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fisiot_neonatal_mod01.pdf Programa de Educação Continuada a Distância Curso de Fisioterapia Neonatal Aluno: EAD - Educação a Distância Parceria entre Portal Educação e Sites Associados Curso de Fisioterapia Neonatal MÓDULO I Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada. 2 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 3 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores INTRODUÇÃO A fisioterapia está a cada dia mais integrada nos serviços de cuidados intensivos neonatal. Direcionada não só a manutenção das vias aéreas com manobras específicas, como também participando integralmente das atividades interdisciplinares, visando um melhor desenvolvimento global do neonato, buscando integrá-lo ao meio, estimulando a auto-organização sensório motora, e estimulando seu DNPM. Por isso a necessidade de estarmos entendendo um pouco mais das peculiaridades do recém-nascido, da fisiopatologia das doenças que acometem o período neonatal e do atendimento fisioterapêutico propriamente dito. Este conjunto de conhecimentos é necessário para que se dê uma assistência fisioterapêutica adequada a estes pacientes especiais. 4 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores PERÍODO NEONATAL É o intervalo de tempo compreendido do nascimento até o 28º dia de vida referindo-se então desde o nascimento até o momento em que a criança atinge a idade de 27 dias, 23 horas e 59 minutos. CLASSIFICAÇÃO DO NEONATO A avaliação da idade gestacional (IG) no exame do neonato é muito importante para sabe qual sua classificação e os principais problemas que poderiam acomete-la. Existem parâmetros a serem avaliados para a classificação dividida em três categorias básicas: peso, IG e crescimento intra-uterino, sendo assim determinados: ▪ Pré-termo (PT) - são as crianças nascidas vivas antes de 38ª semana, ou seja, 265 dias, ou ainda são denominados prematuros nascidos com menos de 37 semanas; ▪ Termo (T) - são as crianças nascidas vivas entre 37-42 semanas; ▪ Pós-termo (Po) - são aquelas nascidas vivas com 42 semanas ou mais de IG. Segundos os critérios adotados pela OMS (Organização Mundial da Saúde), os nascimentos que ocorrem entre a 37 semanas e 42 semanas inteiras (259 a 293 dias), após o último período menstrual são considerado a termo. Os nascimentos que ocorrem antes de 37 semanas ou menores de 259 dias, após o último período menstrual, ainda sobre os critérios da OMS são considerados pré-termo. Os nascimentos ocorridos após 42 semanas inteiras ou mais (249 dias ou mais), após o último período menstrual serão pós-termo segundo os critérios da OMS. Dentro das características da IG o neonato poderá ser classificado ainda, quanto ao peso e tamanho do nascimento da seguinte forma: - AIG - adequado para idade gestacional; - GIG - grande para a idade gestacional; - PIG - pequeno para idade gestacional. 5 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores CONCEITOS DE PREMATURIDADE De acordo com a OMS (1961), é considerado prematuro, ou pré-termo, o neonato com menos de 37 semanas de gestação, em 1967, segundo Leone, uma nova classificação foi feita através do peso e a IG, colocando este limite em 38 semanas, considerando, portanto, prematuros os nascidos com 37 6/7 semanas, no entanto permanecem mais utilizados os parâmetros descritos pela OMS. As características antropométricas do neonato prematuro variam sempre de acordo com a IG e quanto ao padrão de crescimento. A IG e o peso de nascimento, da mesma forma que constituem os principais fatores determinantes da incidência de complicações neonatais, também se ligam à ocorrência de deficiências na evolução pós-natal destes neonatos. PREMATURIDADE LIMÍTROFE A prematuridade limítrofe é a que compreende o grupo de neonatos nascidos entre a 35ª e a 36ª semanas de gestação, sendo que estes geralmente pesaram entre 2.200 e 2.800g, medindo entre 