Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 DROGAS USADAS NOS DISTÚRBIOS MOTORES ANTIEPILÉPTICOS ANTIPARKINSONIANOS 2 3 Processo convulsivo 1- Há um desequilíbrio na proporção de moléculas excitatórias e inibitórias no cérebro. 2- Os neurônios começam a transmitir informações desorganizadamente, essas mensagens chegam à medula. 3- Neurônios na medula passam as "ordens" de contração para os músculos, gerando a convulsão. 4 • As crises podem ser generalizadas em toda a superfície cerebral e atingem todo o corpo - , ou parciais - que envolvem apenas uma região do cérebro, tendo efeito em apenas uma parte do corpo. Dependendo da área cerebral afetada, a pessoa não entra em convulsão, mas experimenta outras reações. • A-Pernas B-Tronco C-Braços D-Face 5 CRISE CONVULSIVA • A crise convulsiva clássica caracteriza-se pela perda repentina da consciência, acompanhada de contrações musculares violentas. 6 7 • A vítima de uma crise convulsiva sempre cai e seu corpo fica tenso e retraído. Em seguida ela começa a se debater violentamente e pode apresentar os olhos virados para cima e os lábios e dedos arroxeados. Em certos casos, a vítima apresenta sialorréia e perda de esfincteres. 8 9 • Estas contrações fortes duram de dois a quatro minutos. Depois disto, os movimentos vão enfraquecendo e a vítima recupera-se lentamente. • Pode ficar inconsciente ou com movimentos lentos e/ou confusão mental por vários minutos após a crise, o que representa o estado pós- convulsivo (pós-ictal). 10 11 Causas de convulsões: • A crise convulsiva pode acontecer em conseqüência de: • febre muito alta, • intoxicações, • overdose de drogas, • abstinência alcóolica, • hipertensão na gravidez (eclâmpsia) • epilepsia ou lesões cerebrais. 12 Classificação Internacional das Crises Epilépticas: I) Crises Parciais (Locais ou Focais): A) Crises Parciais Simples (sem envolv. consciência) B) Crises Parciais Complexas (psicomotoras ou de lobo temporal, com alteração de consciência) C) Crises Parciais Seguidas de Crises Generalizadas Secundárias (tônico-clônica, tônica ou clônica) II. Crises Generalizadas (convuls. e ñ-convulsivas) A. Ausência (pequeno mal) B. Crises Mioclônicas C. Crises Clônicas D. Crises Tônicas E. Crises Tônico-clônicas (grande mal) F. Crises Atônicas III. Crises Epilépticas Não-Classificáveis 13 Mecanismo de Ação dos Antiepilépticos 1) Ação nos neurônios patológicos, impedindo ou reduzindo a descarga neuronal excessiva. 2) Redução da difusão da excitação e impedimento da detonação e da ruptura das funções dos agregados normais de neurônios 3) Ação sobre lesões não-neuronais envolvidas na gênese do foco (redução isq.) -Potencialização ação do GABA – Inibição da função dos canais de sódio. 14 DROGAS ANTIEPILÉPTICAS 1. Hidantoínas (Fenitoína) 2. Barbitúricos (Fenobarbital) 3. Desoxibarbitúricos (Primidona) 4. Iminoestilbenos (Carbamazepina) 5. Succinimidas (Etosuximida) 6. Ácido Valpróico 7. Oxazolidinadionas (Trimetadiona) 8. Benzodiazepínicos (Diazepam) 15 Efeitos Adversos dos Antiepilépticos Fármaco Efeitos Adversos Fenitoína Hiperplasia gengival, hirsutismo, sonolência, náuseas, vômitos, hipocalcemia, osteomalácia, agranulocitose, dermatites, lupus eritematoso sistêmico, hepatite Fenobarbital Sedação, irritabilidade, nistagmo, ataxia, erupção cutânea, anemia megaloblástica e agitação em crianças e idosos. Carbamazepina Sedação, desconforto gastrointestinal, reação cutânea, anemia aplásica(rara), leucopenia, vertigem, nistagmo, ataxia. Ácido Valpróico Náuseas e vômitos, sedação, hepatotoxicidade, alopécia, tendência hemorrágica, pancreatite aguda, aumento de peso. Benzodiazepíni cos Sedação, incoordenação, ataxia, tontura, salivação, alterações de comportamento 16 Interações Farmacológicas Entre Antiepilépticos Fármaco em uso Fármaco Associado Efeito Fenitoína Carbamazepina Diazepam Fenobarbital Ác. Valpróico Aumento Aumento Aumento/diminuição Diminuição Fenobarbital Fenitoína Ác. Valpróico Aumento Aumento (40%) Carbamazepina Fenitoína Fenobarbital Diminuição Diminuição Ác. Valpróico Carbamazepina Fenobarbital Fenitoína