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CONTRATOS EM ESPÉCIE

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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
GRADUAÇÃO EM DIREITO
MATÉRIA: CONTRATOS EM ESPÉCIE
Contratos contemporâneos: os dilemas civilistas do contrato de transporte seja ou não por meio de aplicativos 
POR
LUIZ RIBAMAR PEREIRA JUNIOR
20141103848
Cabo Frio/RJ
2018/2º
POR
LUIZ RIBAMAR PEREIRA JUNIOR
Contratos contemporâneos: os dilemas civilistas do contrato de transporte seja ou não por meio de aplicativos 
Trabalho apresentado ao curso de graduação de Direto da UVA – Universidade Veiga de Almeida - Sobre novas modalidades de contratos no qual apresentam desafios no âmbito civil. Professora Leonora Roizen Albek
Cabo Frio/RJ
2018/2º
1. CARACTERÍSTICAS 
À luz do Código Civil, em seu Art. 730, os contratos de transporte conceituam-se como o pacto pelo qual “alguém se obriga, mediante retribuição, a transportar, de um lugar para o outro, pessoas ou coisas.”
VENOSA (2003, p. 481), em sua obra Direito Civil – Contratos em Espécie, conceitua o instituto como “negócio pelo qual um sujeito se obriga, mediante remuneração, a entregar coisa em outro local ou a percorrer um itinerário para uma pessoa.” Logo, entende-se que é um acordo pelo qual alguém, seja pessoa física ou jurídica, compromete-se a deslocar de um local para outro, pessoas ou coisas, mediante recebimento de remuneração sendo necessária mesmo que se faça através da retribuição para o transportador, caso contrário estaríamos diante do transporte gratuito.
O próprio Código Civil, no parágrafo único do art. 736, considera como contrato oneroso os que, ainda que feito sem remuneração, tragam vantagens indiretas ao transportador.  A essência do contrato de transporte é o traslado de pessoas e bens, constituindo esse deslocamento o núcleo, a natureza jurídica do contrato. O deslocamento é o objetivo fim do contrato. Da mesma forma, existem outras modalidades de contratos que se utilizam do transporte apenas como meio acessório para cumprimento de determinada obrigação. É o que podemos observar no contrato de compra e venda de determinado bem móvel, onde o vendedor se compromete a entregar o objeto em sua residência, como exemplo a hipótese corriqueira da compra de uma geladeira em determinada loja de eletrodomésticos, onde a esta se compromete a fazer a entrega do bem. Caso a objeto sofra algum dano ou avaria durante esse transporte, a loja será responsabilizada de acordo com as normas vigentes ao contrato de compra e venda, e não ao contrato de transportes, haja vista que se trata daquela modalidade de contrato, sendo o transporte apenas um meio acessório para a sua execução.
É importante salientar que o transporte exercido em virtude de autorização, permissão ou concessão, rege-se pelas normas regulamentares e pelo que for estabelecido naqueles atos, sem prejuízo do disposto no Código Civil.
2. CLASSIFICAÇÃO
De acordo com o estudo da Teoria Geral dos Contratos, o contrato de transporte possui suas características próprias, que serão a seguir devidamente analisadas.
Trata-se de um contrato sinalagmático ou bilateral, visto que gera obrigações para ambas as partes contratantes, ficando o transportador obrigado a percorrer o trajeto para o passageiro ou remetente do bem, e estes, por sua vez, ficam obrigados a efetuar o pagamento do deslocamento.
É oneroso, visto que ambas as partes buscam vantagens recíprocas; o pagamento para o transportador; e o deslocamento para o contratante.
É consensual, por se tratar de um negócio jurídico, cujo núcleo principal de existência e validade é a livre declaração de vontade, pois aperfeiçoa-se com essa declaração.
É comutativo, pois as partes conhecem desde o início do contrato e os limites de suas obrigações, não dependendo o mesmo de evento futuro e incerto.
É um contrato de duração, visto que o mesmo não se inicia, executa e conclui em apenas um ato, dependendo de algum lapso temporal para que o mesmo seja cumprido.
É um contrato típico, pois é expressamente tipificado pelo Código Civil de 2002.
