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RESUMO PSICOLOGIA PESSOA COM NECESSIDADES ESPECIAIS

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AULA 1 - A pessoa com deficiência 
 
- SÉC. XIX - O discurso pré-científico​​, ou seja, que antecedeu a investigação científica, não tratava as 
pessoas com deficiência como se deveria. Pelo contrário, bania-as da sociedade e as tratava como 
animais. 
- Atualmente já se pode notar uma mudança nesse quadro, até mesmo legislativa, com a lei 8.213 que 
exige que as empresas mantenham um número x de funcionários deficientes trabalhando. 
- Exclusão social e Idade Média - Na busca de uma “normalidade”, na tentativa de explicar as diferenças, 
surgem os feiticeiros chamados de ​xamãs ​​(religiosos que queriam extirpar o demônio daquele que 
deveria ser igual a todos). A ​influência de questões míticas e religiosas possibilitou uma visão sobre a 
pessoa com deficiência como um alguém que deveria ser deixado à sua própria sorte (mortas ou 
abandonadas). 
- A ​busca da humanidade pela cientificidade fez emergir uma série de tentativas, em busca de uma 
melhor qualidade de vida das pessoas com necessidades especiais. Ao mesmo tempo, trouxe conceitos 
de ​padrões de normalidade​​, que por muitas vezes, no lugar de possibilitar a integração deste na 
sociedade, funcionou como uma grande máquina de exclusão social. 
- Grécia Antiga - As pessoas que estavam fora do padrão de beleza (corpos belos e esculturais eram 
direcionados para as competições de força e beleza) eram em geral direcionadas para a guerra. 
- Renascimento ​​- Houve uma mudança na estrutura de tratamento. Podemos dizer que este é um início 
do conhecimento científico. Na época, surgem as ​primeiras explicações médico-científicas​​. Porém, 
estas ainda estavam muito distantes de um processo humanizado (processo de isolamento das pessoas 
que possuíam doenças mentais). - Os ​bobos da corte​​, por exemplo, eram pessoas que eram anões, 
corcundas ou deficientes, e entretinham os reis e rainhas, animando-os no palácio real. Cabia a estas 
pessoas diferentes uma única função: usar sua aparência para fazê-los rir. 
- SÉC. XVI - Finalmente se chegou a um modelo mais próximo do que seria a ciência, que de certa forma 
autorizava as ações que possibilitassem o conhecimento das possíveis causas que levavam uma pessoa 
a ser diferente e possuir uma deficiência. ​Paracelso ​​tornou-se famoso por um tratado em que defendeu o 
uso da Medicina no tratamento das doenças mentais, em vez de exorcismos e palavras mágicas. Essa 
mudança vem mudar a história a respeito do cuidado e tratamento das pessoas com deficiência. ​Pinel​​, 
também tirando as amarras dos loucos, busca a mudança e a quebra de paradigma, que passa do 
cárcere ao cientificismo da doença e da deficiência mental. Cabe a cada um cuidar e se responsabilizar 
pelos seus. 
- Ao longo do tempo, surgem as ​concepções quantitativas que, diferenciando os grupos normais e 
anormais, diferem das concepções qualitativas. Essas consistem na possibilidade de diferenciar traços e 
características diferentes da humanidade. 
- Pessoas que nascem com deficiência - Os aspectos biológicos e sociais não eram, até então, 
investigados. Na história da excepcionalidade, tratamos tanto de pessoas que nasciam com deficiência 
quanto de pessoas que apresentavam juízos de valores diversos do conceito da época. 
- A ​exposição ​​era uma das práticas de eliminação utilizadas pelas sociedades antigas e consistia em 
abandonar as crianças imperfeitas e fracas sem cuidado o que levava a morte. 
 
AULA 2 - Concepção qualitativa X quantitativa - O normal e o patológico 
 
- Ao pensarmos em ​qualidade​​, identificamos uma ​categoria filosófica​​, que distingue as diversas 
experiências e que não pode ser expressa numericamente. Como Telford e Sawrey relatam, “(...) 
 
