Buscar

Fármacos que afetam as funções renal e cardiovascular

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 126 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 126 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 126 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Profa. Dra. Milena Araújo Tonon 
1 
Fármacos que afetam as funções 
renal e cardiovascular 
2 
3 
4 
A hipertensão arterial apresenta custos médicos e 
socioeconômicos elevados, decorrentes principalmente das suas 
complicações, tais como: doença cerebrovascular, doença 
arterial coronariana, insuficiência cardíaca, insuficiência 
renal crônica e doença vascular de extremidades 
 
Entre os fatores de risco para mortalidade, hipertensão arterial 
explica 40% das mortes por acidente vascular cerebral e 25% 
daquelas por doença coronariana. A mortalidade por doença 
cardiovascular aumenta progressivamente com a elevação da 
pressão arterial, a partir de 115/75 mmHg 
 
A hipertensão é um fator de risco de alta prevalência para as doenças 
cardiovasculares. Além disso, ela frequentemente coexiste com outros fatores de 
risco como o tabagismo, diabetes, dislipidemias e obesidade. 
 
Os anti-hipertensivos constituem classe heterogênea de fármacos utilizados, 
dentre outras indicações, no tratamento da hipertensão arterial. 
 
5 
6 
Para a tomada da decisão terapêutica é necessária a confirmação 
diagnóstica, seguindo-se a estratificação de risco 
7 
8 
O objetivo primordial do tratamento da hipertensão arterial é a 
redução da morbidade e da mortalidade cardiovasculares 
9 
10 
Diuréticos 
 
Simpatolíticos 
 
Bloqueadores de canais de Ca2+ 
 
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) 
 
 
 Antagonistas de receptores AT1 
 da angiotensina II (AT II) 
 
 
Vasodilatadores diretos 
 
 
 11 
Diuréticos aumentam a taxa do fluxo de urina. Os diuréticos clinicamente 
úteis também aumentam a taxa de excreção de Na+ (natriurese) e do 
ânion Cl- . 
 
Tradicionalmente a classificação dos diuréticos era baseada em seu local 
de ação (Ex. diuréticos de alça), em sua eficácia (Ex. diuréticos de alto 
limiar), estrutura química (Ex. diuréticos tiazídicos), semelhança com a 
ação de outros diuréticos (Ex. diuréticos semelhantes aos tiazídicos), 
efeitos na excreção de K (Ex. diuréticos poupadores de potássio), entre 
outros. 
12 
Diuréticos 
Diuréticos são eficazes no tratamento da hipertensão arterial. 
 
São preferíveis os diuréticos tiazídicos e similares em baixa dose. 
 
Os diuréticos de alça são reservados para casos de hipertensão 
associados com insuficiência cardíaca e renal. 
 
Os diuréticos poupadores de potássio apresentam pequena eficácia 
diurética, mas, quando associados aos tiazídicos e aos diuréticos de 
alça, são úteis na prevenção e no tratamento de hipopotassemia. 
13 
14 
Como o mecanismo de ação das principais classes de diuréticos já está 
razoavelmente bem elucidado, é possível classificá-los com base em seus 
mecanismos de ação. 
 
1. Inibidores da anidrase carbônica 
2. Diuréticos Osmóticos 
3. Inibidores do simporte de Na+ K+ 2Cl- 
4. Inibidores do simporte de Na+Cl- 
5. Inibidores dos canais de Na+ do epitélio renal 
6. Antagonistas dos receptores mineralocorticóides 
 
 
15 
 1 Acetazolamida 
 2 Furosemida 
 3 Tiazídicos 
 4 Espironolactona 
 5 Amilorida 
5 
4 4 
TP 
Alça de 
Henle 
16 
Inibidores da anidrase carbônica 
Inibidor da Anidrase Carbônica: bloqueia reabsorção de NaHCO3 
Ex. Acetazolamida, diclorfenamida e metazolamida. 
As células epiteliais do túbulo proximal possuem uma metaloenzima de 
zinco (anidrase carbônica), encontrada nas membranas e no citoplasma. 
Essa enzima está envolvida na reabsorção de NaHCO3 e na secreção 
do ácido. 
17 
Permutador Na+ H+ 
Reabsorção de Na+ (NaHCO3) através 
de troca com H+ 
 
O efeito final desse processo consiste no transporte de NaHCO3 da luz 
tubular para o espaço intersticial, seguido de movimento de água 
(reabsorção isotônica) 
18 
Túbulo Proximal 
H2CO3 AC 
CO2 + H2O 
Urina Interstício 
19 
Na luz tubular os H+ reage com o HCO3
-, resultando na formação H2CO3 na 
presença da anidrase carbônica formando CO2 + H2O. 
 
O CO2 sendo lipofílico, rapidamente se difunde através da membrana, reagindo 
com a água, isso resulta na reabsorção tubular do bicarbonato de sódio 
(NaHCO3) e de água. 
 
Os inibidores de anidrase carbônica inibem a anidrase ligada à membrana e a 
citoplasmática. 
Ocorre assim uma rápida excreção urinária de HCO3
- . Ocorre uma elevação do 
pH da urina. Aumentam a excreção urinária de sódio, potássio, bicarbonato 
(alcaliniza a urina) e fosfato. 
 
