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Exame de Ordem Damásio Educacional Curso: Extensivo Semanal | Disciplina: Direito Administrativo Aula: 01 | Data: 02.02.2017 MATERIAL DE APOIO EXAME DE ORDEM ANOTAÇÃO DE AULA EMENTA DA AULA 1. Administração Pública. 2. Princípios da Administração Pública. Legislação: 1. Art. 37/41, CF/88 2. Lei 9.784/99 – Processo Administrativo Federal Art. 13, 53, 54, 55. 3. Lei 8.666/93 – Licitações e Contratos, Art. 3º, 17, 24, 25, 58. 4. Lei 8.112/90 – Estatuto Jurídico dos Servidores Públicos da União. Art. 8º e SS (formas de provimento de cargo público. Art. 125, 126 (incomunicabilidade das instâncias). 5. 8.987/95 – Concessões e Permissões de Serviços Públicos Art. 2º, 6º, 35, 37, 38. GUIA DE ESTUDO 1- Introdução I- Conceito: - Cuida da função típica do direito administrativo que não é exclusivo, regula a atividade Administrativa, exercida pelo executivo e os demais poderes indiretamente. - O objetivo de estudo do Direito Administrativo é a relação do Estado com o particular. II- Funções típicas e atípicas. Existem 3 Poderes estruturas que exercem funções e atividades I- Legislação = função legislativa II- Executivo = função administrativa III- Judiciário = função Jurisdicional Função típica principal própria do poder legislativo. - A função típica é para legislar, mais às vezes esse poder legislativo exerce uma função que é atípica, secundária ou imprópria. Ex: O Legislativo julgando. Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO EXAME DE ORDEM Função típica principal própria do poder executivo. - A Principal função é administrativa e exerce outras funções que não é de sua jurisdição. Ex: Medida Provisória (não é lei, mas tem força de lei). Tendo o executivo legislando. Função típica principal própria do poder judiciário. - A função é jurisdicional (julgar) e exerce uma função que não é de sua jurisdição. Tendo o judiciário administrando. PODERES FUNÇÕES Legislativo Legislativa Executivo Administrativa Judiciário Jurisdicional Típica/Principal/Própria Atípica/Secundária/Imprópria 2- Princípios: São vetores interpretativos. a) Supremacia do Interesse Público sobre o Particular. - Em um eventual conflito de interesses em que eu tenho de um lado um interesse público. de outro um interesse privado, prevalece o interesse público da coletividade. - Esse interesse público é primário (coletividade, verdadeiro interesse público). Primário O interesse coletivo está acima, superior Conflito Público Coletivo do interesse particular. De Interesse Interesses Privado público b) Indisponibilidade do Interesse Público. - O interesse público é indisponível (só posso dispor daquilo que é meu), é irrenunciável. - O interesse público não está a disposição do administrador (o administrador não pode dispor do interesse público). Pois o interesse é coletivo. Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO EXAME DE ORDEM - Se de um lado o Estado tem prerrogativas (supremacia), de outro tem restrições (limitações). Ex: Concurso Público (Art. 37, II, CF) exige o prévio concurso público de provas ou de provas e títulos a depender da complexidade dos cargos; licitação: procedimento obrigatório A supremacia e a indisponibilidade são princípios ilícitos, pois não encontra na CF e nem nas Leis. STF: Os Princípios são autônomos, portanto, independem de lei. c) Art. 37, Caput, CF/88 – LIMPE – Lei 9.784/99 – Princípio da CF/88. - A Administração Pública direta e indireta, de qualquer dos poderes (União/Estados/DF/Municípios), obedecerá aos princípios de: I. Legalidade, Art. 37, Caput, CF/88. - O administrador público pode fazer só o que está na lei (critério de subordinação a lei). - Critério de não contradição a lei. - Se um determinado assunto não tem lei, não pode fazer, só faz o que está na lei. - Legalidade Privada dos Particulares pode fazer tudo que a lei não proíbe, (o que não é proibido e permitido), Art. 5º, II, CF/88. II. Impessoalidade, Art. 37, I Caput, CF/88 Pode ser analisada por dois aspectos. - Atuação do Administrador Público, exigindo uma conduta neutra, impessoal. - Não podendo utilizar as obras, os