45 e 46 cm de comprimento e aproximadamente 32,5 cm de perímetro cefálico. Os principais problemas que essas crianças apresentam, são: - Controle irregular da temperatura corpórea; - Deficiência na deglutição; - Hiperbilirrubinemia e, menos freqüentemente, - Síndrome do desconforto respiratório idiopático - Infecções neonatais. A distinção do neonato pré- termo limítrofe torna-se importante à vista do exposto e já o próprio exame clínico o permite. A instabilidade térmica, alterações na mecânica alimentar, uma insuficiência respiratória representada por retrações intercostais, taquipnéia e cianose e uma icterícia importante podem representar uma imaturidade funcional no neonato PT ou então graves sinais de doença no neonato de termo. 6 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores PREMATURIDADE MODERADA A prematuridade moderada (PM), pode ser definida quando o neonato é nascido entre 31 e 34 semanas de gestação sendo que a maior parte destes nascem com mais de 2.000g de peso, sendo observado que, nos centros mais adiantados, estes prematuros apresentam baixa mortalidade. O peso de nascimento destes neonatos pode oscilar entre 1.600g e 2.300g, sendo a principal causa de óbitos neste grupo a insuficiência respiratória, em especial a DMH, e as infecções neonatais adquiridas. Os sofrimentos e situações clínicas características da prematuridade moderada habituais neste grupo são em geral partilhados com os dos pré-termo extremos, sendo as descritas a seguir. PREMATURIDADE EXTREMA Segundo Leone, os recém-nascidos pré-termo extremo (PTE), são definidos como aqueles cuja idade gestacional é menor ou igual a 30 semanas, apresentam, em decorrência desta maior imaturidade, intercorrências mais freqüentes e mais graves, favorecendo o desenvolvimento de deficiência a curto e/ou em longo prazo. Estes neonatos costumam pesar menos do que 1.500g medir menos do que 38 cm de estatura e menos do que 29 cm de perímetro cefálico, ao nascimento. (Leone, 1994 & Calil, 1996) Os problemas mais freqüentes que este grupo costuma apresentar são: 1- Anoxia perinatal. 2- Dificuldade na manutenção da temperatura corpórea. 3- Insuficiência respiratória - DMH, DBP 4- Crises de apnéia. 5- Hiperbilirrubinemia 6- Infecções adquiridas. 7- Hipo e hiperglicemia. 8- Hipocalcemia precoce. 9- Enterocolite necrotizante. 7 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 10- Hemorragia intracraniana. 11- Persistência de canal arterial (PCA). 12- Retinopatia da prematuridade - fibroplasia retrolental. 13- "Raquitismo da prematuridade". 14- Anemia. 15- Malformações congênitas. 16- Iatrogenias - infusão de líquidos e eletrólitos. 17- Efeitos adversos de drogas. PEQUENO PARA A IDADE GESTACIONAL ETIOLOGIA: Potencial fetal reduzido: - Nanismos - Aberrações cromossômicas - Anencefalia - Anomalias congênitas - Infecções - Gemelaridade Adequação de suprimento reduzida: - Fatores Ambientais: - Altitude elevada - Exposição a agentes teratogênicos - Irradiações - Fatores Maternos: -Desnutrição - Baixa idade - Pequena estatura - Multiparidade 8 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores - Pequeno ganho ponderal durante a gestação - Más condições sócio-econômicas - Infertilidade - História de perdas fetais - Doenças crônicas maternas: cardiopatias, nefropatias, pneumopatias, diabetes, hipertensão arterial, hemoglobinopatias - Fumo - Fatores placentários - Infartos - Deslocamentos - Hemangiomas - Trombose venosa O BEBÊ PIG Foram definidos dois tipos de retardo do crescimento intra-uterino ou de bebês pequenos para idade gestacional (PIG): - O tipo PIG proporcional ou simétrico, com desnutrição crônica, em que são afetados tanto o peso quanto o comprimento, desde o primeiro trimestre da gravidez. Essas crianças nascem pequenas, mas com proporções idênticas aos parâmetros da normalidade, como miniaturas perfeitas. - É o tipo PIG desproporcional ou assimétrico, que recebe influências no terceiro trimestre, quando o peso aumentaria mais que o comprimento. O feto então utiliza suas reservas de gordura, o que leva a perda de peso com manutenção do comprimento e PC dentro da normalidade. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO NEONATO Nos primeiros 15 dias de vida o neonato apresenta peculiaridades que o faz ser perfeitamente individualizado. 9 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Descrição das características padrões do neonato nascido a termo, isto é, neonato com período gestacional de 38 semanas. - Estatura média: sexo masculino 50 cm sexo feminino 49 cm; - Peso médio - varia entre 3.180 a 3.640 kg; - Perímetro cefálico: 33 a 37 cm; - Perímetro torácico: 33 cm; - Batimentos cardíacos: em torno de 120 batimentos por minuto, podendo variar de 70 a 160; - Respiração: os movimentos respiratórios são visíveis em nível de parede abdominal, numa freqüência em torno de 40 a 60 incursões por minuto; - Pele: a pele do neonato é caracterizada por extraordinária finura e é por isso extremamente sensível aos traumas. Ao nascer, apresenta o vermix caseoso, trata-se de uma camada gordurosa esbranquiçada que cobre toda a pele, acumulando-se nas dobras das articulações. De acordo com as atividades do neonato, dentro de horas, a pele assume uma coloração que vai do róseo ao vermelho vivo, denominado de eritema fisiológico. A cor pálida intensa pode sugerir estado de choque, anemia, anóxia, distúrbio respiratório, etc. Após o eritema fisiológico, instala-se a descamação fisiológica. No ombro e às vezes nos braços, a pele fica coberta com um véu fino, chamado lanugo, que desaparece em poucas semanas; - Cabelo: os cabelos dos neonatos a termo são geralmente sedosos e finos; - Pregas plantares: o neonato a termo apresenta uma série de pregas plantares; - Órgãos genitais: o neonato masculino quase sempre apresenta fimose acentuada, o escroto é muitas vezes volumoso. No sexo feminino, chama atenção o aumento de volume dos grandes lábios, a secreção vaginal geralmente é de cor branca e de consistência cremosa; - Glândulas mamárias: após o nascimento ocorre um aumento por dois ou três dias, permanecendo o nódulo palpável por dois ou três meses; - Temperatura: o neonato esfria-se e aquece-se facilmente devido à imaturidade do sistema termorregulador. Ao nascer, sua temperatura é igual a da mãe. Depois cai de 1 a 30ºC, voltando em torno de 6 horas mais ou menos para 37oC. Em seguida varia de 34,7° a 36,7o C; 10 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores - Choro: é vigoroso e de timbre variável; - Postura: subordina-se à atividade intra-uterina e ao tônus muscular; - Atividade espontânea: os neonatos de termo tem maior atividade, os movimentos dos membros inferiores são mais irregulares e dos superiores tendem a ser simétricos. CARACTERÍSTICAS DO NEONATO PREMATURO Ao longo dos últimos 30 anos vêm se acumulando dados sobre as características comportamentais e fisiopatológicas sobre os prematuros. Seguindo o mesmo referencial dos dados acima segue-se a classificação do prematuro: - Pele: Quanto menor é a IG, mais fina e lisa será a pele do prematuro, assumindo um aspecto gelatinoso nos fetos extremamente imaturos. - Orelha: No pré-termo extremo a orelha tende a ser chata e disforme; o encurvamento da borda do pavilhão auricular é inversamente proporcional à IG. - Região plantar: A ausência de linhas indica prematuridade extrema. Quanto maior a prematuridade, menos marcas serão encontradas nas planta dos pés. - Glândula mamária: a glândula mamária em geral não pode ser palpada no PT, o que pode ser confundido na avaliação do RN-PIG que pode apresentar diminuição acentuada ou até mesmo ausência do tecido mamário. - Aréola mamária: a ausência de aréola e uma característica do PT, podendo em alguns casos ser visualizado apenas o mamilo, ou a presença da aréola lisa sem a linha pontilhada. DIFERENÇAS ANATÔMICAS E FISIOLÓGICAS DOS NEONATOS As diferenças anatômicas e fisiológicas próprias do neonato são muitas. A vulnerabilidade destes neonatos ficam muitas vezes aumentada principalmente no que se refere às questões cardiorrespiratórias, sendo a angústia respiratória, à obstrução das vias aéreas e à insuficiência respiratória, patologias freqüentemente encontras neste período. 