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1-INTRODUÇÃO 
 
O ano de 1846 representa um marco na história da medicina: é realizada a primeira cirurgia 
sob anestesia, a dor finalmente vencida. A partir de então, operações inéditas puderam ser 
executadas e novas técnicas cirúrgicas desenvolveram-se, pois o cirurgião não mais 
necessitava trabalhar com máxima rapidez para amenizar o sofrimento do paciente. 
 A anestesia realmente foi um triunfo para a cirurgia, porém só a anestesia não 
melhorou significativamente os resultados operatórios. Poucos dias após a intervenção o 
paciente desenvolvia febre alta, seguida de supuração da ferida com drenagem de grande 
material purulento. Progressivamente havia necrose e gangrena dos tecidos e a morte do 
paciente sobrevinha dias após, na maioria dos casos. Vária s foram as especulações a 
respeito do fenômeno não se encontrando solução adequada. 
 Semmelweis, em 1840, trabalhando em uma maternidade em Viena, observou que 
as pacientes acompanhadas por estudantes apresentavam maior incidência de febre 
puerperal do que aquelas acompanhadas por parteiras. Após muitas investigações algo lhe 
chamou a atenção: os estudantes dirigiam-se diretamente das salas de necropsia para as 
enfermarias, com as mesmas roupas e sem lavarem as mãos.Procurando resolver a questão, 
obrigou a todos lavarem as mãos em solução de água clorada, não mais permitindo a 
passagem direta das salas de necropsia para as enfermarias. 
 Os resultados em pouco tempo demonstraram redução sensível na porcentagem de 
febre puerperal. Apesar dos resultados, Semmelweis foi ridicularizado por alunos e 
professores, sendo mesmo afastado do serviço e sua hipótese ignorada. 
 Os trabalhos iniciados por Pasteur, em 1857, sobre o estudo de putrefação e 
fermentação colocam por terra a teoria de geração espontânea, demonstrando que a 
fermentação é causada por partículas minúsculas por ele denominados microorganismos. 
 Em 1860, Lister ao mesmo tempo em que toma conhecimento dos trabalhos 
executados por Pasteur observa que fraturas fechadas ao contrario das expostas, progrediam 
raramente para febre e supuração. Finalmente, em 1887, obtém êxito na intervenção 
cirúrgica de uma fratura exposta de rótula, fazendo a limpeza com solução de ácido fênico a 
5%. O paciente evoluiu sem apresentar sinais de febre ou formação de pus na ferida. 
Inicialmente houve resistência por parte dos cirurgiões da época em aceitar suas teorias, 
porém com o decorrer dos anos seus trabalhos tornaram-se universalmente conhecidos e 
aceitos. Lister é considerado o precursor da antissepsia. 
 Infecções hospitalares continuam sendo as principais complicações iatrogênicas, no 
entanto, podem ser evitáveis por meio da utilização das técnicas de esterilização e de 
antissepsia que visam atingir o estado de limpeza total (completamente livre de germes) 
denominado de estado de assepsia. 
1 Assepsia e antissepsia 
 
 
 
2 
 Tais técnicas têm, por muitas vezes, seus conceitos confundidos e até mesmos tidos 
como sinônimos, porém cada uma guarda particularidades, o que as tornam bastante 
diferentes. 
2-ESTERILIZAÇÃO 
 
Esterilização significa a destruição por completo e todos os microorganismos vivos, 
sejam eles patogênicos ou não. São esterilizados materiais metálicos, tecidos e vidrarias e 
antes que estes objetos sejam submetidos à esterilização devem ser realizado a limpeza dos 
mesmos, para que se remova a maior quantidade de detritos e microorganismos. 
 
3- TIPOS DE ESTERILIZAÇÃO 
 
3.1- CALOR SECO 
Existem vários meios de se obter a esterilização.Um deles é o 
calor seco que obtido através da utilização de estufas elétricas que 
promovem a oxidação do citoplasma dos microorganismos. São 
esterilizados por este meio, especialmente materiais metálicos como 
instrumentais, e vidrarias como os tubos de ensaios. Sabe-se que 
o calor de 180º C durante 30 minutos é o suficiente para eliminar 
todos os microorganismos. 
 Qualquer material é considerado não estéril a partir do momento 
em que este entra em contato com o ar que é contaminado.Antes destes 
objetos sofrerem qualquer processo de esterilização os mesmos são 
envolvidos em panos ou papeis apropriados o que garante uma maior 
durabilidade da esterilização que no caso das estufas elétricas é de duas a 48 horas. 
 