 
entende-os como constituindo categorias ou classes separadas e, em muitos aspectos, distintos das 
pessoas”. Já a concepção ​quantitativa​​ “(...) constitui apenas diferenças de grau, e não de espécie”. 
- Telford & Sawrey quando consideram as categorias e classes separadas enfatizam que as pessoas têm 
capacidades e aspectos singulares que as distinguem uma das outras. Esta colocação refere-se a uma 
categoria qualitativa​​ porque valoriza as diferenças individuais e as potencialidades de cada pessoa. 
- Quando pensamos em concepções quantitativas temos um olhar voltado para as medidas e padrões 
que são universais. Quando consideramos a concepção quantitativa consideramos um padrão normativo, 
e quantificações segundo números que categorizam e classificam. 
- O “padrão” das pessoas que apresentam deficiências quantitativas acaba, de alguma forma, sobrepondo 
as pessoas que apresentam deficiências qualitativas, tendo em vista a necessidade do padrão numérico. 
- Para isso, instituíram-se ​escolas de atenção à pessoa que necessita de educação especial​​. 
- Parâmetros de investigação - A Psicologia do excepcional passa muitos anos buscando entender o ser 
especial e busca na ​Psicometria ​​um estabelecimento de parâmetros que visem medir os fenômenos 
psíquicos. Percebemos que tais definições não conseguem atender algo tão específico e particular, que é 
simplesmente medir fenômenos. Assim, ao contrário do positivismo, a visão qualitativa ultrapassa as 
barreiras, crendo no ​potencial qualitativo e humano de cada sujeito em especial. Assim surge a 
modernidade, com novos parâmetros de investigação e novas formas de ver o homem. A discussão entre 
quantitatividade e qualitatividade gera novos modelos e ainda novas técnicas de abordagem, seja 
educacional, seja afetiva. 
- Perfil: normalidade e anormalidade - É muito importante ressaltar que autossuficiência, integridade e 
caráter são construídos ao longo da vida. Tais traços representam uma pessoa, seja ela especial ou não. 
- As matrizes que nortearam durante muitos anos os perfis personalógicos permitiu separar rigorosamente 
a doença física da deficiência mental. Matrizes estas que serviram e servem ainda de parâmetros, de 
regras que buscam contextualizar o sujeito em um quadro ou perfil estipulado. Não contamos neste 
quadro com a questão da ​criatividade e subjetividade humanas. Estas, sim, possibilitam a ​quebra de 
paradigmas​​, tão almejada por todos os cientistas que desejaram a mudança, o respeito e a quebra de 
estereótipos e preconceitos. 
- Segundo Kaplan e Sadock (1984), “de acordo com essa ​nosologia​​, o retardo mental é reservado para o 
funcionamento subnormal devido a causas patológicas”. 
- Então, vamos mudar a discussão, já que muitos destes sujeitos são atuantes no mercado de trabalho. O 
que se percebe é que o mundo muda e os conceitos também. Não existe perfil que atenda a todos os 
desejos, aos protótipos e modelos existentes. 
- Na ​década de 1960​​, surgem os movimentos de reabilitação no Brasil. 
- Em ​1994​​, a ​Declaração de Salamanca enfatiza que “a educação é um direito de todos, 
independentemente de suas condições” (UNESCO). 
- Percebe-se assim que, na verdade, a importância não se detém exclusivamente no conceito de 
normalidade​​, mas sim na possibilidade de que todos, indistintamente, necessitam de atenção especial 
em determinadas áreas de suas vidas. 
- Por volta da​década de 70​​, surge uma nova forma de expressão artística, criada por ​Augusto Boal​​, 
intitulado ​Teatro do Oprimido​​. Surge assim uma das possibilidades de voz sobre o tratamento, as 
dificuldades do dia a dia, uma visão social e uma forma de ser, representado por outra voz. Opressão, 
exclusão e abandono. Esta ainda é a realidade brasileira, apesar das crescentes discussões sobre o 
tema. A base de toda e qualquer mudança é a ​educação​​. Nela, transformamos pessoas em seres 
pensantes, criamos novos paradigmas e pontes. Educar a família, educar a população, criar pontes são 
deveres de cada um de nós. 
 
 
- Significado de ​especial ​​no dicionário - Significa o que é peculiar de uma pessoa, privativo, singular, fora 
do comum, exclusivo entre outros significados. 
- A deficiência pode ser vista por diversos ângulos e sempre ​dependerá de quem os vê​​. O que deve 
mudar, além do olhar, é o ​fazer​​. É a possibilidade de criação de políticas públicas, onde estas pessoas 
possam ser inseridas. Os modelos institucionalizados surgem em pequenas ações, principalmente 
familiares. Porém, buscam uma melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência. Enquanto as 
ações continuarem em nossos quintais, pouco será feito em prol de uma mudança significativa. 
- A ​incapacidade ​​é decorrente da deficiência, portanto o conceito é definido como uma incapacidade 
que surge como "consequência direta de uma deficiência seja esta de ordem psicológica, física, sensorial 
ou outra". 
- O ​psicodiagnóstico ​​possibilita a realização de um diagnóstico diferencial através de uma análise 
aprofundada de cada caso. Permite ao psicólogo realizar suas avaliações e promover melhores ações 
dentro do seu contexto e promover o tratamento adequada a cada caso conforme os sinais e sintomas 
característico de cada síndrome. 
 
