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hemoterapia e imunologia clinica

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Lab 03
Capitulo I: Introdução e Generalidades ( 04 aulas)
Objectivos da aula:
Até ao fim deste capitulo o aluno deve ser capaz de :
Conhecer os aspectos históricos e introdutórios das Tecnologias de Banco de Sangue
Conhecer os aspectos de biossegurança no Banco de Sangue
Conhecer os equipamentos, materiais e consumiveis do Banco de Sangue.
 
I. Introdução sobre o surgimento de Banco de Sangue
O estudo de Banco de Sangue, ou Imunohematologia, é a união de duas ciências médicas tais como: Imunologia e a Hematologia. Para o estudo de banco de sangue usa os princípios de imunologia para: identificar e estudar os grupos sanguíneos.
 O banco de sangue também pode envolver as técnicas para contribuir as terapias hematológicas e investigar as reacções pós-transfusionais, como os testes de compatibilidade e identificação de anticorpo.
O estudo de banco de sangue é uma área do laboratório em que a qualidade dos testes laboratoriais pode ter um impacto directo e imediacto no paciente. Uma transfusão de sangue é um evento potencialmente salvador de vidas.
 Uma transfusão de sangue é, na verdade, um transplante de tecido. Erros ou enganos em cruzar os sangues para transfusão podem levar a sérios danos ao paciente e pode ser fatal.
1 História do Surgimento de Banco de Sangue
A história das transfusões, tal como a de outras descobertas, foi influenciada por importantes descobertas. A lista que se segue mostra alguns morcos fundamentais das transfusões de sangue.
	1628
	Wiliam Harvey descobre a circulação do sangue
	1900/01
	Karl Landsteiner, um cientista austríaco, descobre as reacções entre as substâncias existentes à superfície dos glóbulos vermelhos (antigénios) e outras substâncias existentes no plasma (anticorpo). Tal facto leva-o à classificação do sangue em quatro grupos sanguíneos que constituem o sistema ABO de classificação de sangue.
	1914/15
	Discobrem que o citrato de sódio é eficiente no impedimento da coagulação do sangue no processo de transfusão.
	1917/18
	Introduz o uso de soluções de citrato de sódio e glucose para conservar o sangue colhido.
	1922
	Em Londres, cria o primeiro Serviço de Dadores de Sangue da Cruz Vermelha.
	1940
	Landsteiner e Wiener descobrem o factor Rh.
	1943
	Aperfeiçoam o preservante de sangue como CPD (Citrato, Fosfacto, Destrose). 
	1944
	Aperfeiçoa uma capacidade de fraccionar o sangue nos seus diversos componentes.
	1958/59
	As bolsas de material plástico para conservação do sangue substituem os frascos de vidro.
I. 2 Biossegurança 
Biossegurança é conjunto de medidas voltadas para a prevenção, controle, minimização ou eliminação dos riscos presentes nas atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e/ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
No Banco de Sangue são necessários equipamentos de proteção individual e colectiva indispensáveis para o seu uso, mas porém para o seu uso devem ser precedidos de um treinanamento e consciencialização da sua importancia.
I. 2.1 Equipamentos de Protenção Individual (EPI)
a) Luvas que podem ser: descartáveis ( para manipular materiais infecciosos), borracha grossa ( para manipular residuos, lavagem de material e limpeza geral) e luvas resistentes a temperaturas altas e baixas ( para manipular materiais em aquecimento ou em congelamento).
b) Oculos para a protenção acular de liquidos contaminados e produtos quimicos.
c) Máscaras servem para a protenção respiratoria.
d) Aventais impermeaveis protegem a pele de substancias nocivas
e) Sapatos devem ser fechados e escorregadios para a protenção dos pés a acção de corrisivos e perfurantes
I.2.2 Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC São equipamentos de contenção que possibilitam a proteção do trabalhador, do meio ambiente e do produto ou pesquisa desenvolvida. Podem ser utilizados por um ou mais trabalhadores.
Exemplos: Lava- olhos, Chuveiro de emergencia, Extintores de incendio 
I.2.2 Outros Cuidados de Protenção do Trabalhador
a)Tirar luvas sempre que for abrir a porta, atender telefone, não pegar requisições ou qualquer papel com luvas
b)Utilizar materiais auxuliares para pipetagem e nunca pipetar com boca
c)Descartar materiais perfurocortantes em recepientes de paredes rígidas
d)Não fumar beber ou comer no no local de trabalho
e)Não levar crianças ou pessoas estranhas para o local de trabalho
I.2.3 Esterlização e Desinfecção
Desinfecção –Inativação ou redução do número microrganismos presentes, não implicando na eliminação de todos os microrganismos viáveis. Porém elimina a potencialidade infecciosa do objeto ou superfície de trabalho (eliminação de microrganismos patogenicos) mas nao inclui a eliminação de esporos.
Esterilização – eliminação de toda e qualquer forma de vida presente em um determinado material ou ambiente e tem como meta destruir os microrganismos incluindo os esporos.
I.2.3.1 Métodos fisicos para a esterilização e desinfecção
 	
 		Fervura a temperatura de 100 ºC
	Humido	
 		Autoclave a temperatura de 121 ºC
Calor 
		Esterilização por ar quente (170ºC, 2h) 
 Seco Incineração 
 Chama
I.2.3.2 Métodos químicos para esterilização e desinfecção 
 
Dentre os compostos quimicos mais frequentes para a esterilização e desinfecção podemos destacar:
Os álcoois
Formaldeidos
Glutaraldeidos
Compostos com cloro
Fenois sintéticos
Quaternários de amónia
O etanol é o alccol mais usado para como desinfectante e na descontaminação de superficies de bancadas, equipamento e lavagem das mãos.
O glutaraldeido tem a acção desinfecção prolongada e está indicado para materiais como pinças e alicates.
O formaldeido deve ser usado para limpeza e desinfecção de superficies como pisos e paredes. Pode danificar artigos plásticos, borracha e quando em contacto com a pele pode ser irritante
Os compostos de cloro mais usados são hipoclorecto de sódio, cálcio e dicloroisocianurato de sódio. São usados para desinfecção de superficies limpas plasticas, vidros e borracha. Esses produtos danificam metais pricipalmente como alumínio.
Os quaternarios de amónia são germicidas potentes para bactérias de gram-positivo, porém seu uso é restrito, pois são inibidos por matéria organica.
I.3 Equipamentos, Materiais e Consumiveis do Banco de Sangue
a) Equipamentos, Materiais e Consumiveis na Sala Recpção do dador
Cadeiras 
Cacifo do ficheiro do dador
Mesas ou Secretarias 
Computador complecto 
Ficha de Consentimento,
Livro de Registo de Entrada
b) Equipamentos, Materiais, Reagentes e Consumiveis na Sala de Inquerito
Ficha de Inquerito
Balanças de medição do peso (Kg)
Termometros
Aparelho de Medição de Tensão Arterial
Hemoglobinometro para a medição quantitativa da Hgb
Sulfacto de Cobre Pentahidratado [Cu2(SO4)].5H2O para a medição qualitativa da Hgb
Pipetas descartaveis 
Lancentas ou cerringas
Bolhas de Algodão, Gaze Hidofilos
Baldes de Lixo (infeccioso, comum)
Caixa inceneradora
Fichas de Dadores
Cartões profisórios e definitivos de dador
Equipamento de proteção Individual e Colectivo
c) Equipamentos, Materiais, Reagentes e Consumiveis na Sala de Colheita
Cadeiras fixas e moveis especificas para a doação
Sacos de colheia ( duplos, triplos e quadroplos)
Esponjas
Carrotes
Tubos secos e com anticoagulantes
Diferentes tipos de tesouras
Bolhas de algodão ou gazes
Soluções antiacepticos ( alcool a 70%, glicerinado; hipoclorecto a 0,5%)
Balanças específicas de homogenização de sangue
Seladores de seguimentos de sangue
Baldes de lixo
Suportes de amostras
Cestos específicos de transportes de sangue
Equipamento de proteção Individual e Colectivo
c) Equipamentos, Materiais, Reagentes e Consumiveis na Sala deTecica
Geleiras e Congeladores
Trombomix ( agitador de plaquetas)
Termometros
Anti- Soros
Aglutinoscópios
Centrifugas de: separaçao de hemocomponentes, centrifugaão de amostras, preparação de suspenções e leitura do grupo sanguíneo.