3.2- CALOR UMIDO 
 Conseguido através da utilização de autoclaves que 
fazem a associação de altas pressões com altas 
temperaturas, o calor úmido é letal para os 
microorganismos devido à coagulação das proteínas 
citoplasmáticas destes. 
 São esterilizados por este método especialmente 
matérias de borracha como as luvas e de tecido como, por 
exemplo, gorros, capotes, gazes e campos. 
 Após a esterilização por este método, os objetos 
deveram passar pelo processo de secagem que é realizado 
no interior da autoclave. 
 A durabilidade da esterilização empregando o calor 
úmido é, em média, de sete dias. 
 A fervura que por muitas vezes empregada como 
método de esterilização deve ser evitada visto que esta 
não consegue promover a destruição dos esporos que são 
formas bacterianas que resistem a condições inóspitas, 
visto que as mesmas possuem um intenso poder de 
desidratação. 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
3.3 – GASES 
 A esterilização empregando gases é comumente realizada, e um dos gases mais 
utilizados é o oxido de etileno, porém, para o emprego deste é necessário um equipamento 
especial, de alto custo, sendo este processo de esterilização mais utilizado por industrias 
que fazem a aplicação do mesmo em objetos que não podem ser submetidos às estufas e às 
autoclaves bem como no interior de embalagens de fios, agulhas e seringas. O oxido de 
etileno é tóxico e os matérias esterilizados por ele só podem ser utilizados sete dias após 
esterilização, a grande vantagem do emprego desta técnica é que a mesma apresenta a 
durabilidade de dois a três anos. 
 
4- ANTISSEPSIA 
 Antissepsia significa a destruição de microorganismos patogênicos sendo assim, é 
considerada também um sinônimo de desinfecção, porém a antissepsia é empregada apenas 
em tecidos vivos enquanto que a desinfecção é realizada em superfícies inanimada.Para a 
realização da antissepsia é necessário o emprego de substancias químicas, denominadas 
antissépticos. 
 
4.1- ANTISEPTICO IDEAL 
 O antisséptico ideal seria aquele que possuísse; 
1) Espectro de ação amplo; sendo eficaz no combate de diversos microorganismos, 
como: bactérias, fungos, vírus e inclusive esporos. 
2) Início de ação imediato 
3) Efeito residual prolongado, apresentando ação antisséptica horas após a sua 
primeira aplicação. 
4) Apresentar uma baixa toxicidade para os tecidos orgânicos, como pele e mucosas. 
 
4.2- ANTISSÉPTICO UTILIZADOS NA PRÁTICA 
 O antisséptico ideal não existe, porém, devem ser utilizadas substancias que 
agrupem a maior quantidade possível de propriedades da antisséptico ideal. 
 
 
 
 
a) Álcoois 
Esses antissépticos já foram utilizados com bastante 
freqüência na antissepsia da pele para a aplicação de injetáveis, 
porém apresentam um efeito residual diminuto e um espectro de 
ação limitado. Atualmente estão sendo substituídos por 
substancias a base de cloro e iodo. 
 
 
 
4 
 
b) Aldeídos e derivados 
 
c) Agentes oxidantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atuam oxidando o sistema enzimático dos germes. O 
destaque deste grupo é o peróxido de hidrogênio (água oxigenada). 
Estes compostos possuem um efeito residual curto e estão entrando 
em desuso, visto que, são radicais livres que dificultam a 
cicatrização. 
 Apresentam um elevado poder germicida, 
combatendo inclusive esporos, porém quando 
utilizados por muito tempo são irritantes para pele e 
mucosas. 
d) Halogênios e derivados 
 Este grupo é composto por substanciasa base de cloro e 
iodo.Apresentam grande eficácia no combate aos 
microorganismos, eliminando até mesmo os esporos.São 
recomendados em cirurgias de longa duração devido ao seu 
amplo efeito residual. 
 O destaque deste grupo vai para o PVPI conhecido 
comercialmente como Povidine, vale a pena ressaltar que esta 
substancia não deve ser utilizada em lesões, pois diminui a 
quimiotaxia dos neutrófilos além de promover a citólise destas 
células.Em tecidos lesionados e em pessoas que possuem 
sensibilidade ao iodo são empregadas substancias a base de 
cloro como a Clorexidine. 
 
