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Sugestão de antidepressivo


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NOME: Tassiana S. Menezes Disciplina: Psicofarmacologia 
Turma: 53 - ST
Caso Clínico: sugestão de tratamento com antidepressivo
O tratamento antidepressivo deve ser realizado considerando os aspectos biológicos, psicológicos e sociais do paciente. As evidencias científicas mostram que não há diferenças significativas em termos de eficácia entre os diferentes antidepressivos, mas o perfil em termos de efeitos colaterais, risco de suicídio, tolerância e preço varia bastante, o que implica em diferenças na efetividade das drogas para cada paciente. 
A prescrição de antidepressivos irá depender da intensidade e freqüência dos episódios depressivos, risco de suicídio dever ser sempre avaliado e se necessário o eletroconvulsoterapia deverá ser indicado. 
Para o tratamento com medicação, indicado em casos clínico como do L.A.F, de hipótese diagnosticada de Episódio Depressivo Grave com Ideação Suicida (CID-10: F32.2); Distimia (CID-10: F34.1), se recomenda os inibidores seletivos de recaptação da serotonina –ISRS e/ou os tricíclicos- ADT, não estando estabelecido quais drogas com ação mais rápido.
Não há antidepressivo ideal, porém atualmente tem uma disponibilidade diversificada de drogas atuando através de diferentes mecanismos de ação o que permite que, mesmo em depressões consideradas resistentes, o tratamento possa obter êxito. Assim, escolha da medicação deve ser individualizada. 
Entretanto nos deparamos com uma pergunta: qual o melhor antidepressivo? Ou poderíamos nos perguntar para quem seria? Portanto a escolha do antidepressivo deve ser baseada nas características da depressão e seus efeitos colaterais, risco de suicídio, distúrbios clínicos, danos cognitivos, a tolerância e terapia concomitante. 
No caso clínico em questão poderíamos prescrever os antidepressivos: tricíclicos, mas há incidência de efeitos colaterais e abandono ao tratamento, assim sendo menor nos ISRS. Os ISRS apresentam um perfil de efeitos colaterais mais bem tolerado por muitos pacientes, e são mais seguros e de baixa toxicidade. 
Existe também, os  antidepressivos tetracíclicos possui eficácia semelhante aos antidepressivos tricíclicos. Atualmente vem sendo considerados antidepressivos com eficácia igual ou superior aos ISRS devido a seu efeito duplo, serotonérgico e adrenérgico.
Assim para esse caso, pode ser recomendado a mirtazapina, umas das medicações mais atuais, pois conforme o artigo da Revisão das Diretrizes da Associação Médica Brasileira para o tratamento de Depressão, apresenta o perfil de menor efeito colaterais, analisando com quadro sintomático do caso clínico.
 A ação da mirtazapina se dá através do aumento da atividade noradrenérgica e serotonérgica central, ação dupla. A dose inicial poderia ser de 15mg a 30mg. Algumas evidencias nos mecanismos de ação sugeri ação mais rápida, que poderia ajudar em relação à idealização suicida. 
A mirtazapina é bem absorvida pelo trato gastrintestinal, apresenta boa tolerabilidade, ou seja, a ação sobre efeitos colaterais de início ao uso da medicação seria interessante para questão do sono, pois poderia se recomendar a ingestão à noite para dormir; ganho de peso de inicio imediato não seria preocupante, já que apresenta falta de apetite. 
Nessa perspectiva, o tratamento para esse caso clínico é uso de medicação, prescrita pelo psiquiatra e terapia cognitivo- comportamental com psicólogo com alguma modalidade psicoterápica, visando estimular pensamentos interpessoal e fazer com que perceba que o suicídio não seria a solução para o momento.
Já sobre a Distimia que é algo que envolve um círculo vicioso de comportamento, na qual o L.A.F apresenta: menos amizades, isolamento social, melancolia, negatividade sobre si, baixa astral, o quadro de melhora é justamente o conjunto do tratamento descrito acima, onde teríamos uma melhora que provocasse um circulo virtuoso: menos isolamento, situações de vida positivas e prazerosas. E talvez com o tempo comece a funcionar de modo automático, mais alegre e sem medicação. 
Caso não tenha resposta ou resposta parcial, existem evidências de uma determinada seqüência de passos a ser seguida, para tratamento farmacológico dos episódios graves e de manutenção da depressão maior e da distimia, pode-se sistematizar em linhas gerais: ensaio clínico com antidepressivo de primeira escolha; aumento da dose; troca para um antidepressivo de outra classe; potencialização do antidepressivo ou combinações de antidepressivos; uso de inibidores da monoaminoxidase (IMAO); eletroconvulsoterapia (ECT).