e aproximadamente igual a 9,8 m/s2. As equações matemáticas que determinam o movimento de queda livre são as seguintes: ℎ = 𝑔𝑡2 2 𝑣 = 𝑔𝑡 Tem-se que a aceleração da gravidade é a intensidade do campo gravitacional em um determinado ponto. Geralmente, o ponto é perto da superfície de um corpo massivo. Um exemplo é a aceleração da gravidade na Terra ao nível do mar e à latitude de 45°, possuindo o valor aproximado de 9,80665 m/s². 3. MATERIAS UTILIZADOS Para o experimento da velocidade média e instantânea: - Cronômetro com sensores e chaves; - Trilho de ar com fita métrica; - Flutuador com bandeirola; - Para-choques com elástico. Para o experimento da Queda Livre: - Esfera de aço; - Cronometro digital PASCO; - Mecanismo para liberação da esfera; - Trena; - Hastes; - Grampos; - Suporte. 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Determinação da Velocidade Média: - Coloca-se o flutuador na extremidade próxima à entrada de ar comprimindo levemente o elástico na bandeirola. - Solta-se o flutuador de uma determinada posição. - Observa-se no display do cronometro o tempo gasto pelo flutuador no percurso. Repetindo-se mais 4 vezes mantendo sempre a mesma posição de partida. - Mantendo sempre a posição de partida igual, foi-se diminuindo a distância entre as chaves em incrementos de 20cm, repetindo-se o procedimento anterior 5 vezes em cada nova posição das chaves. - Anotou-se os tempos de cada percurso (5x cada). Determinação da Velocidade Instantânea: - Utilizou-se apenas um sensor do cronometro e ajustou-se para o modo GATE. - Fazendo o flutuador percorrer o mesmo trajeto do procedimento anterior e medindo-se o tempo 3 vezes e posicionando o sensor em 3 pontos diferentes do percurso. - Mediu-se a largura da bandeirola. - Anotou-se todos os dados obtidos. Determinação da Queda Livre: - Posicionou-se o mecanismo de liberação da esfera de uma certa altura em relação ao solo. - Colocou-se a esfera de aço no mecanismo de liberação. - Posicionou-se o sensor1 o mais próximo possível da esfera, na iminência da esfera iniciar a queda. - Posicionou-se o sensor2 a uma certa distância do primeiro. - Ligou-se o cronometro no modo PULSE (neste modo, determina-se o tempo percorrido pela esfera desde o momento em que se libera até ela passar pelo segundo sensor). - Soltou-se a esfera através da chave no mecanismo de disparo - Mediu-se 5 vezes o tempo t para cada altura h. - Variou-se a posição do sensor2 para mais 6 valores diferentes e repetindo-se os dois itens anteriores. 5. DADOS E RESULTADOS Determinação da Velocidade Média: Medida ΔX(cm) T1 (s) T2 (s) T3 (s) T4 (s) T5 (s) Tm (s) 𝑉𝐴 (cm/s) 1 100 1,889 1,833 2,069 1,966 1,926 1,9366 51,63 2 80 1,470 1,469 1,439 1,520 1,425 1,4646 54,62 3 60 1,072 1,078 1,084 1,022 1,102 1,0716 56,00 4 40 0,727 0,728 0,717 0,709 0,732 0,7226 55,35 5 20 0,364 0,378 0,379 0,382 0,391 0,3788 52,80 Tabela 1 – Dados obtidos para o cálculo da velocidade “média” Valores obtidos a partir da Tabela 1: 𝑉𝐴 𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 54,08 cm/s Desvio Médio = +/-1,492 cm/s 𝑉𝐴 𝑚é𝑑𝑖𝑎 = (54,08 cm/s +/- 1,49) cm/s Questão 1. As velocidades “médias” da Tabela1 estão próximas? O que é esperado? Por quê? R: Sim, e é esperado que realmente sejam, pois foram soltas com uma mesma força e de uma mesma posição inicial, fazendo com que suas velocidades sejam próximas. Pelo método gráfico: Gráfico 1 de ΔX x Δt Como: 𝑉𝑚 = ΔX Δt Então: 𝑉𝑚 = (100 − 40) (1,9366 − 1,7226) = 280,38 𝑐𝑚/𝑠 Determinação da Velocidade instantânea: Largura da bandeirola = 1,13cm Medida Posição (cm) T1 (s) T2 (s) T3 (s) T médio (s) 𝑉𝐵 (cm/s) 1 60-4 = 56 0,020 0,021 0,021 0,021 53,81 2 120-4 = 116 0,021 0,024 0,021 0,022 51,36 3 30-4 = 26 0,020 0,021 0,020 0,020 55,57 Tabela 2 – Dados obtidos para o cálculo da velocidade “instantânea” Valores obtidos a partir da Tabela 2: 𝑉𝐵 𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 53,38 𝑐𝑚/𝑠 Desvio Médio = +/- 0,015 cm/s 𝑉𝐵 𝑚é𝑑𝑖𝑎 = (53,38 +/- 0,015) cm/s Questão 2. 𝑉𝐴 𝑚é𝑑𝑖𝑎 e 𝑉𝐵 𝑚é𝑑𝑖𝑎 deveriam ser próximas? Por quê? R: Sim, pois tanto uma quanto a outra passam pelo sensor com a “mesma” força. Determinação da Queda Livre: Medida h (m) t (s) 𝑡2 (𝑠2) 1 1,30 0,496 0,246016 2 1,40 0,515 0,265225 3 1,50 0,534 0,285155 4 1,60 0,552 0,304704 5 1,70 0,570 0,3249 6 1,80 0,587 0,344569 Tabela 2 – Dados obtidos para o cálculo da gravidade Gráfico 2 de h x t Como: ℎ = 𝑔𝑡2 2 Temos: 1,30 = 𝑔 0,246016 2 => 𝑔 = 10,5684183 𝑚/𝑠² 1,40 = 𝑔 0,265225 2 => 𝑔 = 10,55707418 𝑚/𝑠² 1,50 = 𝑔 0,285155 2 => 𝑔 = 10,5205941 𝑚/𝑠² 1,60 = 𝑔 0,304704 2 => 𝑔 = 10,50199538 𝑚/𝑠² 1,70 = 𝑔 0,3249 2 => 𝑔 = 10,46475839 𝑚/𝑠² 1,80= 𝑔 0,344569 2 => 𝑔 = 10,4478348 𝑚/𝑠² Portanto: 𝑔𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 10,51011253 𝑚/𝑠² = 𝑔𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 Comparando-se os valores experimental e teórico: 𝐷(%) = |𝑔𝑡 − 𝑔𝑒| 𝑔𝑡 . 100 𝐷(%) = |9,80665 − 10,51011| 9,80665 . 100 D(%) = −7,17329 % 6. CONCLUSÃO 7. REFERÊNCIAS http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Cinematica/velocidade.php https://www.infoescola.com/fisica/movimento-retilineo-uniformemente-variado/ http://www.ufjf.br/fisica/files/2010/03/05_Roteiro5_queda-livre.pdf
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