20 
Diuréticos osmóticos 
São agentes livremente filtrados no glomérulo, que sofrem reabsorção 
limitada pelo túbulo renal e são relativamente inertes do ponto de vista 
farmacológico. 
Esses são administrados, normalmente via intravenosa ou oral em 
grandes doses para aumentar a osmolalidade do plasma e do líquido 
tubular. 
 
Ex. Glicerina, isossorbitol, manitol e ureia. 
 
Aumentam a excreção urinária de quase todos os eletrólitos incluindo Na+, 
Ca2+, Mg2+, Cl-, HCO3
- e fosfato. A presença de um soluto não absorvível 
na luz tubular promove diurese osmótica. 
21 
Inibidores do simporte de Na+ K+ 2Cl- 
Os inibidores do simporte de Na+ K+ 2Cl- formam um grupo de diurético 
capazes de bloquear simporte de Na+ K+ 2Cl- na alça de Henle, sendo 
também denominados de diuréticos de alça. 
 
Ex: furosemida, bumetanida, azosemida, piretanida, tripamida, 
muzolimina, ácido etacrínico, torsemida. 
 
Bloqueia o simporte de Na+ K+ 2Cl- no ramo ascendente espesso da alça 
de Henle e assim inibe a reabsorção de NaCI. São diuréticos de alta 
potência porque causam um aumento significativo na excreção de água e 
de cloreto de sódio. 
22 
 1 Acetazolamida 
 2 Furosemida 
 3 Tiazídicos 
 4 Espironolactona 
 5 Amilorida 
5 
4 4 
TP 
Alça de 
Henle 
23 
24 
Inibidores do simporte de Na+Cl- 
A clorotiazida foi o primeiro diurético potente de uso oral a ser 
descoberto. 
 
Outros exemplos desse grupo dos diuréticos tiazídicos e semelhantes às 
tiazidas são: bendroflumetiazida, clorotiazida, clortalidona, 
hidroclorotiazida, hidroflumetiazida, indapamida, meticlotiazida, 
metolazona, politiazida, quinetazona e triclormetiazida. 
 
Os tiazídicos são diuréticos de efeito moderado, ativos via oral. Agem 
inibindo a reabsorção de NaCL no túbulo distal. 
25 
5 
4 4 
TP 
Alça de 
Henle 
26 
27 
Inibidores dos canais de Na+ do epitélio renal 
Inibidores do transporte de Na+ (não competitivos com aldosterona): 
amilorida, triantereno. Supõe-se que eles atuem na entrada de sódio da 
luz do túbulo para a célula. São normalmente prescritos em associação 
com outras substâncias. 
 
Eles são utilizados pelas suas ações anticaluréticas para compensar o 
efeito dos outros diuréticos que aumentam a excreção de potássio sendo 
desta forma, frequentemente classificados de diuréticos poupadores de 
potássio. 
 
28 
Antagonistas dos receptores mineralocorticóides 
O potássio é filtrado livremente no glomérulo e é quase completamente 
reabsorvido no túbulo proximal. A quantidade excretada na urina (10% 
da quantidade filtrada) vem pela secreção tubular que ocorre no túbulo 
distal e algumas vezes no túbulo coletor. 
 
A aldosterona estimula a reabsorção distal de sódio e a secreção de 
potássio. Quando os diuréticos são administrados, o aumento de sódio 
no túbulo distal, contribui para o equilíbrio negativo de potássio. 
29 
Antagonista de Aldosterona: espironolactona, epleronona e canrenoato de potássio. 
30 
Determina [Na+] final naurina 
Mineralocorticóides 
Secreção de K+ 
Na+: Reabsorção 2-5% 
 
Poupadores de 
Potássio 
 
31 
32 
Diuréticos 
 
Simpatolíticos 
 
Bloqueadores de canais de Ca2+ 
 
 
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) 
 
 
 Antagonistas de receptores AT1 
 da angiotensina II (AT II) 
 
 
Vasodilatadores diretos 
 
 
 
33 
Simpatolíticos 
Os anti-hipertensivos simpatolíticos reduzem a pressão arterial através 
do bloqueio do sistema simpático através de 
 
1) drogas de ação central 
 
 
 
 
34 
35 
02) antagonistas β- adrenérgicos 
 
 
 
 
 
 
 
03) antagonistas α-adrenérgicos 
 
Metildopa: anti-hipertensivo mais conhecido e utilizado há mais tempo na terapêutica. 
Age no SNC sendo um falso substrato. A metildopa dá origem a α-metilnorepinefrina 
que age no cérebro e inibe o efluxo neuronal adrenérgico no tronco encefálico. 
 
Clonidina, guanabeno e guanfacina (α2): vasoconstrição e hipotensão prolongada. 
Mecanismo complicado mas principalmente devido ao estímulo parassimpático 
central, atua em α 2 diminuindo a liberação de NE e ativa α2 endotelial que libera 
óxido nítrico 
 
Guanadrel inibe especificamente a função dos neurônios adrenérgicos pós-
ganglionares periféricos. 
 
Reserpina Impede entrada da NE na vesícula. Destruição da NE pela MAO 
mitocondrial. 
 