Tubos de Hemólise
Copos volumetricos de varios volumes
Variedades tipos de pipetas
Etiquetas de aviamento de sangue
Sistemas de Transfusão de sangue
Pedidos de Sangue
Sacos pediatricos ( 100ml, 150ml, 200ml, 300ml).
Banho Maria
Separadores de Plasma
Estufas
Balanças analiticas
Balanças pediatricas
Clorecto de sódio, Soro fisiologico
Sulfacto de Cobre Pentahidratado [Cu2(SO4)].5H2O absoluto.
Cronometros
Testes HIV, HbsAg, HCV, RPR
Equipamentos de Elisa,
Etiquetas de grupo sanguíneo
Livro de Saida de Sangue
I.4 Referências Bibliograficas
1. Associação Americana de Bancos de Sangu (AABB). Terrapetica Transfusional: manual para Médicos. 3ª edição. Bethesda, 2003.
2.Pinho, et al (2003). Manual de Triagem Clinica de Dadores. Ministério da Saúde
3. Dhingra, et al (2012). Directrizes da OMS para a triagem de sangue: boas práticas em flebotomia
4. Harmening, et al (2012). Tecnicas modernas em Banco de Sangue e Transfusão. 2ª edição. Rio de Janeiro. 
Capitulo II: Recrutamento de Dadores e Doação de Sangue ( 08 aulas) 
Objectivos da aula:
Até ao fim deste capitulo o aluno deve ser capaz de :
Conhecer os tipos de Dadores, e os respectivos Registos.
Conhecer os requisitos basicos para doação de sangue, critérios de selecção Temporaria e Definitiva aos dadores de Sangue
Conhecer os cuidados a tomar com o dador antes, durante e deposis de uma doação de sangue
Conhecer os efeitos secundários após uma doação de sangue.
Capitulo II: Recrutamento de Dadores
Dador de Sangue é uma pessoa que de forma voluntária e não remuneravel tira um volume de sangue previamente estabelecido (450 ou 500 ml), desde que esteja dentro de todos os critérios de aceitabidade para exercer o acto.
II.1 Tipos de dadores de sangue
a)Dador Voluntária: espontânea e altruísta (aquele que se deidica aos outros).
b)Dador Vinculada ou de Reposição: para atender à necessidade de um paciente internado.
c)Doação Autóloga: dador doa para si próprio;
Dador Específica: realizada para uma determinada pessoa;
d)Dador Convocada: o doador é convocado pela entidade de Banco de Sangue;.
II.2 Registo do Dador 
A primeira vez que um dador voluntario vai ao Banco de Sangue é atribuido um Número de Dador (D) que será unico número e constante em todas as doações que for realizar dentro do mesmo Banco de Sangue assim como noutros Serviços Transfusionais. Mais isso não acontece com outros tipos de dadores anteriorimenmte estudados, visto que cada doação que for a realizar o número sempre vai mudar.
Por sua vez, todos os tipos de dadores anteriorimente estudados em cada doção são atribuidos um número de ordem chamado Número de Frasco (F), variavel em cada doação que o dador for a realizar a doação e esse número de ordem é renovavel anualmente em cada Banco de Sangue.
O dador de sangue deve ter um cadastro (ficha de dador) ou registos electrónicos com os seguintes dados: 
Nome complecto
Data de nascimento
Número do documento de identificação
Nacionalidade/ Naturalidade
Filiação
Ocupação habitual
Endereço e contacto 
Número do registo do serviço
Data da triagem clinica
II.3 Requisitos Basicos para a Doação de Sangue
	Requisitos
	Critérios correspondents
	Idade
	mínimo 16 anos;
máximo 60 anos para doadores de 1a vez; 65 para candidatos com histórico de doações recentes e anteriores a 60 anos.
	Peso minimo
	50Kg
	Sinais Vitais
	temperatura axilar menor ou igual a 37°C;
pulso regular, rítmico, com freqüência entre 50 e 100 batimentos por minuto;
pressão arterial (PA): PA sistólica - no máximo 180mmHg; PA diastólica - no mínimo 60 mmHg e no máximo 100mmHg.
	níveis de hemoglobina(Hb) ou de hematócrito (Ht)
	Mulheres
Hb no mínimo em 11,5 g/dL e no máximo em 17g/dL ou
Ht no mínimo em 38% e no máximo em 50%
Homens
Hb no mínimo em 12,5 g/dL e no máximo em 17 g/dL ou
Ht no mínimo em 40% e no máximo em 50%
II.4 Critérios de Exclusão Temporária para a Doação de Sangue
	 Causas de Inaptidão temporária
	 Tempo de Inaptidão
	Abordo ou parto
	06 meses após a ocorrência
	tatuagem em condições de antissepsia impossíveis de avaliar
	12 meses após realização
	Perfuração cutânea para colocação de brinco com utilização de perfuradores automáticos e antissepia apropriada
	07 dias após realização
	Alergias (tratamento de dessensibilização)
	3 dias após o fim do tratamento
	Alergias (urticária, rinite, dermatite, etc..)
	na fase aguda e durante o tratamento
	Amamentação
	até parar a amamentação
	Atraso menstrual em mulheres em idade fértil
	até que se afaste a possibilidade de gravidez ou de outro problema que impeça a doação
	Cefaléia
	até desaparecerem os sintomas
	Cirurgias de miopia ou catarata
	após alta oftalmológica
	Cirurgias em geral
	Mais de 06 meses após a cirurgia
	Diarréia
	01 semana após a cura
	Doação de sangue total
	até completar 03 meses após a última doação para os homens e 04 meses para as mulheres
	Endoscopia
	12 meses após o procedimento
	Gravidez
	Durante a gravidez e 06 meses após o parto ou aborto
	Gripes ou resfriados
	1 semana após cessarem os sintomas
	Herpes simples
	Até que as lesões desapareçam
	Infecção por sífilis ou gonorréia (primeira infecção
	12 meses após cura comprovada
	Infecção bacteriana ou parasitaria
	07 dias após o tratamento
II.5 Critérios de Exclusão Definitiva a Doação de Sangue
Infecção por HBV (Virus de Hepatite B), HCV (Virus da Hepatite C) , HIV (Virus de Imunodefiência Humana)
Alcoolismo crônico
Bronquite e asma (crises com intervalos de 3 meses ou menos e que não se resolvem com medicamentos por via inalatória)
Câncer (inclusive leucemia). Atenção: carcinoma in situ de cérvix uterina e carcinoma
Cardiopatias graves
Diabetes
Tuberculose extra-pulmonar
Doença renal crônica
Doenças hemorrágicas (por exemplo púrpura)
Elefantíase (filariose)
Epilepsia ou convulsão após a infância
Hepatite viral após 10 anos de idade
Reação adversa grave em doação anterior
Uso de hormônio de crescimento de origem humana
Sífilis recorrente
Situações de risco para DST e SIDA : Individuos que fazem parte de comportamento de risco, uso repetido atual ou passado de drogas ilícitas (por via injetável ou por aspiração); 
Doenças Hematológicas com necessidade de uso constante de hemocomponentes ou hemoderivados (por exemplo, os hemofílicos); insuficiência renal dependente de hemodiálise.
