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Teoria das Relações Humanas

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Decorrências da Teoria das Relações Humanas 
 
1 - Conceitos de autoridade, 
2 - Hierarquia, 
3 - Dinâmica de grupo 
racionalização do trabalho são substituídos por motivação, 
org. informal, 
 
 
O homo economicus é substituído pelo homem social 
 
O homem social se baseia: 
 
● Os homens são seres sociais complexos, dotados de sentimentos, desejos e temores 
● as pessoas são motivadas por necessidades humanas; 
● o comportamento social é influenciado pelo estilo de liderança e supervisão; 
● as normas sociais servem para regular o comportamento humano. 
 
 
 
 
 
A motivação é a tensão persistente que leva o indivíduo a alguma forma de comportamento visando a 
satisfação de uma ou outra necessidade ou desejo 
 
 
 
 
 
Experiência de Hawthorne 
 
Em 1924, pesquisa correlação entre ​produtividade e iluminação​​ no local de trabalho. 
 
Pouco antes de Mayo, pesquisa na indústria têxtil com ​turnover elevado​​, para baixar: 
> horário descanso, delegou poder, contratou enfermeira. 
 
Consequência → Espírito de grupo < 
 
 
Os resultados demonstraram que os resultados da empresa eram afetados por variáveis de natureza 
psicológica 
 
A Escola das Relações Humanas, ou Teoria das Relações Humanas (como é mais 
conhecida), faz parte do grupo de teorias da administração que ganharam força a partir da 
grande depressão, gerada pela quebra da bolsa de valores de Nova York, em 1929. As teorias 
trazidas por essa vertente criaram novas perspectivas para a administração, uma vez que 
procuravam identificar os sentimentos e as atividades dos trabalhadores e o modo como 
esses dois pontos se interligavam. Até o surgimento da teoria das relações humanas, o 
trabalhador era tratado de uma forma pouco aprofundada, muito mecânica (reflexos da Escola 
Clássica). 
 
Com o surgimento dessas novas teorias, ao invés de ser visto como o "homem econômico", o 
trabalhador passou a ser visto como "homem social", cujo comportamento é dinâmico e 
complexo, atuando como o centro da discussão. É a partir desta mudança, que as tomadas 
de decisão realizadas dentro das empresas, passam a levar em consideração seus 
funcionários e as suas necessidades para com o trabalho. É justamente na Teoria das 
Relações Humanas que são compreendidos os aspectos entre a efetividade humana e o 
controle burocrático exercido pelas organizações como forma de regulamentação social da 
mesma. 
 
Oposição à Teoria Clássica e origem da Teoria das Relações Humanas 
 
A Teoria das Relações Humanas, surgiu nos Estados Unidos, como principal consequência 
das conclusões da Experiência de Hawthorne. Foi um movimento de oposição à Teoria 
Clássica da Administração, que buscou enfatizar o lado humano e social das organizações, 
trazendo novos enfoques e conceitos. A teoria humanística possui origens nos seguintes 
fatos: 
 
1. A necessidade de humanizar e democratizar a 
administração: para os autores desse movimento era 
necessário humanizar a administração, libertando-a dos 
conceitos rígidos e mecanicistas existentes na Teoria 
Clássica de Fayol e adequá-la ao novo padrão de vida do 
povo americano. Neste aspecto a Teoria das Relações 
Humanas se mostrou um movimento americano típico que 
era voltado para a democratização dos conceitos 
administrativos. 
 
 
2. O desenvolvimento das ciências humanas: 
buscando lutar contra questões unicamente científicas, os autores e defensores desse 
movimento procuraram desenvolver também as ciências humanas, tendo como principal foco 
a psicologia industrial. Foi nesse movimento que a psicologia começou a ter suas primeiras 
aplicações industriais, e com isso conseguiu demonstrar inadequações existentes nos 
princípios da Teoria Clássica. 
 