 
36 
Antagonistas de receptor B-adrenérgico: bloqueiam o receptor e impedem a 
ação das catecolaminas nesses receptores. O propranolol é o fármaco mais 
conhecido do grupo e um dos mais utilizados. 
 Ativação receptores  
 Renina 
 Angiotensina II 
 Aldosterona 
 Débito Cardíaco 
 Retenção de H2O e sal 
 Volume Sanguíneo 
 Pressão Arterial 
37 
Metoprolol β1-seletivo 
Atenolol β1-seletivo de ação longa 
Esmolol β1-seletivo de ação curta 
Acebutolol β1-seletivo de ação muito curta 
Bisoprolol Altamente seletivo β1-AR 
Labetalol Competitivo 1 e β-AR 
Carvedilol 1 β1 e β2 
Celiprolol β- cardioseletivo 
Nebivolol efeito mediado pelo NO 
Efeitos Adversos: Hipotensão, fadiga, insônia, disfunção sexual 
38 
Antagonistas de receptor α1-adrenérgico: prazosina, terazosina e a doxazosina. 
Inibe alfa 1 e assim inibe a ligação das NE causando relaxamento do tônus do 
músculo liso vascular (vasodilatação) e diminuição da pressão sanguínea. 
 
O uso de doxazosina como monoterapia para a hipertensão aumenta o risco de 
desenvolvimento de insuficiência cardíaca congestiva. 
 
Principal preocupação: Efeito de “Primeira dose” (50% pacientes)- podendo 
ocorrer hipotensão ortostática 90 min após a administração inicial. 
 
São utilizados em associação com outros anti-hipertensivos. 
 
 
 
39 
40 
Diuréticos 
 
Simpatolíticos 
 
Bloqueadores de canais de Ca2+ 
 
 
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) 
 
 
 Antagonistas de receptores AT1 
 da angiotensina II (AT II) 
 
 
Vasodilatadores diretos 
 
 
 
41 
Bloqueadores de canais de Ca2+ 
Os bloqueadores de canais de 
cálcio reduzem a pressão arterial 
ao relaxar o músculo liso arteriolar 
e reduzir a resistência vascular 
periférica. 
Ca2+ 
42 
Diuréticos 
 
Simpatolíticos 
 
Bloqueadores de canais de Ca2+ 
 
 
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) 
 
 
 Antagonistas de receptores AT1 
 da angiotensina II (AT II) 
 
 
Vasodilatadores diretos 
 
 
 
43 
44 
Inibidores de ECA 
Agem fundamentalmente pela 
inibição da ECA, bloqueando a 
transformação da angiotensina 
I em II no sangue e nos 
tecidos, embora outros fatores 
possam estar envolvidos neste 
mecanismo de ação. 
45 
Acumula 
Não forma 
Antagonistas da Enzima conversora de Angiotensina 
Atuam inibindo a enzima conversora de angiotensina que promove a conversão 
da Angiotensina I em II (potente vasoconstrictor) e degrada as cininas (substância 
vasodilatadora). Consequentemente inibe também a produção de aldosterona 
(liberação estimulada por Ang II). 
 
Assim esses antagonistas promovem vasodilatação por diminuírem Ang II, por 
causarem o acumulo de cinina e promoverem natriurese devido a diminuição da 
aldosterona. 
 
Captopril: primeiro agente desenvolvido para o tratamento da hipertensão. 
Outros agentes disponíveis: cilazipril, enalapril, lisinopril, quinapril, ramipril, 
fosinopril, trandolapril e perindropil. 
46 
Antagonistas de receptores AT1 da angiotensina II (AT II) 
47 
Antagonizam a ação da 
angiotensina II por meio do 
bloqueio específico de seus 
receptores AT1. São eficazes no 
tratamento da hipertensão. 
Estudos recentes comprovam seu 
efeito benéfico em insuficiência 
cardíaca congestiva 
Os bloqueadores de receptor At1 (receptor de Ang II- age levando a 
vasoconstrição, libra aldosterona, reabsorção de sódio pelos túbulos 
proximais). 
 
Classe nova de anti-hipertensivos: losartan, irbesartan, condesartan, 
valsartan e telmisartan. 
 
A tosse, que constitui um dos efeitos adversos dos inibidores de ECA, 
não tem sido associada aos bloqueadores de receptor AT1. 
 
Os efeitos adversos podem ser considerados no contexto dos inibidores 
de ECA. Esses efeitos consistem em hipotensão, hiperpotassemia, 
 
48 
Diuréticos 
 
Simpatolíticos 
 
Bloqueadores de canais de Ca2+ 
 
 
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) 
 
 
 Antagonistas de receptores AT1 
 da angiotensina II (AT II) 
 
 
Vasodilatadores diretos 
 
 
 
49 
Vasodilatadores 
50 
Atuam sobre a musculatura da parede vascular, promovendo relaxamento 
muscular com consequente vasodilatação e redução da resistência 
vascular periférica. 
Vasodilatadores 
Hidralazina: um dos primeiros anti-hipertensivos orais ativos comercializado. 
Provoca o relaxamento direto do músculo liso arteriolar. Em geral, a hidralazina não 
é utilizada como fármaco isolado no tratamento prolongado da hipertensão. 
 
Minoxidil: inativo. É metabolizado pela sulfotransferase hepática formando o 
metabólito ativo (sulfato de minoxidil). Este relaxa a musculatura lisa vascular (abre 
canais de potássio no m. liso). Este é utilizado mais para casos de hipertensão 
grave que não responde a outras medicações. Não deve ser utilizado como 
monoterapia. 
 
Diazóxido: utilizado para emergencias hipertensivas. Este ativa canais de K 
sensíveis a ATP e assim hiperpolariza as células do m. liso arterial levando ao 
relaxamento da musculatura lisa arteriolar. 
 