11 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Existem ainda, as diferenças estruturais e funcionais dos prematuros, que também aumentam a susceptibilidade para complicações cardiopulmonares e complicações clínicas. Algumas diferenças são protetoras, e funcionais em um neonato saudável normal, mas podem contribuir para o aumento de complicações em neonatos pré-termo patológicos. DIFERENÇAS ANATÔMICAS As diferenças que afetam a função cardiopulmonar em neonatos incluem as seguintes: LARINGE ALTA: Permitindo que o neonato respire e degluta simultaneamente até aproximadamente 3 a 4 meses de idade. A posição alta da laringe e a resistência relativamente baixa da passagem aérea nasal contribuem para a possibilidade do neonato respirar exclusivamente pelo nariz. No neonato a laringe está localizada entre a terceira e quarta vértebra cervical, enquanto no adulto situa-se entre a quarta e a quinta; isto implica que durante a laringoscopia as cordas vocais têm uma posição anterior e superficial em relação às outras estruturas. TECIDO LINFÁTICO: As vias aéreas podem se encontrar obstruídas devido ao espessamento do tecido linfático. SUPERFÍCIE ALVEOLAR: No neonato a termo esta área representa aproximadamente um vinte avos da área da superfície alveolar do adulto. O desenvolvimento e a multiplicação alveolar é contínua até aproximadamente 8 anos de idade, sendo que é muito mais rápida no primeiro ano de vida. O neonato usa esta capacidade de recrutar novos alvéolos como condição protetora. Em contraste com esse crescimento alveolar pós-natal, a formação das vias aéreas condutoras está completa por volta da l6ª semana de gestação. Durante a infância o diâmetro das vias aéreas e o suporte estrutural são reduzidos, e, portanto as chances de obstrução e colapso das vias 12 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores aéreas aumentam, principalmente no período neonatal. ESTRUTURAS ANATOMOFISIOLÓGICAS PULMONARES: No neonato são encontradas, em pequenos números os canais para ventilação colateral, denominados poros de Kohn e canais de Lambert. Segundo Crane, embora pouco se saiba sobre essas estruturas, a observação que os lobos médio e superior direitos (LMD e LSD) apresentam menos canais colaterais pode estar associado com a maior incidência de atelectasia de LMD e LSD em neonatos. CAIXA TORÁCICA: No neonato a caixa torácica apresenta uma configuração circular no plano horizontal. Esta configuração diminui a eficiência da ventilação e aumenta a distorção no formato da parede torácica devido ao ângulo de inserção do diafragma que é horizontal que, quando combinado à caixa torácica também horizontal e mais cartilaginosa altera as respostas musculares. CAVIDADE ORAL: No neonato a cavidade oral é proporcionalmente menor do que a língua; podendo resultar em uma obstrução significativa. EPIGLOTE: O neonato tem a epiglote mais dura e estreita, com uma angulação fora do eixo da traquéia, tornando difícil à fixação da epiglote com a lâmina do laringoscópio; além deste fato, as cordas vocais são mais cartilaginosas e facilmente lesadas. ANÉL CRICÓIDE: No neonato o anel cricóide é a porção mais estreita das vias aéreas, ao invés das cordas vocais; portanto a sonda endotraqueal, que passa facilmente pelas cordas vocais, pode não prosseguir distalmente pela obstrução em nível de anel cricóide. TRAQUÉIA: A traquéia do neonato é curta, mede em torno de 4 a 5 cm, devido à curta distância da traquéia é comum a extubação acidental ou ainda a intubação seletiva à direita. 