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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL FENÔMENOS DE TRANSPORTE PARA ENG. CIVIL Alice Flávia Carlos Bezerra - 21752716 Jackeline Barbosa de Moraes - 21751493 João Victor Mendes Pinheiro - 21750587 José Matheus Rocha da Silva - 21753999 Nayna Kalime Araújo Pinto - 21750129 Vinicius Costa de Souza - 21753561 EXPERIMENTO 3 – O NÚMERO DE REYNOLDS MANAUS – AM 2018 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................... 3 2. OBJETIVOS .......................................................................................... 4 3. MATERIAIS.......................................................................................... 5 4. EXPERIMENTO DE REYNOLDS .................................................... 6 5. O NÚMERO DE REYNOLDS ............................................................ 7 6. MÉTODOS ............................................................................................ 8 7. CONCLUSÃO ..................................................................................... 10 8. REFERÊNCIAS .................................................................................. 11 3 1. INTRODUÇÃO A variação da velocidade de escoamento das camadas de fluidos é uma das consequências da existência da viscosidade num fluido. Dessa forma, se medirmos as velocidades em pontos distintos da mesma seção transversal de um tubo por onde um fluido escoa, veremos que são diferentes. Pode-se avaliar o perfil dessas velocidades através de um simples experimento colocando corante em um líquido em escoamento. O fluido em contato com a parede da tubulação está em repouso, sua velocidade aumenta com a aproximação ao eixo, onde atinge o valor máximo. A diminuição da velocidade, à medida que se afasta do eixo central, é produzida pela força de atrito tangencial entre duas camadas adjacentes do fluido que, por sua vez, é função do coeficiente de viscosidade. Esse experimento foi apresentado por Osborne Reynolds em 1883, e tinha como função a demonstração da existência de dois regimes de escoamento os quais denominamos laminar e turbulento. “O primeiro onde os elementos do fluido seguem-se ao longo de linhas de movimento e que vão da maneira mais direta possível ao seu destino, e outro em que se movem em trajetórias sinuosas da maneira mais indireta possível”, de acordo com a redação original. 4 2. OBJETIVOS Visualização do padrão de escoamento de água com o auxílio de um fluido colorido e classificação do escoamento a partir do método utilizado por Reynolds. 5 3. MATERIAIS o Hidroduto; o Conjunto Traçador; o Câmera Vertical; o Conjunto hidrodinâmico. 6 4. EXPERIMENTO DE REYNOLDS O experimento consistiu em injetar dentro de um tubo transparente contendo água em movimento, uma fina corrente de um corante com peso específico igual ao da água. Observou-se que a uma certa velocidade a corrente seguia. Ao fazer-se escoar um fluido líquido através de um tubo juntamente a escoamento colorido, com vazão constante, controlada por uma válvula na extremidade do tubo e quando esta se encontrasse ligeiramente aberta, a tinta escoaria pelo tubo sem ser perturbada, formando assim, um filete, demarcando a natureza ordenada do escoamento. Diante dos fatos, Reynolds demonstrou a existência de dois tipos de escoamentos, de acordo com o comportamento dos fluxos. Ao primeiro onde os elementos do fluido seguem-se ao longo de linhas de movimento, onde aumentada gradativamente a velocidade ao longo do experimento, notava-se que a linha desenhada pelo corante começava a sofrer oscilações até o corante se difundir por completo no fluxo de água, classificou como fluxo laminar. À medida que a velocidade ia aumentando, o ponto em que o corante se difundia por completo ficava cada vez mais próximo de onde fora injetado. A esse fluxo irregular ele designou o nome de fluxo turbulento. Ao trecho da tubulação em que observava a transição entre os dois fluxos, e o denominou e fluxo intermediário. O comportamento na região de transição é uma função das propriedades do fluido, da geometria do sistema, da cinemática do sistema e da história do sistema, assim sendo, compatível com o modelo das membranas de tensão. 