II.6 Cuidados a tomar com o dador antes, durante e após a Doação de Sangue
a) Antes da Doação
Observar todos os Requisitos Basicos necessarios para a doação (Idade, Peso, Avalição dos Sinais Vitais, Avalição da Hgb e Htc)
O doador deve receber informação, aconselhamento e orientação sobre o processo da
doação de sangue;
Fazer cuidadosamente uma entrevista ao dador e explicar a importância de o dador responder de forma honesta as questões que forem colocadas para proteger a sua saúde e proteger a saúde do receptor (doente)
Registar corectamente a identidade do dador (número do frasco e do dador), data da doação, validade do vencimento e outros dados relevantes no saco de colheita
b) Durante a Doação
Transpiração, palidez ou queixas de fraqueza que podem anteceder um desmaio;
Surgimento de hematoma no local da punção; e
Mudanças no fluxo de sangue, que podem indicar movimento da agulha na veia, tornando
necessário reposicioná-la.
Controlar a anciedade do dador e tranquiliza-lo sempre ate ao fim da doação.
Verficar o local da venopunção se não há presença de hematoma.
Em caso de uma Reação suspender a doação e colocar o dador naposição Trendemburg ( horizontal com a face frontal) com apoio da cadeira especifica de doação.
c) Cuidados ou Recomendações Pós-Doação
Antes de deixar o banco de sangue, permanecer do dador sentado por, pelo menos, 15 minutos. Coma e beba o lanche oferecido.
Recomendar o consumo quantidades extras de líquidos nas primeiras 24 horas após a doação. Isto ajudará na reposição do volume perdido durante a doação. Esta medida é particularmente importante nas primeiras 4 horas após a doação.
O dador deve evitar subidas pesadas e exercícios físicos extenuantes por 12 horas. Esta conduta previne sangramentos e ajuda na cicatrização do local onde a agulha foi colocada. Também permite que seu corpo se ajuste à perda de volume ocorrida na doação.
Mantenha o curativo (adesivo) no local da agulha por, no mínimo, 4 horas. Se você notar que o local voltou a sangrar, aplique uma pressão sobre o local por 2-5 minutos e então troque a curativo, mantendo-o por mais 4 horas.
Se, após deixar o banco de sangue, você sentir mal-estar, tontura, fraqueza e sensação de que vai desmaiar, sente-se em qualquer local e coloque a cabeça entre os joelhos ou então, deite imediatamente no chão com as pernas elevadas. Estas medidas evitam quedas da própria altura e aumentam a circulação de sangue na cabeça, aliviando rapidamente os sintomas.
Após a doação você deverá seguir as seguintes orientações:
permanecer no Banco de Sangue por mais 15 minutos para evitar que você se sinta mal com a doação;
manter o curativo por pelo menos 4 horas;
 não ingerir bebidas alcoólicas;
não fumar por 02 horas;
evitar esforço físico exagerado por 12 horas, especialmente com o braço utilizado para doação;
beber bastante líquido;
se for dirigir veículo automotor ou ser transportado em motocicleta, parar imediatamente o veículo em caso de mal-estar.
Na ocorrência de febre, diarréia ou outro sintoma de doença infecciosa até 7 dias após a doação, comunicar imediatamente
II.7 Efeitos Secundarios Após a Doação de Sangue
Leves: náuseas, vomitos, tonturas, sudorese, taquicardia, formigamento, palidez cutanea, tremores e calafrios.
Moderadas: Bradicardia, hipotensão arterial, e perda breve de consciência.
Graves: perda prolongada da consciência, convulão, angustia respiratória incontinência urinária, cianose e parada cardíaca.
I.4 Referências Bibliograficas
Associação Americana de Bancos de Sangu (AABB). Terrapetica Transfusional: manual para Médicos. 3ª edição. Bethesda, 2003.
Pinho, et al (2003). Manual de Triagem Clinica de Dadores. Ministério da Saúde Dhingra, et al (2012). Directrizes da OMS para a triagem de sangue: boas práticas em flebotomia Harmening, et al (2012). Tecnicas modernas em Bancode Sangue e Transfusão. 2ª edição. Rio de Janeiro.
Capitulo III: Imunologia de Base
Objectivos da aula:
Até ao fim deste capitulo o aluno deve ser capaz de :
Fazer a breve revisão do sistema imunologico ate a formação de anticorpos e caracteristicas basicas de um antigeno.
Conhecer as propriedades das Iminoglobulinas IgM e da IgG; tipos de anticorpos.
Conhecer os tipos de Reacções antigénio/anticorpo especificamente as de: aglutinação, sensibilização e precipitação
Conhecer os factores que afectam as reacções Ag/Ac in vitro no caso da temperatura, pH, tempo de incubação, força iónica, razão Ag/Ac.
Interpretar a manifestação das reacções Ag/Ac: o papel das enzimas proteolíticas e da albumina nas reaçoes Imunohematologicas.
Conhecer as causas de falsos resultados nos testes de aglutinação
III. Sistema Imunológico 
O sistema imune é o conjunto de células, tecidos, e moléculas que os humanos e outros seres vivos usam para eliminar agentes ou moléculas estranhas, com a finalidade manter a homeostasia do organismo.
3.1. Células que participam do sistema imunitário
Os leucócitos são as células que desempenham as principais acções, mas outras células, que se encontram nos tecidos, também participam da resposta imunitária, enviando sinais e recebendo estÌmulos dos leucócitos.
Existem duas linhagens celulares que participam no Sistema Imunologico a saber:
Linhagem Mieloide: Neutrofilos, Esonofilos, Basofilos e Monocitos (estas celulas são chamados de monocitos quando estao na corrente sanguinea e quando passam para os tecidos são chamados de macrófagos). Este sistema imunologico tambem é chamado por Imunidade Celular porque é responsavel pela produção de celulas.
Linhagem Linfoide: nesta linhagem temos:
os Linfocitos do Timo (T) são encotrados os Linfocitos TCD4, TCD8 e as células Natutal Killer (NK).
os Linfocitos do Baço (B) que passam para os orgãos linfáticos secundarios e transformam- se Plasmócitos responsáveis pela produção de anticorpos ou Imunoglobulinas. Este sistema imunologico tambem é chamado por Imunidade Humoral porque é responsavel pela produção de anticorpos.
3.2 Alguns Conceitos Básicos da Imunologia
Imunógeno- uma subistancia que induz uma resposta imune específica
Antígeno (Ag)- uma subistancia que reage com os produtos de uma resposta imune (anticorpos) específica.
Haptenos- subistancias que não são imunogenicas, mas que podem reagir com os produtos de uma resposta imunologica (anticorpos). Essas moleculas só podem induzir uma resposta imunologica quando acopladas a uma molécula carregadora.
Epitopo- local do antigeno onde se liga com o anticorpo.
Paratopo- local do anticorpo que se liga o antigeno
Anticorpos são imunoglobulinas glicoproteicas globulares com função imunitária em resposta ao estímulo imunogénico que interagem especificamente, com os antigenos ou imunogénos no local especifico (paratopo).