AULA 3 - Os principais tipos de deficiência - conceitos, causas e categorias 
 
- Homem em uma ​visão holística - Ao analisarmos a palavra “deficiência”, temos uma concepção que 
surge no século XX e que carrega uma ideia de inatividade, ou mesmo de um conceito que foge ao 
centro da normalidade, ou seja, de uma média estatística. Assim, em uma distribuição normal, ora temos 
os sujeitos que apresentam uma “deficiência para menos”, ora uma “deficiência para mais”. 
- Segundo Mazzotta (1983), “de um modo geral, o termo ​excepcional ​​tem sido empregado para designar 
pessoas que se afastam da normalidade” (p.12). Conclui-se que o termo “excepcional”, como sinônimo de 
deficiência, foi sendo substituído por outros, como “portador de necessidades especiais”, ou 
“educacionais especiais”. Esses termos trazem uma grande discussão sobre o próprio significado do 
verbo “portar” e sobre o que caracteriza “necessidades”. 
- Tanto “deficiência” quanto “doença mental” são termos que passam por um intricado meio de normas 
técnicas, conceitos e pré-conceitos que, na verdade, fazem-nos perceber o total desconhecimento sobre 
o assunto. Deficiência não é doença. Ela se refere a um ​déficit​​, seja ele cognitivo, motor, entre outros. 
- A ​OMS ​​começa a se organizar para classificar as deficiências, visando diminuir o preconceito. 
- Em ​1989​​, a OMS elabora a Classificação Internacional de Deficiências, Incapacidades e Desvantagens 
(​CIDID​​). 
- Em ​1997​​, surgem novos títulos e conceituações, como a “Classificação Internacional das Deficiências, 
Atividades e Participação: um manual da dimensão das incapacidades e da saúde” (​CIDDM-2​​). Esse 
documento concebe a deficiência como “uma perda ou anormalidade de uma parte do corpo ou função 
corporal, incluindo funções mentais”. 
- Diz-se que o termo “​doença mental​​” abrange problemas emocionais, comportamentais, cognitivos e 
sociais. Portanto, apesar de ter grandes semelhanças com a deficiência, ela encontra-se na esfera da 
Psiquiatria. Porém, tanto uma quanto outra podem se entrelaçar em seus serviços, pois como o ser 
humano é total, necessita de atenção especial - A doença mental pode ser entendida no meio acadêmico 
como uma condição médica geral. 
- Entre os vários tipos de ​causalidades para as deficiências, podemos apresentar três grandes momentos: 
pré-natal; perinatal e pós-natal. 
- Causas pré-natais​​: qualquer ação que interfere no desenvolvimento pleno da criança durante a 
gestação. Tais fatos podem ser: doenças infectocontagiosas; ações externas, como raio-X; doenças da 
mãe, dentre outros fatores. (ex.: rubéola, sífilis, toxoplasmose) 
 
 
- Causas perinatais​​: Ações que acometem a criança durante o parto ou imediatamente depois. Dentre os 
fatores mais preocupantes, está a pressão alta da mãe, gerando eclâmpsia. (a eclampsia é uma causa 
perinatal pois o risco que o feto está exposto ocorre na ocasião do parto prematuro - relacionada à 
pressão arterial da gestante) 
- Causas pós-natais​​: Problemas que afetam a criança após o parto. 
- Os ​fatores etiológicos​​, através da investigação pelos estudos acadêmicos, podem propor ​mudanças 
estruturais, ambientais e sanitárias​​, de forma a minimizar os problemas e reduzir os danos. Dentre 
estas causas possíveis, temos a educação para a saúde como uma das saídas da prevenção das 
deficiências. 
- É importante ressaltar a necessidade de atenção primária e secundária: ​primária ​​(na atuação junto à 
vacinação, atenção à gestante evitando a deficiência física, motora, mental entre outras) e ​secundária 
(quando já existe o desenvolvimento da deficiência, buscando minimizar suas consequências). 
- A deficiência é conceituada como "qualquer perda, falta ou alteração de estrutura ou função, qualquer 
que seja a causa". 
- o Decreto n. 3.298 de 20/12/1999 traz que a Pessoa Portadora de Deficiência se enquadra em algumas 
categorias. As categorias se dividem em deficiência física, deficiência auditiva, deficiência visual, 
deficiência intelectual/mental e deficiência múltipla. 
 
AULA 4 - Desvio intelectual, deficiência mental e altas habilidades 
 
- Os fatores de risco na ocorrências das deficiências são determinados por várias causas como: riscos 
ambientais, genéticos e infectocontagiosos. 
- Os paradigmas institucionalizados impediam o pleno desenvolvimento de políticas de atenção às pessoas 
com necessidades especiais porque, por muito tempo, os movimentos buscavam a normalização. Esta 
universalização permeou os anos 1950, 60 e 70, quando era muito comum tratar a todos como 
excepcionais. Em 1973, a Associação Americana de Deficiência Mental começa a pontuar a questão da 
deficiência intelectual. 
- 1980: mudança cultural - ​1981 declarado como o ​Ano Internacional da Pessoa com Deficiência pela 
ONU, que culminou com o ​Programa mundial de ação para pessoas com deficiência​​, em 1982 
- as definições de desvio e deficiência perpassam ideias que indicam o atraso cognitivo e mental que 
dificulta o pleno desenvolvimento - As características não são diferenciadas, o que difere é a forma de 
entendimento, atenção, receptividade e cuidado à pessoa com deficiência. 
- A categorização da deficiência mental é entendida seja por uma deficiência ou por um desvio da médiade inteligência encontrada na população. Esta categorização classifica exclusivamente os desvios ou 
deficiências na área do intelecto porque não se apresenta de outra forma senão como desvio intelectual. 
Não há outras formas de apresentar esta categoria. Portanto, a apresentação de outras formas não diz 
respeito aos desvios intelectuais. 
- os diagnósticos devem passar por critérios estabelecidos de diagnósticos psicológicos que utilizam as 
entrevistas em seus vários tipos (direta ou indireta), a aplicação de testes psicológicos e ainda as 
avaliações de desenvolvimento psicomotor. 
- Em 1992, junto com o DSM IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), conceitua-se a 
deficiência mental como uma redução intelectual inferior à média - a AAMD se refere à ​deficiência 
intelectual como: “(...) funcionamento geral significativamente abaixo da média, associado ao déficit no 
comportamento adaptativo, evidenciado durante o período de desenvolvimento” 
 