51 
NO ativa adenilatociclase levando a formação de GMP cíclico e vasodilatação. 
 
Nitroprussiato de sódio: nitrovasodilatador. É metabolizado pelos vasos 
sanguíneos em seu metabólito ativo o óxido nitrico. 
52 
53 
54 
55 
Nitroprussiato : Nipride 
Nitroglicerina : Tridil 
56 
Drogas de ação cardíaca 
57 
58 
• O coração manda energia para a circulação do sangue 
• O átrio direito recebe as veias cavas superior e inferior que trazem 
sangue venoso ao coração 
• O ventrículo direito bombeio o sangue para o pulmão 
• O átrio esquerdo recebe a veia pulmonar que traz sangue oxigenado 
dos pulmões para mandar para o corpo 
• O ventrículo esquerdo manda sangue oxigenado para a artéria aorta e 
assim bombeia sangue para a circulação periférica. 
59 
• O AD e o VD são separados pela válvula tricúspide 
• O AE e o VE são separados pela válvula mitral 
• Os ventrículos se comunicam através das válvulassemi-lunares 
• Pericárdio é uma membrana fibrosa fina que protege o coração 
• A parede do coração é formada pelo :Miocárdio (músculo cardíaco); 
Endocárdio (camada de revestimento interno do coração); Epicárdio- 
folheto visceral que reveste toda a superfície do coração (camada 
mais superficial e externa do coração). 
61 
A insuficiência cardíaca congestiva (IC ou ICC) é uma das causas mais 
comuns de morte. Este é uma síndrome clínica complexa decorrente da 
disfunção ventricular (aguda ou crônica) sistólica ou diastólica. Neste 
caso o coração é incapaz de suprir a demanda das necessidades 
metabólicas do organismo. 
 
O termo “congestiva” descreve a situação na qual ocorre congestão da 
circulação sistêmica e pulmonar com sobrecarga de líquidos, resultando 
em edema periférico e pulmonar. 
 
No Brasil, a principal etiologia da IC é a cardiopatia 
isquêmica crônica associada à hipertensão arterial. 
 
Em determinadas regiões geográficas do país e em 
áreas de baixas condições sócio-econômicas, ainda 
existem formas de IC associadas à doença de Chagas, 
endomiocardiofibrose e a cardiopatia valvular 
reumática crônica, que são situações especiais de IC 
em nosso meio. 
63 
Com o menor débito cardíaco os barroreceptores 
reduzem a inibição que eles exercem e assim o sistema 
simpático é aumentado no coração. Esse aumento da 
atividade simpática auxilia a manter a pressão 
sanguínea, o débito cardíaco e a resistência periférica 
em níveis aceitáveis. Quando mantida a longo prazo 
essa atividade simpática aumentada contribui para a 
evolução da doença. 
 
 
64 
Nos rins, devido à menor perfusão renal, é ativado o 
sistema renina–angiotensina-aldosterona e, assim, é 
aumentado a resistência periférica, a retenção de sódio e 
água, levando a um aumento da volemia e das pressões 
arterial e venosa. 
 
 
65 
 
Esse aumento da pressão arterial leva, por sua vez, ao 
aumento da pós carga, ou seja, ao aumento da 
resistência ao esvaziamento ventricular durante a 
sístole, o que agrava a insuficiência cardíaca. Essa 
volume maior de sangue que chega pode ocasionar 
edema e congestão. 
 
66 
Em condições fisiológicas: coração sadio 
 
Quanto maior a distensão das fibras cardíacas ao final da diástole (maior pré 
carga), maior será a tensão (força de contração). 
Na IC : maior pré carga leva o coração a dilatar e 
hipertrofiar o que a longo prazo a pressão diastólica final 
aumentada não é acompanhada pelo esvaziamento do 
ventrículo e assim o débito cardíaco cai. 
 
Na IC o principal objetivo é aliviar os sintomas e assim 
promover uma melhor qualidade de vida ao paciente. 
A insuficiência cardíaca pode ser 
classificada em quatro estágios 
principais (A, B, C e D), que podem 
estar direta ou indiretamente 
associados a diferentes mecanismos 
etiológicos. De A à D mais grave se 
torna a IC 
69 
• Diuréticos 
• Antagonistas da Aldosterona 
• Vasodilatadores (Venosos) 
• Inibidores do sistema renina-angiotensina 
• Inibidores da ECA 
• Antagonistas de Receptores de Angiotensina 
• Nitrovasodilatadores 
• Antagonistas -adrenérgicos 
• Glicosídeos Cardíacos 
• Agonistas Inotrópicos (Simpatomiméticos) 
Classes de fármacos utilizados no 
tratamento da insuficiência cardíaca: 
70 
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) 
Diminui formação Ang II 
Acumula Bradicinina 
↓ Ang II 
- reduz vasoconstrição 
- Reduz retenção Na 
- Reduz simpático 
- Restaura barorreceptores 
- Restaura parassimpáticos 
 
↑ Bradicinina 
- Maior geração de óxido nítrico 
71 
Acumula 
Não forma 
72 
73 
Diminui formação Ang II 
Acumula Bradicinina 
↓ AngII 
- reduz vasoconstrição 
- Reduz retenção Na 
- Reduz simpático 
- Restaura barorreceptores 
- Restaura parassimpáticos 
 
↑ Bradicinina 
- Maior geração de óxido nítrico 
74 
Bloqueador de receptor de Angiotensina II (BRA) 
BRA bloquei receptor AT1 
 
↓aldosterona 
↓catecolamina 
causa vasodilatação 
↓ resistência periférica 
75 
76 
Antagonistas da aldosterona: 
 
Espironolactona 
Epleronona 
Aldosterona: 
 
Aumenta água e sódio 
Elimina potássio 
Altera canal sódio 
Altera barorreceptor...... 
 