3.3 Mecanismo de Acção dos Anticorpos
Os anticorpos agem de duas maneiras para proteger o corpo contra os agentes invasores:
Ataque directo aos invasores
Activação do sistema de complementos (conjunto de 20 proteinas) que também tem múltiplos meios para destruir o invasor
3.4 Tipos de Reacções antigénio/anticorpo
3.4.1 Conceito de Chave e Fechadura
O sítio de combinação de um anticorpo é construído a partir de regões hipervariáveis de cadeias pesadas e leves dos anticorpos. Dessa forma, o conceito das reações antigeno/anticorpo é o de uma chave (o antígeno) que cabe a uma fichadura (anticorpo). 
Devido à natureza bivalente dos anticorpos e aos multiplos sítios antigénicos nos agentes invasores, os anticorpos podem inativar esses agentes de várias formas tipicas de reações antigeno/anticorpos tais como:
1. Reação de Aglutinação- quando as particulas grandes (bacterias ou hemácias) com antígenos na sua superficie formam um aglomerado.
2. Reação de Precipitação- quando o complexo molecular do antigéno é sóluvel e o anticorpo é tão grande que se torna insolúvel até a formação do precipitado
3. Reação de Neutralização- é a reação na qual os anticorpos cobrem os sítios tóxicos do antígenos.
4. Reação de Hemólise ou lise- é a reação na qual os anticorpos potentes são ocasioonalmente capazes de atacar directamente as membranas de antígenos celulares e causar a roptura da célula.
3.5 Papel das Proteases e da Albumina
Para que o sistema de complemento expresse a sua actividade é necessário a sua activação previa pelas enzimas proteases para garantir a clivagem de proteinas.
Em seu conjunto as proteinas de controle do complemento (proteases e albumina) realizam duas funções importantes a saber:
A. Assegurar que a activação do complemento seja proporcional á concentração necessaria e á duração da presença proteases e albumina (activadores do complemento)e, 
B. Protegem as células do hospedeiro contra o potencial eletrico dos produtos de activação do complemento (proteases e albumina).
3.5 Principais tipos de Imunoglobulinas (Ig)
Existem cinco (05) classes de Imunoglobulinas (Ig) nomeadamente: IgG(gama), IgA(alfa), IgM(mu), IgD(delta) e IgE(épsilo).
Mas nesta cadeira de Tecnicas de Banco de sague apenas vamos falar de dois tipos de Imunoglobulinas importantes nomeadamente:A). Imunoglobulina (Ig)G
1) É uma Ig a quente (reage a temperatura de 37ºC)de realizar todas as funções das moléculas de imunoglobulinas
2) É principal Ig no soro, 75% das Ig do soro são IgG,
3) É mais versátil imunoglobulina porque é capaz de realizar todas as funções das moléculas de imunoglobulinas,
3) É a unica imunoglobulina que atravessa a barreira plancentária 
4) É a principal Ig em espaços extra vasculares
5) IgG é uma boa opsonina (substancias que aumentam a fagocitose)
A). Imunoglobulina (Ig) M
1) É um anticorpo a frio ( reage a temperatura ambiente) com maior avidez
2) É a terceira Ig mais comun no soro
3) É a primeira Ig a ser feita pelo fecto e a primeira a ser feita por uma célula B virgem quando é estimulado pelo antígeno
4) Tem uma estrutura pentamérica e é boa Ig fixadora do complemento. Assim Anticorpos da classe IgM são muito eficientes em levar á lise de microrganismos
5) Pela sua estrutura pentamérica IgM é uma Ig de aglutinação, agregando os microrganismos para a eliminação eventual para fora do organismo.
3.6 Factores que afectam as reações antígeno-anticorpo in vitro
Força Ionica- desempenha um papel importante no equilibrio primário da reação antígeno-anticorpo, sendo seu efeito manifestado sob dois aspectos antangonicos.
 Temperatura da reação- dois tipos de temperaturas afectam a reação Ag/Ac, no primeiro grupo das reacções óptimas em baixas temperaturas e um outro grupo das reacções óptimas em temperaturas mais altas.
Ph do meio- influem no fenomeno de fixação primária dos anticorpos sobre seus antígenos e sobre o fenomeno de aglutinação. As modificções de ph compreendidas entre 6,0 a 8,0 tem pouca ou nenhuma influencia sobre a reatividade dos anticorpos. Fora destes limites pode-se observar hemólise das hemácias para valores extemas de ph, ou uma inibição da aglutinação devida a uma diminuição importante da constante de associação dos anticorpos.
3.7 Causas de falsos resultados nos testes de Aglutinação
Material mal lavado
Reagentes fora do prazo e mal conservados
Fraca visibilidade do tecnico
Nao observancia adequeda dos seguintes factores: Força Ionica, Temperatura e ph
Falta de precisão e exactidão adequada
3.8 Referências Bibliograficas
Associação Americana de Bancos de Sangu (AABB). Terrapetica Transfusional: manual para Médicos. 3ª edição. Bethesda, 2003.
Pinho, et al (2003). Manual de Triagem Clinica de Dadores. Ministério da Saúde Dhingra, et al (2012). Directrizes da OMS para a triagem de sangue: boas práticas em flebotomia Harmening, et al (2012). Tecnicas modernas em Bancode Sangue e Transfusão. 2ª edição. Rio de Janeiro.
Nananca (S/A) et all. Manual do professor do Banco de Sangue. 
IV. Grupos Sanguíneos
Objectivos da aula:
Até ao fim deste capitulo o aluno deve ser capaz de :
Definir os principais termos termos genéticos (gene, alelo, genótipo,fenótipo, dominante e recessivo)
Conhecer as caracteristicas da heredetariedade
Conhecer os sistemas sanguíneo: ABO, Rh, subgrupos de A, e outros tipos de grupos sanguíneos.
IV.1 Principios Geneticos
1. Cromossomo : É uma substância filamentosa situada no núcleo e que transmite a informação genética.
2. Gene : Parte de um cromossoma que é responsável por uma marca ou característica.
3. Alelo : São formas alternativas de genes que realizam a mesma função mas de modo diferente. Cada gene tem 2 alelos que podem ser iguais (homozigótico) ou diferentes (heterozigótico)
4. Dominante : É o alelo mais forte e cobre um outro alelo.
5. Recessivo : É o alelo mais fraco e coberto pelo dominante.
6. Genótipo : É a constituição genética que está no gene.
7. Fenótipo : É a aparência ou características externas do organismo que depende do genótipo.
IV.2 Sistema ABO
IV.2.1 Antigénios A e B
 A classificação do sistema ABO é baseada na presença ou ausência de dois antigénios (A e B) de grupos sanguíneos, que são encontrados na superfície dos glóbulos vermelhos segundo a tabela:
	
	Grupo A
	Grupo B
	Grupo O
	Grupo AB
	Antigénio A
	presente
	ausente
	ausente
	Presente
	Antigénio B
	ausente
	presente
	ausente
	Presente
IV.2.2 Isoaglutininas A e B
 A descoberta dos antigénios A e B foi acompanhada da descoberta dos anticorpos dos grupos sanguíneos correspondentes. Os anticorpos do sistema ABO chamam-se isoaglutininas podem ser encotradas em quatro grupos conforma a tabela:
	
	Grupo A
	Grupo B
	Grupo O
	Grupo AB
	Isoaglutinina A
	ausente
	presente
	presente
	Ausente
	Isoaglutinina B
	presente
	ausente
	presente
	Ausente
Então as duas tabelas tabelas são resumidas da seguinte maneira conforme a tabela:
