Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Faculdade de Ilhéus Semiologia e Diagnóstico – Apostila Primeiro Crédito PRIMEIRA AULA: 03/08/2017 SEMIOLOGIA E DIAGNÓSTICO I “É a ciência que visa a investigação, interpretação e o estudo da origem dos sinais e sintomas das enfermidades, com a finalidade de obter diagnostico, prognostico e plano de tratamento. ” SEMIOTÉCNICA Coleta de Dados; PROPEDÊUTICA Identificação da enfermidade; SEMIOGENIA Explicação da formação dos sinais e sintomas. SINAIS: são as manifestações objetivas reconhecidas por meio da inspeção, palpação, percussão, ausculta e outros meios subsidiários. SINTOMAS: são as sensações subjetivas anormais sentidas pelo paciente, mas não visualizada pelo médico. Às vezes sintomas e sinais se confundem (dispnéia, febre, vômito, tosse). SÍNDROME - é o conjunto de sinais e sintomas que ocorrem associados, podendo ser ocasionada por causas diferentes. SINAIS São aquelas manifestações objetivas que causam modificações estruturais e funcionais. Estas alterações são percebidas pelo examinador, através do exame objetivo. Vem do latim “signalis”, que significa manifestação, indício ou vestígio. Os sinais são manifestações clínicas visíveis e perceptíveis pelo profissional, através de seus sentidos naturais. Ex.: Mobilidade dental, tumefação na face (abcesso, tumor), úlceras na mucosa bucal (aftas), mal hálito. EXEMPLOS: Mobilidade dentária; Alteração de cor e volume (aftas, tumor) Consistência de um tecido ou lesão Ruídos Cardíacos Mal Hálito PODEM SER PROVOCADOS PELO EXAMINADOR: Reflexo patelar Manobra de Valsalva; SINTOMAS São aquelas manifestações subjetivas de uma doença, que passam a ser de conhecimento do examinador, através de informações relatadas pelo paciente. Origina-se do grego “sympitien”, que significa acontecer. São manifestações subjetivas percebidas pelo paciente e relatadas ao profissional. EXEMPLOS: Dor Náusea Cansaço Prurido Ardor Vertigem PODEM SER PROVOCADOS PELO EXAMINADOR: Teste de vitalidade pulpar SINAL OU SINTOMA PATOGNOMÔNIO É o sinal ou sintoma que é exclusivo ou quase exclusivo de uma doença. Exemplo: DENTE DE HUTCHINSON EXAME CLÍNICO O objetivo do exame clínico é a colheita de dados que constituirão a base do diagnóstico. Estes dados farão parte do Prontuário Odontológico do paciente. Para um bom exame clínico exige-se: apuro dos sentidos, capacidade de observação, bom senso, critério e discernimento, além do conhecimento básico sobre a doença. Subdivide-se em: I - Anamnese ou exame subjetivo. II - Exame físico ou exame objetivo. I - Anamnese ou exame subjetivo: Queixa Principal, História da Doença Atual (HDA), História Pregressa (HP), História Buco-Dental, História Familial (HF), História Psico-Social e Revisão de Sistemas (RS) II - Exame físico ou Exame Objetivo: Exame Físico Geral Exame Físico Regional: * Exame Regional Extrabucal * Exame Regional Intrabucal Prontuário Odontológico É obrigatório; Tem implicações legais; Deve ser corretamente preenchido e de forma legível, além de devidamente arquivado (Cerca de 10 anos); Problemas do Prontuário Digital; Deve ser constituído por todos os documentos emitidos dentro da clínica e de exames complementares necessários para a realização do diagnóstico pelo Cirurgião-Dentista; Dentre os documentos do prontuário destaca-se a Ficha Clínica com história médica e odontológica atual, radiografias intra e extra-orais, cópias de atestados e receituários de prescrição de medicamentos, modelos de estudos e fotografias. FICHA CLÍNICA Os dados semiológicos (sinais e sintomas) obtidos no exame clínico são anotados de uma maneira lógica. Registra todas as informações da anamnese e do exame físico. OBJETIVOS DA SEMIOLOGIA Identificar o problema Esclarecer as circunstâncias do problema Documentar as condições médicas passadas Investigar possíveis fatores genéticos, sociais ou ambientais que influenciem no problema Checar e anotar sintomas adicionais. OBJETIVOS DAS ÁREAS MÉDICAS Determinar o diagnóstico Conhecer as condições médicas pré-existentes Descobrir doenças concomitantes Controlar emergências Tratar o paciente. DEFINIÇÃO: Documentação composta pela identificação da instituição e do profissional, identificação do paciente, anamnese, exame clínico, plano de tratamento e evolução, e intercorrências no tratamento. IMPORTÂNCIA: Organização da clínica ou instituição. Administrativa (orçamento e plano de tratamento) Paciente como um todo (Revisão dos Sistemas) Evitar e tratar emergências Aspectos legais (identificação humana e processos judiciais). Composição: Identificação Anamnese Exame Objetivo Geral Exame Objetivo Especial Exames Complementares Diagnóstico Prognóstico Plano de Tratamento IDENTIFICAÇÃO: Consiste na obtenção dos dados pessoais pelo profissional ou por auxiliar que personalizam o paciente e que também têm valor semiológico. NOME (Arquivamento / Relação afetiva) SEXO (predileção de doenças por determinado sexo; Ex.: Hiperparatireoidismo e aftas no feminino e paracoccidioidomicose no masculino). COR DA PELE (por exemplo, maior predileção de carcinomas em pele clara e maior displasia fibrosa em pele escura). IDADE (Maior número de lesão cariosa na infância e adolescência e maior doença periodontal nos adultos). ENDEREÇO COMPLETO / TELEFONES DE CONTATO (Afetividade e dados para remarcação de consulta e contato imediato em alguma necessidade). NATURALIDADE / PROCEDÊNCIA (Locais de endemias e epidemias) PROFISSÃO (Carcinomas mais comuns em profissões relacionadas à exposição ao sol). ESTADO CIVIL (Atenção à problemática psicológica). ANAMNESE A palavra Anamnese origina-se do grego anamnesis; áná – trazer de volta, recordar, e mnesis – memória, “trazer de volta à mente todos os fatos relacionados à doença e à pessoa doente.” Consiste na história clínica do paciente, ou seja, é o conjunto de informações obtidas pelo dentista ou profissional de saúde por meio de entrevista previamente esquematizada. A anamnese é individual e intransferível, e leva à hipótese diagnóstica em cerca de 70-80% das vezes. É importante ao profissional durante a ANAMNESE: a) Diálogo franco entre examinador e o paciente; não desvalorizar precocemente informações. b) Disposição para ouvir, deixando o paciente falar a vontade sem distraí-lo, e interrompa-o o mínimo possível; Evite assuntos irrelevantes. c) Se interessar não só pelos problemas do paciente, mas por ele, como pessoa; Observar seu comportamento e ansiedade. d) Possuir motivação, conhecimento científico, controle emocional, bondade, afabilidade e boas maneiras, a fim de obter um relato completo e poder chegar a um diagnóstico. OBJETIVOS DA ANAMNESE 1. Estabelecer a relação profissional da saúde com o paciente; 2. Obter os elementos essenciais da história clínica; 3. Conhecer os fatores pessoais, familiares e ambientais relacionados com o processo saúde/doença; 4. Obter os elementos para guiar o profissional no exame físico; 5. Definir a estratégia de investigação complementar; 6. Direcionar a terapêutica em função do entendimento global a respeito do paciente. REQUISITOS BÁSICOS - Objetividade - Interpretação e Observação - Precisão - Sensibilidade e Especificidade - Respeito - Reprodutibilidade - Sinceridade - Empatia - Entender e ser entendido corretamente ANAMNESE Queixa Principal (QP) ou Motivo da Consulta (MC) História da Doença Atual (HDA) História Pregressa (HP) (médica e odontológica) História Buco-Dental História Familial (HF) História Psico-social Revisão de Sistemas (RS) Queixa Principal (QP) ou Motivo da Consulta (MC): Motivo fundamental que levou o paciente à consulta.A causa pode ser algum indício de anormalidade, insatisfação com atendimento com outro profissional ou consulta de rotina sem sintomatologia presente. História da Doença Atual (HDA): Histórico completo e detalhado da queixa e toda sua evolução temporal e sintomatológica. Quando se iniciou a sintomatologia/ Como eram os sinais e sintomas no início / Vem melhorando? / Vem piorando? História Pregressa (HP) Médica e Odontológica: Está sob tratamento médico? Motivo. Está sob uso de medicação? Qual? Como? Qual foi sua última consulta médica? E odontológica? Quando foi? Motivo? Foi internado alguma fez? Motivo? Já Fez uso de anestésicos locais, antibióticos, analgésicos, quimioterapia, radioterapia? Foi submetido a extrações dentárias? História Buco-Dental – Realizada uma completa investigação de todo histórico antecedente das ocorrências buco-dentárias: Freqüência de visitas ao dentista / Escovações e Fio Dental Experiências passadas, durante e depois da aplicação da anestesia local e de extrações dentais; Tratamentos restauradores, protéticos, periodontais, endodônticos, etc.; Hábitos e dores na região da ATM: Bruxismo Briquismo Sons Articulares Respiração Bucal Mordedura de lábio, mucosa jugal ou língua Dificuldade em abrir a boca extensamente História Familial (HF): Têm por objetivo a obtenção de informações sobre o estado de saúde, principalmente, de pais, irmãos, avós, esposa(o) e filhos, na busca de uma eventual doença herdada ou com tendência familiar. Esta fase da anamnese é importante frente à suspeita de diabetes, doença cardiovascular, tuberculose, distúrbios hemorrágicos, doenças alérgicas e nervosas. História Psico-Social: Hábitos nocivos como drogas, tabaco e ingestão de bebidas alcoólicas; -Sucção (chupeta e/ou dedos); Onicofagia (roer unhas); Mordedura do lábio; Mordedura de lápis/caneta; Goma de mascar; História Psico-Social (Comportamento): - A depressão em homens e alto nível de stress em mulheres, são apontados com os principais responsáveis por altos níveis de PA. (MacDonald et al., 1999) Medo do dentista: Emergências médicas freqüentemente causadas por ansiedade (medo de dentista): - Angina pectoris; - Infarto agudo do miocárdio; - Broncoespasmo asmático; - Insuficiência adrenal aguda; - Hipertensão grave; - Crise tireoidiana; - Choque insulínico; - Hiperventilação; - Convulsões; Revisão de Sistemas (RS): Cárdio vascular Respiratório Renal Hepático Endócrino Hematopoiético Outros órgãos SEGUNDA AULA: 10/08/2017 Semiologia e Diagnóstico I Revisão de Sistemas (RS): CÁRDIO-VASCULAR RESPIRATÓRIO RENAL HEPÁTICO ENDÓCRINO HEMATOPOIÉTICO OUTROS ÓRGÃOS OBJETIVOS: - Conhecer os pacientes como um todo - Evitar emergências - Atender as emergências - Evitar complicações futuras ALTERAÇÕES DOS ÓRGÃOS E SISTEMAS QUE PODEM INFLUENCIAR NOS TRATAMENTOS PROPOSTOS FICHA CLÍNICA REVISÃO DE SISTEMAS Avaliação clínica por órgãos e sistemas Possibilidade de revisão da história pregressa Sequência de perguntas para cada sistema Classificação do paciente no Sistema ASA AVALIAÇÃO DE RISCO CIRÚRGICO- American Society of Anestesiology (ASA) Risco Cirúrgico - ASA I - ASA II - ASA III - ASA IV - ASA V - ASA VI - E (sit. de emergência) ESTADO FÍSICO 1 (ASA I) - Paciente sem alterações orgânicas, fisiológicas, bioquímicas ou psicológicas; - Paciente sem qualquer alteração sistêmica; - TRATAMENTO DENTAL DE ROTINA SEM MODIFICAÇÕES. ESTADO FÍSICO 2 (ASA II) - Paciente com alteração sistêmica leve que não limita e não incapacita, causada por fenômeno fisiopatológico ou por condição que será tratada cirurgicamente. - TRATAMENTO DENTAL DE ROTINA COM POSSÍVEL LIMITAÇÃO DO TRATAMENTO OU CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS. ESTADO FÍSICO 3 (ASA III) - Paciente com alteração sistêmica moderada que limita mas não incapacita; Alterações orgânicas muito intensas ou transtornos patológicos de qualquer causa, mesmo que não seja possível definir o grau de incapacidade orgânica. - TRATAMENTO DENTAL DE ROTINA COM LIMITAÇÕES DO TRATAMENTO OU CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS. ESTADO FÍSICO 4 (ASA IV) - Paciente com alteração sistêmica grave que limita e incapacita; - SOMENTE TRATAMENTO DE URGÊNCIA COM LIMITAÇÕES SEVERAS E CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS. ESTADO FÍSICO 5 (ASA V) - Paciente com poucas chances de sobreviver, alteração sistêmica severa com RISCO DE ÓBITO nas próximas 24 horas; - AGUARDAR LIBERAÇÃO DA CLÍNICA MÉDICA / NEUROLOGIA. ESTADO FÍSICO 6 (ASA VI) - Morte cerebral. Preparo para doação de órgãos. AVALIAÇÃO DE RISCO CIRÚRGICO Tipo de tratamento (SONIS et al, 