 
 
5 
 
5- MANUTENÇÃO DO ESTADO DE ASSEPSIA 
 
 Os componentes básicos dos procedimentos assépticos são o centro cirúrgico, o 
paciente, a equipe cirúrgica e os instrumentos, sobre os quais se aplicam cuidados especiais 
para que o estado de assepsia seja mantido. 
 
5.1- CENTRO CIRURGICO 
 
Deve ser projetado em ambiente isolado, sendo o ideal aquele que não oferece 
qualquer risco de contaminação bacteriana ou viral, para isto deve-se instituir regras 
rigorosas relacionadas aos indivíduos que nele entram. 
 Deve sempre ser vedada à entrada ou permanência nos centros cirúrgicos de pessoas 
com lesões cutâneas não cicatrizadas ou com infecções de vias aéreas. 
 No centro cirúrgico distinguem-se três áreas de relevância a técnica asséptica, que 
são: zona de proteção, zona limpa e zona asséptica ou estéril. 
 
1.1-ZONA DE PROTEÇÃO 
 
Corresponde ao local de transito da equipe cirúrgica, incluindo os vestiários onde 
serão abandonadas as roupas rotineiras e vestidas roupas apropriadas para adentrar o Centro 
Cirúrgico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Vestiário da Equipe Cirúrgica: com armários para a de toda a roupa de cada elemento que irá trafegar no 
ambiente cirúrgico, além do local onde está disponível o uniforme próprio do centro cirúrgico, de cor 
diferente dos usados nas demais áreas do hospital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
1.2- ZONA DE TRANFERÊNCIA 
Corresponde ao local onde os pacientes são passados das macas de suas respectivas 
unidades de internação para macas que só trafegam no Centro Cirúrgica, evitando assim a 
contaminação do ambiente cirúrgico pelas rodas das macas advindas de outros locais do 
hospital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Porta da Zona de transferência, como pode ser visto, a mesma não abre por completo, impedindo 
assim, a passagem da maca das unidades de internação para o interior do centro cirúrgico. 
 
2- ZONA ASSÉPTICA 
 É também denominada de zona estéril é constituída pelas salas de operações, onde 
são realizadas as cirurgias, e a sala de subesterilização, esta é dotada de uma autoclave para 
que seja esterilizado qualquer material que por ventura tenha sido contaminado e que seja 
imprescindível na realização daquela cirurgia. 
 O acabamento de um centro cirúrgico é o somatório de detalhes que conjuntamente 
irão influir na eficiência e segurança das atividades desenvolvidas no interior do mesmo. 
 
PISO 
 O piso deve ser de material resistente, não poroso, de fácil visualização de sujeiras, 
livre de ralos e frestas que possam facilitar o acumulo de microorganismos, além de formar 
cantos arredondados com as paredes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
PAREDES 
 As paredes devem ser lisas, sem frestas, apresentando cantos arredondados, para 
facilitar a limpeza e evitar o acumulo de poeira, devem ser pintadas com cores 
tranqüilizantes como o verde, por exemplo, além de não possuir ar condicionado e janelas 
acopladas a mesma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTAS 
 As portas de uma sala de operações são abertas um número significante de vezes 
durante a atividade em uma sala cirúrgica.Para diminuir a turbulência das correntes de ar, 
recomenda-se um sistema de pressão positiva no interior das salas de operação. As portas 
também devem ser dotadas de visores de vidro para facilitar a visão entre os dois ambientes 
e diminuir o número de aberturas desnecessárias da porta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
FORRO 
 
 O forro deve ser liso formando cantos arredondados com as paredes, ale de possuir 
luminárias embutidas e apresentar uma central de ar condicionado acoplada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3- ZONA LIMPA 
 A zona limpa é considerada uma zona de transição entre as zonas de proteção ou 
transferência e a zona asséptica ou estéril.Tal zona é composta por vários setores de 
serviços auxiliares para a realização dos atos cirúrgicos. 
 