	Grupo Sanguíneos
	Antígeno presente
	Anticorpo presente
	Grupo A
	A
	Ant-B
	Grupo B
	B
	Ant-A
	Grupo AB
	A e B
	---
	Grupo O
	---
	Ant-A e AntB
IV.3 Hereditariedade do Sistema ABO
1. Os grupos A e B são dominantes sobre o grupo O.
2. O grupo O é recessivo sobre os grupos A e B.
3. Os grupos A e B são codominantes.
4. O genótipo AA é alelo homozigótico.
5. Os genótipos AO, BO e AB são alelos heterozigóticos.
6. O grupo A1 é dominante sobre o A2
IV.3.1 Fenótipo e Genótipo do Sistema ABO
	Fenotipo
	Genotipo
	A
	AA e AO
	A1
	A1O ou A1A1ou A1A2
	B
	BB e BO
	AB
	AB
	O
	OO
Exemplos:
	Grupo do PAI
	Grupo da MÃE
	Grupo da Crianças Possiveis
	O
	O
	O
	O
	A
	O / A
	O
	B
	O / B
	B
	B
	O / B
	A
	A
	O / A
	A
	B
	O / A / B / AB
	O
	AB
	A / B
	B
	AB
	A / B / AB
	A
	AB
	A / B / AB
	AB
	AB
	A / B / AB
IV.3.2 Subgrupos A
 Em 1911, observaram que nem todos os soros do grupo B reagem com os glóbulos do grupo A. Concluíram pela existência de dois subgrupos A como A1 e A2, dependentes da existência de dois tipos de antigénios A e A1.
	 A A1 A A1 A A1 A A1 A A1 A A1 A A1 A A 
	A A A
 A A A
A A A
	A A A
A A A
 Poucos antigénios A
 Muitos antigénios A1 e A Somente antigénios A A aglutinação é muito fraca A aglutinação é forte A aglutinação é fraca 
V. 4 Sistema Rhesus
Em 1940, Landsteiner e Wiener verficaram que o sangue dos coelhos e cobaias imunizados com glóbulos do Macacos Rhesus provocava aglutinação no sangue de 85% dos habitantes brancos de Nova Iorque. As pessoas que fazem aglutinação com este sangue chamam-se Rh- positivo. As que não fazem são chamados Rh- negativos. Em 1943 foram descobertos mais factores deste sistema, e em 1946 tínhamos os factores D, C, E , c, e. Na prática não existe escala “d”. No fim dos anos 40, encotrou-se também variações do D.
IV.4.1 Hereditariedade do Sistema Rh
 O gene de sistema Rhesus é de 1º cromossomo. Existem as duas teorias de hereditariedade de acordo com a lei de Mendel no sistema Rhesus:
1. Teoria de Wiener : O sistema Rh é o produto de um gene só. Existem 3 aglutinogênios Rh0, rh´ e rh´´, correspondente factor D, C e E, respectivamente.
2. Teoria de Fisher-Race : Cada factor do sistema depende de um gene. O sistema Rh depende de 3 genes do mesmo cromossomo. Os factores D e d, C e c, E e e são localizados como alelos no cromossomo.
Pai X Mãe
cDE/cde CDe/cdE
CDe/cDE CDe/cDE CDe/cDE CDe/cDE : Genótipo
CcDEe CcDee ccDEE ccdEe : Fenótipo
IV.4.2 Anticorpos Rh
 Diferente do sistema ABO, o sistema Rh não tem anticorpos naturais. Todavia, anticorpos contra o antigénio D podem ser produzidos por uma pessoa Rh(D) negativa que foi imunizada com o antigénioD. Isto pode ocorrer na gravidez ou em transfusões sanguíneas. O anticorpo de sistema Rh sempre é de classe IgG e irregular.
IV.4.3 Variação de D
O antigéno D é forte. Podemos encotrar pessoas com muitos antigenos que dão a reação forte, e pessoas com poucos antígenos que dão uma reação fraca. Com isso todos são D positivos.
IV.4.4 Du 
Existem antígenos D que não são bem formados. A determinação deles só é possivel com ajuda da IgG (incompleto) e soro de coombs. A causa deste pode ser hereditária ou é um efeito da posição.
IV.4.5 Antisoro D
Na prática existem três antisoros diferentes para trabalhar:
Ant-D Incompleto- na maioria são IgG que por sua vez para criar aglutinação sempre o fabricador junta a albumina para reduzir a carga negativa do eritrócito e reage a temperatura de 37ºC.
Ant-D Salina (Completo)- O soro contém IgM . Este soro não deve ter potencializadores cria uma aglutinação a temperatura ambiente.
Ant-D Misto- tem uma mistura de anticorpos da classe IgG e IgM.
IV.4.6 Outros Sistemas Sanguíneos
	Sistema
	Kell
	Lutheram
	Duffy
	Kidd
	Lewis
	MNS
	P
	Xg
	I
	Yt
	Antigenos
	K,k,kpa,kpb,Isa,Isb
	Lua, Lub
	Fya, Fyb
	Jka, Jkb
	Lea, Leb
	M,N,S,s
	P1,P2,pk,p
	Xga
	I, i
	Yta,Ytb
V. Princípios Serológicos do Banco de Sangue 
Objectivos da aula:
Conhecer os métodos e técnicas para a determinação do grupos sanguineos do sistema ABO e Rh.
Conhecer as tecnicas directas, reversas e interpretação dos resultados para a tipagem sanguinea.
 Saber determinar antigénos do Du e usar céluas A2 na tipagem sanguínea.
Saber fazer rastreio do RPR e detenção dos anticorpos virais de: Hepatite B, C e HIV.
Saber realizar provas de paternidade
Saber fazer controle de qualidade das técnicas Imunohematológicas.
V.1 Determinação do Sistema ABO e Rh.
Introdução
 O erro na determinação do sistema ABO traz, como consequência, na maioria dos casos, graves acidentes hemolíticos, nos quais a morte ocorre em cerca de 50% das casos. Este facto mostra a grande responsabilidade de quem faz tais determinações.
O significado Clinico da determinação do Grupo Sanguineo consiste apenas na identificação da presença ou ausencia dos antígenos na superficies das hemácias . Os principais antigenos eritrocitários e seus anticorpos correspondentes são usados para a identificação imuno-hematologica do sistema ABO e Rh.
Na tabela podemos observar a relação existente entre os antigenos (aglutinogénios) e anticorpos( isoaglutininas) correspondentes nos respectivos grupos sanguineos do Sistema ABO:
	Grupo Sanguineo ( Fenotipo)
	Aglutinogenio ou Antigenos (Hemacias)
	Aglutininas ou Anticorpos ( soro)
	A
	A
	Ant-B
	B
	B
	Ant-A
	AB
	A e B
	---
	O
	----
	Ant-A e Ant-B
V.2 Equipamentos Necessários
1. Tubos de ensaio : 12 x 75mm
2. Centrifugadora : É usada para acelerar a reacção dos aglutinações. 
3. Aglutinoscópio : É uma caixa com luz que está aquecida pela lâmpada a 37ºC e agitadas suavemente para manter as condições constantes em provas com lâminas. Também, é utilizado para facilitar observar as aglutinações em provas com tubos.
4. Banho-maria : Incubar a 37ºC ou inactivar o soro a 56ºC durante 10 minutos.
V.2.1 Tipagem Directa (Antigénio A e B) e Rh
1. Teste na lâminas
a) Marcar as lâminas
b) Colocar 1 gota do soro anti-A, B e AB , ant-D na lâminas.
c) Colocar 1 gota pequena de sangue ao lado de cada anti-soro.
d) Misturar bem.
e) Agitar a lâmina em 2 minutos e observar as aglutinações.