1985) Procedimentos Não Cirúrgicos - Tipo I – Exames/radiografias, IHO, moldagem. - Tipo II – Restaurações simples, profilaxia (subragengival), ortodontia. - Tipo III – Restaurações complexas, raspagem e polimento da raiz (subgengival), endodontia. Procedimentos Cirúrgicos - Tipo IV – Extração, curetagem / gengivoplastia. - Tipo V – Extrações múltiplas, cirurgia com retalho ou gengivectomia, dente incluso, apicectomia. - Tipo VI – Extrações de toda arcada, cirurgia com retalho, múltiplos dentes inclusos, traumatologia, ortognática. AVALIAÇÃO DE RISCO CIRÚRGICO - American Society of Anestesiology Risco Cirúrgico Tipo de Tratamento - ASA I - Tipo I - ASA II - Tipo II - ASA III - Tipo III - ASA IV - Tipo IV - ASA V - Tipo V - ASA VI - Tipo VI - E (sit. de emergência) REVISÃO DE SISTEMAS CÁRDIO-VASCULAR Hipertensão Arterial; Angina Péctoris; Infarto do Miocárdio; Insuficiência Cardíaca; Arritmias; 1. HIPERTENSÃO ARTERIAL DEFINIÇÃO: É a elevação anormal da pressão sanguínea sistólica arterial, em repouso, acima de 140mmHg e/ou a elevação da pressão sanguínea diastólica acima de 90 mmHg. Aproximadamente 10 a 20% da população adulta que frequenta o consultório odontológico, são afetados pela doença. Esta doença implica no endurecimento das paredes vasculares o que dificulta a passagem do fluxo sanguíneo. CLASSIFICAÇÃO: MÁX MÍN - ASA I (Normal): <130 <80 -ASA I (Normal Limite) 130 a 140 80 a 90 - ASA II (leve): 140 a 160 90 a 105 - ASA III (moderada): 160 a 170 105 a 115 - ASA IV(grave): 170 a 190 115 a 125 * HIPERTENSÃO MALÍGNA => Maior que 190 de máxima e/ou 125 mm de HG de mínima: RISCO DE VIDA EMINENTE. ETIOLOGIA: Hipertensão Essencial ou Hipertensão Primária: É aquela que surge sem causa esclarecida (cerca de 90% dos casos). Hipertensão Secundária: É aquela que ocorre devido a uma doença identificável, problemas renais, gravidez, apnéia do sono, hipotireoidismo, etc (cerca de 10%). COMPLICAÇÕES: DOENÇAS CARDÍACAS, RENAIS, CEREBRAIS, PULMONARES, etc. FICHA CLÍNICA Cardiovascular REVISÃO DE SISTEMAS “Há alguns fatores de risco para doenças cardíacas, incluindo sexo, idade, história familiar, cigarro, hipertensão e diabetes mellittus.”(MOSKOWITZ, 1999). Cardiovascular Causas do aumento do risco de ataques cardíacos: Infarto do miocárdio, doença cardíaca isquêmica, HIPERTENSÃO, doenças vasculares, desordens eletrolíticas, alterações metabólicas e uso de drogas. Afeta 25 a 30% da população. Todos os pacientes devem ser questionados sobre a história de sua pressão arterial. Se eles têm história de hipertensão, quanto tempo a tem, complicações orgânicas, para que possamos medicar e proceder o tratamento odontológico sem problemas (ROGER e ALEXANDER, 1999).Segundo RIBAS E ARMONIA (1997), Pacientes hipertensos, controlados ou não, são mais sensíveis às alterações cardiovasculares quando submetidos à tratamento odontológico. Podem apresentar problemas durante os procedimentos clínicos odontológicos, dentre estes a hipertensão arterial e a insuficiência cardíaca. Entendendo a Pressão Alta O sangue sai com força do coração, percorre “quilômetros” de artérias e volta ao coração trazido pelas veias. Para que o sangue possa circular pelo corpo é necessário que uma bomba (o coração) faça força (pressão) para empurrar este sangue por dentro das artérias. Ao passar dentro das artérias o sangue encontra uma resistência (pressão), provocada pelo atrito. Quanto mais estreita é a artéria, maior a resistência (pressão) à passagem do sangue. A força do coração para bombear o sangue é chamada de pressão máxima, ou sistólica. A resistência que a artéria oferece à passagem do sangue é chamada de pressão mínima, ou diastólica. Quando o médico diz que sua pressão é 12 por 8, ele está informando que a pressão (força) exercida pelo seu coração para empurrar o sangue pelas artérias é igual a 120 milímetros de mercúrio (mmHg) e que a pressão (resistência) que suas artérias estão oferecendo à passagem do sangue é de 80 mmHg. A pressão máxima tem que ser sempre maior do que a mínima, para que o sangue possa circular. Não existe pressão de 8 por 12, nem 6 por 10, porque se a mínima for maior do que a máxima, o sangue não circula. A pressão arterial depende da largura (calibre) da artéria. Artérias com calibre normal, permitem que as pressões máxima e mínima sejam também normais. Se o calibre da artéria se estreitar, aumenta o atrito do sangue e a pressão mínima; O coração terá que fazer mais força para empurrar o sangue dentro da artéria, aumentando a pressão máxima. Pressão normal /artéria normal Pressão aumentada / artéria estreitada Não se conhece, até hoje, o motivo pelo qual as artérias ficam mais finas. Enquanto não se descobrir este motivo, não haverá cura para a pressão alta. Os remédios para pressão alta têm a finalidade de dilatar a artéria, fazendo com que ela volte para seu calibre normal. Quem tem pressão alta deve tomar regularmente seus remédios. Não adianta tomar medicamentos durante um certo tempo e achar que está curado. NÃO ESTÁ! Aspectos de interesse ao tratamento em Odontologia A hipertensão é muitas vezes assintomática Pode causar tonteiras, turvações visuais, epistaxes, dores de cabeça, edemas maleolares. Em 90% das vezes é idiopática também chamada essencial ou primária Pode ser secundária a doenças renais, endocrinopatias, doenças cerebrais, gravidez e uso de anticoncepcionais orais. Cerca de 32% desses pacientes, não estão sabendo de sua hipertensão Menos de 50% fazem o controle correto De todos hipertensos diagnosticados: Em torno de 1/3 nunca tomaram a sua medicação Em torno de 1/3 tomam a medicação as vezes Apenas 1/3 tomam corretamente a sua medicação 50% dos hipertensos não tratados vão ter danos em órgãos alvos: Cardiomegalia Falência cardíaca congestiva Retinopatias Acidentes vasculares cerebrais Insuficiência renal AVALIAÇÃO ODONTOLÓGICA: CLASSIFICAR O PACIENTE; DETERMINAR A GRAVIDADE; DETERMINAR O TEMPO; REGISTRO DA PA; AVALIAÇÃO DE RISCO CIRÚRGICO Tipo de tratamento (SONIS et al, 1985) Procedimentos Não Cirúrgicos - Tipo I – Exames/radiografias, IHO, moldagem. - Tipo II – Restaurações simples, profilaxia (subragengival), ortodontia. - Tipo III – Restaurações complexas, raspagem e polimento da raiz (subgengival), endodontia. Procedimentos Cirúrgicos - Tipo IV – Extração, curetagem / gengivoplastia. - Tipo V – Extrações múltiplas, cirurgia com retalho ou gengivectomia, dente incluso, apicectomia. - Tipo VI – Extrações de toda arcada, cirurgia com retalho, múltiplos dentes inclusos, traumatologia, ortognática. HIPERTENSÃO ARTERIAL: CONDUTA PARA O ATENDIMENTO: - ASA II: - I AO IV - NORMAL; - ASA V E VI - AVALIAÇÃO DE RC; - ASA III: - I AO IV- AVALIAÇÃO DE RC; - ASA V E VI - HOSPITALIZAÇÃO; - ASA IV: - SOMENTE I; 1. B- ANGINA PÉCTORIS DEFINIÇÃO: É o termo dado para dor ou desconforto ocasionado pelo estreitamento das artérias (aterosclerose) que conduzem sangue ao coração. O músculo cardíaco recebe menos sangue do que precisa. Geralmente também chamado de isquemia. SINAIS E SINTOMAS: Grande desconforto, pressão no peito. Dor pode ocorrer mesmo a pessoa estando em repouso. Pode irradiar-se pela mandíbula e pelos ombros ou braços (mais comumente pelo lado esquerdo do corpo). CAUSAS: Aterosclerose, Diabetes, Hipertensão não controlada, Estresse e emoções fortes, grandes esforços e impossibilidade de receber mais sangue. CONSEQUÊNCIAS: Infarto do miocárdio, Insuficiência cardíaca e Arritmias FATORES DESENCADEANTES: - Esforço físico - Stress emocional - Ar frio - Obesidade - Excesso de alimentação - Excitação sexual 1. B- ANGINA PÉCTORIS CLASSIFICAÇÃO: - ASA II => Angina estável com ataques esporádicos, com causa bem definida -ASA III => Angina estável somente com medicação, com ataques mais frequentes - ASA IV => Angina instável inclusive c/ medicação, com necessidade de medicação constante PLANO DE TRATAMENTO - ASA II - ASA III - ASA IV INFARTO DO MIOCÁRDIO DEFINIÇÃO: É a oclusão da artéria responsável pela irrigação desta porção do músculo cardíaco, e consequente morte das células cardíacas, devido a diminuição do fluxo sanguíneo na mesma. (Smeltzeret Bare, 2005) SINAIS E SINTOMAS: * Mesmos sintomas da Angina, porém com maiores intensidade e duração (Dor no peito, desconforto, falta de ar, pressão e aperto sobre o tórax, dor irradiando para braço, costas e mandíbula, sudorese, arritmias e palidez). * Risco de morte eminente 1. C- INFARTO DO MIOCÁRDIO CAUSAS: * Redução do fluxo sanguíneo das artérias coronárias(isquemia e necrose do miocárdio); * Ruptura de uma placa aterosclerótica e à subsequente oclusão da artéria por um trombo; * Estreitamento ou constrição súbita de uma artéria coronária; * Tabagismo * Suprimento de oxigênio diminuído (ex: perda sanguínea aguda); * Demanda aumentada para o oxigênio ex: ingestão de cocaína); FUMO X INFARTO DO MIOCÁRDIO O tabagismo contribui para o desenvolvimento e gravidade do infarto agudo do miocárdio, especialmente, de três maneiras: 1. A hemoglobina se combina mais imediatamente com o monóxido de carbono que com o oxigênio, devido ao aumento de monóxido. Isso diminui a capacidade de bombeamento do coração. 2. A nicotina detona a liberação de catecolaminas, o que aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial. 3. O tabagismo causa resposta vascular deletéria e aumenta a aderência plaquetária, levando a uma maior probabilidade de formação de trombo. FATORES DESENCADEANTES: - Tabagismo - Esforço físico - Stress emocional - Obesidade - Excesso de alimentação - Ar frio - Excitação sexual CLASSIFICAÇÃO: - ASA II: História de IM há mais de um ano - ASA III: História de IM entre 6 meses e um ano - ASA IV: História de IM há menos de seis meses ODONTOLOGIA => INFARTO DO MIOCÁRDIO Procedimentos eletivos devem aguardar um período de 06 meses pós-infarto; Avaliação com Cardiologista se antes de 06 meses; Investigar uso de anticoagulantes; Reduzir ansiedade com Benzodiazepínicos; Lançar mão de vasodilatadores coronarianos (emergência) Restrição no uso de anestésico com adrenalina; D- INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA DEFINIÇÃO: Incapacidade do coração em bombear o sangue, ocorrendo o congestionamento de sangue nos órgãos localizados antes dessa alteração; - ICE = Dificuldade do ventrículo esquerdo de bombear sangue para o organismo - ICD = Dificuldade do ventrículo direito de bombear sangue para os pulmões SINAIS E SINTOMAS - ICD => Edema maleolar, Ascite, Congestão hepática, Cansaço, prostração. - ICE => Edema pulmonar, dispneia de esforço, dispneiade repouso, convergência da PA CAUSAS: * Função Cardíaca Diminuída => Infarto, medicamentos, Distúrbios Metabólicos; * Aumento da Resist. Vasc. Periférica; * Aumento do volume sanguíneo; * Demanda metabólica excessiva; CONSEQUÊNCIAS: Edema Pulmonar (geralmente fatal), Infarto e insuficiência de órgãos vitais como rins e cérebro. CLASSIFICAÇÃO EM ASA: - Não existe uma padronização ODONTOLOGIA => INSUF. CARD. CONGESTIVA Pedir risco cirúrgico e planejar juntamente com o cardiologista. Adiar procedimentos invasivos até estabilizar ICC; Investigar se há hipertensão e ENC para controle; Reduzir ansiedade com Benzodiazepínicos; Uso de oxigênio suplementar; ARRITMIAS DEFINIÇÃO: Qualquer distúrbio do ritmo ou desvio da normalidade do ritmo das contrações cardíacas. TIPOS: - Bradicardia (<60bpm) - Taquicardia (>120bpm) - Fibrilação atrial e ventricular - Flutter atrial e ventricular SINAIS E SINTOMAS (Característicos de cada alteração) - Palpitações, ritmo acelerado ou lento, sensação de desmaio, tonteiras, ausências. E- ARRITMIAS CAUSAS : Anemia; Ansiedade e stress; Efeito colateral de medicamentos; Uso de drogas ilícitas; Exercício físico extenuante; Hipotireoidismo grave; Falha das células do próprio coração; Doença coronariana; Insuficiência cardíaca; Doença cardíaca congênita. Doenças das válvulas cardíacas; Doenças infecciosas como a doença de Chagas; Alterações nas concentrações de sódio, potássio e cálcio no organismo; Complicação pós-cirurgia cardíaca; 1. E- ARRITMIAS COMPLICAÇÕES: - CARDIOPATIA ISQUÊMICA; - ISQUEMIAS PASSAGEIRAS CEREBRAIS; - AVC; - COMA E MORTE; CLASSIFICAÇÃO: - Depende de cada tipo, de suas causas e consequências ODONTOLOGIA => ARRITMIAS Pedir risco cirúrgico e planejar juntamente com o cardiologista. Adiar procedimentos invasivos até estabilizar ICC; Investigar se há hipertensão e ENC para controle; Reduzir o stress e ansiedade com Benzodiazepínicos; Uso de oxigênio suplementar; TERCEIRA AULA: DÉBORA – Exame Clínico – 17/08/2017 Exame Clínico Anamnese Ex. físico Geral Extra Bucal Exame clínico Ex. Físico Ex. físico Regional Intra Bucal Recursos Semiotécnicos Inspeção Palpação Auscultação Olfação Inspeção Baseia-se no sentido da visão. DIRETA INDIRETA (ESPELHO) O Posicionamento do paciente é importante para uma boa inspeção. É facilitada pela aspiração intermitente da saliva, secagem com ar ou gaze e pelo uso de espelho clínico, afastadores, boa iluminação e lupas. As gazes também são usadas para tracionar a língua para sua melhor visualização. As próteses removíveis e totais devem ser removidas: Toda alteração da normalidade – minuciosamente descrita no prontuário: Localização precisa, dimensão, forma, cor, relações estruturais normais, aspectos da superfície, etc. “ Não basta olhar, há que se ver, não basta ver, há que se analisar, não basta analisar, há que se compreender, não só uma parte, mas o todo”. (Autor desconhecido) A Inspeção é tão importante que pode causar um dos principais defeitos do exame físico: o de restringir-se somente a ela, esquecendo-se de usar outro recurso igualmente importante: a palpação. Palpação Baseia-se no sentido do tato. Permite se obter o que não se tem pela simples inspeção. Consistência (endurecimento ou amadurecimento) Textura (lisa, rugosa e áspera) Tamanho Aderência a planos profundos Sensibilidade a palpação Elevação de temperatura Delimitação e mobilidade Direta – direto com os dedos. Indireta – Instrumento para intermediar a palpação, ex.: sonda exploradora. Forma particular da palpação PERCUSSÃO. Percussão vertical valor decisivo – Descobrir um dente responsável pela dor. Contato físico e audição apreciação de sons produzidos em vários segmentos do corpo humano através do impacto dos dedos, mãos ou instrumentos. Diagnostico – pulpite – p. vertical Diagnostico – periodontites – p. horizontal Fraturas radiculares Anquilose Auscultação Uso da audição educada, detectar sons normais ou anormais produzidos pelo desempenho fisiológico dos vários órgãos. ATM Fraturas Sopro cardíacos Olfação O sentido do olfato é pouco usado, mas tem suas contribuições. Halitose Cheiro de álcool e cigarro Odor cetônico dos diabéticos descompensados Tecido necrosado Pus Profilaxia Odontológica Dentre os problemas de saúde bucal, a carie dentária ainda constitui um dos maiores desafios da odontologia e o seu entendimento com um processo multifatorial levou os pesquisadores à busca do desenvolvimento de inúmeros métodos para a sua prevenção. “ A carie dentaria é uma doença multifatorial, mas a placa dental é a única causa.” Fejershow, 1997 O controle de placa é indispensável na elaboração de qualquer estratégia de prevenção: meio químico e mecânico. A placa bacteriana ou biofilme dental é um fator etiológico da carie e doença periodontal. Sua formação não pode ser impedida por irregularidades de superfície como nas fissuras oclusais, nichos gengivais ou proximais. As lesões de carie se formam como resultado de eventos metabólicos na placa bacteriana e, portanto um bom controle da placa deve ser o ponto fundamental do tratamento preventivo não- invasivo. Para definir o tipo de periodicidade da profilaxia o clínico deve-se basear na avaliação individual do risco de carie e doença periodontal do paciente. Higiene bucal / presença de placa bacteriana Presença de gengivite Presença de calculo Presença de mancha extrínseca Fatores locais que poderiam influenciar o acumulo e a retenção de placa Materiais: Pinça + espelho + sonda EPIs Caneta baixa rotação Pote dappen Escova Robinson/ taça de borracha Fio dental Evidenciador de placa Pedra pomes Pasta profilática Removedor de mancha Flúor (pote dappen de plástico) O vidro contém o elemento silício, que é altamente relativo com flúor. História medica/ saúde sistêmica atual incluindo medicamentos; Idade e cooperação do paciente; Colaboração do paciente e família; Experiência de crie pregressa e atual/ histórico familiar de carie. Saúde periodontal atual e passada/ histórico familiar de doença periodontal. Profilaxia profissional periódica deve ser realizada para: Instruir quanto as técnicas apropriadas para higiene bucal, formando a base para a educação do paciente. Remover placa bacteriana e manchas extrínsecas Polir as superfícies rugosas para minimizar a acumulo e a retenção de placa Introduzir as crianças de baixa idade e os pacientes apreensivos aos procedimentos odontológicos. QUARTA AULA – 24/08/2017 SISTEMA RESPIRATÓRIO ASMA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) BRONQUITE CRÔNICA ENFIZEMA PULMONAR OUTRAS ALTERAÇÕES 1. ASMA DEFINIÇÃO: Processo inflamatório crônico, com períodos de agudização, das vias aéreas com grau variável de obstrução ao fluxo de ar. Hiperresponsividade brônquica reversível. Episódios recorrentes de sibilância, SINAIS E SINTOMAS: Tosse produtiva, sibilos, dispneia, aperto no peito com piora à noite e pela manhã. FISIOPATOLOGIA: A redução do calibre das vias aéreas é o principal fator responsável pelo quadro clínico da doença. Ela se dá por: Contração do músculo liso da parede dos brônquios; Edema da mucosa brônquica; Hipersecreção mucóide e exsudato inflamatório; Alterações estruturais das vias aéreas (“remodelamento”). ODONTOLOGIA X ASMA Consultas mais curtas; Atuar apenas com condição asmática sob controle e sem sinal de infecção respiratória; Manter medicamento inalatório próximo em caso de crise aguda; Redução da ansiedade necessária; Não prescrever AINES para estes pacientes. 2. DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVACRÔNICA (DPOC): Patologia respiratória previsível e tratável se caracteriza pela presença de obstrução crônica do fluxo aéreo, parcialmente reversível. Geralmente progressiva. Associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos, sendo causada primariamente pelo tabagismo. Características de Bronquite Crônica e Enfisema Pulmonar. SINAIS E SINTOMAS: Tosse produtiva e persistente; Encurtamento da respiração; Chiado no peito; Dispneia. CAUSAS: Fumo e agentes irritantes crônicos; Deficiência de antitripsina alfa 1 (enzima protetora). CONSEQUÊNCIAS Perda progressiva da função pulmonar; Cianose e acidose respiratória; “Cor pulmonale”; Coma e morte. CLASSIFICAÇÃO - ASA II: Dispneia com esforço significativo. - ASA III: Dispneia de esforço. Uso e broncodilatadores e/ou corticóides Hipoxemia sem retenção de CO2 - ASA IV: Dispneia em repouso Exarcebação aguda “Cor pulmonale” Hipoxemia com retenção de CO2. ODONTOLOGIA X Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC): Atuar apenas com função pulmonar estável sobcontrole e sem sinal de infecção respiratória; Manter medicamento inalatório próximo em caso de crise aguda; Redução da ansiedade; Evitar posição supina nesses pacientes; Verificar PA durante atendimento RENAL INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA FUNÇÕES RENAIS: HOMEOSTASE Equilíbrio Eletrolítico Equilíbrio ácido- base Excreção de compostos nitrogenados, drogas e toxinas. Metabolismo da vitamina “D”, renina, eritropoietina, prostaglandinas Determinação da composição final da urina. INSUF. RENAL AGUDA DEFINIÇÃO: É causada por uma agressão repentina ao rim, por falta de sangue ou pressão para formar urina ou obstrução aguda da via urinária. A principal característica é a total ou parcial ausência de urina. INS. RENAL CRÔNICA DEFINIÇÃO: Patologia que surge quando o rim sofre a ação de uma doença que deteriora irreversivelmente a função renal, apresentando-se com retenção de uréia,anemia, hipertensão arterial, entre outros. SINAIS E SINTOMAS: Anorexia, prostração, toxidez, cansaço, náuseas, vômitos, edema periférico. CAUSAS: Hipertensão arterial, diabetes mellitus, pielonefrites, medicamentosa, litíase. CONSEQUÊNCIAS: Hipertensão arterial, acidose metabólica, anemia, raquitismo, intoxicação generalizada. CLASSIFICAÇÃO: TODOS OS PACIENTES COM IRC SÃO CONSIDERADOS ASA IV. PLANO DE TRATAMENTO: Não atender nos dias de hemodiálise Tentar descobrir a causa da IRC Antibioticoterapia profilática nos procedimentos cruentos Evitar possibilidades de infecções dentais e periodontais DROGAS INDICADAS: Prilocaína, dipirona, paracetamol, eritromicina e clindamicina. DROGAS CONTRA- INDICADAS: Lidocaína, derivados do AAS e antinflamatórios não esteróides, penicilinas e tetraciclinas e aminoglicosídeos. INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA DEFINIÇÃO: É uma grave patologia relacionada com a perda da função do fígado. CAUSAS: Doenças Virais (Hepatites) Cirrose Lesões produzidas por álcool ou por fármaco (ex.:Paracetamol). SINAIS E SINTOMAS: Fadiga, Icterícia, debilidade, aumento do volume do fígado, ascite, urina escurecida. ODONTOLOGIA X INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA Pesquisa sorológica de hepatite viral (ANTIHBC) e perfil de coagulação; Solicitar hemograma e exames de função hepática; Evitar fármacos metabolizados no fígado e ainda fármacos sedativos, AAS e outros AINES. SISTEMA ENDOCRINO A - DIABETES MELLITUS B - HIPERTIREOIDISMO C – HIPOTIREOIDISMO A- DIABETES MELLITUS DEFINIÇÃO: É uma doença crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de açucar (glicose) no sangue. TIPOS: Tipo I - Juvenil => 10 % dos casos Tipo II - Do adulto => 90 % dos casos SINAIS E SINTOMAS: Polifagia - Polidpsia Poliúria - Perda de peso AVALIAÇÃO LABORATORIAL: Glicose em jejum Curva de Glicose Glicosúria A- DIABETES MELLITUS CLASSIFICAÇÃO: - ASA II: Glicemia até 200 mg % :Glicosúria- 1 + - ASA III: Glicemia entre 200 e 250 mg % : Glicemia- 2 ou 3 + - ASA IV: Glicemia acima de 250 mg % : Glicosúria- 4 + ou mais PLANO DE TRATAMENTO: - ASA II: Normal - ASA III: Ajuste da Glicemia - ASA IV: Ajuste da Glicemia e controle de infecções MANIFESTAÇÕES BUCAIS DIABETES Doença periodontal (Maior prevalência) Fluxo salivar diminuído Sensação de queimação ( Ardência Bucal) Alargamento das glândulas parótidas Xerostomia Candidíase Líquen plano HIPERTIREOIDISMO DEFINIÇÃO: Condição hipermetabólica caracterizada por quantidades excessivas de homônimo tireoidiano na corrente sanguínea. SINAIS E SINTOMAS: Irritabilidade, polifagia com emagrecimento, diarreia, intolerância ao calor, hipertensão arterial, puberdade precoce. ETIOLOGIA: Doença de Graves, Bócio uni ou multinodular, tireoidite, medicamentoso. - HIPOTIREOIDISMO DEFINIÇÃO: Doença causada pela ausência ou diminuição da produção de horm. tireoidiano na corrente sanguínea. SINAIS E SINTOMAS: Menor resposta aos estímulos externos, falta de apetite com obesidade, constipação intestinal, intolerância ao frio, hipotensão arterial, amenorreia e infertilidade (Mulheres4 vezes mais afetadas). ETIOLOGIA: Doença Hashimoto, tireoidectomia, tireoidite crônica, falta da medicação, tratamento com radioterapia ou iodoradioativo SISTEMA HEMATOPOIÉTICO DOENÇAS DO SANGUE: ANEMIAS HEMOFILIAS A-ANEMIAS DEFINIÇÃO: Diminuição da volemia, queda da concentração de hemoglobina, diminuição na formação ou aumento na destruição de hemácias. SINAIS E SINTOMAS: Fraqueza, cansaço, queda de PA, dispneia, glossite atrófica, queilite angular. ETIOLOGIA: Grandes perdas sanguíneas, deficiências nutricionais, IRC, esplenomegalia congênita. TIPOS: - Não hemolíticas – Hemolíticas B - HEMOFILIAS 1- CONGÊNITAS: - Hemofilia A - Hemofilia B - Pseudohemofilia ou tipo C 2- ADQUIRIDAS: - Def. de fatores que dependem da Vitamina K - Induzidas por drogas (Warfarin, Heparina ) - Insuficiência hepática - Antibioticoterapia crônica. B.1- HEMOFILIAS A B e C A- DEFINIÇÃO: - Deficiência de fator VIII - Recessiva ligada ao sexo B- DEFINIÇÃO: - Deficiência de fator IX - Recessiva ligada ao sexo C- DEFINIÇÃO: - Deficiência de fator IX e da função plaquetária - Diversas variantes genéticas. B.1- HEMOFILIAS A, B e C AVALIAÇÃO LABORATORIAL: - TP, TTP, TC e TS CLASSIFICAÇÃO: - Todos os pacientes são considerados ASA IV PREPARO DOS PACIENTES: - Administração do fator deficiente - Transfusão de plaquetas FICHA