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Fernando Segato Lorena - 2014 Enzimologia – LOT2017 Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Ensaio ! Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Homogenato Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Homogenato Enzimologia – LOT2017 – aula 6 - Solubilidade; - Tamanho; - Carga; - Afinidade de ligação específica. Purificação de proteínas com base em suas características Métodos preliminares de purificação Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Salting out Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Boiling Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Diálise Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Diálise Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Diálise Enzimologia – LOT2017 – aula 6 - Solubilidade; - Tamanho; - Carga; - Afinidade de ligação específica. Purificação de proteínas com base em suas características Cromatografia Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Mikhail Semyonovich Tsvet (1872-1919) Botânico Russo Enzimologia – LOT2017 – aula 6 C on ce nt ra çã o Tempo ou volume Coletor de frações Funcionamento Básico de uma Coluna Cromatográfica Uma coluna é um tubo cilindríco aberto nas duas extremidades e preenchido com a resina ou matriz ou gel cromatográfico. A coluna é constantemente alimentada com líquido (tampão), banhando a resina e forçando o contacto desta e as moléculas que estão sendo analisadas. Abaixo está representado o esquema geral de uma cromatografia: Tempo 1 Mais tampão é colocado na coluna, forçando os componentes da amostra a interagirem com a resina Componentes da amostra se separam e saem da coluna com diferentes volumes de tampão Tempo 2 Tempo n Líquido que sae da coluna é recolhido em tubos de um coletor de frações Os componentes da mistura são separados por interação diferenciada com a resina, com base em propriedades moleculares como: • massa molecular • carga elétrica • solubilidade • afinidade Amostra com diferentes componentes Resina embebida em tampão Tempo zero Um cromatograma, como o gráfico ao lado, é a maneira usual de se representar o resultado de uma cromatografia. Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Tipos de cromatografia Enzimologia – LOT2017 – aula 6 TLC Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Colunas Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Colunas Enzimologia – LOT2017 – aula 6 FPLC system Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Colunas Enzimologia – LOT2017 – aula 6 FPLC system Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Cromatograma Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Cromatografia de gel filtração ou peneira molecular grãos (beads) da resina com poros grão da resina poroso proteína grande proteína pequena Tampão “empurra” moléculas através da resina tubos Na gel-filtração, as proteínas que penetram nos poros da resina precisam diferentes volumes de tampão para saírem da coluna, conforme suas massas moleculares, percorrendo os canais internos dos grãos. Quanto maior o número de grãos que cada molécula entrar durante o percurso através da coluna, maior o volume necessário para sua saída. Proteínas maiores que o diâmetro dos poros não são separadas e saem da coluna com pouco tampão, correspondente apenas ao volume da coluna externo aos grãos, também chamado de volume morto (Vo). Proteínas menores que o diâmetro dos poros não são separadas e saem da coluna com um volume de tampão correspondente ao volume interno (Vi, volume total menos o volume do próprio gel). Moléculas com massas diferentes Fluxo do tampão Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Resinas para Gel-Filtração Sephadex G - 10 Dextrana 0.05 - 0.70 Sephadex G - 25 Dextrana 1 - 5 Sephadex G - 50 Dextrana 1 - 30 Sephadex G - 100 Dextrana 4 - 150 Sephadex G - 200 Dextrana 5 - 600 Bio - Gel P - 2 Poliacrilamida 0.1 - 1.8 Bio - Gel P - 6 Poliacrilamida 1 - 6 Bio - Gel P - 10 Poliacrilamida 1.5 - 20 Bio - Gel P - 30 Poliacrilamida 2.4 - 40 Bio - Gel P - 100 Poliacrilamida 5 - 100 Bio - Gel P - 300 Poliacrilamida 60 - 400 Sepharose 6B Agarose 10 - 4.000 Sepharose 4B Agarose 60 - 20.000 Sepharose 2B Agarose 70 - 40.000 NOME TIPO FAIXA DE RESOLUÇÃO (kD) *Sephadex e Sepharose: Amersham Pharmacia Biotech; Bio - Gel: Bio - Rad Laboratories Moléculas pequenas Moléculas pequenas Proteínas Proteínas Células, partículas sub-celulares Existem diferentes tipos de resinas para gel-filtração, conforme o tipo de moléculas ou partículas a serem separadas indica quais os tamanhos das partículas que podem entrar nos poros da resina e serem fracionados. Acima ou abaixo da faixa, não há separação. Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Enzimologia – LOT2017 – aula 6 A bs or bâ nc ia a 2 80 n m volume M ed id a da a tiv . b io ló gi ca Moléculas maiores Moléculas menores Kav M as sa m ol ec ul ar (k D ) 20 40 60 80 100 120 mL 25 50 75 100 125 mL volume de eluição A cromatografia de gel-filtração possibilita estimar a massa molecular de uma proteína em seu estado nativo Além de purificar, por ser realizada em condições de pH, força iônica e temperatura que preservam a atividade biológica da proteína, a gel-filtração fornece a Mr do seu estado nativo. Para isso, é necessário “calibrar” a coluna com proteínas de massa molecular conhecida, construindo-se uma curva de calibração. O volume de saída (eluição) de uma proteína numa coluna de gel- filtração é proporcional ao logaritmo de sua massa molecular. Curva de calibração traçado da medida de atividade biológica nas frações Medir o volume de eluição da fração mais ativa. Transportar para a curva de calibraçao. Ler a massa correspondente Observar a escala log Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Cromatografia de troca iônica A resina para cromatografia de troca iônica apresenta carga elétrica, positiva ou negativa, em uma ampla faixa de pH. Trocadora de ânions Trocadora de cátions DEAE CM Existem dois tipos básicos: resinas trocadoras de ânions (possuem carga positiva), como o dietilaminoetil (DEAE)-celulose e resinas trocadoras de cátions (possuem carga negativa), como o carboxi-metil (CM)-celulose Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Enzimologia – LOT2017 – aula 6 - - - - - - - DEAE-celulose - pH < 10 CM-celulose - pH > 4 Cromatografia de troca iônica Proteína P.I. Pepsina <1,0 Ovalbumina galinha 4,6 Albumina sérica humana 4,9 Tropomiosina 5,1 Insulina bovina 5,4 Fibrinogênio humano 5,8 Gama-globulina 6,6 Colágeno 6,6 Mioglobina equina 7,0 Hemoglobina humana 7,1 Ribonuclease A bovina 7,8 Citocromo C equino 10,6 Histona bovina 10,8 Lisozima, galinha 11,0 Salmina, salmão 12,1 PI ácido + básico - neutro Ponto Isoelétrico de algumas Proteínas Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Como funciona a Cromatografia de Troca Iônica Adsorção Eluição + + + + + + + + Moléculas com a mesma carga, ou sem carga, não interagem com a resina,sendo as primeiras a sair da coluna Adição de sal ao tampão resulta em competição entre os íons em solução e as moléculas adsorvidas na resina. Na+Cl- + A cromatografia de troca iônica compreende duas etapas: 1) adsorção das proteínas com carga contrária à resina, e saída da coluna das proteínas com a mesma carga; 2) eluição das proteínas adsorvidas. + + + + + + + + + + + No exemplo ao lado, como funciona uma resina catiônica ou trocadora de ânions, como o DEAE-celulose): Para a eluição, as condições de adsorção da coluna (pH ou força iônica) são alteradas para neutralizar a interação entre as proteínas e a resina. Mais frequentemente utiliza-se um aumento da concentração do sal no tampão, pois alterações de pH podem desnaturar proteínas, levando-as a precipitar dentro da coluna. Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Carboximetil~celulose (trocadora de cátions) Dietilaminoetil~celulose (trocadora de ânions) Duas Modalidades de Cromatografia de Troca Iônica Gradientes de sal podem fracionar as proteínas adsorvidas na resina de acordo com a intensidade de suas cargas, que é dada pela diferença entre seus pIs e o pH do tampão de eluição. As proteínas não retidas (com a mesma carga da resina) não são separadas, sendo simplesmente “arrastadas” pelo tampão (ou seja, não são repelidas pela resina). _ = = _ + + + + + (+) (+) (+) (+) 0. 10 M 0. 15 M 0. 20 M Eluição NaCl Não retidas DEAE + + 0. 10 M 0. 15 M 0. 20 M Eluição NaCl + (-) (-) (-) + + + _ = = _ (-) Não retidas CM Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Tipos de Resina de troca Iônica Tipos de Resina de troca iônica NOME TIPO GRUPO IONIZÁVEL OBSERVAÇÕES Dowex 1 Fortemente básica Ø - CH 2 N+(CH 3 ) 3 Troca aniônica resina de polistireno Dowex 50 Fortemente básica Ø - SO 3 -H Troca Catiônica resina de polistireno DEAE - celulose Básica Dietilaminoetil Fracionamento de proteínas - CH 2 CH 2 N+(C 2 H 5 ) 2 ácidas e neutras CM - celulose Ácida Carboximetil Fracionamento de proteínas - CH 2 COOH básicas e neutras Q-Sepharose Gel de dextrano Combinação de gel filtração básico e troca iônica de proteínas ácidas e neutras SP -Sepharose Gel de dextrano Combinação de gel filtração ácido e troca iônica de proteínas básicas e neutras * Dowex: Dow Chemical Co.; Sepharose