 
- Hoje, considera-se a deficiência mental não mais como um traço absoluto, mas uma ​categoria especial​​, 
que pode se apresentar de diversas formas. Assim, fala-se de ​aspectos sociais ​​e ainda da própria 
formação​​, ​educação​​ e ​escolarização​​ dos sujeitos. 
- Síndrome de Angelman - distúrbio genético-neurológico que caracteriza-se por atraso no 
desenvolvimento intelectual, dificuldades na fala, distúrbios no sono, convulsões, movimentos 
desconexos e sorriso frequente. 
- Síndrome de Edwards - atraso mental, atraso do crescimento e, por vezes, malformação grave do 
coração - crânio excessivamente alongado na região occipital, pavilhão das orelhas apresenta poucos 
sulcos, boca pequena e pescoço geralmente muito curto 
- Paralisia cerebral ​​- lesão de uma ou mais partes do cérebro, provocada muitas vezes pela falta de 
oxigenação das células cerebrais - acontece durante a gestação, no momento do parto ou após o 
nascimento, ainda no processo de amadurecimento do cérebro da criança - é importante saber que o 
portador possui inteligência normal (a não ser que a lesão tenha afetado áreas do cérebro responsáveis 
pelo pensamento e pela memória) 
- Síndrome de Prader-willi - A distinção do cromossomo por origem parental é devido ao imprinting, e a 
síndrome possui uma síndrome-irmã, a síndrome de Angelman que afeta os genes "imprintados" 
maternalmente na região - polifagia, pequena estatura e dificuldades de aprendizado 
- Síndrome de Down - combinação de diferenças maiores e menores na estrutura corporal - associada a 
algumas dificuldades de habilidade cognitiva e desenvolvimento físico, assim como de aparência facial - 
geralmente identificada no nascimento - podem ter uma habilidade cognitiva abaixo da média, geralmente 
variando de retardo mental leve a moderado. 
- Autismo - disfunção global do desenvolvimento - alteração que afeta a capacidade de comunicação do 
indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento (responder 
apropriadamente ao ambiente — segundo as normas que regulam essas respostas) 
- Para a prevenção do atraso mental, postula-se, segundo Alfredo Fierro apud Coll, Marchesi e Palacios, a 
prevenção primária, secundária e terciária: ​primária (implantação de medidas da gestação ao parto); 
secundária (ações que minimizem os problemas apresentados); ​terciária (reabilitação e busca de 
melhorias - promover a recuperação das pessoas que já apresentam alguma necesidade especial na 
reabilitação cognitiva, motora ou sensorial) - As políticas de identificação, diagnóstico e 
acompanhamento, ou seja, primária, secundária e terciária, fazem parte das políticas necessárias para o 
acompanhamento das pessoas com deficiências 
- Uma forma de identificação das crianças com altas habilidades é através dos testes de inteligência. Uma 
pessoa que obtenha resultados brilhantes apresenta características sociais e pessoais especiais. Como 
o desempenho das crianças com altas habilidades é muito superior à média e que o desvio é 
caracterizado por qualquer diferenças da média padrão as crianças com altas habilidades são realmente 
consideradas fora da média e por isto são crianças que também têm necessidades especiais de cuidado. 
- Tipos de altas habilidades: ​intelectual (flexibilidade, independência, fluência de pensamento, produção 
intelectual, julgamento crítico e habilidade para resolver problemas); ​acadêmico (capacidade de atenção, 
concentração, memória, interesse e motivação pelas tarefas e capacidade de produção); ​criativo 
(apacidade de encontrar soluções diferentes e inovadoras, facilidades de auto expressão, fluência, 
originalidade e flexibilidade); ​social (capacidade de liderança, sensibilidade interpessoal, atitude 
cooperativa, sociabilidade expressiva, poder de persuasão, influência no grupo); talento especial 
(revelam destaque em artes plásticas, musicais, literárias e dramáticas, revelando especial e alto 
desempenho); ​psicomotor (habilidade e interesse por atividades físicas e psicomotoras, agilidade, força 
e resistência, controle e coordenação motoras) 
 
 
- implantação de políticas de atenção - criar materiais específicos, programas de atenção e programas 
educacionais, atividades escolares específicas, e para tal, recursos materiais adequados - processos 
intermediários de educação escolar, tais como a sala de recursos e ainda a inclusão propriamente dita 
- Ou seja, que a comunidade local possa aprender a fazer parte do seu mundo, que não criemos mundos 
paralelos e que não treinemos as pessoas com deficiência para se adequar e se integrar à realidade 
vigente - devemos perceber o sujeito em sua totalidade 
 