CLÍNICA - Identificação - Anamnese - Exame Físico Geral - Exame Físico Especial - Exames Complementares - Diagnóstico - Prognóstico - Plano de Tratamento - EXAME FÍSICO GERAL INSPECÇÃO PALPAÇÃO PERCUSSÃO AUSCULTAÇÃO EXAME FÍSICO GERAL INSPEÇÃO GERAL: Expressão fisionômica (cor, tamanho, desenvolvimento dos ossos, expressão dos olhos). FÁCIES TEMPERATURA PELE PRESSÃO ARTERIAL ESTADO EMOCIONAL PULSO - FREQUÊNCIA CARDÍACA EXAME FÍSICO ESPECIAL Subdivide-se em: - Exame Extrabucal - Exame Intrabucal EXTRABUCAL: Dirigida especialmente à cabeça e pescoço (ossos maxilares, ATM, glândulas salivares e cadeias linfáticas). INTRABUCAL: lábios, mucosa jugal e alveolar, língua, assoalho de boca, palato, dentes, periodonto, etc. FÁCIES É a manifestação de uma doença na fisionomia do indivíduo, através do olhar, tonicidade muscular, desenvolvimento dos ossos, textura e coloração da pele; assim os demais componentes que constituem a expressão fisionômica do indivíduo. PELE Deve-se observar as alteraçõesde Coloração Textura Forma Como a presença de: Erupções Ulcerações TEMPERATURA Deve-se evitar o atendimento de pacientes em estado febril. Salvo, em casos de urgência. A Febre é um sinal inespecífico. PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA DIASTÓLICA FISIOLÓGICA PATOLÓGICA PULSO RADIAL CAROTÍDEO FEMURAL FREQÜÊNCIA RITMO INTENSIDADE FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA Contagem de respirações do indivíduo por 60 segundos. Avaliado sem avisar ao paciente. Observar dificuldade de respirar e chiados Média de 16 a 18 respirações / minuto. QUINTA AULA - Aula extra- Oral e Exames Complementares EXAME OBJETIVO ESPECIAL ✓ Inspeção ✓ Palpação ✓ Percussão ✓ Auscultação ✓ ATM ✓ Cadeias Linfáticas ✓ Glândulas Salivares ATM ✓ DOR ✓ EDEMA ✓ RUÍDOS ✓ LIMITAÇÕES DEMOVIMENTO Articulação Temporo-Mandibular Constituintes: Côndilo da mandíbula; Eminência articular Fossa mandibular do temporal. Cartilagem e disco articular; Cápsula articular; Membrana sinovial; Ligamento temporo-mandibular e ligamentos acessórios. Oclusão Relações de mordida entre a arcada dentária superior e inferior. Relação dinâmica, morfológica e funcional entre todos os componentes do órgão mastigatório dentes, estruturas de suporte dos dentes, sistema neuromuscular, ATM esqueleto crâniofacial INTERRELAÇÃO Oclusão Periodonto Sistema Estomagnático ATM Componentes neuromusculares Importante... Como exemplo da interrelação, podemos observar que os movimentos mastigatórios da mandíbula são possibilitados por músculos e pela ATM. Alterações de um dos componentes pode desarmonizar todo o Sistema. Desordens Temporomandibulares (DTM) LINFA ✓ É o excesso de líquido intersticial que é drenado ao nível dos capilares sanguíneos. É o líquido intersticial que circula dentro dos vasos linfáticos. ✓ Difunde-se pelos espaçosintersticiais das células ✓ Sua composição é semelhante ao plasma sanguíneo, apesar de conter glóbulos brancos dos quais 99% são linfócitos. NÓDULOS LINFÁTICOS (Linfonodos) Formações ovais no trajeto dos vasos linfáticos Constituídos por cápsula fibrosa Filtram a linfa em seu caminho para o sangue destruindo, por ex.: bactériase células cancerígenas. Produzem linfócitos Sistema Linfático Sistema de drenagem auxiliar, onde os capilares linfáticos, presentes em quase todos os tecidos do corpo, vão se unindo em vasos linfáticos maiores. A linfa (a ser filtrada nos nódulos linfáticos) percorre os vasos linfáticos terminando em dois grandes ductos principais que desembocam em veias próximas ao coração: Ducto torácico e o Ducto linfático direito. ❖ A linfa proveniente da parte superior esquerda (lado esquerdo da cabeça, braço esquerdo e partes do tórax) e toda parte inferior do corpo ducto torácico ou ducto linfático esquerdo ❖ Linfa da parte superior direita do corpo (lado direito da cabeça, braço direito e parte do tórax) ducto linfático direito. Órgãos Linfoides Órgãos que de forma primária ou secundária participam da produção de linfócitos, e assim, do sistema de defesa do organismo: ➢ Amígdalas (tonsilas); ➢ Baço; ➢ Linfonodos (nódulos linfáticos) ➢ Timo (tecido conjuntivo reticular linfóide: rico em linfócitos); ➢ Medula óssea LINFONODOS + VASOS LINFÁTICOS Servem como barreira à disseminação de: Processos inflamatórios Processos infecciosos Neoplasias malignas CADEIA SUBMENTONIANA ❖ Dentes inferiores anteriores ❖ Linha média do lábio inferior ❖ Porção anterior do assoalho da boca ❖ Ponta da língua ❖ Todos os dentes e seus anexos ❖ Todo lábio superior e porção lateral do inferior ❖ Asa do nariz / Pálpebras ❖ Assoalho da boca / Bordas da língua ❖ Mucosa jugal / Seios maxilares ❖ Parte do palato duro e mole CADEIA CERVICAL SUPERFICIAL LOCALIZADA JUNTO AO BORDO ANTERIOR DO MÚSCULO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO ❖ Região Parotídea ❖ Pavilhão Auricular CADEIA CERVICAL PROFUNDA LOCALIZADA JUNTO AO BORDO POSTERIOR DO MÚSCULO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO ❖ Base da língua ❖ Partes do assoalho da boca ❖ Partes do palato mole ❖ Laringe e faringe ❖ Região Occipital LINFADENOPATIAS LINFADENITE ❖ Dor ❖ Mobilidade ❖ Consistência Mole LINFADENOPATIAS Metastático ❖ Sem dor ❖ Fixo com a evolução ❖ Consistência dura ❖ Tumor infiltra a capsula LINFANGIOMA Neoplasia benigna dos vãos linfáticos que ocorre pincipalmente na língua. Características: ❖Etiologia desconhecida ❖Mais comum em crianças ❖Geralmente aparece desde o nascimento ❖Remoção cirúrgica ❖Recidivas frequentes ❖Resistentes a agentes esclerosantes. Glândulas Salivares Glândulas exócrinas produtoras de saliva Média de 800 a 1500 ml/dia. Glândulas salivares menores Dispersas na cavidade oral 5% do volume de saliva. Secretam muco (umedecer a mucosa oral) Glândulas salivares maiores Parótidas, submandibulares sublinguais. 