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ADIMPLEMENTO INDIRETO

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INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA OBJETIVO 
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES PROF° RONALDO CÂNDIDO
ALUNA: GIOVANNA PIAZZA PINHEIRO MATRÍCULA: 02320003080
ADIMPLEMENTO INDIRETO
Conceito: É a forma de cumprimento da obrigação especial, na qual o legislador traz a possibilidade de pagamento acontecer de forma indireta. Tal modalidade de adimplemento se dá a partir das seguintes formas: Consignação em pagamento, imputação do pagamento, novação, compromisso, remissão, pagamento com sub-rogação, dação em pagamento, compensação, confusão e transação.
1. Consignação em Pagamento (art 334 a 345 Código Civil)
O pagamento é caracterizado pela realização da prestação devida pelo devedor e o aceite por parte do credor, podendo este não acordar em receber a prestação devida. Nesse caso, o credor tem não só o dever de pagar, mas também o direito, uma vez que o inadimplemento da prestação poderá recair sobre ele com juros e demais penalidades. 
Para tais casos, a legislação admitiu que houvesse o pagamento por consignação, que incide no depósito da coisa devida pelo devedor para se liberar da obrigação. Tal modalidade de pagamento só pode ocorrer nas formas admitidas pela lei, em rol não taxativo no artigo 335 do Código Civil.
Art 335 – A consignação tem lugar:
I – se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II – se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III – se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV – se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V – se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
2. Pagamento com Sub-rogação (Art 346 a 351 Código Civil)
Dar-se-á sub-rogação quando um terceiro quita a dívida do devedor para com o credor, não livrando esse da dívida, passando o mesmo a devê-lo. Por exemplo: Álvaro deve dinheiro a Bruna, mas Carla resolve pagar essa dívida, então Bruna vai se satisfazer e Álvaro vai passar a dever a Carla, não havendo prejuízo ao credor, visto que a dívida para com ele foi quitada, nem ao devedor que passa a dever o terceiro quitador da dívida.
A sub-rogação é dividida em duas espécies, sendo estas: 1) Legal, quando prevista taxativamente em lei, no rol do artigo 346, mesmo que não haja vontade das partes; 2) Convencional, quando há acordo entre o credor e terceiro, mesmo sem anuência do devedor, ou entre este e terceiro, com o fim de soldar a dívida pra com o credor.
3. Imputação do pagamento (art 352 a 355 Código Civil)
 Tal modalidade se dá quando um mesmo devedor tem diversos débitos com o mesmo credor e efetua pagamento insuficiente para solver todas as dívidas. Neste caso é faculdade do devedor escolher qual a dívida vencida a ser quitada.
A imputação do pagamento será feita mediante cumprimento de requisitos descritos nos arts. 352 e 353 sendo estes, segundo Carlos Roberto Gonçalves: a) pluralidade de débitos; b) identidade das partes; c) igual natureza das dívidas; d) possibilidade de o pagamento resgatar mais de um débito.
Haverá ainda mais de uma espécie de imputação, conforme o doutrinador outrora citado: a) Imputação por indicação do devedor – Ocorre quando é faculdade do devedor escolher o débito que deseja saldar; b) Imputação por vontade do credor – Ocorre quando o devedor não indica quais dívidas a serem quitadas, neste caso cabe ao credor definir quais dívidas serão solvidas, desde que tal escolha não cause prejuízo ao devedor; c) Imputação em virtude de lei - Conforme o artigo 355, se o devedor deixa de fazer indicação da dívida e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar, quando tais dívidas forem vencidas ao mesmo tempo, a imputação se fará na mais onerosa.
4. Dação em Pagamento (Art 356 a 359 Código Civil)
É o ato de o devedor quitar sua dívida com prestação diversa da acordada quando contraída a obrigação. Tal modalidade de adimplemento só é possível se houver concordância do credor, extinguindo, assim, a obrigação.
5. Novação (Art 360 a 367 Código Civil)
Esta forma de adimplemento indireto, como já notado no próprio nome, consiste na contração de uma nova ação, uma nova dívida que substitui a anterior, é a criação de uma nova obrigação para dar fim em uma antiga. Nesta, o credor não recebe de imediato a prestação devida, haverá somente outro direito de crédito.