 
77 
 
Na insuficiência cardíaca ocorre uma ativação acentuada do sistema renina-
angiotensina-aldosterona. 
Níveis de aldosterona são elevados em pacientes com Insuficiência Cardíaca (>20x) 
 
Aldosterona: 
• Aumenta a retenção de sódio e água: edema, elevação da pressão de enchimento 
cardíaco 
• Perda de Mg2+ e K+: risco de morte cardíaca súbita e arritmogênese. 
• Reduz a recaptação de NE pelo miocárdio: potencialização dos efeitos da NE- 
remodelação miocárdica e arritmogênese 
• Reduz a sensibilidade dos barrorreceptores: reduz a ação do parassimpática e 
aumenta o risco de morte súbita. 
• Fibrose miocárdica, proliferação de fibroblastos: remodelação e disfunção 
ventricular. 
• Alteração na expressão dos canais de sódio: aumento da excitabilidade e 
contratilidade dos miócitos cardíacos. 
 
Espironolactona: reduz mortalidade (30%) e melhora dos sintomas 
 
78 
79 
Β- bloqueadores (BB) 
Antagonista simpático 
Melhora clínica 
Sobrevida dos pacientes 
 
80 
Seletividade: bisoprolol, nebivolol, 
succinato de metoprolol, etc.. 
 
Lipofilicidade: carvediol (maior 
ação SNC) 
81 
Diuréticos: 
Raramente utilizados como monoterapia (Associados com IECA e BB) 
Diuréticos de alça :pacientes com classes funcionais mais avançadas 
Diuréticos tiazídicos têm sido utilizados nas formas brandas 
82 
 
• Desempenham papel importante no rim (órgão-alvo). 
• Adjuvantes úteis e necessários para alívio dos sintomas 
• Reduzem Volume Extracelular e as pressões do enchimento ventricular 
• Insuficiência Cardíaca Congestiva (IC) aguda 
 
 
 
 Redução do sódio dietético: indicado a todo paciente com IC 
 Diuréticos de alça (inibidores do simporte de Na+K+2Cl-) furosemida, bumetanida 
e torsemida são exemplos indicados para o tratamento de pacientes com 
insuficiência cardíaca. 
 Diuréticos tiazídicos (inibidores no simporte de Na+Cl- - úteis na monoterapia de 
pacientes com insuficiência cardíaca branda (ajuste rápido da absorção de água 
e sal) 
 Diuréticos poupadores de potássio: amilorida, trantereno espironolactona, 
carenona. 
 
83 
Vasodilatadores: 
 
Embora várias classes de fármacos possuam ação vasodilatadora e possam 
melhorar os sintomas da insuficiência cardíaca, apenas os inibidores de ECA e 
a combinação de hidralazina com dinitrato de isossorbida conseguiram 
aumentar a sobrevida. 
 
Início IC: aumento do volume e da pressão intraventricular e o aumento da 
frequência cardíaca 
 
Doses que promovam vasodilatação sem efeito hipotensor 
Administração IV: nitroglicerina, Nitroprussiato de Sódio, hidralazina 
 
84 
NO - reduz cálcio- vasodilatação 
Hidralazina: um dos primeiros 
anti-hipertensivos orais ativos 
comercializado. Provoca o 
relaxamento direto do músculo liso 
arteriolar 
85 
Glicosídeos cardiotônicos: 
Indicado no tratamento da IC devido à disfunção sistólica, principalmente quando 
acompanhada de fibrilação atrial. 
 
Os glicosídeos possuem origens variadas (animal, vegetal, sintética) e possuem 
a propriedade de aumentar a contratilidade das fibras musculares cardíacas. 
 
 
Planta Digitalis ou dedaleira – dá origem a digoxina e digitoxina 
 
 
Os efeitos benéficos da ação dos cardiotônicos consistemna sua capacidade de 
promover efeito inotrópico positivo bem como diminuir a atividade simpática. 
 
 
86 
O Ca+2 acumula no citoplasma. 
Esse acumulo de Ca+2 nos 
estoques intracelulares resulta 
em maior quantidade liberada a 
cada potencial de ação cardíaco 
e assim maior força de 
contração. 
Inibem a enzima Na+ K+-ATPase presente na membrana do miócito do 
coração. 
Essa inibição causa o aumento de Na+ intracelular e assim diminui o 
gradiente de Na+. Isso leva a diminuição o trocador Na+ / Ca+2 que utiliza o 
gradiente do na para movimentar o Ca+2 para fora da célula. 
DIGOXINA DIGITOXINA 
Meia - vida 40h 168h 
Conc. plasmática 
terapêutica 
0,5-2 ng/ml 10-25 ng/ml 
Conc.plasmática 
tóxica 
>2 ng/ml >35 ng/ml 
Dose diária (dose 
de ataque) 
0,125-0,5 mg 0,05-0,2mg 
Digitalização 
rápida 
0,5-0,75 mg a cada 
8h (3 doses) 
0,2-0,4 mg a cada 
8h (3 doses) 
Tratamento 
Outros agentes inotrópicos são utilizados quando o paciente está hospitalizado, 
juntamente com o uso de vasodilatadores e diuréticos. Neste caso os principais 
exemplos de inotrópicos positivos são as catecolaminas e os inibidores da enzima 
fosfodiesterase. 
Adrenalina e Noradrenalina: ação inotrópica (1) e vasoconstrição periférica (1) 
Dopamina (receptores D2- liberação de Noradrenalina) 
Dobutamina (1) : ativa vários receptores adrenérgicos 
Inibidores da fosfodiesterase: milrinona e inamrinona: usados na terapia de curto 
prazo. 
 