2. Teste no tubo
a) Preparar a suspensão dos G.V. do paciente a 5%.
b) Marcar os 3 tubos (nº de paciente e A, B ou AB,D e Control ou Albumina a 22%).
c) Pôr 2 gotas de soro anti-A, B, AB, D e Co ou Alb em cada tubo (A, B, e AB, D e Co).
d) Juntar 1 gota de suspensão de paciente em cada tubo.
e) Misturar bem.
f) Esperar 30 minutos a temperatura ambiente ou centrifugar 30” Low.
g) Observar as aglutinações.
V.2.2 Interpretação dos Resultados
	Grupo Sanguineo
	Ant-A
	Ant-B
	Ant-AB
	Ant-D
	Control (Alb 22%)
	A positivo
	+
	Ø
	+
	+
	Ø
	A negativo
	+
	Ø
	+
	Ø
	Ø
	B positivo
	Ø
	+
	+
	+
	Ø
	B negativo
	Ø
	+
	+
	Ø
	Ø
	AB positivo
	+
	+
	+
	+
	Ø
	AB negativo
	+
	+
	+
	Ø
	Ø
	O positivo
	Ø
	Ø
	Ø
	+
	Ø
	O negativo
	Ø
	Ø
	Ø
	Ø
	Ø
V.3 Preparação de uma Suspensão a 5%
a) Colocar 3 gotas dos G.V. de paciente num tubo.
b) Acrescentar 9 partes de soro fisiológico.
c) Misturar bem.
d) Centrifugar 60” High.
e) Despejar o sobrenadante.
f) Acrescentar 1ml de soro fisiológico aos G.V. lavados.
V.4 Tipagem Inversa (Isoaglutinina)
 A determinação de rotina é temperatura ambiente (18 a 25ºC). Deve ser feito no tubo, porque o título de isoaglutininas é variavel. A suspensão O utiliza-se para detectar os anticorpos irregulares classe IgM.
a) Marcar os 3 tubos (nome de paciente e A, B ou O).
b) Pôr 2 gotas do soro do paciente em cada tubo.
c) Pôr 1 gota de suspensão A1, B e O no cada tubo (A, B e O).
d) Misturar bem.
e) Esperer 30 minutos a temperatura ambiente ou centrifugar 30” Low.
f) Observar as aglutinações.
V.4.1 Interpretação dos resultados
	Grupos Sanguineos
	Suspenção A
	Suspenção B
	Suspenção O
	Grupo A
	Ø
	+
	Ø
	Grupo B
	+
	Ø
	Ø
	Grupo AB
	Ø
	Ø
	Ø
	Grupo AB
	+
	+
	Ø
V.5 Determinação de Du
a) Marcar os 2 tubos (nome do paciente e D ou albumina)
b) Pôr 2 gotas de anti-D incompleto e albumina a 22% em cada tubo.
c) Juntar 1 gota de suspensão em cada tubo.
d) Misturar bem.
e) Incubar 15 a 60 minutos em banho maria a 37ºC.
f) Lavar 3 vezes com soro fisiológico.
g) Juntar 2 gotas de soro de Coombs.
h) Misturar e centrifugar a 30” Low.
V.5.1 Interpretação de Resultados
	Du positivo
	Resultado = Rh positivo
	Du negativo
	Resultado = Rh negativo
V.6 Prova de Compatibilidade
Introdução
 Para fazer uma transfusão de sangue precisa ter sangue compatível de ABO e Rh(D) entre o sangue de dador e de paciente. 
V.6.1 Métodos de Compatibilidade
 Os métodos aprovados para compatibilidade são aqueles que
detectam sangue incompatível de ABO e Rh
e os anticorpos irregulares que fazem as reacções em 37ºC.
 Para detectar os anticorpos de classe IgM é utilizado a prova no meio salino, e para os da classe IgG é o teste de Coombs, no meio de albumina e de enzima.
1. Prova no meio salino
Cada G.V. tem uma carga positiva no meio do soro fisiológico. Os anticorpos completos podem fazer a ligação entre os G.V. porque são grandes. Os anticorpos IgG são demasiados pequenos para fazer uma ligação visível.
2. Prova no meio de albumina
 Cada G.V. tem potencial-zeta que é carga negativa. A albumina pode reduzir a carga negativa. Os anticorpos incompletos podem fazer a ligação.
3. Prova no meio enzimático
 A enzima (Bromelase) deminui potencial-zeta devido à decomposição de proteína de membrana dos G.V. para permetir a ligação dos anticorpos incompletos.
4. Teste de Coombs ( anti- corpo anti-IgG humano) 
Se os anticorpos incompletos fazerem a ligação com G.V., não resultará uma reacção visível. Para visualizar a ligação precisa ajudar do soro de Coombs que é anticorpo anti-IgG.
V.7 Transfusão de Tipos de Hemocomponentes de Sangue aos doentes
	 Grupo possivel de receber de:
Doente de:
	Concentrado de Glóbulos
(C.G)
	Plasma, Conc, de Plaquetas
(PFC, PRP, CP)
	Grupo A
	A e O
	A e AB
	Grupo B
	B e O
	B e AB
	Grupo AB
	A, B, AB e O
	AB
	Grupo O
	O
	A, B, AB e O
Nota: No Sistema Rh o individuo de:
Rh positivo pode receber sangue de Rh Postivo e Negativo e
Rh Negativo somente recebe sangue de Rh Negativo
V.8 Tecnica da prova de compatibilidade
a) Marcar 02 tubos ( tubo 1 do teste e tubo 2 do controle)
b) Colocar 02 gotas do paciente em cada tubo
c) Colocar 01 gota da suspenção do dador no tubo1
d) Colocar 01 gota do paciente no tubo 2
e) Adicionar 03 gotas de albumina a 30% em cada tubo
f) Centrifugar a 30” Low.
g) Observar as aglutinações .
h) Incubar 30 a 45 minutos em banho maria a 37ºC.
i) Centrifugar a 30” Low.
j) Observar as aglutinações
k) Lavar 3 ou 4 vezes com soro fisiológico.
l) Juntar 2 gotas de soro de Coombs em cada tubo.
m) Centrifugar a 30” Low.
n) Observar as aglutinações
o) Pôr 2 gotas de Coombs-controle em cada tubo.
p) Misturar bem e centrifugar a 30” Low.
q) confirmar as aglutinações. ( confirmação com Coombs-controle
r) Devem ser positivos nos dois tubos.
s) Se fôr negativo, repetir a prova.
V.9 Prova de Paternidade
É a prova que tem acção de investigação da paternidade biologicamente, geneticamente para conferir á filiação.
Existem vários meios para descartar essas hipoteses nomeadamente:
Tipagem sanguinea do sistema ABO e Rh para excluir a paternidade.
Sistema de histocompatibilidade onde os antigenos lecocitários humanos (HLA) que dão uma margem de acertar entre 86% a 99%.
Sistema da impressão digital do DNA que dão uma certeza de 99,99%
V.10 Rastreio da Sifilis: RPR
Esta pesquisa é realizada combinando testes específicos e não específicos pelo método de RPR ou pelo ELISA para facilitar a execução.
Os resultados positivos aos dadores nos Bancos de Sangue, dão um indicativo duma conduta duvidosa em relação ao comportamento de risco. 