AULA 5 - Desvios sensoriais e neuromotores 
 
- surdez - as definições quantitativas indicam, tipicamente, a deficiência auditiva como o grau de perda de 
audição, medido audiometricamente em termos de decibéis (medições através de um audiômetro). A 
perda auditiva refere-se ao déficit no melhor ouvido, na gama de frequência da fala. É importante a 
avaliação de profissionais especializados, pois tais diagnósticos devem abordar as informações clínicas 
do sujeito, além das questões emocionais e psíquicas, para que se possa perceber se tal problema de 
audição é de ordem clínica, emocional ou ainda se é consequência de uma desordem psiquiátrica. As 
possíveis causas podem ser de ​herança ​genética​​, ​doenças infectocontagiosas contraídas na época 
da gestação ou outras ​doenças infantis​​. Cabe lembrar que alguns sinais onde se apresenta uma 
ausência de resposta ou uma possível surdez podem ser de origem de ​distúrbios psíquicos​​, como o 
autismo. A criança pode parecer surda, mas não o é. 
- O MEC/ Secretaria de Educação Especial (1995) afirma que os educandos com deficiência auditiva 
podem ser atendidos nas escolas comuns, na classe comum, nas escolas integradas, na sala de 
recursos, com professor itinerante e classe especial. Tal fato depende da avaliação do aluno. É 
importante pensar que algumas pessoas se adaptam à leitura labial e ao aparelho auditivo, enquanto 
outras se adaptam melhor à língua de sinais, que deve ser considerada uma linguagemnatural, uma vez 
que atende a critérios linguísticos. 
- libras - A língua de sinais é uma língua espacial-visual e existem muitas formas criativas de explorá-la. 
Configurações de mão, movimentos, expressões faciais, gramaticais, localizações, movimentos do corpo, 
espaço de sinalização, classificadores são alguns dos recursos discursivos que tal língua oferece para 
serem explorados durante o desenvolvimento da criança surda, e que devem ser explorados para um 
processo de alfabetização com êxito 
- cegueira - pode ter várias causas: doenças infectocontagiosas na mãe, infecções no próprio sujeito, 
acidentes, tumores e ainda males hereditários. Na área da educação, a deficiência visual se divide em 
dois tipos: “os portadores de cegueira e os portadores de visão subnormal (reduzida)” (Corrêa, 2010). A 
criança com deficiência visual e em qualquer nível de escolaridade pode ser trabalhada na escola com 
estimulação, com o método ​Braille​​. Deficiência visual em nível quantitativo é definida como acuidade 
visual de 6/60 ou menos no melhor olho com a correção apropriada, ou uma limitação tal nos campos de 
visão que o maior diâmetro do campo visual subentende uma distância angular não superior a 20 graus 
- deficiências neuromotoras - são os que têm todas as variedades e graus de dificuldade de movimento 
físico”. Referimo-nos assim a pessoas que apresentam graus de dificuldades na locomoção, na 
coordenação e na fala. Estas acontecem por algum estado lesional, seja por falta de oxigênio, infecções 
ou lesões ocorridas. 
 
AULA 6 - Autismo e síndromes correlatas 
 
 
 
- síndrome é um conjunto de sinais e sintomas que constituem um quadro, vários transtornos mentais 
graves apresentam vários sinais associados. Entre eles, dificuldade na linguagem, movimentos 
repetitivos e deficiência auditiva. 
- Quando falamos de comorbidades, estamos nos referindo a várias doenças etiologicamente 
relacionadas. 
- os ​transtornos globais do desenvolvimento incluem um grupo de condições caracterizadas por 
dificuldade nas interações sociais recíprocas, desenvolvimento anormal da linguagem e repertório 
comportamental restritivo. iniciam em tenra idade e esta prematuridade dificulta o diagnóstico inicial 
- Desta forma, é importante que todas as categorias profissionais da área da saúde, entre elas o psicólogo, 
possam realizar um diagnóstico diferencial de forma a melhor atender esta pessoa, analisar as 
consequências e ainda realizar projeto terapêutico compatível com a realidade específica de cada um. 
- 10% a 20% da população de crianças e adolescentes sofrem de transtornos mentais - “o sujeito, criança 
ou adolescente, é responsável por sua demanda, seu sofrimento, seu sintoma”. Assim, percebe-se o 
crescimento deste processo de adoecimento mental e a busca da participação do paciente, criança ou 
adolescente, pela história de sua vida, sua doença e a busca pela saúde. 
- As leis e mudanças em nível público também foram gradativas. A discussão foi iniciada com os seguintes 
eventos: 
- constituição federal ​​em 1988 
- A ​Lei 8.080 de 1990​​, que trata da implantação do SUS; A ​Lei 8.069 de 1990​​, conhecida como o estatuto 
da criança e do adolescente (​ECA​​); 
- A ​II Conferência Nacional de Saúde Mental​​, em 1992, aponta efeitos perversos na institucionalização 
de crianças; 
- Lei 10.216 de 2001​​, que trata da reforma psiquiátrica; 
- Portaria GM 336/ 2002 - Normatiza os ​CAPS​​: criam-se serviços específicos para crianças, adolescentes 
e jovens, chamados de CAPS infantil; 
- Em 2009, a ​emenda constitucional sobre a lei da deficiência agrega em seu ​artigo 1º que deficientes 
são aqueles com impeditivos de longo prazo de natureza física, intelectual, sensorial e mental; 
- Portaria GM 4279/2010​​: rede de atenção básica; 
- Portaria GM 793/2012​​: institui a rede de cuidado no SUS com a pessoa deficiente; A Lei 12.764​​, de 
2012, coloca que a pessoa com TEA é considerada deficiente para todos os efeitos legais. 
- Toda a legislação que surge sobre o tema tem como único objetivo lutar por uma saúde mental mais 
saudável. No nível histórico, temos um momento em que crianças com transtornos mentais eram tratadas 
como “idiotas”. Após esta fase, chamamos de transtornos globais do desenvolvimento (TGD) e, hoje, 
fala-se em transtorno do espectro do autismo (TEA). 
- CID 10 - OMS (Organização Mundial de Saúde), em sua 10º edição, e o DSM IV – APA, em sua 4º 
edição, colocam que o autismo infantil faz parte dos transtornos invasivos (ou globais) do 
desenvolvimento. 
- DSM IV-TR - O Transtorno do espectro do autismo (TEA) está incluído nos transtornos mentais no início 
da infância, sendo considerado também um transtorno do desenvolvimento. 
- As características do autismo típico ​​começam a ser apresentadas antes dos três anos de idade e os 
sinais e sintomas característicos deste transtorno são: dificuldade de reconhecer emoções e lidar 
socialmente com outras pessoas. A criança que tem o autismo típico apresenta uma fala com ecolalia e 
repetitiva sem ter acesso ao significado das palavras assim como seu comportamento que também é 
repetitivo e estereotipado. 
- No ​autismo atípico​​, não conseguimos verificar a presença e prejuízo na interação social, na 
comunicação e nos interesses, ocorrendo após os três anos de idade. 
 
