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ESTÁGIO SUPERVISIONADO III HÉRIKA CRISTINA OLIVEIRA DA COSTA - 160105001 MACAÉ FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA LICENCIATURA EM MATEMÁTICA 2018 ESTÁGIO SUPERVISIONADO III Trabalho apresentado como requisito parcial para a atribuição de nota na disciplina de Estágio Supervisionado III, do curso de Licenciatura em Matemática Educacional da Lapa – FAEL da Faculdade Orientador: Prof. (a). Karen Cristine Uaska dos Santos HÉRIKA CRISTINA OLIVEIRA DA COSTA - 160105001 MACAÉ 2018 SUMÁRIO INTRODUÇÃO O presente trabalho refere-se ao Relatório de Estágio Supervisionado, realizado na Escola Estadual Irene Meirelles (Othon Barroso de Carvalho). O estágio é de suma importância, pois é nele que colocamos em prática todos os conhecimentos adquiridos durante o período de graduação. Neste relatório é apresentado o desenvolvimento do tema, contendo a descrição e todas as documentações utilizadas no estágio. Durante o período de estágio atuou-se na área Educacional, especificamente na disciplina de Matemática, realizando observações das turmas do 1º, 2º e 3º ano do Ensino médio, em que a faixa etária dos alunos varia de 15 a 21 anos, o principal objetivo da escola é garantir condições para que todos os alunos desenvolvam suas capacidades e aprendam os conteúdos necessários para a vida em sociedade. Além de promover o exercício da cidadania a partir da compreensão da realidade para que possa contribuir na transformação do aluno cidadão. Para a realização deste trabalho foram realizadas observações participantes na escola e em uma das turmas da mesma. Também foram planejados e aplicados 5 planos de aula com temas e conteúdos diversos, que envolveram Matrizes e determinantes. O texto deste relatório está subdividido da seguinte forma: Introdução, que apresenta de forma geral o conteúdo do trabalho; o desenvolvimento que apresenta a caracterização da instituição; a observação frente aos processos de inclusão entre outros que estão no sumário e fazem parte deste corpo do trabalho. 19 DESENVOLVIMENTO Neste item do relatório serão apresentados os relatos de todas as etapas cumpridas no Estágio Supervisionado, articulando-se a descrição das observações e das ações realizadas com o referencial teórico pertinente a cada situação informada. No estágio realizado na Escola E. Irene Meirelles (Othon Barroso de Carvalho) foi trabalhado em cima do plano de aula pré-estabelecido, cujo assunto foi Matrizes e determinantes e para iniciar de maneira que os alunos possam compreender de maneira mais fácil, houve a necessidade de levantar uma problemática, pois estudar um conteúdo de matemática como Matrizes pode acarretar uma série de perguntas tais como: Quem inventou isso? Para que vai servir na minha vida? Onde eu vou usar? Ou seja, os alunos querem uma explicação lógica para os estudos do conteúdo. Então a problemática está em proporcionar um ambiente agradável, em que os próprios alunos juntamente com a mediação do professor, consigam identificar e solucionar com Matrizes os problemas do dia-a-dia, pois segundo Norocato e Paiva (2008) “Constatamos, mais uma vez, que esta prática, além do crescimento pessoal e profissional, é fortemente favorecida pela construção de saberes provenientes da troca de ideia.” Com base nesta problemática, existe também o sustento de uma cultura de que a Matemática é difícil, pois a maioria da população se diz não entender, que é ciência para poucos, que não entra na cabeça de nenhum jeito, é um calo e que podem viver sem ela. O relato de um aluno sustenta isso, quando o mesmo afirma “odeio matemática”. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais: “É importante destacar que a matemática deverá ser vista pelo aluno como um conhecimento que pode favorecer o desenvolvimento do seu raciocínio, de sua sensibilidade expressiva, de sua sensibilidade estética e de sua imaginação”(PCN’s, 1997) Segundo Gladis Blumenthal em seu artigo afirma que “O ensino da matemática tem passado, ao longo dos anos, por sucessivas reformas. Mesmo assim, o fracasso escolar matemático continua. No momento em que as Secretarias Municipais e Estaduais de Educação se esforçam para absorver e se adequar as novas normas vigentes, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) desempenham importante papel.” Desta forma é necessário que todos os profissionais de matemática devem trabalhar para quebrar o tabu de que Matemática é uma ciência para poucos. O ensino da matemática exige duas situações do professor: A primeira esta relacionada à teoria e a segunda a prática, pois o estudo das teorias da matemática tem o objetivo de mostrar ao aluno que a ciência só evolui quando a imaginação é colocada em prática. Já dizia Albert Einstein que a imaginação é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a imaginação abrange o mundo inteiro. Então o ato de ensinar e aprender matemática se torna prazeroso, quebrando os paradigmas no decorrer dos estudos relacionados aos conteúdos trabalhados. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO O Estágio Supervisionado foi realizado na Escola Estadual Irene Meirelles (Othon Barroso de Carvalho) que está situada na Av. Agenor Caldas, nº 442 Imbetiba, Macaé. Ao entrar na escola fui bem recebida por todos, inclusive pelos professores regentes e juntamente secretária educacional. Pude observar que a Escola é de médio porte contendo assim 15 salas de aulas, que funcionam nos dois turnos, com turmas de 1º, 2º e 3º ano do Ensino médio e incluindo o EJA. Esta instituição possui aproximadamente 500 alunos. A escola tem uma boa estrutura física, todas as salas possuem ventiladores e todas as turmas possuem entre 21 e 25 alunos. A escola além das 15 salas de aulas possui sala de coordenação, secretaria, Rh, sala de recursos, banheiros, quadra poliesportiva, bebedouros, murais temáticos, sala de professores. A escola possui uma equipe de coordenadoras, Assistentes de coordenação e auxiliares de coordenação, além de um quadro 15 professores distribuídos entre o Ensino Médio e EJA. O calendário escolar cumpre somente o que é estabelecido como datas comemorativas principais. No decorrer do ano eles apresentam poucos projetos das disciplinas da grade curricular, o que mais se executam na escola são projetos atrelados as atividades esportivas, como Gincana do Voleibol, Gincana do Futebol etc... Analisando o Projeto Político Pedagógico observou-se a seguinte frase de Barbier (1994): “O projeto não é uma simples representação do futuro, do amanhã, do possível, de uma ideia, é o futuro a fazer, um amanhã a concretizar, um possível a transformar em real, uma ideia a transformar em ato” Desta forma, durante os 200 dias letivos a escola apresenta projetos próprios do calendário interno da escola. Esses projetos são todos voltados para a participação dos docentes e discentes da escola. A relação da escola com as famílias é de forma mais agradável possível, pois sempre entra em contato quando é necessário, principalmente quando se refere ao processo de ensino aprendizagem do aluno. Quando a família sente a necessidade de se comunicar com a escola, existe um número que podem entrar em contato com a secretaria. Se por um lado a escola sozinha não é suficiente para garantir um bom rendimento escolar dos educando. Família e escola na verdade devem formar uma equipe que trabalhe com base na colaboração e compartilhamento. Agindo em parceria, desenvolvendo ações sinérgicas que sejam verdadeiramente capazes de melhorar o rendimento dos estudantes. A avaliação é somática e diagnóstica. Cada professor possui uma metodologia. Os professores no qual acompanhei utilizam o seguinte critério: dois teste valendo 1,5 pts, 2 pontos de trabalho e 5 pontos de avaliação. A média da escola é 5,0 pts. O ano letivo é dividido em bimestre. Todos os alunos são avaliados de maneira igual. A escola possui a cada bimestreum conselho de classe. Em que todos os professores do Ensino Médio participam juntos com a coordenadora. E nele é avaliado o desempenho de todos os alunos. A avaliação diagnóstica ajuda a identificar as causas de dificuldades específicas dos estudantes na assimilação do conhecimento, tanto relacionadas ao desenvolvimento pessoal deles quanto à identificação de quais conteúdos do currículo apresentam necessidades de aprendizagem. Quando se trata de inclusão a escola é receptiva e acolhedora, a inclusão consiste na ideia de todas as pessoas terem acesso, de modo igualitário, ao sistema de ensino. Não é tolerado nenhum tipo de discriminação. Atualmente, o principal eixo da inclusão escolar são as crianças e jovens portadores de necessidades educacionais especiais (NEE), que normalmente apresentam algum tipo de deficiência física ou