E, por último, é não solene pois não necessita de maiores formalidades, podendo ser pactuado verbalmente, o que ocorre na grande maioria dos casos.
3. RESPONSABILIDADE DO CONTRATADO
De plano, os conceitos iniciais que abordam o tema genericamente encontram-se nos artigos 734 e 735, do Código Civil, no qual o transportador responde pelos danos causados às pessoas transportadas, salvo motivo de força maior, sendo nula qualquer cláusula excludente de responsabilidade. O artigo 735, do Código Civil estabelece também que: “A responsabilidade contratual do transportador, pelo acidente com o passageiro, não é elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva”.
No entanto, o tribunal tem adotado uma separação entre fortuito interno e externo, sendo o primeiro designado aos atos culposos de terceiros no qual de algum modo relaciona-se ao risco da atividade. Este último, por sua vez, é quando se demonstra que a atuação de terceiro não possui nenhuma relação com a atividade de transporte, se equiparado a motivo de força maior respaldada pelo artigo 735, do código civil, afastando-se o nexo de causalidade, e, portanto, a responsabilidade civil da empresa transportadora.
Reafirma-se no Código de Defesa do Consumidor, expressamente redigido em seu artigo 14, evidente que o fornecedor de serviços responde objetivamente pelos defeitos de seus serviços. E no caso em tela é possível perceber a relação de consumo, existindo o usuário como consumidor, e a empresa que administra o aplicativo, juntamente com o motorista, como fornecedores como tipificado no art. 3 do CDC, tendo em vista que a Uber afirma não haver parceria, sendo o motorista representante autônomo segundo art. 34 do CDC. Logo, caracterizando ambos responsáveis por algum vicio no serviço prestado tornado a responsabilidade solidaria.
Contudo, existe entendimento diverso, disposto no artigo 14, do Código de Defesa do Consumidor, no qual o motorista é empregado da Uber e não prestador de serviços autônomos, pois há elementos indicativos de subordinação, impondo exigências para seu credenciamento, aos moldes de um vínculo empregatício. Logo, caso haja um eventual prejuízo ou danos decorrentes do serviço, basta que o consumidor prove o fato constitutivo independente de culpa e responderá a Uber objetivamente pelos danos.
4. RESPONSABILIDADE DO MUNICÍPIO
À luz da constituição federal em seu Artigo 37, §6º nos casos de culpa ou dolo dos danos em que as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público, causarem a terceiros, são assegurados o direito de regresso contra o responsável. Desse modo, a Uber responderá objetivamente ao consumidor e terá possibilidade de ingressar ação de regresso ao município. 
O doutrinador Silvio Rodrigues, tece uma crítica em relação ao tema:
 “Aquele que cria risco de dano para terceiros, deve ser obrigado a repará-lo, ainda que sua atividade ou comportamento sejam isentos de culpa”.
No caso, a culpa do motorista da prefeitura não afasta a responsabilidade da empresa, no entanto, segundo a teoria da culpa administrativa responde o estado, no caso, de forma subjetiva. Há de estabelecer-se que a Uber será responsabilizada objetivamente, tendo em vista a teoria do risco integral, no entanto, a culpa do agente não afasta sua responsabilidade no qual poderá ser ingressada regressivamente para a respectiva causadora do dano.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Responsabilidade civil e transporte de passageiros. Disponível em, <https://aldemirodantas.jusbrasil.com.br/artigos/121935778/responsabilidade-civil-e-transporte-de-passageiros> Acesso: 04/11/2018
A Dupla Responsabilidade da empresa Uber e do Motorista. Disponível em: <https://lesantoosm.jusbrasil.com.br/artigos/518473230/a-dupla-responsabilidade-da-empresa-uber-e-do-motorista> Acesso: 04/11/2018
Contrato de transportes – Breves comentários. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=157>Acesso: 24/11/2018
Contrato de transportes, o que é? Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/37584/contrato-de-transporte-o-que-e> Acesso: 05/11/2018
Responsabilidade Civil Transportes. Disponível em: <https://juliabr.jusbrasil.com.br/artigos/155077497/responsabilidade-civil-transportes> Acesso 05/11/2018

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