 
- A ​síndrome de Asperger considerada um polo mais leve do autismo. As crianças apresentam 
características autísticas, exceto quanto à linguagem, que é presente, acompanhada por um alto nível 
cognitivo. Diferentemente do autismo típico a Síndrome de Asperger não apresenta dificuldades nem na 
aquisição nem no desenvolvimento da linguagem, não apresentam nenhum déficit de inteligência e são 
considerados autistas de alto funcionamento. Também não apresentam nenhum déficit na área da 
cognição, apesar de apresentarem dificuldades na interação social. Os sintomas começam normalmente 
antes dos dois anos. 
- No ​transtorno desintegrativo​​, há o desenvolvimento normal da criança de dois a seis anos. Depois 
disso, há uma perda definitiva e rápida das habilidades adquiridas da fala e da brincadeira. É bom 
lembrar que a brincadeira deve ter início, meio e fim, sendo muito importante para a criança, assim como 
a interação social e a autonomia. A criança apresenta estereótipos e não tem controle do esfíncter. 
- A ​síndrome de Rett ocorre devido a uma mutação do gene MECP 2, localizado no cromossoma X. 
Essas crianças apresentam o desenvolvimento normal até os 24 meses de idade. Após, as meninas – 
apenas elas, pois afetam o cromossoma X – perdem os movimentos voluntários das mãos, que mais 
parecem uma “lavagem de mãos” e apresentam risos não provocados e prejuízos motores. 
 
AULA 7 - O atendimento do psicólogo à pessoa com deficiência 
 
- Na ​multidisciplinaridade​​, temos um sujeito visto e acompanhado por diversos pensamentos (estudo e 
atuação por várias disciplinas mas sem ligação entre as mesmas - analisar individualmente e realizar um 
parecer específico dentro de cada categoria envolvida). Já na ​interdisciplinaridade​​, temos pessoas queacompanham sujeitos, mas que os veem de forma única e completa (abordagem que permite um 
atendimento holístico e integral, pois visa a integração de vários campos de saber que trabalham em 
conjunto para atender a pessoa com deficiência). 
- cabe ao profissional de Psicologia o discurso sobre a integração de todas as categorias que visem 
trabalhar com a saúde do deficiente, visto que a necessidade de outras especialidades se fazem 
importantes no trato com o indivíduo. 
- O Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional afirma que o trabalho com o sujeito que adoece é com 
o sujeito como um todo, e não apenas as partes deste. Assim, quando tratamos deste assunto em 
especial, concordamos com a necessidade das ações específicas, sem perder a referência do homem 
integral. 
- entre outras tantas funções do ​fisioterapeuta​​, uma é trabalhar a reabilitação, com o objetivo de buscar a 
proteção, o equilíbrio, correção e prevenção de deformidades. 
- o ​terapeuta ocupacional resgata suas habilidades, promove o conhecimento das atividades de vida 
diária, trabalhando a coordenação motora. 
- o ​médico objetiva a avaliação clínica e a prescrição de medicamentos que visam melhorar o estado do 
paciente. 
- o ​assistente social ​​busca possibilitar o entendimento sobre a deficiência, a demanda da família e as 
possibilidades de analisar e mudar a própria história. 
- a ​enfermagem​​ atua na atenção à saúde e nas emergências necessárias. 
- a ​fonoaudiologia​​ busca a comunicação e o desenvolvimento das habilidades orofaciais. 
- a ​pedagogia​​, que trabalha com a educação e a reeducação psicomotora, além da atividade de vida 
diária e os processos referentes à escolarização. 
- a ​ortóptica busca regularizar a musculatura ocular e melhorar o aspecto geral e ainda atingir as 
musculaturas importantes no estado clínico geral e na própria visão e coordenação visomotora. 
 
 
- o ​psicólogo atua com a ludoterapia, psicomotricidade, psicopedagogia, grupos, entre outras ações, e a 
potencialidade da psicologia está em reconhecer o sujeito em sua história de superação e estimular a 
autonomia e a expressão dos desejos das pessoas com necessidades especiais. 
 