O RPR é considerado positivo quando o seu título for igual ou superior a 1/16. Os titulos inferiores são considerados falsos-positivos 
V.11 Marcadores do virus de Hepatite B (HBV)
HbsAg- Detecta antígenos da superficie do virus de hepatite B
Anti-HBs- Detecta anticorpos contra o antigeno de superficie do virus da hepatite B
Anti-HBc IgM- Detecta anticorpos IgM contra o antigeno CORE do virus da hepatite B
Anti-HBc- Detecta anticorpo total (IgG + IgM) contra o antigeno CORE do virus da hepatite B
Hbe Ag- Detecta antígeno "e" do virus da hepatite B
Ant- Hbe- Detecta anticorpos contra os antigenos "e" do virus de hepatite B
No diagostico laboratorial esses marcadores definem que:
HbsAg- apresenta postitivo antes mesmo dos sintomas, é o primeiro marcador que aparece, coincidindo com os sintomas quando atinge a concentração máxima. 
Anti-HBs-surge depois do desaparecimento do HBsAg a imunidade em relação á infeção pelo virus ou então pela vacina tomada.
Anti-HBc IgM- aparece na fase aguda e pode continuar positivo por até oito meses após o início da infecção
Anti-HBc- total (IgG + IgM) indica a etiologia da doença positivo na fase do desaparecimento de antigenos e aparecimento de anticporpos
Hbe Ag- aparece no inicio e permanece por várias semanas, a sua presença caracteriza a multiplicação viral.
Ant- Hbe- pode apresentar positivo após o desaparecimento do HbsAg e indica portanto a redução da multiplicação viral e provável evolução para a cura da doiença.
V.12 Marcadores do virus da hepatite C (HCV)
Anti-HCV- Detecta anticorpo contra o virus da hepatite C
É encotrado tardiamente 03 meses após a infecção, antes deste periodo só é possivel identificar a infeção pelo RNA por método da biologia molecular.
Para definição de diagnostico etiológico das hepatites são pesquisados os marcadores Anti-HAV IgM, HbsAg, Ant-HBc IgM e antHCV.
V.13 Detecção dos antoicorpos contra o HIV
Os testes para a detenção da infecção pelo HIV podem ser divididos em quatro grupos:
Testes de detencção de anticorpos
Testes de detenção de antigenos
Técnicas de cultura viral e, 
Testes de amplificação do genoma do virus
V.14 Controle de Qualidade
O controlo de qualidade interno e externo para a garantia do sistema de qualidade comprendem os seguintes itens:
Validação de cada lote de conjunto- diagnóstico antes da sua colocação na rotina de trabalho,
Validação de baterias de testes
Análise periodica dos coenfecientes de variança para cada marcador
Testagem e validação de novas marcas ou tipos de testes antes de colocá-los na rotoina
Registo das não conformidades 
Registo das análises e das medidas correctivas e preventivas tomadas sempre que forem observadas não conformidades em qualquer etapa da realização dos testes.
V.15 Referências Bibliograficas
Associação Americana de Bancos de Sangu (AABB). Terrapetica Transfusional: manual para Médicos. 3ª edição. Bethesda, 2003.
Pinho, et al (2003). Manual de Triagem Clinica de Dadores. Ministério da Saúde Dhingra, et al (2012). Directrizes da OMS para a triagem de sangue: boas práticas em flebotomia Harmening, et al (2012). Tecnicas modernas em Bancode Sangue e Transfusão. 2ª edição. Rio de Janeiro.
Nananca (S/A) et all. Manual do professor do Banco de Sangue. 
VI. Doenças Hemolíticas
Objectivos da aula:
Até ao fim da aula o aluno deve ser capaz de:
Interpretar as causas das doenças hemolíticas por incompatibilidade sanguínea do sistema ABO e Rh no caso dos recéns nascidos.
Conhecer a etiologia e a patogénese das doenças hemolíticas do recém nascido
Conhecer os testes antes e pós natal das doenças hemolíticos e profilaxia.
VI.1 Doença Hemolítica do Recém Nascido (DHRN)
VI.1.1 Introdução
 É uma anemia muito grave, até mortal, provoca transtorno mental do recém nascido. Esta doença conhecida desde muito tempo, mas ninguém sabia a Etiologia. Depois da descoberta do sistema Rhesus em 1940 a causa era clara.
VI.1.2 História
 Em 1939, Levine e Stetson relataram o seguinte caso que investigavam: mulher grávida pela segunda vez, ocorreu um abordo em virtude da grande perda de sangue, transfundiram-lhe 500ml de sangue do seu marido, ambos do grupo O. A transfusão acompamhou-se de reacções graves, das quais, entretanto, a doente se restabeleceu. Verificaram que o soro da paciente aglutinava os glóbulos do marido. Concluíram que o soro da doente continha uma aglutinina atípica, independente do sistema ABO. Levantaram a hipótese, depois confirmada, de que esse anticorpo havia aparecido como consequência da gravidez, em resposta à sensibilização por um antigénio proveniente do feto, herdado do pai e ausente da mãe, disfundido através da placenta. Nessa brilhante comunicação, os autores não menciomaram a possibilidade de serem as aglutininas maternas a causa da morte do feto no útero. 
Ano seguinte, Landsteiner descobriu que os anticorpos deste caso eram de sistema Rhesus. Em 1941, novas observações clínicas sugeriram, a teoria da imunização materna pelo factor Rh como causa da DHRN.
V.1.3 Rh(D) Incompatível
 A mãe é Rh(D) negativo, a criança tem o antigénio Rh(D) positivo do pai. Nos último três meses de gravidez, o sangue do bebé pode passar a placenta e entrar na circulação sanguínea da mãe e durante o parto também. O sistema imunológico da mãe começa a produzir os anticorpos contra estes antigénios estranhos.
 Para a primeira criança de Rh(D) positivo não existe esse perigo, mas para as crianças seguintes de Rh(D) positivo podem acontecer a DHRN. Porque a mãe já tem os anticorpos classe IgG, que podem passar a placenta e provocar uma hemólise.
Testes para investigar DHRN
1. Teste pré-natal
i) Fazer a mulher grávida grupo sanguíneo ABO e Rh.
ii) Se for Rh(D) negativo, fazer grupo sanguíneo ABO e Rh do pai.
iii) Se o pai for Rh(D) positivo, fazer a mãe o teste de Coombs indirecto.
iv) Se o teste positivo, deve investigar o título desses anticorpos.
v) Se a titulação for menor que 1:16 até o fim da gravidez, será pouco risco de DHRN. Se a titulação for maior que 1:16, existe alto risco de morte fetal ou neonatal.
2. Teste no recém nascido
i) Determinar o grupo sanguíneo ABO e Rh(D) da criança.
ii) Se for Rh(D) positivo, fazer o teste de Coombs directo.
iii) Se o teste positivo, informar ao médico para observar bem a anemia e icterícia da criança. Na maioria dos caso, o teste é positivo pela presença de anticorpo anti-D da mãe. O teste de Coombs pode sernegativo devido à quantidade de anticorpos anti-D que atravessam a placenta. 
3. Prevenção
 Depois de um parto de uma criança Rh(D) positivo, a mulher Rh(D) negativo não imunizado com Rh(D) deve receber a imunoglobulina anti-D até 72 horas do parto. A imunoglobulina anti-D neutraliza os antigénios D nos G.V. fetais para evitar a imunização da mãe e produção de anticorpos anti-D, resultando não se sofre a criança seguinte.
VII. Processamento e Conservação de Sangue
Objectivos da aula:
Até ao fim da aula o aluno deve ser capaz de:
Conhecer os componentes de sangue, seu uso e conservação
Fracionamento do sangue se sua Conservação
Anticoagulantes e Conservantes: ACD, CPD, CPD+ Adenina, CPD+Adedina+ Glucose.