 
Agonistas Inotrópicos 
Simpatomiméticos 
89 
Angina e 
Infarto agudo do miocárdio 
Angina: é uma síndrome clínica caracterizada por 
episódios ou crises de dor ou pressão na parte 
anterior do tórax. Sua causa em geral refere-se 
ao fluxo sanguíneo coronariano insuficiente, 
resultando em um aporte diminuído de 
oxigênio para satisfazer a demanda 
miocárdica. 
93 
A aterosclerose é uma doença inflamatória crônica de origem 
multifatorial que ocorre em resposta à agressão endotelial, 
acometendo principalmente a camada íntima de artérias de médio 
e grande calibre. 
 
Espessamento de vasos devido 
a deposição de gordura (colesterol) 
podendo reduzir a perfusão para 
órgãos e ocasionar isquemia e 
consequente necrose. 
Em geral a angina é causada por doença aterosclerótica e 
está associada a uma obstrução significante de uma artéria 
coronária importante. 
 
FATORES QUE PODEM DESENCADEAR A DOR ANGINOSA 
• Esforço físico: :aumentar a demanda de O2; 
• Exposição ao frio: vasoconstrição e aumento da pressão 
maior demanda de O2; 
• Refeição pesada: aumenta o fluxo sanguíneo da área 
mesentérica, reduzindo o aporte de O2 para o músculo 
cardíaco; 
• Estresse ou emocional: libera adrenalina e aumenta pressão 
arterial, acelera frequência cardíaca, aumentando a carga de 
trabalho miocárdico. 
DIAGNOSTICO 
 
O diagnóstico é feito através da tríade: quadro clinico 
(manifestações clínicas da dor, história do paciente); 
alterações no ECG e marcadores de necrose 
miocárdica no sangue. 
 
Troponinas, CKMB 
Farmacologia Clinica das drogas utilizadas no tratamento 
da angina 
 
 
Princípios da terapia: 
• Modificar os fatores de risco (tabagismo, dislipidemia, 
hipertensão) 
• Diminuir a demanda de O2 e aumentar o fluxo sanguíneo 
 
Para a prevenção IAM: 
• Agentes antiplaquetários (aspirina, clopidogrel) e agentes 
redutores de lipídeos (estatinas). 
 
TERAPIA FARMACOLÓGICA 
 
•Nitratos: agente vasoativo, reduz o consumo 
miocárdico de O2, diminuindo a isquemia e a dor. 
 Dilata principalmente as veias e, também, as artérias, 
aumentando o fluxo sanguíneo evitando o vaso 
espasmo. Pode ser administrada por via sublingual, 
tópica e endovenosa. 
 
Exemplos: Nitroglicerina, tetranitrato de eritritil, dinitrato 
de isossorbida. 
 
Nitratos em geral não devem ser usados em pacientes que 
utilizam inibidores de fosfodiesterase (sildenafil, tadalafil) para 
o tratamento de disfunção eretil nas primeiras horas uma vez 
que a elevação acentuada de GMPc pode ocasionar 
hipotensão arterial prolongada, IAM e morte. 
• Agentes β-Bloqueadores: bloquear a estimulação 
simpática e assim reduzem o consumo miocárdico de 
oxigênio Exemplo: Propanolol, Atenolol. 
 
• Bloqueadores dos canais de cálcio: diminuem a 
automaticidade do nó sinoatrial e a condução do nó 
atrioventricular, resultando em frequência cardíaca 
lenta e diminuição da força de contração. Estes 
também relaxam os vasos sanguíneos, diminuindo a 
pressão arterial. 
 Exemplo: Verapamil, diltiazem, amlodipina, nifedipina. 
• Antiplaquetário: evitar a agregação plaquetária, que 
compromete o fluxo sanguíneo. Exemplo aspirina. 
 
• Anticoagulante: previne a formação de coágulos 
sanguíneos. Exemplo: heparina. Impede formação de 
fibrina e agregação plaquetária. 
 
• Oxigênio: Iniciada no começo da dor torácica, 
tentado aumentar a quantidade de oxigênio fornecida 
para o miocárdio e assim diminuir a dor. 
 
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) 
Causado pela redução da 
irrigação sanguínea por uma 
das artérias coronárias, que 
leva a uma isquemia ou 
necrose miocárdica pelo 
estreitamento de uma artéria 
coronariana por aterosclerose 
(ateroma). 
QUADRO CLINICO: 
 
Dor torácica: semelhante à da angina, porém mais intensa e 
persistente. Cerca de 25% dos IAM são clinicamente 
silenciosos (maior em pacientes com diabetes melito e 
aumenta com a idade.) 
 