AULA 8 - As práticas do psicólogo e suas possibilidades 
 
- A prática da ​Psicologia​​ se regulamenta no Brasil a partir da​ Lei 4.119 de 1962​​. 
- atribuições do psicólogo: diagnóstico psicológico, orientação e seleção profissional, orientação 
psicopedagógica, solução de problemas de ajustamento 
- Percebemos que a função do psicólogo extrapola o setting terapêutico. Percebemos que a pessoa com 
deficiência, além de sofrer de questões existenciais e humanas como qualquer outra, ainda pode 
apresentar sofrimento psíquico com as questões referentes à própria deficiência, nos espaços familiar, 
laboral e social. 
- o trabalho do psicólogo com a pessoa deficiente deverá se basear na busca de resultados satisfatórios. 
Assim, a palavra “superação” é base da ação e da busca de uma melhor e maior aceitação da sua 
condição, porém sempre se direcionando para desenvolver-se plenamente. 
- Entender a deficiência, aceitá-la, não possuir autopiedade, é um princípio importante que sugere o início 
de mudanças significativas - etapas relacionadas ao enfrentamento da pessoa com relação à sua 
deficiência, em que podemos citar o contato e o manejo do problema. 
- como psicólogos, aprendemos a lidar também com a nossa onipotência. Lembremos que o outro não 
deve, não quer ou não pode atender as nossas expectativas. 
- A ​função do psicólogo é possibilitar mudanças, facilitar um encontro da pessoa consigo e com o mundo, 
além do reconhecimento das suas limitações e a busca da solução de problemas. 
- cabe ao profissional acreditar no desejo do outro; não buscar a normatização e muito menos o enquadre 
do outro no mundo dos “normais”. Deve sim acreditar que o modelo normatizador e que o enquadre não é 
modelo de suficiência para qualquer pessoa, pois as normas rotulam e destroem. 
- importância do psicólogo trabalhar com a ​família do deficiente - lidar com a família é importante para o 
deficiente, para a sua relação com a família, com o imaginário familiar e com os desejos, sonhos, 
aspirações, expectativas, pois só assim cada um pode buscar a tal felicidade - a excepcionalidade não é 
um problema que reside exclusivamente num indivíduo; é antes, um acontecimento que ocorre numa 
dada família, comunidade, subcultura e sociedade - ​questões emocionais, sociais e financeiras 
- A família deve encarar o problema da criança, da pessoa excepcional de uma forma mais realista; não 
negar a deficiência propriamente dita; evitar a autocomiseração; trabalhar as questões religiosas de culpa 
e vingança divina; analisar os sentimentos de ambivalência, culpa, vergonha, depressão e projeção 
- Os pais devem ser trabalhados terapeuticamente, seja o casal, seja individualmente, seja em grupo de 
familiares, de forma a ser analisado em suas próprias dores e fantasias. 
- É importante colocar que não é função do psicólogo dar conselhos aos familiares, mas sim orientar, 
sugerir profissionais para acompanhamento do deficiente e fazer a escuta sobre a dor da família. 
- O mercado vem crescendo com a ​Lei 8.213 de 24/07/1991​​, que estabelece cotas para deficientes. 
Porém, muitas empresas podem burlar a lei para fugir desta responsabilidade social. 
 
AULA 9 - As várias possibilidades de ação do psicólogo na prática junto à 
deficiência 
 
 
 
- atuações importantes que buscam promover o pleno desenvolvimento do ser humano - essas atuações 
lançam mão de atividades significativas que busquem a facilitação do desenvolvimento do deficiente, 
assim como uma análise do crescimento deste e da relação terapêutica, sendo esta tanto específica e 
direcionada quanto observadora e participante. É daí que surgem práticas como a Psicopedagogia, a 
Psicomotricidade e a Ludoterapia 
- psicopedagogia - trata dos processos de ensino/aprendizagem que implica o perguntar e, ao mesmo 
tempo, o perguntar-se sobre si mesmo - Promover a aprendizagem, contribuindo para os processos de 
inclusão escolar e social; Compreender e propor ações frente às dificuldades de aprendizagem; Realizar 
pesquisas científicas no campo da Psicopedagogia; Mediar conflitos relacionados aos processos de 
aprendizagem - Avaliar, diagnosticar, promover ações e implantá-las com o objetivo de buscar melhorar o 
processo de aprendizagem e ainda atuar na inclusão escolar devem ser ações diárias - objetivo de 
promover ações que venham a avaliar as dificuldades de aprendizagens e os conflitos, descobrindo 
várias possibilidades de mudança, mesmo que estas possam interferir nas questões institucionais. 
- psicomotricidade - ciência que tem como objetivo o estudo do homem através do seu corpo em 
movimento, em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, 
atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo - concepção de movimento organizado e 
integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito, cuja ação é resultante de sua individualidade 
e sua socialização - a motricidade inicia-se desde a gestação 
- a​reeducação psicomotora é dirigida para crianças que já apresentam alguma problemática, sejam 
dificuldades ou atrasos psicomotores. 
- La Pierre cria a modalidade da ​Psicomotricidade Relacional​​, uma visão muito mais psíquica que, 
trabalhando as emoções, possibilita um melhor desenvolvimento do ser 
- ludoterapia - Melanie Klein, ao atender crianças em psicanálise, percebe que os brinquedos que ora 
trouxe para o espaço terapêutico, permitia a compreensão dos limites, dos conflitos e os meandros da 
personalidade. Assim, “a criança expressa suas fantasias, seus desejos e experiências reais numa forma 
simbólica, através do brincar e dos jogos” - É próprio da criança o ato de brincar. Os jovens brincam, 
crescem com suas brincadeiras, realizam-se afetivamente, exercitam-se, simbolizam. - Quanto à pessoa 
com deficiência, brincar é um ato que expressa a realidade, os amores e dissabores. Possibilita 
crescimento, experiências e elaborações. Assim, o brinquedo é e deve ser utilizado ou estar à disposição 
do espaço terapêutico. A comunicação e a troca podem ser permeadas pelo ato de brincar. 
- Os aspectos psicomotores, psicopedagógicos e lúdicos são necessários para a realização de diagnóstico 
da pessoa com deficiência porque, para serem avaliadores e promotores de saúde em sua totalidade, os 
terapeutas devem avaliar o deficiente em todos os aspectos 
 