A novação necessita de requisitos para ser válida, sendo estes: a) a existência de obrigação anterior; b) a constituição de nova obrigação; c) a intenção e acordo de vontades para que se haja a novação. 
Há ainda mais de uma espécia de novação, assim sendo: a) Objetiva, onde é alterado o objeto da prestação; b) Subjetiva, onde se dá a substituição dos sujeitos da relação jurídica; c) Mista, onde ocorre, simultaneamente, a mudança de objeto e das partes.
6. Compensação (Art 368 a 380 Código Civil)
Haverá o pagamento por compensação quando houver reciprocidade de credor e devedor, ou seja, quando dois sujeitos forem devedores e credores entre si, neste caso havendo a compensação das dívidas que um tem com o outro seguindo a lei do menor esforço, para não haver necessidade de um cobrar sua dívida com o outro. A compensação poderá ser parcial, uma vez que uma dívida seja menor que a outra, prevalecerá o débito restante da que não foi compensada.
São espécies da compensação: a) Legal – quando ocorrer por força da lei, mesmo que uma das partes não acorde, na ocasião de dívidas líquidas, vencidas e de mesma espécie; b) Judicial – se determinada por juiz e aplicada em caso concreto, quando este entender que haverá economia processual ou outro motivo fundamentado pelo mesmo na sentença; c) Convencional – sendo a mais comum de todas, quando há acordo entre as partes para haver a compensação das dívidas.
Obs.: Não se admite compensação em dívidas alimentícias ou para com o interesse público do Estado.
7. Confusão (Art 381 a 384 Código Civil)
Ocorrerá a confusão quando a pessoa de credor e devedor não tiverem vínculos explícitos e possíveis, causando a extinção da obrigação, exige que haja a identidade da pessoa e do objeto da obrigação. O exemplo mais usado é o seguinte: Andressa é inquilina de seu pai Bernardo, mas o pai morre e Andressa herda o apartamento, extinguindo a obrigação de pagar aluguel face à confusão, pois Bernardo vai reunir as qualidades de credor e devedor, afinal ninguém pode ser devedor ou credor de si mesmo. 
8. Remissão (Art 385 a 388 Código Civil)
Se configura no ato de exoneração do devedor, por parte do credor, do cumprimento da obrigação. Como disposto no art 385 deste código: “A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro.”
A remissão poderá ser total ou parcial, quando se tomar por referência o objeto. E poderá, ainda, ser: a) Expressa, quando houver declaração do credor perdoando a dívida; b) Tácita ou presumida, decorrente do comportamento do credor, como, por exemplo, quando este se contenta com quantia inferior ou destrói o título, conforme exemplificado por Carlos Roberto Gonçalves.
9. Transação 
A transação é descrita pela doutrina como um contrato entre as partes, onde ambos decidem por encerrar a obrigação por meio de concessões mútuas, onde cada uma das partes sai prejudicada e beneficiada, na medida de seu acordo, não podendo uma parte sair em vantagem sobre a outra. Se o devedor perde tudo, haverá o pagamento e se o credor perde, dar-se-á a remissão, logo ambos devem perder e ganhar nesta modalidade. 
É subdividida em duas classificações, sendo estas: a) Preventiva – ocorre antes da ação judicial, para evitar que as partes se submetam ao poder judiciário, acordando apenas entre si; b) Judicial ou terminativa – quando há homologação pelo juiz.
10. Compromisso ou Arbitragem (Lei nº 9.307/96)
 Quando as partes não conseguem celebrar a transação,estas se submetem a arbitragem que nada mais é do que a delegar a um árbitro ou tribunal arbitrário a função de apreciar a lide e dar sentença, de força judicial, sobre o conflito. Na arbitragem as partes em comum acordo escolhem um árbitro para julgar seu caso, no entanto não podem interferir e nem tem o direito sobre a decisão deste, o que por ele for escolhido terá de ser cumprido pelas partes.

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