Alterações celulares e quimicas do sangue durante o armazenamento
Temperaturas de armazenamento e transporte de componentes de sangue.
VII.1 Componente Sanguíneo
É um constituinte do sangue, separado do sangue total. O preparo de componentes sanguíneos permite que uma única doação de sangue proporcione tratamento para dois ou três pacientes, e tambám evita a transfusão de elementos do sangue total que o paciente não necessite.
1. Concentrado dos G.V. (papa de glóbulos)
2. Suspensão dos G.V.
4. Concentrado das Plaquetas
5. Plasma
VII.1.1 Derivados Plasmáticos
 São as proteínas do plasma humano preparados, a partir de grandes volumes de plasma, compreendendo muitas doações individuais. O plasma utilizado neste processo deve ser testado individualmente antes do pool, para minimizar o risco de transmissão de doenças. Os factores VIII, IX e as imunoglobulinas também são feitos por tecnologia de ADN recombinante, sendo geralmente preferidos, pois não causam risco de transmissão de doenças ao paciente. Contudo, os custos são elevados.
1. Albumina
2. Concentrados de Factores de Coagulação
3. Imunoglobulinas
	Produto
	Anticoagulantes
	Temperatura
	Tempo
	Sangue Total
	CPD ou ACD
	2 a 8 ºC
	24 horas
	
	CPDA-1
	
	24 horas
	Concentrado dos G.V.
	CPD ou ACD
	
2 a 8 ºC
	21 dias
	
	CPDA-1
	
	35 dias
	Conc. das Plaquetas 
	------
	18 a 22 ºC
	05 dias
	Plasma Fresco Congelado
	------
	- 20 ºC
	1 ano
	Plasma Rico Congelado
	-------
	18 a 22 ºC
	05 dias
VII.2 Tabela dos anticoagulantes, temperatura de Conservação e tempo de validade de cada componente de sangue
VII.3 Alterações dos Aspectos do plasma
1. Vazamentos
 O saco do sangue não pode ter nenhum vazamento. Antes de liberar os produtos, precisa confirmar as presenças dos vazamentos das saida e entrada no saco do sangue com pressão.
2. Coágulos no plasma
 A presença de coágulos no plasma pode significar que o sangue não foi bem misturado com o anticoagulante durante a colheita, ou pode também indicar contaminação bacteriana devido à utilização do citrato pelas bactérias proliferantes.
3. Hemólise
 Qualquer sinal de hemólise no plasma ou na linha entre os glóbulos e o plasma, indicando que o sangue tenha se contaminado, congelado ou se aquecido demais. A hemólise pode causar ineficácia e insuficiência renal.
4. Mudança da cor dos glóbulos vermelhos
A mudança da cor dos glóbulos vermelhos, que geralmente ficam mais escuros ou púrpuros/negros, é sinal de contaminação bacteriana. As causas de ser contaminadas são segunites: 1. falta assépsia na colheita ou enfermaria, 2. bacteriemia asintomática do dador, 3. saco do sangue contaminado. 50% da septicemia devida à transfusão dos G.V. são provocados pela Yersina enterocolitica, que é um bacilo intestino gram negativo.
VII.4 Alterações de Bioquímica
Durante a conservação dos produtos dos G.V., algumas substâncias bioquímicas intracelulares podem alterar por causa de função de membranas eritrócitarias. 
As alterações mais importante podem ser:
concenteração do potássio
alteração da glicose
a bilirrubina indirecta
a bilirrubina directa
bilirrubina total
Quando o G.V. conservar na geleira, essas moléculas vai sair ao plasma, resultando a concentração do potássio no plasma aumentará. A elevação da concentração do potássio provoca insuficiência renal. Então é preciso liberar os produtos dos G.V. mais recente para paciente que tem insuficiência renal.
VII.5 Influências de Temperatura
1. Produto dos G.V.
 O limite superior de 6º C é essencial para minimizar o crecimento de qualquer contaminação bacteriana na unidade de sangue. O limite inferior de 4ºC é essencial para se prevenir a hemólise.
2. Concentrados das plaquetas
 Os produtos de plaquetas que são mantidos a temperaturas mais baixas perdem a sua capacidade hemostática e provocam a sua agregação. 
Plasma
Vários dos factores de coagulação são estáveis nas temperaturas de congelador, excepto o Factor V e Factor VIII. Se o plasma não for armazenado congelado a -20ºC ou menos, o Factor VIII decai rapidamente por 24 horas. O factor V decai mais lentamente.
VIII. Reações Transfusionais
Objectivos da aula:
Até ao fim da aula o aluno deve ser capaz de:
Conhecer as causas comuns duma reação transfusional
Conhecer as causas raras duma reação transfusional
Conhecer os testes laboratoriais a serem feitos numa reação transfusional
VIII. Reacções Transfusionais
Introdução
 As reacções transfusionais, que são os efeitos adversos provocados pelas transfusão do sangue ou seus componentes, ocorrem quando há uma incompatibilidade entre o sangue do dador e do doente. A incompatibilidade pode ter várias causas, como por exemplo: entre G.V., entre leucócitos, entre plaquetas, entre plasma e proteínas. Erros e falhas na rotulação do saco do sangue e na identificação da amostra também são as causas mais frequentes de reacções transfusionais.
VIII.1 Reacções Agudas da Transfusão
As reacções agudas ocorrem durante ou logo após (dentro de 24 horas) a transfusão em 1 a 2% dos pacientes transfundidos. Quando ocorre uma reacção aguda, pode ser difícil decidir sobre o tipo e gravidade, pois no início, os sinais e sintomas podem não ser específicos e de fácil diagnóstico.
VIII.2 Tabela dos sinais, sintomas e possivel causa das reações Transfusionais
	Reacções leves
	Sinais
	Sintomas
	Possível causa
	Urticária
	Prurído
	Hipersensibilidade
	Reacções moderadamente graves
	Sinias
	Sintomas
	Possível causa
	Rubor
Urticária
Tremores
Febre
Impaciência
Taquicardia
	Ansiedade
Prurído
Palpitações
Dispnéia leve
Cefaléia
	Hipersensibilidade
Reacções febres não-hemolíticas (anticorpos contra leucócitos, plaquetas e proteínas incluindo
 IgA)
Contaminação bacteriana
	Reacções potencialmente fatais
	Sinais
	Sintomas
	Possível causa
	Tremores
Febre
Impaciência
Hipotensão (queda de 20%)
Taquicardia (aumento de 20% no batimento)
Hemoglobinúria
	Ansiedade
Dor torécica
Dor próximo ao local da transfusão
Falta do ar
Dor nas costas ou lombar
Dispnéia
	Hemólise aguda
Contaminação bacteriana
Sobrecarga circulatório
Anafilaxia
VII.3 Investigações Laboratoriais duma Reacção Transfusional
 Se acontece a reacção transfusional grave, mande o saco de sangue, urina e novas amostras de sangue (tubo seco, com EDTA e para cultura) de uma veia diferente do local da transfusão.
i) Rotulação do saco e identificação de amostra
ii) Grupo sanguíneo : saco do sangue, amostras do paciente antes e depois de transfusão.
iii) Compatibilidade : entre amosta do paciente antes e depois de transfusão e do saco.
iv) Coombs directo : amostras do paciente antes e depois de transfusão.
v) Hemólise : Hemoglobina, hematócrito, AST, LDH e bilirubina
vi) Insuficiência renal : Cor de urina e função renal
vii) Cultura : saco do sangue e 2 amostras do paciente (antes e depois)
Grupo A2
Grupo A1
Grupo A3
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