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Matéria de Forragens da AV2


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Forragens AV2
Manejo de pastagem 20/09/2018
Para a alimentação dos animais...
Fonte de alimentação dos herbívoros tem que ser o pasto
Capim picado (capineira)
Feno e/ou silagem
Ração (é mais cara).
Sistema de pastejo: 
Qual animal vai entrar no pasto (pasto alto ou baixo) 
Tipo de forrageira trabalhada
Conhecer o solo
Clima da região 
Como é/será o manejo
Não existe receita, é individualidade!!!
Isso garante suprimento alimentar e forrageira produtiva → sistema de criação eficiente. 
Tipos de sistema de pastejo: condições diferentes de criação, não existe melhor, sempre ver a individualidade. 
→ Contínuo (lotação contínua). O animal fica o tempo inteiro no pasto sem deixar o pasto descansar (causa degradação). Carga animal fixa ou variável (depende da disponibilidade de forragem). Quando é fica o pasto vai acabando e o numero de animais continua o mesmo, quando é variável o pasto diminui junto ao número de animais. Desvantagens: seletividade das espécies forrageiras (a forragem boa acaba pois come o broto) e aumento das espécies invasoras (solo desprotegido) 
→ Rotacionado (lotação rotacionada): subdivisão do pasto com mesma forrageira ou diferente em piquetes. Dificilmente trabalha com variável porque tem condições suficientes para suprir a necessidade do animal, então o numero de animais não precisa variar. Fixa ou variável. Elimina a seletividades das forrageiras (pastagem uniforme).Inibe o aparecimento de plantas invasoras.Leva ao aumento da taxa de lotação. Quando é do tipo convencional o animal entra no piquete 1, depois o 2... Sempre em ordem cronológica. Pastejo alternado (2 piquetes). Precisa de funcionário a mais, cerca, e corredor de igual largura da porteira. Trabalha com o desenvolvimento da forrageira (estrutura mais importante). 
Para a implantação de um sistema rotacionado de pastejo... 
Pressão de pastejo: forma com que vai usar a pastagem (intensidade). Regulado por: numero de animais e quantidade de forrageira disponível. Ex: + animais – forragem: mais pressão. Substituído pela taxa de lotação: numero de animais que pastejam em uma determinada área por um determinado tempo. Depende do rendimento da pastagem em matéria seca, espécie forrageira e práticas de manejo. 
Período de descanso: sem animal no pasto para se recuperar. Tem que respeitar a restauração da área foliar (folha) e reserva orgânica; interceptação da luz (fotossíntese); vida útil da folha (minimizar perdas) e relação folha/colmo ou caule onde + caule tem + lignina então menor ingestão pelo animal.
Período de ocupação: tempo de permanência na área. Influenciado por numero de piquetes (- piquetes, + período de ocupação) e período de descanso (menos tempo de recuperação menos tempo de ocupação). 
O que é capacidade de suporte? É a taxa de lotação máxima que irá propiciar o desenvolvimento ideal do animal. Deve ser estimada de acordo com o tipo de forrageira. Preocupação com o bem-estar animal. 
Comparando os sistemas... 
Pastejo rotacionado é mais eficiente que o contínuo porém pouco aplicável. O ideal é de 1 a 3 dias para a rotação (período curto) devido ao impacto da rebrota
Pastejo voasin: Pastejo agroecológico (bem estar animal e ambiente) porque respeita o período fotossintético da forrageira. É um pastejo rotacionado sem ordem pré-estabelecida (vai para área mais saudável). A recuperação é feita sem mecanização e insumo (adubo), a própria planta que é o adubo. 
Produção animal vs Sistema de Pastejo... 
Interferência
Espécie forrageira: 
Escolha da forrageira e sistema de pastejo (pastejo rotacionado). Necessidade de período de descanso.
Crescimento da forragem e lotação do pasto: principalmente continuo. Se não crescer muito terá plantas invasoras e exposição do solo → Pastejo desuniforme – subpastejo com sobra de forragem e super pastejo com muitas plantas invasoras e exposição do solo. Forrageira envelhecida com muita lignina e dificuldade na rebrota. PROVA.
Taxa de lotação animal: no rotacionado e no continuo. Numero de animais interfere. 
Conservação de Forrageiras – Feno e Silagem 25/10/2018
→ Conservar mantendo o valor nutritivo da forrageira. 
Para verificar o estado do fardo de feno, coloque a mão dentro e no meio. Se tiver desidratado de menor terá muito calor pela produão de calor por microrganismos na reação de Maillard, se tiver desidratado demais vai esfarelar. 
Feno: forrageira que perdeu água.
Porcentagem ideal da agua no feno – 18% a 22/25%
Processo de fenação: 
Primeira fase: perda de água através dos estômatos que ficam na folha para captar luz e fazer fotossíntese. Quando a forrageira morre, os estômatos abrem e não fecham mais. Nessa fase perde mais agua (20-30%) e é rápido. 
