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3 Pratica simulada V Caso 03 Mandado de Segurança

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Pratica V – Caso 03 – Everaldo A. Oliveira – Matricula: 201307364781 - 10º Período - D. Caxias
EXCLENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA FEDERAL SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO XXX
MARIA SOUZA nacionalidade: brasileira, profissão: professora, estado civil: xxx, portadora da cédula de identidade RG nº: xxx., devidamente inscrito no CPF nº: xxx, Título de Eleitoral nº: xxx,, residente e domiciliado na Rua: xxx, Bairro: xxx, Cidade: xxx, Estado de: xxx. Por seu advogado que se subscreve (instrumento de mandato incluso) com endereço profissional na rua: xxx, CEP: xxx, bairro: xxx, cidade: xxx, Estado: xxx, e endeço de e-mail; xxx, local indicado para receber as devidas notificações nos termos do artigo 39, inciso I do Código de Processo Civil, com base no artigo 5º, LXIX da Constituição Federal de 1988. Vem perante Vossa Excelência propor:
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR
Pelo rito especial, contra ato do SENHOR REITOR da Universidade Federal de XXX, nacionalidade: xxx, profissão: reitor, estado civil: xxx, Rg: xxxx, e incrito no CPF sob o nº: xxx, com endereço profissional situado a rua: xxx, CEP: xxx, bairro: xxx, na cidade de : xxx, no estado de; xxx, em conformidade com o Art. 6º da lei 12016/2009.
DA TEMPESTIVIDADE
A presente medida encontra-se tempestiva, uma vez que a impetrante tomou ciência 
do ato em 11/01/2017, portanto, dentro do prazo de 120 (cento e vinte), dias conforme preceitua o artigo 23 da Lei 12.016/2009 
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
 Inicialmente afirma, sob as penas da lei, ser juridicamente necessitado, não possuindo condições financeiras para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, na forma do que dispõe a Lei n.º 1.060/50, art. 4º, §1º, com as modificações introduzidas pela Lei n.º 7.510/86, sem prejuízo de próprio sustento ou de sua família, fazendo jus ao exercício do direito constitucional à GRATUIDADE DE JUSTIÇA, insculpido no art. 5o, LXXIV, da C.R.F.B. 
I - DOS FATOS
Marcos Silva, aluno de uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com a nota que lhe fora atribuída em uma disciplina do curso de graduação, abordou a professora Maria Souza, servidora pública federal, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exigiu que ela modificasse sua nota. 
Nesse instante, a professora, com o propósito de repelir a iminente agressão, conseguiu desarmar e derrubar o aluno, que, na queda, quebrou um braço. Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para apurar eventual responsabilidade da professora. Ao mesmo tempo, a professora foi denunciada pelo crime de lesão corporal. 
Na esfera criminal, a professora foi absolvida, uma vez que restou provado ter agido em legítima defesa, em decisão que transitou em julgado. O processo administrativo, entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a Comissão nomeada entendeu que a professora já tomara ciência da Instauração do procedimento por meio da imprensa e de outros servidores.
 Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação da servidora à pena de demissão. O Processo administrativo (PAD) foi encaminhado ao reitor da universidade para a decisão final, que, sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão à servidora, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal.
 Em 11/01/2017, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções.
II - DOS FUNDAMENTOS
Evidenciado está o cabimento do pressente remédio constitucional, considerando o disposto no artigo 5º, LXIX da Constituição Federal de 1988. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. 
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Bem como também o artigo 1º e da lei 12016/2009.
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça
JURISPRUDÊNCIA
Processo: MS 20955 DF 2014/0089074-0
Orgão Julgador: S1 - PRIMEIRA SEÇÃO
Publicação: DJe 29/04/2015
Julgamento: 22 de Abril de 2015
Relator: Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES
Ementa
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL. SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. POLICIAL FEDERAL. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. PENA DE DEMISSÃO. ART. 43, XLVIII, DA LEI 4.878/1965 E ART. 132, IV, IX E XI, DA LEI 8.112/1990. ALEGADA INSUFICIÊNCIA DO CONJUNTO PROBATÓRIO DO PAD. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. NECESSÁRIA DILAÇÃO PROBATÓRIA. AUSÊNCIA DE PROVAS PRÉ-CONSTITUÍDAS E INEQUÍVOCAS A IMPUGNAR AS CONCLUSÕES DA COMISSÃO PROCESSANTE. PRECEDENTES. SEGURANÇA DENEGADA.
Restando, portanto configurado o direito liquido e certo da impetrante de ver realizado o objeto da sua lide.
DOUTRINA
 Segundo o entendimento da magnânima professora: Maria da Sylvia Zanella De Pietro assim conceitua: 
 ´´mandado de segurança é a ação civil de rito sumaríssimo pela qual a pessoa pode provocar o controle jurisdicional quando sofrer lesão ou ameaça de lesão a direito líquido e certo, não amparado por Habeas Corpus nem Habeas Data, em decorrência de ato de autoridade, praticado com ilegalidade ou abuso de poder “( Di Pietro, Maria Sylvia Zanella / Direito Administrativo. 1999, p. 612). 
III - DA MEDIDA LIMINAR
Encontram-se presentes os requisitos ensejadores da concessão de medida liminar na forma do artigo 7º, III da lei12.016/09, quais sejam, o fumus boni iuris, bem como o periculum in mora. O primeiro requisito reside no fato da impetrante não ter sido sequer sido notificada sobre o eventual descumprimento de contrato, não exercendo assim o legitimo direito de defesa. O segundo requisito, no fato de que o decreto nº 1.234, enquanto ato administrativo, é dotado de presunção de legitimidade e de auto executoriedade, o que permite ao poder concedente executá-lo imediatamente sem necessidade de prévia autorização judicial, e a execução imediata do Decreto implicará a desmobilização do aparato administrativo e operacional dessa impetrante, gerando sérios danos materiais. Considerando os fatores acima alinhados, é necessária a concessão de medida liminar destinada a suspender os efeitos do ato administrativo ora impugnado até que a questão seja definitivamente decidida nesses autos, considerando, ainda, que, a permanência da impetrante no contrato até o julgamento final, como já vem fazendo há sete anos, não causa prejuízo à administração pública.
IV - DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer:
a) a concessão da MEDIDA LIMINAR para determinar a suspensão dos efeitos do ato impugnado até o julgamento definitivo da pretensão deduzida nessa ação:
b) a notificação da autoridade coautora, para que, querendo, no prazo legal, preste as informações que entender pertinentes, conforme artigo7º, I da lei nº12.016/09;
c) seja dada ciência ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, para que, querendo, ingresse no feito;
d) a intimação ao Ilustre Membro do Ministério Público, na forma do artigo 12 da Lei nº 12016/ 09;
e) que o pedido seja ao final julgado procedente para conceder a segurança declarando a invalidade do Decreto1.234, da chefia do Poder Executivo estadual, tornando definitiva a liminar concedida;
f) a condenação do impetrado em custas processuais.
V - DAS PROVASRecorremos a todo o tipo de prova em direito permitido, sobretudo as documentais.
VI- DO VALOR DA CAUSA 
dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) com fulcro no artigo 291 do CPC/2015: 
Art. 291. A toda causa será atribuída valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível.
Termos em que
pede deferimento
local: __________________e data: ______/______/_______
Advogado:
OAB/ nº

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