3. A filosofia de John Dewey e a Psicologia de Kurt Lewin: ambos foram fundamentais 
para o desenvolvimento do humanismo na administração. Elton Mayo é considerado o 
fundador da escola das relações humanas, porém Dewey e Lewin também foram grandes 
contribuidores deste movimento. John Dewey trouxe à sociedade uma filosofia pragmática, 
enquanto Kurt Lewin adicionou mais dinamismo à psicologia. Outra grande contribuição ao 
movimento foi o Princípio de Pareto, e seu estudo sobre a sociedade italiana, em 1892. 
 
4. As conclusões da Experiência de Hawthorne: realizada sob a coordenação de Elton 
Mayo, a experiência colocou em xeque os principais postulados da Teoria Clássica. Foi uma 
experiência divida em quatro fases, que acabaram delineando os princípios básicos da Escola 
das Relações Humanas. Essa experiência acabou contradizendo alguns princípios trazidos 
por Taylor e Fayol, e apontou diversos novos conceitos voltados à produção industrial, aos 
fatores da motivação humana, ao comportamento dos empregados e aos aspectos 
emocionais. 
 
O Experimento de Hawthorne e a Teoria das Relações Humanas 
 
 
Testes durante Experiência de Hawthorne 
 
Diversos autores consideram que a Teoria das Relações Humanas surgiu efetivamente junto 
com a Experiência de Hawthorne. Esse experimento revelou a importância do grupo sobre o 
desempenho dos indivíduos e foi o ponto de partida para os estudos sistemáticos sobre a 
organização informal. A experiência de Hawthorne foi realizada durante os anos de 1927 à 
1933, sendo parte de um programa mais amplo e sofisticado, orientado pelo famoso professor 
Elton Mayo. Ela tinha a finalidade de estudar a fadiga, os acidentes, a rotatividade e os efeitos 
das condições do ambiente de trabalho sobre a produtividade humana. 
 
Esse experimento fez nascer a chamada (Escola) Teoria das Relações Humanas, já que 
conseguiu demonstrar que dentre os fatores mais importantes para o desempenho individual, 
estão nas relações interpessoais. Essa "descoberta" foi revolucionária para a época, pois 
representou uma nova filosofia na administração, em relação as ideias então predominantes 
da administração científica e clássica. Esse fato ocorreu justamente no momento em que a 
Teoria administrativa passava por uma revolução conceitual de suas concepções 
Em 1933, Elton Mayo publicou o livro The Human Problems of an Industrial Civilization, em 
que apresentou as suas bem elaboradas conclusões. Em sua essência, Mayo diz que o 
método de trabalho não é tão relevante para o desempenho das pessoas, mas sim os fatores 
emocionais ou comportamentais. Para o autor, a fábrica deveria ser vista como um sistema 
social, e não apenas como um meio de visão econômica, ou industrial. Após seus estudos, a 
organização passou a ser vista como um conjunto de indivíduos e de relações de 
interdependentes que estes mantêm entre si, o que reforçou o discurso de que o homem 
social é um ser complexo. 
 
A nova concepção proposta por Mayo e seus colaboradores não alterou a estrutura do 
modelo construído por Ford e Taylor. Entretanto, contribuiu de forma significativa para alterar 
a atitude dos empregadores em relação aos seus funcionários, exercendo um papel 
importante na mudança de pensamento que surgiu junto com a Teoria das Relações 
Humanas. Para Mayo, o conflito é uma chaga (ferida) social, enquanto que a cooperação é o 
bem-estar da mesma. O autor ainda afirma que as relações humanas são as ações e atitudes 
desenvolvidas pelo contato entre as pessoas, na qual cada uma é encorajada a se exprimir de maneira livre e 
sadia. Mayo e os pesquisadores de Hawthorne não foram os primeiros a tratar 
do assunto, porém, suas ideias foram decisivas para a disseminação desses conceitos. 
 
Disfunções da abordagem humanística da administração 
 
A abordagem das relações humanas, fez com que as preocupações, antes expostas pela teoria clássica da 
administração, dessem espaço para preocupações mais específicas, como por exemplo, as pessoas e os 
grupos sociais que fazem parte do ambiente de trabalho. Foi somente a partir da década de 30, nos Estados 
Unidos, que a eficiência passou a ser a grande busca porparte das indústrias. Essa busca pela produtividade 
deu origem a novos estudos, dentre eles os estudos que tratavam do sentimento e da relação humana. 
 