 
SALA DE RECUPERAÇÃO DO PACIENTE 
 
 Ao termino do ato cirúrgico os pacientes que se destinam às enfermarias ficam em 
observação nesse local, sendo transferidos após estarem recuperados e considerados fora de 
risco imediato. 
 
SALA DE SERVIÇOS AUXILIARES 
 
 Reservada para a realização de exames laboratoriais urgentes, bem como estocagem 
de sangue ou medicação em geladeira. 
 
SALA DE EQUIPAMENTOS 
 
 É utilizada para a colocação de aparelhos de uso eventual ou de rotina nas 
operações. 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
SECRETARIA 
 
 É a unidade central do Centro Cirúrgico, de aonde partem todas as diretrizes para os 
vários setores do ambiente cirúrgico e constitui também o local de contato com as demais 
áreas do hospital. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONFORTO MÉDICO 
 
É a sala de estar, destinada ao pessoal médico de plantão ou que aguarda o momento 
da cirurgia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 
SALA DE MATERIAIS 
 
Destina-se a guardar e estocar todos os materiais para uso imediato nas cirurgias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAVABO 
 
 Fica próximo às salas de operação, tendo torneiras de água, escovas estéries, sabão, 
aparelhos dispensadores e borrifadores. È uma peça fundamental para a antissepsia da 
equipe cirúrgica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.2- PACIENTE 
 
 
 
 
11 
 É a fonte mais importante de contaminação na sala de cirurgia, sendo que seu 
preparo deve se iniciar na véspera dos procedimentos eletivos. 
 O doente precisa receber vários cuidados por parte da equipe cirúrgica. O cuidado 
não deve ser limitado somente a área correspondente à futura ferida operatória e sim, ao 
paciente como um todo, estendendo-se as suas roupas pessoais e de cama. 
 
1-BANHO 
 
 O preparo da pele do paciente antes de uma incisão é um dos métodos mais 
importantes para redução da infecção. O banho no dia da cirurgia tem sido contra indicado 
por aumentar a difusão de germes, visto que com o uso de detergentes, a gordura existente 
na pele é removida e há descamação acentuada, veiculando maior quantidade de germes. 
Contudo, como o clima de nossa região é extremamente quente, permite-se que o banho 
seja tomado até 8 horas antes da cirurgia. 
 
2-TRICOTOMIA / EPILAÇÃO 
 
 Só deve ser empregada quando se prevê que o pêlo possa interferir no processo 
cirúrgico. Quando necessária, deve ser realizada o mais próximo possível do momento da 
cirurgia, visto que freqüentemente ocorrem escoriações que podem evoluir para infecções. 
Estudos recentes demonstram que a tricotomia deve ser em área limitada a incisão 
cirúrgica, exteriorização de drenos e fixação de curativos, bem como realizada de 
preferência, com o auxílio de creme depilatório ou depiladores elétricos, ao invés do uso de 
lâminas.É preferível que se faça a epilação que consiste na simples aparação dos pêlos, e 
desta forma evita-se a ocorrência de lesões. 
 
3-ROUPAS 
 
 É recomendável que o doente seja introduzido na sala de cirurgia sem os lençóis e 
cobertores com que saiu da enfermariaou quarto, pois estes são geralmente fonte de 
infecção. Não é admissível a entrada na sala de operações de pacientes com próteses, anéis, 
cordões, brincos e outros. 
 