e Source: GE LifeSciences Bio - Gel: Bio Rad Laboratories Existem vários tipos de resinas de troca iônica disponíveis no mercado. −Ο−CH2CHOHCH2OCH2CHOHCH2N+(CH3)3 —CH2-SO3- Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Troca iônica – adsorção das moléculas Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Troca iônica – eluição das moléculas Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Troca iônica – eluição das moléculas e equilíbrio das colunas Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Resina usada AGAROSE – polímero de açúcares de algas ao qual se liga um composto qual a enzima tem afinidade. - Enzima – o ligante é o seu substrato - Anticorpo – o ligante é o antígento - Receptor de hormônios – ligante é o hormônio * Mais específica de todas Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Cromatografia de afinidade: Eluição: condições que interferem na ligação da proteína ao ligante, como mudanças no pH e/ou força iônica, ou por competição com o ligante livre Desprezar proteínas não retidas Lavagem Eluição pH 2,0 ou sal Antígeno A puro Anti-A interage apenas com a proteína A - Mistura de proteínas Coluna empacotada com ess gel Partículas de gel recobertas de anticorpos anti-A Adsorção Complexo Ag-AC é desfeito Um dos métodos mais eficientes para a purificação de proteínas, possibilitando um alto rendimento com número reduzido de etapas. A separação de moléculas tem como base a interação específica do analito (molécula-alvo) com um ligante imobilizado na matriz. Forças envolvidas nessa interação podem ser não covalentes (eletrostáticas, hidrofóbica, pontes de H) ou covalentes (p.e., ponte dissulfeto). Ex: cromatografia de imunoafinidade Pode ter o antígeno ou o anti-corpo ligado Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Afinidade - níquel Imidazol Histidina Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Colunas Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Ligante grupo-específico Especificidade Proteína A Região Fc de IgG Proteína G Região Fc de IgG Concanavalina A Grupos glicosil- ou manosil- Cibacron Blue Várias enzimas, albumina lisina Plasminogênio, RNA ribossomal arginina proteinases tipo tripsina benzamidina proteinases tipo tripsina calmodulina Proteínas reguladas por calmodulina heparina Fatores de coagulação, lipases, hormônios, receptores estoróides, etc Metais de transição Proteínas e peptídeos com resíduos de His expostos 1. Mono-específicos - ligação específica da molécula-alvo - análogos de substratos ou inibidores de enzimas - agonistas ou antagonistas de receptores - haptenos ou determinantes antigênicos de anticorpos - ligantes com “tag” ou “marcação” - glutationa-S-transferase - poli-Histidina 2. Grupo-específico: ligantes para separação de grupos: Tipo de ligantes em cromatografia de afinidade 8-AEA-cAMP 8-(2-aminoethyl)aminoadenosine-3',5'-cyclic monophosphate (ligante para proteínas com afinidade por cAMP ou cGMP) Sítios de ligação das proteínas A, G e L à imunoglobulina, que permitem a purificação de anticorpos por cromatografia de afinidade Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Para ligantes pequenos (Mr < 1.000) há o risco de impedimento estérico entre a matriz e a molécula-alvo, que causa dificuldade ou impede sua ligação à resina. A introdução de um braço espaçador diminue esse risco. Estratégias para acoplamento de ligantes à resina Reagente Alvo no ligante Braço espaçador covalente entre a resina e o ligante Ligação reversível não covalente ligante Molécula-alvo (analito) Preparo da resina de afinidade: Passo 1. Ativação da resina Passo 2. Acoplar o ligante Enzimologia – LOT2017 – aula 6 L""""""1"""""""2"""""""3""""""4""""""5"""""""6""""""L"""""""""""""""""""""""""""L""""""""7"""""""8"""""""9""""""10"""""11""""12"""""""" A.#niveus# M.#thermophila# 97 66 45 31 20 14 KDa Identificação e Estudos Moleculares de Enzimas Produzidas pelos Fungos Termofílicos Aspergillus niveus e Myceliophtora termophila Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Fermentação Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Ultra-filtração Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Industrial Purification Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Industrial Purification Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Industrial Purification Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Separação Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Separação Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Enzimologia – LOT2017 – aula 6 Enzimologia – LOT2017 – aula 6
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