Outros sintomas: Fraqueza, Náuseas/vômitos, Sudorese, 
Apreensão, ansiedade, sensação de morte iminente, 
Dificuldade respiratória de início súbito, Perda súbita da 
consciência, Estado de confusão, Sensação de fraqueza 
profunda, Arritmia, Evidência de embolia periférica, Queda 
inexplicada da pressão arterial. 
ABORDAGEM AO TRATAMENTO 
 
Objetivos iniciais da terapia são: 
• Identificar rapidamente no ECG de 12 derivações se o 
paciente tem elevação do ST (terapia de reperfusão 
imediata). 
• Alívio da dor e prevenir/tratar arritmias 
 
Conduta no setor de emergência: 
• MONAB – Conforme prescrição médica (Morfina , oxigênio , 
nitrato , aspirina , beta – bloqueadores ); 
• ƒTransferir para um laboratório de cateterismo para 
intervenção coronariana percutânea (ICP) primária ou 
fibrinólise imediata no setor de emergência. 
 
105 
Antiarrítmicos Cardíacos 
O funcionamento do coração é determinado pela sequencia ordenada de 
potenciais de ação pelos tecidos cardíacos, desde o nodo sinoatrial até o 
músculo ventricular. 
Arritmias correspondem a anormalidades na geração ou propagação do impulso 
cardíaco, bem como na duração ou configuração de cada potencial de ação. 
 
Todos os tecidos cardíacos são excitáveis ou seja respondem com potenciais 
de ação quando excitados. 
Quando estimulados os tecidos musculares atrial e ventricular tem a 
propriedade de se contrair (sístole) 
Os tecidos excitáveis depois de estimulados ficam por um tempo sem 
responder (período refratário) 
106 
Automatismo: propriedade da fibra cardíaca em originar o impulso 
que a estimula. Nodo sinoatrial: marcador do ritmo cardíaco (possui 
maior frequência de disparo) 
Eletrofisiologia cardíaca: 
 
• Impulso é gerado no nodo sinoatrial 
• Cada impulso é rapidamente conduzido 
pelos átrios e retardado no nodo 
atrioventricular (nodo AV). Assim o átrio 
tem tempo para entrar em sístole antes 
dos ventrículos. 
• O impulso é conduzido ao feixe de Hiss e 
pelas fibras de Purkinje. 
107 
Potencial de ação nos tecidos de condução rápida:• Fase 0: rápida despolarização da membrana ( influxo Na+ através 
de canal de Na dependente de voltagem) 
 
• Fase 1: repolarização transitória (efluxo de K+) 
 
• Fase 2: fase de “platô” na qual várias correntes de efluxo e influxo 
se equilibram por um tempo. 
 
• Fase 3: repolarização ( efluxo através de canal de K+ retificadores 
tardio. 
 
• Fase 4: balanço entre as correntes de influxo e efluxo e a 
membrana volta a condição de repouso até o próximo estímulo. 
 
 
108 
A célula cardíaca em repouso: uma célula permeável a K+ 
 
Os íons movem-se através das membranas celulares em resposta 
aos gradientes elétricos e de concentração através de canais iônicos 
específicos ou transportadores. 
 
Célula cardíaca em repouso: potencial transmenbrana 80-90mV 
negativos para o exterior, estabelecidos pelas bombas 
especialmente as de Na, K ATPase e cargas aniônicas fixas dentro 
das células. 
 
Quando em repouso os canais de Na+ estão fechados (Na+ não 
entra na célula cardíaca em repouso) . Já o canal de K+ está aberto. 
Assim o K+ pode se mover. 
109 
Inicio do potencial de ação : abertura do canal de Na+ 
 
A célula cardíaca é despolarizada acima do potencial limite e assim as proteínas de 
canal de Na mudam a sua conformação e passam para o estado condutor (aberto). 
O Na+ entra. 
 
As mudanças geradas no potencial transmenbrana pela corrente de Na+ produz uma 
série de abertura de outros canais. 
 
Ex no final da fase 0: abertura de canais de K+ o que contribui para o “corte” da 
fase1. 
 
Fase 2: corrente de canal de Ca+2 equilibrada com a corrente de K+ 
 
 
110 
• Fase 0: rápida despolarização 
• Fase 1: repolarização transitória 
• Fase 2: fase de “platô” 
• Fase 3: repolarização. 
• Fase 4: condição de repouso 
111 
112 
Potencial de ação nos nodos (AS e AV): 
 
Fase 0: despolarização mais lenta 
(corrente de Ca+2 . Esses ativam-se mais 
lentamente e permitem uma corrente de 
menor magnitude 
 
Fase1: não tem 
 
Fase 2: não tem 
 
Fase 3: repolarização do potencial de ação 
nodal (efluxo de canal de K+ tardio) 
 
Fase 4: despolarização diastólica lenta 
devido as várias correntes de influxo. 
113 
Eletrocardiograma Normal 
Onda P (despolarização atrial) 
Complexo QRS (despolarização ventricular) 
Onda T (repolarização ventricular) 
 
O eletrocardiograma 
representa a somatória das 
alterações elétricas no 
coração a cada instante 
115 
Quando a sequência normal de iniciação ou propagação de um impulso é 
perturbada ocorre a arritmia. 
 
Automaticidade aumentada: nódulo sinusais e AV e o sistema de His-Purkinje 
 
Despolarização posterior e automaticidade desencadeada: um potencial de ação é 
interrompido ou acompanhado por uma despolarização anormal. 
 
Reentrada: impulsos propagam-se por mais de uma via entre dois pontos do 
coração. 
 