95% do volume de saliva. Glândulas Salivares Parótidas 25%* serosa (saliva aquosa com enzimas) Submandibulares 65%* e Sublinguais 5%* Mistas Mucosa (rica em muco, anticorpos, antígenos) Serosa * Percentual do total de saliva produzida Saliva – Funções: Umidificar e lubrificar os dentes, a mucosa oral e os alimentos. Lubrificação que permite deglutir e falar Gustação Propriedades antibacterianas e neutralizantes Anticorpos e hormônios (parotina) Digestão de carboidratos e lipídios – amilase e lipase. Proteção dos dentes – película protetora. Glândula Parótida Maior glândula salivar Produz cerca de 25% da produção total de saliva Produção serosa – acinos serosos Secreta saliva através do ducto de Stenon, que surge na cavidade oral ao nível da vestibular do 2º Molar superior. Atua na digestão - Ptialina (amilase salivar). Após os 40 anos é invadida por tecido adiposo. Glândula Submandibular Produz 65% da saliva Secreção mista 90% ácinos ou semiluas serosos – ptialina 10% ácinos mucosos – mucina Secreção, predomínio seromucosa, se dá através do ducto de Wharton, em forma de duas papilas visíveis facilmente ao lado do freio lingual. Lisozima – hidrólise da parede bacteriana / Lactoferrina – liga ao ferro, não dispondo as bactérias. Glândula Sublingual São as menores dos 3 pares de glândulas. Produz 5% do volume da saliva . Saliva mista omponente mucoso (predomina) com capuz seroso Secreta lisozima. Não forma ducto terminal – múltiplas aberturas ductais que podem vir unidos formando a carúncula sublingual. Glândulas Salivares ✓CISTOS: * MUCOCELE * RÂNULA Glândulas Salivares ✓ TUMORES ✓ SIALORRÉIA ✓ XEROSTOMIA ✓ SIALOLITÍASE - desordem mais comum das glândulas salivares acometendo por cálculos de diversos tamanhos, principalmente, a glândula submandibular e o seu ducto. EXAME OBJETIVO INTRAORAL SOALHO BUCAL LÍNGUA GENGIVA DENTES LÁBIOS E MUCOSA LABIAL MUCOSA JUGAL PALATO DURO E MOLE OROFARINGE LÁBIOS MUCOSA BUCAL Mucosa Jugal Ducto Parotídeo ou de Stenon Linha de Oclusão MUCOSA BUCAL / LÁBIOS GRÂNULOS DE FORDYCE SOALHO BUCAL LIMITES Externo = Arco mandibular Interno = Inserção da língua CARACTERÍSTICAS: Carúncula lingual Ductos Inserção do freio lingual Tórus mandibular LÍNGUA SUPERFÍCIE: Ventre Dorso Borda DIVISÃO Terço Anterior Terço Médio Terço Posterior LÍNGUA Papilas circunvaladas / Papilas Fungiformes - Filiformes / Papilas Foliadas Forame cego Freio lingual PALATO Palato duro e palato mole Rafe palatina Papila incisiva Rugosidades Tórus palatino LIMITES POSTERIORES Arco palatoglosso Arco palatofaríngeo Amígdalas POSIÇÃO DOS DENTES NO ARCO DENTAL Mésio-versão Disto-versão Vestíbulo-versão Línguo-versão Giro-versão Ectópico Intrusão Extrusão DENTES- ALTERAÇÃO DE COR Pigmentação endógena: ✓ Medicamentosa ✓ Doenças Sistêmicas ✓ Fatores odontológicos Pigmentação exógena: ✓ Medicamentosa ✓ AlimentaresEXAME DAS SUPERFÍCIES Pesquisa de cárie Abrasão Hipoplasia EXAMES COMPLEMENTARES TESTE DE VITALIDADE PULPAR TESTE DE ANESTESIA EXAME RADIOGRÁFICO BIÓPSIA EXAME DE SANGUE TESTE DE VITALIDADE PULPAR É usado para verificar o grau de resposta pulpar frente a um estimulo: MECÂNICO TÉRMICO ELÉTRICO ✓ Aplicação adequada => Indícios importantes para o diagnóstico correto. * Dentes anteriores Superfície vestibular * Dentes posteriores Superfície oclusal ✓ Informar ao paciente sobre o teste, tipo de resposta e como deve proceder. TESTE TÉRMICO PELO FRIO BASTÃO DE GELO GASES REFRIGERANTES TESTE TÉRMICO PELO CALOR BASTÃO DE GUTTA PERCHA TAÇA DE BORRACHA ✓ Fornecem dados sobre a sensibilidade pulpar e condição inflamatória de reversibilidade ou irreversibilidade. ✓ A resposta intensa e prolongada ao estímulo sugere pulpite irreversível. Ausência de dor sugere necrose pulpar. ✓ Quanto maior a duração da dor maior o comprometimento da circulação de retorno mais grave a inflamação pulpar. TESTE DE ANESTESIA Bloqueio anestésico sistemático • Maxila Mandíbula • Dentes individuais ❖ Dor é interrompida ou cessa quando dente algógeno é anestesiado. Indicada para dor intensa e referida EXAME RADIOGRÁFICO PERIAPICAL BITE-WING OCLUSAL EXTRA-ORAL ✓ Auxilia no diagnóstico fornecendo informações essenciais quanto à morfologia pulpar, osso alveolar, lâmina dura e região periapical. ✓ Atenção na colocação do filme, exposição e processamento adequados. Máximo de nitidez, grau médio de contraste e mínimo de distorção. ✓ Radiografia inicial de diagnóstico é essencial para confirmação do diagnóstico. BIÓPSIA Consiste no exame anátomo- patológico de uma lesão, ou parte dela, a fim de esclarecer o diagnóstico e orientar o plano de tratamento. Retirada de tecido de um ser vivo para exame de diagnóstico. APLICAÇÕES DAS BIÓPSIAS Diagnóstico das lesões patológicas Avaliação da malignidade dos tumores Determinar se a exérese da lesão foi adequada Reconhecimento das metástases tumorais Observar o resultado de certas formas terapêuticas PRECAUÇÕES DAS BIÓPSIAS Áreas necróticas Lesões pigmentadas Acesso aos linfonodos Lesões vasculares proliferativas BIÓPSIA DEFINIÇÃO: Retirada de tecido de um ser vivo para exame de diagnóstico. TIPOS DE BIÓPSIA: Citologia Biópsia por aspiração Biópsia incisional Biópsia excisional INDICAÇÕES / CONTRA-INDICAÇÕES: Citologia: Indicações: Alterações de mucosa para avaliar displasias; Áreas extensas de lesões de mucosa; Infecções fúngicas Menos invasivo Contra-indicações: Pouco seguro Conclusivo????? INDICAÇÕES / CONTRA-INDICAÇÕES: Biópsia por aspiração: Indicações: Deve ser realizada em todas as lesões com suspeita de conteúdo liquido, exceto mucocele; Em todas as lesões intra-ósseas antes da exploração cirúrgica; Contra-indicações: Lesões sólidas; INDICAÇÕES / CONTRA-INDICAÇÕES: Biópsia incisional: Indicações: Áreas grandes de difícil incisão Localização dificutada/perigosa Suspeita de malignidade Contra-indicações: Lesões pequenas; INDICAÇÕES / CONTRA-INDICAÇÕES: Biópsia excisional: Indicações: Lesões Menores Suspeita de lesão benigna; Contra-indicações: Lesões maiores BIÓPSIA - CUIDADOS COM A AMOSTRA: Formol 10% 20 x o volume da amostra Ficha do laboratório correta; CONDIÇÕES ADEQUADAS Tamanho adequado Boa profundidade Colocado em solução fixadora Área mais representativa Recipiente adequado Quantidade de solução fixadora adequada. COMPLICAÇÕES DAS BIÓPSIAS Infecção Hemorragia Propagação de células tumorais EXAME DE SANGUE Hemograma completo Coagulograma completo Bioquímica
Compartilhar