Diminuição Diminuição Diminuição Clonazepam Fenobarbital Fenitoína Diminuição Diminuição 17 Interações entre Antiepilépticos e outros Fármacos Antiepiléptico Fármaco Associado Efeito Fenitoína Cloranfenicol, cimetidina, isoniazida, cumarínicos, dissulfiram Salicilatos, fenilbutazona e teofilina Aumento Diminuição Fenobarbital Anticoncepcionais orais Cumarínicos e Cloranfenicol Diminuição Diminuição Carbamazepina Cumarínicos, tetraciclina, estrógenos Verapamil e diltiazem Diminuição Aumento Ácido Valpróico Salicilatos Aumento 18 BASES NEUROQUÍMICAS DA EPILEPSIA • Déficit na quantidade de GABA • ( mediador químico inibitório) • Excesso na quantidade de Glutamato • ( mediador químico excitatório) • Alteração no balanço (GABA x Glutamato) 19 FÁRMACOS ANTI-CONVULSIVANTES • Aumentam a atividade do GABA: – BARBITÚRICOS e BDZ : Facilitam a ação do GABA na abertura dos canais de Cl - . – VIGABATRINA: Inibem a enzima GABA- transaminase que inativa GABA. – PROGABIDA : GABA agonista. – GABAPENTINA : mecanismo desconhecido 20 • Modificação da condutância iônica – FENITOÍNA: Difenil-hidantoína • Altera condutância iônica , bloqueando canais de Sódio e inibindo a geração de potenciais de ação repetitivos. FÁRMACOS ANTI-CONVULSIVANTES 21 FENITOÍNA • Farmacocinética: Alta ligação a proteinas plasmáticas. – Absorção gastro-intestinal com pico 3- 12hs. – Absorção intra-muscular imprevisível » Metabolizada por para-hidroxilação e ácido glicurônico. » Tolerância Metabólica.(Meia –vida 24hs) 22 FENITOÍNA • Usos Clínicos: Efetivos contra ataques parciais e convulsões tônico crônicas (grande mal).Uso limitado em crianças devido a imprevisibilidade da relação dose x efeitos tóxicos. • Toxicidade: Diplopia, ataxia, hiperplasia gengival, hirsutismo 23 FENITOÍNA Altera ou diminui a percepção do paladar. Pode causar hiperplasia gengival. Náuseas, vômitos, hepatite, hipocalcemia 24 CARBAMAZEPINA • Nome comercial: Tegretol, Tegretard • Quimicamente (triciclicos) relacionados a Imipramina, utilizados também na neuralgia do trigêmio e nas desordens maníaco- depressivas. 25 CARBAMAZEPINA • Mecanismo de Ação – Bloqueiam os canais de Sódio e inibem os disparos repetitivos dos neurônios – Atuam também pré-sinapticamente diminuindo a transmissão do impulso nervoso. – Evidências recentes sugerem que podem potencializar os efeitos pós- sinápticos do GABA 26 • Farmacocinética – Absorção gastro-intestinal completa com pico entre 6-8hs. – Tolerância metabólica • aumento do clearence alterando meia-vida biológica de 36 para 20 horas. • Necessário ajuste da dose. • - Metabolizada por conjugação. 27 CARBAMAZEPINA • Usos Clínicos: Droga de escolha para ataques parciais,também usada para convulsões tônico-clônicas (grande mal). • Em doses terapêuticas não se mostra sedativa. • Toxicidade:Insônia, labilidade emocional, diplopia, ataxia, anemia aplástica e agranulocitose. 28 CARBAMAZEPINA Ministrar com alimentos – aumento da absorção. Pode causar perda de apetite. 29 OXICARBAMAZEPINA • Nome comercial: • Semelhante a Carbamazepina, útil nos mesmos tipos de ataques, porém menos tóxica. • Meia-vida de 1-2hs. • Forma o metabólito ativo 10-OH derivado com meia-vida de 8-12hs. • Potencia reduzida (1/2) em relação a Carbamazepina 30 FENOBARBITAL • Nome comercial: Gardenal® • Derivado do ácido barbitúrico • Mais antigo antiepiléptico 31 FENOBARBITAL • Mecanismo de ação – liga-se a um sítio alostérico regulatório do receptor GABA , prolongando o tempo de abertura dos canais de cloro. – bloqueia a resposta excitatória induzida pelo glutamato, principalmente aqueles mediados por ativação do receptor AMPA. 32 FENOBARBITAL • Usos Clínicos – pouco uso pois prejudica a concentração – utilizado somente nas convulsões febris, e nas incontroláveis do recém –nascido – não é eficaz nas crises de ausência ou espasmos infantis. 33 FENOBARBITAL Melhor administrar em jejum Alimentos retardam e reduzem sua absorção – entretanto reduzem sintomas gastrointestinais. Reduz a atividade do ácido fólico e vitaminas B6, B12, D e K. Reduz absorção de cálcio. 