7 5. O NÚMERO DE REYNOLDS O número de Reynolds é o parâmetro adimensional que relaciona as forças inerciais e as forças viscosas da vazão de um fluido incompressível, na ausência de campo gravitacional. Ele é simbolizado por 𝑅𝑒: 𝑹𝒆 = (𝑫. 𝒗. 𝝆) 𝝁 Onde, V = a velocidade linear média do escoamento do fluido (m); D = o diâmetro do tubo (m); ρ = densidade do fluido ou massa específica (Kg/m3); μ = a viscosidade cinemática desse fluido (Kg/m.s). Nota-se que as unidades se anulam e o número de Reynold fica adimensional. Para condições normais encontradas na engenharia, e para tubos, observa-se: Re ≤ 2.000 → Escoamento laminar 2.000 ˂ Re ˂ 4.000 → Escoamento de transição ou intermediário Re ≥ 4.000 → Escoamento turbulento O número de Reynolds somente reflete os efeitos do fluido e não considera os outros fatores, tais como rugosidade das paredes da tubulação, obstruções e curvas da tubulação. 8 6. MÉTODOS Utilizou-se o conjunto hidrodinâmico para observação e determinação do número de Reynolds. Considerando o diâmetro do hidroduto 𝐷 = 5x10−3; a viscosidade cinemática da água µ=0,893x10-3 Kg.m-1.s-1 ; a densidade da água ρ=103 Kg/m3 e para o cálculo das velocidades de escoamento, a área da seção transversal do hidroduto A=19,63x10-6 . Foram usadas quatro vazões: Q1= 0,2 L/min = 3,33x10 -6m3/s Q2= 0,5 L/min = 8,33x10 -6m3/s Q3= 0,7 L/min = 11,67x10 -6m3/s Q4= 1,0 L/min = 16,67x10 -6m3/s Em seguida usamos as vazões para encontrar as velocidades respectivas de escoamento: 𝑉 = 𝑄 𝐴 V1 = 3,33×10−6 19,63×10−6 → V1=0,169 m/s V2 = 8,33×10−6 19,63×10−6 → V2=0,424 m/s V3 = 11,67×10−6 19,63×10−6 → V3=0,594 m/s V4 = 16,67×10−6 19,63×10−6 → V4=0,849 m/s E finalmente calculando o número de Reynolds para cada vazão no hidroduto através da fórmula: 𝑅𝑒 = 𝜌 ⋅ 𝑣 ⋅ 𝐷 𝜇 Re1=(ρ⋅v1⋅D)/μ → Re1= 5×10−3×0,169×103 0,893×10−3 → Re1 = 946,25 ≈ 946 9 Re2=(ρ⋅v2⋅D)/μ → Re2= 5×10−3×0,424×103 0,893×10−3 → Re2 = 2374,02 ≈ 2374 Re3=(ρ⋅v3⋅D)/μ → Re1= 5×10−3×0,594×103 0,893×10−3 → Re3 = 3325,86 ≈ 3325 Re4=(ρ⋅v4⋅D)/μ → Re1= 5×10−3×0,849×103 0,893×10−3 → Re4 = 4753,64 ≈ 4754 Reynolds Escoamento Observado Escoamento Calculado Re1 = 946 Laminar Laminar Re2 = 2374 Laminar Intermediário Re3 = 3325 Laminar Intermediário Re4 = 4754 Intermediário Turbulento 10 7. CONCLUSÃO Através do experimento realizado em laboratório é possível comprovar o experimento realizado por Reynolds comparando os valores de escoamento e fazendo uma comparação visual.No momento do experimento, os escoamentos observados em sua maioria pareciam laminares, sendo apenas o último com uma variação que aparentemente seria de nível intermediário. Com o resultado do experimento pôde ser observado que apenas o de nível mais baixo era laminar, sendo os outros dois próximos de nível intermediário e o último turbulento. Observando a equação de Reynolds, pode-se notar que quando o fluxo é laminar, as forças viscosas do fluido estão predominando e o número de Reynolds é baixo, ao passo que quando o fluido é turbulento, as forças de inércia estão governando o fluido e o número é elevado. Observa-se também que o número de Reynolds aumenta com a velocidade e embora não tenhamos feito experimento com fluidos diferentes, nas pesquisas realizadas em material disponível na internet e biblioteca, pudemos constatar que ele decresce com a viscosidade. 11 8. REFERÊNCIAS MUNSON, Bruce R. YOUNG, Donald F. OKIISHI, Theodore H. Fundamentos da Mecânica dos Fluidos. 4º edição. SISSOM, Leighton E.; PITTS, Donald R. Fenômenos de Transporte, Editora Guanabara, 1988.
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