AULA 10 - O processo de inclusão social e as políticas públicas 
 
- São políticas públicas nas diversas áreas da sociedade, que deveriam ser aplicadas a toda e qualquer 
pessoa. Vivemos em uma sociedade desde sempre excludente. Foram criados métodos avaliativos e 
normativos, com o objetivo de tecer parâmetros de tratamento, porém na verdade o desejo implícito era a 
exclusão. 
- Em ​1881​​, discute-se na Suíça que a criança deficiente não deveria ser excluída da escola; Em ​1945​​, é 
criada a Sociedade Pestalozzi no Brasil, além da APAE e da ABBR no Rio de Janeiro; Na ​década de 50​​, 
houve um aumento de entidades assistenciais; Na ​década de 60​​, houve o surgimento da reabilitação no 
Brasil, com uma visão integradora; Em ​1994​​, foi feita a Declaração de Salamanca - marco na inclusão 
escolar das pessoas com qualquer tipo de necessidade especial - essa declaração enfatiza que cada 
pessoa deve ser atendida segundo suas próprias potencialidades de aprendizagem - as escolas devem 
 
 
acolher a todas as crianças, incluindo crianças com deficiências, superdotadas, de rua, que trabalham, de 
populações distantes, nômades, pertencentes a minorias lingüísticas, étnicas ou culturais 
- Excepcional​​: termo utilizado na Emenda Constitucional de 1969. Tem o conteúdo restritivo, posto que 
não se apresenta adequado para designar determinadas pessoas portadoras de deficiência; 
- Deficiente​​: esta designação fica ligada à ideia da própria deficiência, sem considerar a pessoa; 
- Pessoa portadora de deficiência​​: atualmente a expressão mais aceita, pois centra a questão na 
pessoa, e não na deficiência. 
- o que define a pessoa portadora de deficiência não é a dificuldade mental ou a falta de um membro do 
corpo, mas sim a dificuldade de relacionar-se na sociedade. Segundo o consultor da ONU Romeu 
Sassaki, o termo mais apropriado ao tema é: ​pessoas com deficiência pois este termo não camufla a 
deficiência, apresenta dignidade ao tema, mostra a realidade, valoriza as diferenças e as necessidades 
da deficiência. 
- A ​inclusão social não é um processo que envolva somente um lado, mas sim um processo bidirecional, 
que envolve ações junto à pessoa com necessidades educacionais especiais e ações junto à sociedade 
- O ​Artigo 4º do Decreto no 3.298​​, de 20 de dezembro de 1999, passa a vigorar com as seguintes 
alterações: 
- I - ​Deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, 
acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, 
paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, 
hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com 
deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam 
dificuldades para o desempenho de funções; 
- II - ​Deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis ou mais, aferida por 
audiograma nas frequências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz; 
- III - ​Deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, 
com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor 
olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em 
ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições 
anteriores. 
- não se pode agir numa tentativa de simplesmente integrar a pessoa deficiente, mas sim ​incluir - a 
inclusão faz-nos pensar na importância que se dá à necessidade de aprendermos a receber e cuidar do 
outro, buscando soluções. Para qualquer ação em prol da deficiência, devemos apresentar soluções que 
possibilitem a integralização de todos os sentidos. Estar incluído é sentir-se bem em qualquer lugar, seja 
na escola, seja na sociedade. 
- Politicamente falando, temos a ​CORDE​​, que visa melhor assistir a qualquer pessoa com deficiência. Aos 
pensarmos na articulação de políticas públicas para a pessoa deficiente, entendendo o homem como um 
ser total, e ainda este como participante da polis, da cidade, devemos pensar na necessidade da 
transformação das ações existentes que venham possibilitar o acesso à saúde, à educação e à moradia, 
como preconiza a própria Constituição Federal de 1988. 
- O conceito de ​acessibilidade refere-se à mobilidade da pessoa com necessidade especial em sentido 
amplo. Assim, a mobilidade é um direito de todo o cidadão e abarca vários níveis de vida que vai desde a 
mobilidade urbana até a mobilidade social.Portanto, a acessibilidade diz respeito à mobilidade social que 
favorece também o desenvolvimento pessoal de forma saudável e digno da pessoa com necessidades 
especiais

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