psicológica. A inclusão escolar prevê a integração de alunos com necessidades educacionais especiais em classes de aula regulares, compartilhando as mesmas experiências e aprendizados com estudantes que não apresentam NEE. INCLUSÃO NA ESCOLA ESTAGIADA O direito do aluno com necessidades educativas especiais e de todos os cidadãos à educação é um direito constitucional. Esta valorização se efetua pelo resgate dos valores culturais, os que fortalecem identidade individual e coletiva, bem como pelo respeito ao ato de aprender e de construir. A escola Irene Meirelles, tem demonstrado sua preocupação com jovens com PNEE (Portadoras de necessidades educativas especiais) ou com déficit de aprendizagem, pois para a escola é necessário uma continuidade até chegar ao ensino superior. Existe uma preocupação no desenvolvimento intelectual e emocional do aluno, pois sabemos que os casos de inclusão aumentam a cada dia, então a escola acredita que o jovem precisa esta inserida na sala de aula, participando com outros alunos em atividades comuns, porém com um diferencial, deslocando-se para a Sala de Recursos, onde realizada atividades especificas com um professor de apoio. A avaliação é feita de forma diferenciada de acordo com a necessidade educativa especial do aluno. Nas turmas visitadas não tinha nenhum adolescente com PNEE. Apenas suspeita, porém não trabalhavam de forma diferenciada, devido não terem um diagnostica fechado. É bom lembrar que a família, tem um grande papel na aprendizagem e desenvolvimento do jovem especial. Essa é primeira aceitação, pois segundo a constituição a educação é um direito de todos (inclusive as crianças com necessidades especiais). E a família é a base. Para que a inclusão seja uma realidade se faz necessário enfrentar barreiras, pois a falta de qualificação do professor é o argumento mais utilizado por várias instituições, se faz necessário haver uma sensibilização diante da realidade vivenciada. Acredita-se que o professor deva mudar sua postura e engajar nesse grande desafio. A inclusão responsável não pode minimizar a aprendizagem. É necessário fortalecer os alunos para que sempre resolvam seus problemas. É necessário estimular o desenvolvimento de habilidades sociais e cognitivas para que eles se relacionem e interpretações desafiadoras. OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE DA TURMA O estágio foi realizado na Escola E. Irene Meirelles (Othon Barroso de Carvalho), o primeiro aspecto a ser observado foi a Rotina da sala de aula. Desta forma dizia Barbosa, a rotina além de fornecer a sequência das atividades diárias se bem planejada e executada é extremamente positiva ao processo de educação. Então nesta observação foi notável que os adolescentes possuem uma rotina diária nas aulas de Matemática, pois o professor utiliza muitas folhinhas de atividades para ganhar tempo com os conteúdos e outras atividades dinâmicas. O posicionamento das carteiras depende dos momentos de planejamento estabelecido pelo professor. Quando realizam atividades em dupla as cadeiras se mantém uma ao lado da outra, quando é aula com conteúdo elas ficam em forma indiana, método tradicional ou às vezes em forma de meia lua. Diante disso é válido por que o professor tem uma Boa postura diante dos alunos, é bastante organizado, tem o hábito de anotar todas as informações pertinentes. A metodologia utilizada é a construção de conceitos através de exercícios, trabalhos, atividades avaliativas entre outros, os materiais didáticos utilizados é o quadro, datashow que a escola possui, vídeo aulas, jogos...para completar o raciocínio lógico. Construção de jogos com sucatas, campeonatos em sala de aula para estimulo e intimidade com os números. O professor integrador é muito dinâmico, adora inventar, incentivar e estimular seus alunos. Como dizia De La Torre (2005), a escola pode influenciar no desenvolvimento da capacidade inovadora e criativa dos jovens. No entanto, é necessário observar a necessidade do cultivo de atitudes e habilidades criativas desde a educação infantil até a universidade, conscientizando-se o professor sobre a importância de incluir em seu planejamento objetivos que visem potencializar a criatividade de seus alunos e com esse professor observou-se este tópico, pena que o tempo é o maior inimigo. Mas sempre sustenta isso em seus planejamentos e didática de ensino. Agora quando