programas, para me auto-promover. - Administrador Particular, exige que sejamos tratados de forma não discriminatória (impessoalidade, imparcialidade). - Em matéria de Concurso Público, nem toda discriminação é ilegal. - Se houver pertinência lógica (entre o desempenho esperado cargo e o fator de discriminação), dos fatos da discriminação poderá ter. III. Moralidade - Precisa ter uma conduta moral, tem haver com ética, boa fé, honestidade. - Não é a noção moral do administrador, não é o que ele acha moral. O que se busca é uma espécie de uma moralidade administrativa, uma noção de moral do homem médio, buscando o interesse publico uma atividade moral. Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO EXAME DE ORDEM IV. Publicidade - A administração pública deve dar ampla divulgação dos seus atos, sem autopromoção, (deve contar o que está fazendo). a) Efeitos – Dar cumprimento daquilo que sabe que existe (só a publicidade me do conhecimento do que a administração quer de mim). b) Fiscalizar – Algo que está acontecendo, (se eu sei que existe tal ato). c) Divulgação – Da publicidade, aqui começa a contar os prazos, a partir de ssa divulgação. Exceções: Art. 5º, XXXIII, CF/88, não precisa de divulgação, cuja o sigilo seja imprescindível a segurança e sociedade do estado não terei acesso. V. Eficiência A Administração Pública além e um ato legal, conduta moral, também deve ser eficiente. - Fazer o melhor com os recursos disponíveis, o melhor que eu posso com os recursos humano, técnicos, financeiro, usar bem os recursos que são disponibilizados. VI. Princípio da autotutela, (Controle Interno) Lei 9.784/99, 53, 54, 55 + Súmula 473, STF. - É o controle interno que a Administração Pública faz, ou seja, o controle dos seus próprios atos (controlando a sua própria atuação, tutela de si mesmo, controle de si mesmo). - É a Administração Pública, o administrador público tomando conta dos seus próprios atos. - A Administração Pública vai revogar atos considerados inconvenientes ou inoportunos e está revogação produz efeito “ex nunc” efeito que não retroage, (começa a ser contado, do ato revogatório em diante). - A revogação precisa de um fato novo, superveniente. - A Administração Pública vai anular atos considerados ilegais e os efeitos são “ex tunc”, portanto efeitos que retroagem até a data da pratica do ato que foi anulado. - A Administração Pública revoga ou anula. Não podendo confundir os efeitos com o controle externo: Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO EXAME DE ORDEM - Um controle exercido fora da administração pública (o legislativo exerce esse controle em questão da administração, o particular também, Ex. Mandado de Segurança, Ação Popular. - O Judiciário nesse controle externo ele só pode anular atos ilegais, não podendo revogaros atos da administração “ex tunc”. - Não podendo entrar nas razões de conveniência e oportunidade, não pode entrar nas razões em que a doutrina convencionou chamar de mérito administrativo, que são essas razões de conveniência e oportunidades. - Ato vinculado o agente público não tem margem de liberdade para fazer o juízo de conveniência e oportunidade (ato vinculado presentes e requisitos legais o ato tem que ser praticado). Ex do ato vinculado, licença para construir. Dentro da lei, não pode ser revogado podendo ser anulado os atos. - Ato discricionário permite fazer o juízo de conveniência e de oportunidade. - Podem ser revogados. - A Anulação recai sobre o ato discricionário. Tanto o ato discricionário quanto o ato vinculado têm que obedecer a lei, se não obedecerem, serão anulados. 3- Razoabilidade e Proporcionalidade - A Administração Pública também tem que respeitar esses princípios. - A Razoabilidade Exige do Administrador Público uma atuação sem excessos. - A Proporcionalidade é conhecida como medida da razoabilidade exige da administração uma atuação com meios e fins compatíveis. (Ex: não se abate pardal com tiro de canhão) - Alguém pode pedir para o judiciário a anulação de um ato que violou o princípio da razoabilidade e proporcionalidade.
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