Porém, em um determinado momento, ocorreu uma divisão na Teoria das Relações Humanas, surgindo a 
teoria da administração de recursos humanos. Essa teoria enxerga o ser humano como detentor de 
necessidades físicas e psicológicas, e não apenas como um ser passivo que pode ser motivado e controlado 
unicamente a partir de simples estímulos como descrevia a Teoria das Relações Humanas. O melhor autor 
que se encaixa entre essas duas correntes, é Chester Barnard, criador da Teoria da Cooperação. Seu 
trabalho desloca entre a análise da organização formal para a informal, visto que para ele, as organizações 
informais são um meio de comunicação e proteção da integridade individual. 
 
Em seus trabalhos, Barnard ainda retratou as principais tensões entre os trabalhadores e suas organizações, 
concluindo que os sistemas vigentes na época não eram suficientes para garantir que o indivíduo cooperasse 
com a empresa. Ele é tido como um pensador do behaviorismo e criador da teoria da cooperação. Ao final da 
década de 50, a Teoria das Relações Humanas entrou em declínio, passando a ser intensamente criticada. A 
partir deste ponto, grande parte de suas concepções passaram a ser revisadas (com a maioria sofrendo 
alterações). Contudo, apesar de ter recebido diversas críticas, os ensinamentos humanísticos foram bastante 
assimilados por diversas organizações ao redor do mundo. 
 
 
Principais críticas à Teoria das Relações Humanas 
 
Dentre as principais críticas à Teoria das Relações Humanas, nós podemos citar: 
 
a) Oposição cerrada à teoria clássica: em diversos aspectos a Teoria das Relações 
Humanas foi fielmente oposta à Administração Científica de Taylor. Os fatores antes vistos 
como essenciais pela escola clássica, mal eram abordados na teoria humanista, beirando o 
total esquecimento. Para Amitai Etzioni, a escola das relações humanas nasceu de uma 
reação à abordagem formal clássica, na qual um lado buscava negar o que o outro afirmava. 
No entanto, para ele cada teoria vale para condições e situações diferentes, o que impediria 
uma de deslocar a outra, mas sim se complementarem. 
 
b) Visualização inadequada dos problemas industriais: o movimento é bastante criticado 
pela interpretação distorcida dos problemas industriais (implicações, causas e interesses). 
Enquanto os autores da escola clássica não enxergavam o conflito de interesses, os autores 
humanísticos enfatizavam o conflito entre a organização e os empregados. Com isso, eles 
desviaram a função social do problema, tentando resolver as situações negativas por meio de 
medidas que promoviam as relações humanas harmoniosas. 
 
c) Concepção ingênua e romântica do funcionário: uma decorrência da visualização 
inadequada dos problemas das relações industriais é a concepção ingênua e romântica do 
empregado. Os autores da Teoria das Relações Humanas, imaginavam um funcionário alegre, 
produtivo e integrado ao ambiente de trabalho. No entanto, essa imagem nem sem foi 
confirmada pelas pesquisas, que identificaram trabalhadores felizes e improdutivos, bem 
como infelizes e produtivos. A maioria dos trabalhos de dinâmica de grupo iniciaram calcados 
em princípios éticos, mas aos poucos seguiram uma linha analítica e experimental. 
 