Os fármacos podem retardar os ritmos automáticos alterando 1 dos 4 
determinantes da descarga espontânea: 
 
o potencial diastólico máximo : adenosina e acetilcolina (aumentam potencial) 
o inclinação da fase 4: B-bloqueador (diminuem inclinação) 
o potencial limiar : bloqueio de canais de Ca+2 ou Na+ (alteram limiar) 
o duração do potencial de ação: bloqueio de canal de K+ (prolongam potencial) 
116 
A maioria dos antiarrítmicos são classificados de acordo com a sua ação no PA da 
célula cardíaca ou sua ação bloqueadora beta adrenérgica. 
 
Os da classe I bloqueiam os canais de sódio, levando a uma diminuição da 
despolarização da fase 0 do PA, e diminuindo a velocidade da condução do impulso 
através do coração. 
Os antagonistas beta adrenérgicos pertencem ao grupo da classe II, reduzem a 
ativação da adenilciclase e diminuição do AMPc, em resposta a uma ativação do 
simpático. 
As drogas que bloqueiam os canais de potássio pertencem a classe III, cuja ação 
se caracteriza pelo prolongamento da duração do PA, provocando um aumento do 
período em que o músculo cardíaco encontra-se refratário a um estímulo elétrico 
prematuro. 
Os bloqueadores dos canais de cálcio pertencem a classe IV, e caracterizam-se 
em provocar uma diminuição da condução no nó AV (fase 0 despolarização). 
117 
118 
CLASSE I : Atuam sobre o componente rápido do potencial de ação cardíaco 
 (Bloqueadores de canais rápidos de Na+) 
 Classe 1A: prolongam repolarização 
 Classe 1B: encurtam repolarização 
 Classe 1C: mais potentes, impedem taquicardia 
 
 
CLASSE II: Beta bloqueadores 
 
 
 
CLASSE III: Drogas que prolongam a duração do potencial de ação cardíaco 
 (Bloquedores de canais de k) 
 
 
CLASSE IV: Bloqueiam o componente lento do potencial de ação cadíaco 
 (Bloqueadores de canais de Ca2+) 
 
 
 
Classes de antiarrítmicos 
119 
Classe 1A: bloqueio dos canais rápidos de Na+ 
bloqueio dos canais de K+, retarda repolarização 
prolongam repolarização e prolonga o potencial de ação 
Quinidina: protótipo, uso diminuído, efeito anticolinérgico 
Procainamida: diminui arritmias pós-infarto, 
Disopiramida: semelhante à quinidina, menos efeitos colaterais 
Classe I 
INDICAÇÕES 
 - fibrilação atrial 
 - contrações atriais prematuras 
 - contrações ventriculares prematuras 
 - taquicardia ventricular 
120 
Classe 1B: bloqueio canais de Na+ (abertos ou inativados), com 
dissociação rápida 
Isquemia: aumento da [H+] 
encurtam repolarização 
Lidocaína: arritmias ventriculares em emergência 
Mexiletina: análogo da lidocaína 
Fenitoína: (antiepiléptico) uso limitado em crianças com taquicardia ventricular 
INDICAÇÕES 
 usados na disrritmia ventricular somente 
com: 
 - contrações ventriculares prematuras 
 - taquicardia ventricular 
 - fibrilação 
121 
Classe 1C: mais potentes, impedem taquicardia, sem efeito sobre tempo 
de repolarização 
 
Flecainida: protótipo, usado em situações potencialmente fatais 
Encainida 
Moricizina 
Propafenona 
INDICAÇÃO: 
 
Fibrilação atrial paroxística 
122 
Classe II 
β-bloqueadores – antagonismo competitivo 
Atenolol 
Metoprolol 
Acebutolol 
Bisoprolol 
Age inibindo simpático, lentificam a frequência cardíaca, reduzem o acúmulo de 
Ca+2 e diminuem a probabilidade de ocorrer arritmia deflagradas por pós potenciais 
tardio. 
Reduzem a velocidade de condução no nodo AV. 
123 
Classe III 
Dofetilida, Sotalol, Bretílio, Amiodarona 
São fármacos que prolongam a refratariedade do tecido cardíaco. Aumentam o 
intervalo QT. 
Amiodarona 
1.INTERFERE NA REPOLARIZAÇÃO 
(Retardo na repolarização) 
2.Bloqueia canais de sódio (estado inativo) 
3.Muito efetivo nos tecidos isquêmicos 
4.Não compatível com B-bloqueadores 
5.Não compatível com bloqueadores de 
canais de cálcio 
6.Não compatível com bloqueadores alfa 
não competitivos 
124 
Nifedipina 
Verapamil 
Diltiazem 
Classe IV 
Bloqueadores de canais para Ca2+ 
Atuam como antagonistas dos canais de Ca2+(tipo L ) voltagem dependentes 
Diminuem a condução atrioventricular 
Aumenta o período refratário efetivo 
Aumenta o intervalo PR 
Relaxa o músculo liso arteriolar e dos vasos coronarianos 
Produz um efeito inotrópico negativo 
 
 
125 
Inibe corrente de cálcio e ativa corrente de potássio resultando em menor 
duração potencial de ação, hiperpolarização e retardamento da 
automaticidade normal. 
 
Taquicardiasupraventricular (re-entrada) (TSV) 
 
Adenosina reduz a frequência ventricular. 
126 
Problemas Clínicos

Continue navegando