trata de correção é bastante rígido, pois acredita que o aluno tem que fazer o perfeito. Exige organização e disciplina na hora de entregar os trabalhos, faz autocorreção com exercícios e outras atividades, chama o aluno no quadro para reforçar o que aprendeu principalmente o que possui mais dificuldade, para fazer um reforço positivo e para ter um acompanhamento e atenção especial. As avaliações são somáticas e diagnósticas. DESCRIÇÃO DA DOCÊNCIA No dia 14 de maio de 2018, deu-se iniciou a aplicabilidade do plano de aula abordando o conteúdo de Matrizes e determinantes que diz respeito à disciplina de Matemática, cujo objetivo era trabalhar a utilização prática, a importância da aplicabilidade das matrizes nas várias áreas do conhecimento, assim como a resolução de operações que envolvam o conteúdo citado, a identificação e representação de diferentes tipos de matrizes e seus elementos. Para motivação da aula o professor organizou a sala em dupla ou trio dependendo da disponibilidade de alunos presentes. A principio o pré-requisito é a noção de matemática básica, o material utilizado foi o lápis, borracha, datashow e folhas fotocopiadas. Foram propostas algumas situações problemas vividas no cotidiano, como a tabela de dois campeonatos de futebol, para a construção das pontuações através da tabela foram divididas da seguinte maneira: A primeira tabela teve a pontuação da primeira rodada e na segunda teve a pontuação da segunda rodada e no final construíram uma tabela com os pontos a serem alcançados no final do campeonato. Depois de construídas, foi proposto que as tabelas fossem transportadas para o modelo de matrizes. No momento da construção o professor fez a mediação, pois alguns alunos apresentaram dificuldades no momento de realizar as atividades. Mas em resumo a atividade foi bem trabalhada e fixada. Em outra etapa do ensino ocorreu a fixação do conteúdo pela didática do jogo, pois o professor levou um dominó construído com matrizes e os alunos puderam construir seu pensamento matemático do conteúdo trabalhado através do lúdico. Segundo BORIN (1996): “Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos que temem a matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la. Dentro da situação de jogo, onde é impossível uma atitude passiva, e a motivação é grande, notamos que, ao mesmo tempo em que esses alunos falam matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem” Desta forma, acredita-se que as aulas sendo levadas de forma lúdica se tornam menos cansativas, mais atrativas e agradáveis. CONSIDERAÇÕES FINAIS O estágio foi um momento de pleno conhecimento e práticas vividasem contrapondo a teoria estudada. Um momento desafiador que é está na sala de aula. Este projeto teve uma visão bem ampla do que é trabalhar com jovens de escola pública, pois se percebeu que o maior desafio é a indisciplina, o professor tentava de certa forma tratar todos de forma igual, mais sempre tinha um que o desafiava. Porém não foi motivo para que o mesmo deixasse de realizar o que havia planejado. Vale ressaltar que neste estágio, foi levado em consideração o conteúdo trabalhado, a metodologia e os projetos realizados na escola e na sala de aula, o objetivo foi alcançado, com alguns desafios superados. Ser professor é mais que desafiador, é mais que uma audácia vivida todos os dias, pois não é o salário que nos faz estar nesta profissão, é o dom, é o próprio desafio de formar cidadãos e esperar dos mesmos um mundo melhor através da educação. Pois cada experiência vivida é um degrau que superamos para um sucesso alcançado. REFERÊNCIAS Referência de Capítulo de livro: GOMES, Nilza Godoy. Computador na escola: novas tecnologias e inovações educacionais. In: BELLONI, Maria Luiza (Org.). A formação na sociedade do espetáculo. São Paulo: Edições Loyola, 2002. Referência de Artigo em meio eletrônico: MARQUES, Cledvan . Projeto didático – Modelando Matrizes. Ebah Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAe9tIAC/projeto-didatico-modelando-matrizes Referência de Artigo e/ou matéria de jornal: NAVES, P. Lagos Andino dão banho de beleza. Folha de São Paulo, São Paulo, 28 jun. 1999. Folha de Turismo, Caderno 8, p.13. Referência de Legislação: BRASIL. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 03 jun. 2018. ANEXO A – Ficha de Avaliação na Escola-campo NEXO B – Planos de Aula ANEXO C – Projeto Copa