d) Limitação do campo experimental: os autores do movimento humanista - principalmente 
os seguidores de Elton Mayo - limitaram-se ao mesmo ambiente de pesquisa utilizado pela 
Administração Científica, a fábrica. Dessa forma, eles deixaram de utilizar outros tipos de 
 
organização, como por exemplo, hospitais, universidades, bancos, entre outros. Esse fato 
contribuiu negativamente para a Teoria das Relações Humanas, uma vez que reduziu a 
credibilidade de suas teorias e conclusões. Infelizmente esse movimento não ultrapassou o 
campo empresarial, englobando apenas à indústria. 
e) Parcialidade das conclusões: enquanto a escola clássica da administração foi restringida 
à organização formal e consequentemente abrangeu um pequeno número de variáveis, a 
escola humanística também se mostrou parcial, já que restringiu-se à organização informal, 
sofrendo da mesma escassez de variáveis. Mesmo nas anotações de Mayo sobre os fatores 
humanos, as conclusões não foram satisfatórias. Para alguns autores, o movimento favoreceu 
o empirismo em detrimento da administração científica e do background social. 
f) Ênfase nos grupos informais: a teoria concentra-se nos grupos primários. Ela foi criticada 
por supervalorizar a coesão grupal como condição de melhora da produtividade. Mayo 
procurou demonstrar que o problema de alta rotatividade, baixa moral e eficiência estava 
ligado à compreensão de como os grupos poderiam ser unificados para aumentar a 
colaboração. A Teoria das Relações Humanas trouxe diversos novos conceitos pautados na 
visão humanística, tais como: participação dos escalões inferiores nos problemas, introdução 
do behaviorismo na administração, pesquisas sobre a natureza humana e novos estudos 
sobre o relacionamento humano. 
g) Enfoque manipulativo das relações humanas: diversos autores indicavam que Mayo e 
seus seguidores favoreciam à administração (alto escalão). Talvez por ter sido patrocinada 
pela Western Electric. A teoria foi fortemente criticada pelo fato de trazer uma sutil estratégia 
de manipulação dos operários, já que visava aumentar o trabalho do empregado, ao mesmo 
tempo que o manipulava para exigir menos da organização. Essa estratégia modificava o 
comportamento do trabalhador em prol dos objetivos organizacionais. Porém, representou um 
avanço quanto ao taylorismo, apontando que o comportamento individual era determinado por 
normas sociais, alterando o foco do estudo do individual para o coletivo. 
 
 
Conclusão - Teoria das Relações Humanas 
 
É fato que a abordagem humanista da teoria administrativa contrariou vários postulados da 
abordagem clássica da administração de Henri Fayol, ou ainda dos integrantes da Escola 
Clássica - Taylor e Ford. As conclusões expostas pela Experiência de Hawthorne foram o 
principal gatilho, que permitiu o delineamento básico dos princípios e dos fundamentos da 
Escola das Relações Humanas​​. Dentre as principais conclusões que o experimento nos 
forneceu, nós temos a percepção da produção como resultante da integração social, a análise 
do comportamento social, o valor secundário da motivação econômica, o estudo dos grupos 
informais e a ênfase nos aspectos emocionais do ambiente de trabalho. 
 
Com o advento da Teoria das Relações Humanas, uma nova concepção passou a dominar o 
ambiente administrativo, sendo eles a motivação, a liderança e a comunicação. Como 
resultado, os princípios clássicos passaram a ser duramente contestados, onde o método e a 
máquina perderam espaço em favor da dinâmica de grupo, por exemplo. A partir dos estudos 
das relações humanas, todo o acervo acerca da motivação no trabalho, passou a ser aplicado 
dentro das próprias organizações. Sendo assim, verificou-se que todo comportamento 
humano baseia-se numa tensão, que o motiva ou inclina o indivíduo a processar um 
determinado comportamento até que se sinta satisfeito. 
 
Como a maioria das teorias administrativas, a Teoria das Relações Humanas colaborou de 
maneira significativa com a administração (principalmente da forma que é vista atualmente). 
Apesar das críticas que sofreu, a Escola das Relações Humanas teve uma importância 
fundamental na construção dos alicerces humanistas, bem como dos conceitos sobre a 
motivação e sobre o comportamento organizacional. Vale ressaltar, que a abordagem das 
relações humanas abrangeu tanto o lado psicológico, como o lado sociológico das 
organizações, tratando desde os grupos informais até alcançar uma análise mais profunda 
sobre os padrões de comportamentoe a importância das relações individuais.

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