Segunda fase: Desidratação via evaporação cuticular. Perde entre 15-20% de água, perde menos e é mais lente.
Terceira fase: Ocorre em função da plasmólise. Só acontece quando a forrageira perda 40-45% de água durante a fase 1 + 2, aí entra na terceira fase. A planta morre (fica quebradiça)
A planta sadia tem 80-90% de água.
Cuidado com tempo de secagem (fibra/palha) para não desidratar demais!
As leiras são ‘’filas’’, é a forma de posicionamento da forragem para desidratação. É importante organiza r assim porque a maquina pega a forragem na leira, coloca para dentro da maquina, enfarda e depois joga para fora para secar. 
Fatores que interferem na desidratação do feno
1. Clima (radiação solar, temperatura, vento e UR).
 1.1 Umidade – ambiente e planta (armazenagem). → umidade da planta e ambiente interferem no armazenamento (reação de Maillard)
 2. Planta.
 2.1 Umidade da planta. 
 .2.2 Relação folha/caule, espessura e comprimento do caule, espessura da cutícula e densidade dos estômatos. → quanto mais folha mais agua então mais tempo de desidratação, quanto mais caule mais fibra então menos tempo de desidratação, quanto mais espessa a cutícula mais tempo de desidratação, e quanto mais estômatos menos tempo de desidratação.
 3. Manejo.
3. 1. Corte. → quanto está cortado/macerado, é mais rápido que perda a agua.
3.2. Equipamento
4. Utilização de condicionadores químicos. → produtos que aceleram a primeira fase ou segunda fase.
4.1. Abertura dos estômatos.
4.2. Estrutura da epiderme.
	
 5. Manuseio da forrageira.
 5.1. Altura do corte. → altura correta se cortar depois tem mais lignina.
5.2. Manejo das leiras (aumentar a superfície de contato). → quanto mais revolve a forrageira, mais rápido.
Fatores que interferem no valor nutritivo do feno
Planta. 
Estádio de desenvolvimento da planta. 
Tempo de secagem. 
 Armazenamento (microrganismos). Formas de armazenamento em fardo ou rolo de feno.
A reação de Maillard (alta temperatura e umidade) ocorre na fenação e na ensilagem, onde carboidratos não solúveis (estruturais) reagem com proteínas (engloba) e impede que a proteína seja digerida. Tem então a redução na digestibilidade e diversas doenças.
Aditivos no processo de fenação Função: controle de microrganismos. → Coloca na leira para prevenir crescimento microbiano e consequentemente reação de Maillard. 1. Alta umidade Atuação: Diminui H2O e O2 (altera pH e crescimento microbiano).
Características da fenação:
Armazenagem por grandes períodos mantendo o valor nutritivo. 2. Utilização de uma gama de forrageiras no processo. 3. Pode ser utilizado e produzido em pequena e larga escala. 4. Pode ser utilizado manualmente ou mecanicamente. 5. Atende a diferentes categorias de animais.
Silagem → produto final da conservação via fermentação em anaerobiose.
Ensilagem é a técnica usada. O silo é local de armazenamento. 
Por que ensilar? 1. Disponibilizar alimento na época da entressafra. 2. Pecuária moderna com maximização do processo produtivo. 
 Para quem ofertar? 1. Bovinos adultos; ovinos e caprinos adultos.
 Para quem NÃO ofertar? 1. Equinos filhotes (potros) porque tem muita cólica e a silagem piora; 2. Bezerros, cabritos e cordeiro porque não tem o rúmen completamente formado então não fermenta idealmente. 
Silagem “ Processo anaeróbicode conservação de forrageira.” 
Eliminação de O2 . 2. Redução de pH (ação microbiana).
Tipos de silo: O silo só pode ser aberto depois de 21 dias, antes não fermentou suficiente para conservar (todos os tipos de silo tem que ser assim).
Trincheira: não pode ser todo reto porque na fermentação solta h2o então fica parado apodrecendo a silagem de baixo. Muito utilizado, tem3 paredes e não tem teto, silo de alvenaria (cimento), corta e pica a forragem, armazena, com auxilio do equipamento prensa a forragem e a cada camada vai prensando. Se não prensar, fica com 0 e apodrece a silagem. Tem mais ou menos 2m-2,20 de tamanho. A lona tem que ficar pensada no silo para nao vnão e nem entrar oxigênio. Como é de alvenaria tem que ficar no Sol senão mofa.
Superficie: a diferença é a altura que no máximo é 1,5m. O processo é o mesmo. Coloca a lona e terra em volta para prensar mais. 
Aéreo: não é utilizado para conservar forragem, tem 20m de altura e muitas pessoas morreram ao empurrar a forragem do alto, só conserva grãos.
Bolsa: mais fácil de ser feito como o de superfície, senão der certo naquele pode colocar em outro.
Redução do ph: Fermentação de açúcares solúveis por bactérias láticas (elas que conservam e surgem em ph 4,5). O ph ideal da silagem é 4,2-3,8. Forrageiras mais indicadas: Milho, sorgo, capim-elefante. Forrageiras menos indicada: Leguminosas, cana-de-açúcar (muita lignina).