34 PRIMIDONA • Mecanismo de ação: – Embora seja convertida a fenobarbital, ela mesmo tem mecanismo semelhante ao da fenitoína (bloqueia canais de cálcio) 35 PRIMIDONA • Farmacocinética – absorção oral completa com pico após 3 hs. – pouca ligação com proteínas plasmáticas (70% circulam livres). – metabolizada por oxidação a fenobarbital. Ambos são metabolizados por hidroxilação no anel aromático e eliminados na urina. 36 PRIMIDONA • Usos Clínicos – crises parciais e convulsões tônico- clônicas – crises generalizadas (grande mal), podendo ser mais eficaz que o fenobarbital. • Toxicidade: Semelhante a do Fenobarbital 37 ÁCIDO VALPRÓICO • Nome comercial: Depakene®, Valpakine® • Ácido carboxílico, ionizado no pH sanguíneo • forma ativa é o Valproato 38 ÁCIDO VALPRÓICO Ministrar com as refeições, alimento ou leite, para prevenir distúrbios gastrointestinais. Aumento de peso. Hepatotoxicidade Pancreatite aguda 39 PRIMIDONA Reduz a absorção de cálcio Reduz a absorção de ácido fólico Reduz a absorção das vitaminas B6 e B12. 40 ÁCIDO VALPRÓICO • Mecanismo de Ação – Como a Fenitoína e a Carbamazepina, o Valproato bloqueia o disparo de alta-freqüência de neurônios. – Inibe em altas concentrações a enzima GABA-T responsável pela degradação do GABA. 41 ÁCIDO VALPRÓICO • Usos Clínicos: –crises de ausência –convulsões generalizadas tônico- clônica e crises parciais. 42 ÁCIDO VALPRÓICO • Farmacocinética – bem absorvido por via oral, com pico de 2 horas. – possue um pKa de 4.7 e portanto encontra-se totalmente ionizado no plasma – distribuição se dá através dos fluidos extracelulares. – metabolizada por oxidação. 43 ÁCIDO VALPRÓICO • Toxicidade – Nausea, vômito e dores abdominais, ganho de peso e perda do cabelo. – Hepatotoxicidade 44 VIGABATRINA • Nome comercial: Sabrin® • Derivado quimicamente do GABA (gama vinil gaba) • Mecanismo de ação: – agonista do GABA. 45 VIGABATRINA • Usos clínicos – espasmos infantis – síndrome de Lennox-Gastaut - desordem na infância caracterizada por múltiplos tipos de convulsões refratárias à farmacoterapia , acompanhada de retardo mental 46 GABAPENTINA • Nome comercial - Neurontin® • Farmacocinética – Derivado quimicamente do GABA ( ligado a um anel ciclo-hexano) altamente lipofílico. – Eliminado pela urina com meia vida biológica entre 5 e 9 horas 47 GABAPENTINA • Usos clínicos - – epilepsia parcial – enxaqueca – dôr crônica – desordens bipolares 48 GABAPENTINA • Efeitos colaterais –sonolência, ataxia e tontura. 49 LAMOTRIGINA • Nome comercial: Lamictal • Mecanismo de ação – semelhante a Fenitoína e Carbamazepina, bloqueio dos canais de Sódio. 50 LAMOTRIGINA • Usos clínicos – epilepsia parcial e generalizada secundária – monoterapia para tratamento das convulsões tônico-clônicas generalizadas e parcias – síndrome de Lennox-Gastaut 51 LAMOTRIGINA • Efeitos adversos – tontura, ataxia, ,e distúrbios da visão • Cuidados com a dosagem nos tratamentos associados a outros anti-convulsivantes. 52 TOPIRAMATO • Nome comercial: Topax® • Farmacocinética – Rapidamente absorvido por via oral – Excreção urinária 53 TOPIRAMATO • Mecanismo de ação –Bloqueia parcialmente os canais de Na+ e ativa os receptores GABA-A pós-sinápticos 54 TOPIRAMATO • Usos clínicos – convulsões tônico-clônicas em adultos e crianças portadoras de epilepsia generalizada primária – síndrome de Lennox-Gastaut • Efeitos adversos – sonolência, fadiga, nervosismo e perda de peso 55 BENZODIAZEPÍNICOS • Praticamente todos apresentam ação anti-convulsivante –clonazepam - fármaco de escolha para epilepsia generalizada ou parcial –diazepam - fármaco de escolha para o estado de mal epiléptico 56 LAMOTRIGINA • Farmacocinética – Completamente absorvida por via oral – metabolizada no fígado - conjugação com glicurônico – meia-vida plasmática é de 24 a 35 horas – o valproato inibe a glicuronização - pode levar a níveis tóxicos da gabapentina. 57 ATENÇÃO FARMACÊUTICA • Convulsões: cuidados • Doença: preconceitos (contágio, retardo mental, hereditariedade) • Atividade físicas : seguras • Atividades sexuais: normais • Atividades `públicas : restritas • Site Liga Brasileira
Compartilhar