13 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores DIFERENÇAS FISIOLÓGICAS As principais diferenças que afetam a função cardiopulmonar incluem as seguintes: DIMINUIÇÃO DA COMPLACÊNCIA PULMONAR: Os neonatos normais a termo apresentam aumentos na complacência pulmonar na primeira semana de vida. A diminuição da complacência significa que o neonato esta necessitando de maiores pressões de insuflação para manter o volume pulmonar e os neonatos precisam trabalhar mais para ventilar seus pulmões. Este problema aumenta com a deficiência de surfactante e os alvéolos são mantidos a volumes baixos, diminuindo a capacidade residual funcional, (CRF), o que é comum ocorrer em diversas patologias neonatais. PADRÃO RESPIRATÓRIO: O padrão respiratório do neonato normalmente é irregular, este fato está diretamente relacionado à imaturidade do recém-nascido. FREQÜÊNCIA RESPIRATÓRIA: Os neonatos compensam as dificuldades respiratórias aumentando a velocidade em vez da profundidade da ventilação. SONO: O neonato dorme até 20 horas por dia podendo passar 80% desse tempo em sono de movimento rápido dos olhos (REM), enquanto no adulto apenas 20% do tempo de sono é na fase de sono REM. Durante o sono REM ocorre grande aumento do trabalho respiratório secundário à diminuição do tônus muscular postural correspondente também à musculatura intercostal, o que faz com que a caixa torácica superior se retraía enquanto o diafragma se contrai. O trabalho respiratório aumenta ainda mais devido à redução de 30% na CRF durante o sono REM. DIAFRAGMA: O diafragma do neonato apresenta uma porcentagem reduzida de fibras musculares do tipo I, vermelhas, correspondendo a aproximadamente 25% comparado com 50% no adulto, sendo estas fibras de contração lenta, resistentes à fadiga e com alta teor de oxidação. No prematuro as fibras de tipo I pode ser de apenas 14 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 10% das fibras musculares do diafragma. Em conseqüência disto fica aumentada a suscetibilidade à fadiga da musculatura respiratória. RECÉM NASCIDOS DE ALTO RISCO Vinte cinco a vinte e nove por cento dos bebês que requerem assistência neonatal intensiva são estimados como sendo de alto risco para comprometimento neurológico ou retardo do desenvolvimento. Indicadores de risco para o desenvolvimento para encaminhamento à terapia neonatal: Risco biológico: 1- Peso abaixo de 1.500g 2-Idade gestacional menor ou igual a 32 semanas 3- Pequeno para a idade gestacional 4- Asfixia perinatal. 5- Problemas neurológicos : hemorragia intracraniana; convulsão neonatal; meningite. 6- Doença pulmonar crônica: ventilação prolongada; broncodisplasia pulmonar. 7- Hipoglicemia sintomática 8- Hiperbilirrubinemia 9- Infecções congênitas (toxoplasmose, rubéola, vírus da herpes tipo II, sífilis; citomegalovirus) Risco estabelecido: 1- Hidrocefalia 2- Microcefalia 3- Anormalidades cromossômicas 4- Anormalidades músculo - esquelética 15 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores 5- Nascimento múltiplo acima de dois 6- Lesões do plexo braquial 7- Miopatias congênitas 8- Erros inatos do metabolismo 9- Infecção por HIV Risco ambiental – social: 1- Abuso materno de drogas ou álcool 2- Anormalidades no estado comportamental (irritabilidade excessiva, instabilidade do estado comportamental). 16 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores BIBLIOGRAFIA CONSULTADA FLETCHER M A. Avaliação física e classificação. IN: AVERY G B, FLETCHER M A, MCDONALD M G. Neonatologia- Fisiopatologia e tratamento do Recém-Nascido, 4ª Edição, MEDSI, Rio de Janeiro, pg 269, 1999. JACOMO, A.I.D., JOAQUIM, M.C.M. e LISBOA, A.M.J. Assistência ao RN - Normas e Rotinas., 3. ed., São Paulo: Atheneu, 1999, 288p. MEDSI, C.J.P. e STARK, A.R. Manual de Neonatologia., 4. ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000, 810p. MURAHOVSCHI, J. 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