Eliminação de O2: Processo de anaerobiose que Impede crescimento de fungos, leveduras e mofos. Feita na prensagem. Só depois de tirar o Oxigenio que o ph fica para as bactérias láticas. 
1ª Fase – Fermentação aeróbica. Açúcares + O2 CO2 + H2O + calor Indesejável!!!!!! Perda de carboidrato (prejudica bactérias / animais). Reação de Maillard. O microrganismo anaeróbico heterofermentativo atua quando o ph da forragem está alto, diminuindo o ph para as bactérias homofermentativas. Quando chega a 4,5 elas morrem, se não morrer a silagem fica com cheiro de vinagre.
2ª Fase – Anaeróbica (24 a 72 horas). Desaparecimento do O2 . Presença de microrganismos anaeróbicos: Bactérias heterofermentativas (ac. acético) Bactérias homofermentativas (ac. lático). pH diminui com mais rapidez. 
Para otimizar esta fase devemos... 1. Cuidar da limpeza (terra). 2. Realizar inoculação (bactérias láticas). Reduzir pH. 
3ª Fase – Estabilização (pH 4,2 a 3,8). Redução das bactérias. Interrupção da fermentação. Diminui o ph para 4,2-3,8. As produtoras de acido lático morrem e para a fermentação. A bacteria lática é mais importante para silagem porque ela que dá o ph e paladar ideal. O de ac.acetico não é favorável, só para melhorar o ambiente para lática. Se tiver O2 terá Clostridium, produz ac butirico e amina ficando com cheiro de xixi reduzindo consumo (- MS = - nutrientes) 
Controle de Pragas – 08/11/2018
A praga mais importante é a cigarrinha-das-pastagens.
Locais de ataque das pragas:
 Raízes: cupins e percevejo-castanho. Perfilhos: cochonilha, percevejo-dasgramíneas e cigarrinha das pastagens. Folhas: lagartas, saúvas e gafanhotos.
TODAS ELAS SUGAM A SEIVA
Cigarrinha-das-pastagens:
É mais importante pois eclodem na época de água onde a planta está crescendo mais. Vivem na parte aérea da forrageira. Ninfas aparecem na base das forrageiras .Ela chega colocando o ovo no perfilho próximo ao solo e faz uma espuma que protege os ovos dos fatores externos. Essa espuma se for exposto ao Sol mata as larvas (cortar o pasto)
Sintoma: suga a seiva, tira sua fonte de nutriente, então fica amarelada posteriormente seca e morte da forrageira.
Formas de combate → manejo correto das pastagens
Altura: ideal expor a espuma ao Sol; Na adubação a planta fica mais forte e não sente tanto pois a forrageira fica mais resistente; Escolha correta da forragem.
→ Controle químico por inseticidas onde matam os adultos
→ Controle biológico é o mais usado, usando fungos entomopatogênicos pulverizando no final do dia (temperatura mais amena) e na época das aguas; vespa parasita ovo; mosca atacam as ninfas.
Cochonilha-do-capim:
É branca e fica roxa. Muito utilizado na alimentação humana como corante. Localiza-se nos perfilhos (nós, gemas,
bainhas). Suga as hastes do capim promovendo secamento. Connsome o nó/gema e morre. Manifestação localizada (reboleira/moitas). Formas de combate: → Controle químico (localizado).Sempre é evitado. → Controle biológico (vespa - Família
Encyrtidae).
Percevejo-das-gramíneas:
Sucção da seiva (jovens e adultos). Retarda o crescimento e morte
(reboleira). Vivem da bainha das folhas. Prejudicados por baixas temperaturas e umidade. Adultos entram em hibernação (20ºC).
Ausência de controle biológico. Inseticida só bem localizado.
Percevejo-castanho:
Ocorrência esporádica. Hábito subterrâneo (0,25 m -1,0 m), praga subterrânea então a ação mecânica do manejo gradear vai cortando a praga. Suga seiva das raízes. Plantas definham, secam e morrem. Manifestação localizada (reboleira). Formas de combate: Ação mecânica (arar e gradear). Manejo de pastagem. Controle químico (preventivo). Controle biológico.
Coró-das-pastagens (escaravelho):
Ciclo anual. Redução na germinação, redução na produção e morte da planta (reboleiras).Larva se alimenta de sementes, folhas e raízes. Controle químico. Controle biológico: Vespas; fungos entomopatogênicos.
Curuquerê-dos-capinzais:
Sua forma adulta é a mariposa. Atacam as folhas. Controle de ovos ( vespa -Trichogramma). Controle das lagartas
Lagarta-do-cartucho:
Fêmeas depositam seus ovos nas folhas. As larvas são carnívoras. Consomem a folha. Comum no milho. Controle biológico, tem inseticida mas não é usado.
TODAS ATACAM LOCAMENTE, A EXCEÇÃO É CIGARRINHA.

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