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Introdução Nesta aula iremos produzir shampoo e xarope simples (Valda), aprendendo desde seu preparo, embalagem e legislação para dispensação do mesmo. Os cabelos são classificados segundo os seus tipos dentre eles nos temos os normais, secos e oleosos. O aparecimento de cabelos secos (ressecados) e cabelos gordurosos liga-se em princípio ao funcionamento irregular das glândulas sebáceas do couro cabeludo, que poderá ser proveniente de diversas causas, tanto internas como externas, (Dossiê técnico, 2007.) Como causa das diversas consequências desse desequilíbrio, podemos citar as alterações do sistema nervoso ou também lavagens excessivas dos cabelos, como consequência terá o aumento na produção de gorduras. Já os cabelos secos se apresentarão ásperos e quebradiços, podendo haver formação de caspa seca, ao contrário dos oleosos predisposto ao aparecimento da seborreia oleosa. A formação de caspa poderá servir como meio de cultura para microrganismos ocorrendo com isto uma série de problemas, podendo ocasionar a queda dos fios. (Dossiê técnico, 2007.) Na realização do shampoo é necessário a especificidade sobre o tipo que será manipulado, para cabelo normal, seco ou oleoso, nesse trabalho será feito para cabelos normais usando 30% do Lauril éter sulfato de sódio para as outras modalidades os valores dos componentes são superior. (Boas práticas farmacêuticas, 2006). “Os xaropes simples podem ser preparados a frio ou a quente. Quando preparados a frio os xaropes ficam menos corados, mas não eliminam microrganismos e apresentam dificuldade de filtração. E quando preparados a quente oferecem rapidez de dissolução do açúcar e eliminação de subprodutos, entretanto esses xaropes ficam mais amarelados o que caracteriza uma desvantagem. O aquecimento exagerado pode incentivar a perda de água e aumentar a formação de açúcar invertido, que ocorre quando no aquecimento a sacarose é misturada com água, ocorre uma reação química chamada hidrólise, que é a quebra da sacarose em glicose e frutose. Sendo essa hidrolise a responsável pelo escurecimento do xarope.” (Formulário Nacional da Farmacopeia Brasileira, 2ª edição Rev. 02) Legislação Art. 1º Ficam sujeitos às normas de vigilância sanitária instituídas por esta Lei os medicamentos, as drogas, os insumos farmacêuticos e correlatos, definidos na Lei número 5.991, de 17 de dezembro de 1973, bem como os produtos de higiene, os cosméticos, perfumes, saneantes domissanitários, produtos destinados à correção estética e outros adiante definidos. Art. 2º Somente poderão extrair, produzir, fabricar, transformar, sintetizar, purificar, fracionar, embalar, reembalar, importar, exportar, armazenar ou expedir os produtos de que trata o Art.1 as empresas para tal fim autorizadas pelo Ministério da Saúde e cujos estabelecimentos hajam sido licenciados pelo órgão sanitário das Unidades Federativas em que se localizem. V - Cosméticos: Produtos para uso externo, destinados à proteção ou ao embelezamento das diferentes partes do corpo, tais como pós faciais, talcos, cremes de beleza, creme para as mãos e similares, máscaras faciais, loções de beleza, soluções leitosas, cremosas e adstringentes, loções para as mãos, bases de maquilagem e óleos cosméticos, ruges, blushes, batons, lápis labiais, preparados anti- solares, bronzeadores e simulatórios, rímeis, sombras, delineadores, tinturas capilares, agentes clareadores de cabelos, preparados para ondular e para alisar cabelos, fixadores de cabelos, laquês, brilhantinas e similares, loções capilares, depilatórios e epilatórios, preparados para unhas e outros; Do Registro de Drogas, Medicamentos e Insumos Farmacêuticos Art. 16. O registro de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, dadas as suas características sanitárias, medicamentosas ou profiláticas, curativas, paliativas, ou mesmo para fins de diagnóstico, fica sujeito, além do atendimento das exigências próprias, aos seguintes requisitos específicos: (Redação dada pela Lei nº 10.742, de 6 de outubro de 2003). Cálculos para produção da formulação Shampoo: Lauril : 100ml ----------100% Dietanolamina: 100ml ------100% X -------- 30% x ------ 3% X= 30ml/ 30g X= 3ml/3g Ácido cítrico : 100ml ----- 100% cloreto de sódio: 100ml ------ 100% X ------ 0,8% x ------ 1,8% X= 0,8ml/0,8g x= 1,8ml/1,8g Metilparabeno: 100ml ---------100% fragrância: 100ml ------- 100% X ---------- 0,1% x --------0,2% X= 0,1ml/0,1g X= 0,2ml/0,2g Xarope simples: Sacarose: 100ml ------ 100% metilparabeno: 100ml -------100% X ------- 85% x ------- 0,1% X= 85ml/85g x= 0,1ml/ 0,1g Xarope antitussígeno: Cloreto de cetilpiridínio: 50ml ------ 100% X ------- 0,1% X= 0,05ml/0,05g Essência de menta: 50ml ------ 100% X ------- 0,2% X= 0,1ml/0,1g Rotulagem e embalagem de acordo com Rdc 67 Fixar os requisitos mínimos exigidos para o exercício das atividades de manipulação de preparações magistrais e oficinais das farmácias, desde suas instalações, equipamentos e recursos humanos, aquisição e controle da qualidade da matéria-prima, armazenamento, avaliação farmacêutica da prescrição, manipulação, fracionamento, conservação, transporte, dispensação das preparações, além da atenção farmacêutica aos usuários ou seus responsáveis, visando à garantia de sua qualidade, segurança, efetividade e promoção do seu uso seguro e racional. As embalagens das matérias-primas devem sofrer limpeza prévia antes da pesagem. As embalagens primárias estéreis devem ser transportadas de modo a garantir a manutenção da sua esterilidade até o envase. (RDC N°67). A rotulagem e a embalagem devem atender requisitos estabelecidos no Anexo I, com a seguinte complementação Tintura-mãe deve ser identificada por meio do rótulo interno ou do fornecedor, de acordo com normas internacionais de nomenclatura e legislação específica, contendo os seguintes dados: a) nome científico da droga; b) data de fabricação; c) prazo de validade; d) parte usada; e) conservação; f) grau alcoólico; g) classificação toxicológica, quando for o caso; h) número de lote. ROTULAGEM E EMBALAGEM. Devem existir procedimentos operacionais escritos para rotulagem e embalagem de produtos manipulados. Os rótulos devem ser armazenados de forma segura e com acesso restrito. 12.1. Toda preparação magistral deve ser rotulada com: a) nome do prescritor; b) nome do paciente; c) número de registro da formulação no Livro de Receituário; d) data da manipulação; e) prazo de validade; f) componentes da formulação com respectivas quantidades; g) número de unidades; h) peso ou volume contidos; i) posologia; j) identificação da farmácia; k) C.N.P.J; l) endereço completo; m) nome do farmacêutico responsável técnico com o respectivo número no Conselho Regional de Farmácia. Toda preparação oficinal deve conter os seguintes dados em seurótulo: a) denominação farmacopéica do produto; b) componentes da formulação com respectivas quantidades; c) indicações do Formulário Oficial de referência; d) data de manipulação e prazo de validade; e) número de unidades ou peso ou volume contidos; f) posologia; g) identificação da farmácia; h) C.N.P.J.; i) endereço completo do estabelecimento; j) nome do farmacêutico responsável técnico com o respectivo número de inscrição no Conselho Regional de Farmácia. Para algumas preparações magistrais ou oficinais são necessários rótulos ou etiquetas com advertências complementares impressas, tais como: "Agite antes de usar", "Conservar em geladeira", "Uso interno", "Uso Externo", "Não deixe ao alcance de crianças", "Veneno"; Diluir antes de usar; e outras que sejam previstas em legislação específica e que venham auxiliar o uso correto do produto. Os recipientes utilizados no envase dos produtos manipulados devem garantir a estabilidade físico-química e microbiológica da preparação. As substâncias que compõem as preparações magistrais e oficinais devem ser denominadas de acordo com a DCB ou, na sua ausência, a DCI ou o CAS vigentes, quando houver. Rótulos de preparações magistrais contendo substâncias sujeitas a controle especial devem conter ainda informações previstas em legislação sanitária específica. DOWNLOAD Função dos componentes na formulação Lauril éter sulfato de sódio: detergente e surfactante. Dietanolamina: ação espumante. Ácido cítrico: Acidulante usado para diminuir o pH da formulação, deixando o shampoo mais ácido. Cloreto de sódio: espessaste, da mais viscosidade. Metiparabeno: conservante. Fragrância: doador de odor. Corante: doador de cor. Sacarose: adoçante. Álcool: solvente. Cloreto de cetilpiridínio: antisséptico. Essência de menta: doador de sabor. Água: veículo. Orientação farmacêutica para dispensação/ venda dos produtos manipulados Informar sobre a importância do cumprimento do tratamento, a dosagem, interação, precauções, promoção do uso seguro e racional. Referências Bibliográficas https://www.crf-pr.org.br/uploads/pagina/28614/RQzwpW8q8qUwfLEZU-N8A0VWm4eY234y.pdf http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/RDC_67_2007.pdf/b2405915-a2b5-40fe-bf03-b106acbdcf32> http://www.cdt.unb.br/telecentros/files/dossie_higiene.pdf>