4-ANTI-SEPSIA 
 
 Na sala de operações a pele é preparada com substância à base de iodo (Betadine*) 
ou clorexidine; os detergentes anti-sépticos à base de clorofeno são utilizados nos 
indivíduos com sensibilidade cutânea ao iodo. Estes compostos são aplicados na área onde 
se planeja realizar a incisão. 
 As soluções mais utilizadas para anti-sepsia são os iodóforos (Betadine*). O iodo é 
reconhecido como antimicrobiano de amplo espectro, com atividade contra fungos, vírus e 
bactérias. Compostos de iodo altamente complexos são muito estáveis, não possuem odor e 
são menos irritantes para os tecidos do que a tintura de iodo. Após o contato com a pele, 
estes complexos liberam iodo lentamente, promovendo atividade prolongada. 
 A técnica mais aceita para limpeza da pele do paciente consiste em iniciar pela área 
onde será feita a incisão e considerar esta porção mais limpa. A gaze contaminada nunca 
 
 
 
12 
deve ser recolocada na solução anti-séptica.Jamais realizar o procedimento da periferia para 
o local da incisão. 
Em cirurgias gastrointestinais, o campo operatório é dividido em quadrantes. O 
primeiro passo é embeber a gaze estéril em solução anti-séptica e delimitar com um 
quadrado ou retângulo o campo operatório. O limite superior é uma linha que tangencia a 
união dos mamilos, o limite inferior é outra linha que tangencia a raiz das coxas, e 
lateralmente a antissepsia é delimitada pela linha hemiclavicular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em seguida, com outra gaze com anti-séptico, limpa-se a cicatriz umbilical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
 
Com uma terceira forma-se quadrantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sendo cada um será limpo com uma gaze diferente no sentido do centro (local onde 
será realizada a incisão) para a periferia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 Até que a antissepsia seja realizada por completo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.5-CAMPOS OPERATÓRIOS 
 
 Campos são pedaços de tecidos grossos de formato quadrado ou retangular de 
dimensões variadas utilizado para delimitar e isolar o campo operatório. O primeiro campo 
a ser colocado é o superior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Posteriormente, faz-se a colocação do campo superior, que é erguido formando a 
tenda do anestesista. O cirurgião ficará localizado posterior à tenda monitorando o 
metabolismo do paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
Por fim são colocados os campos laterais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fixados entre si por meio de pinças de campo (Backhaus) ou por pontos de reparo. 
que podem unir os campos ou então unir os campos à pele do paciente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.3- EQUIPE CIRÚRGICA 
 A preparação e conduta da equipe cirúrgica são de grande importância no 
tratamento asséptico do paciente. A contaminação é diretamente relacionada com o número 
e trânsito de pessoas na sala. 
 A equipe cirúrgica é composta pelo cirurgião, auxiliares, instrumentador e 
anestesista. Sua constituição é extremamente variável, estando em estreita relação com o 
tipo e porte da intervenção a ser realizada. 
 
1-BANHO 
 
 Deve ser evitado momento antes da cirurgia, pelo mesmo motivo que é contra 
indicado para o paciente. A propagação de germes é maior no período de 30 a 90 minutos 
após o banho, diminuindo progressivamente até estabilização em 2 horas. 
 
 
 
16 
 
 
2-ROUPAS 
 
 As roupas rotineiras devem ser trocadas antes de se adentrar no ambiente cirúrgico. 
São vestidas calça e blusa após a retirada de toda a roupa anteriormente usada. 
 
3-GORROS E TOUCAS 
 
 Devem cobrir todo o couro cabeludo, impedindo que os cabelos sejam fonte de 
contaminação. Pessoas de cabelos longos devem dar preferência às toucas com elástico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4-MÁSCARAS 
 
 Devem recobrir confortavelmente a boca e o nariz, porém deve estar justa o 
suficiente para impedir o efeito de projétil produzido ao se falar e respirar. Até 40% da 
equipe cirúrgica carreiam S.aureus em suas cavidade oral e nasal. 
 Deve ser evitada a expiração forçada como tosse e espirro, bm como a fala 
excessiva para aumentar a sua segurança. A máscara deve ser repetidamente trocada 
durante as operações duradouras, uma vez que sua eficiência progressivamente decresce. 
 
 
5- ÓCULOS 
 
 Podem ser utilizados com anteparos laterais para proteger os olho sempre que 
houver a possibilidade de borrifos ou respingos de sangue ou líquidos corporais. 
 
 
6- MÃOS 
 
 
 
 
17 
 A equipe cirúrgica deve escovar as suas mãos e braços até os cotovelos com uma 
solução anti-séptica antes de cada cirurgia. Agentes como iodóforos e clorexidina 
associados a um detergente provaram ser eficazes. Não foi observada diferença entre 
tempos de escovação de 3 a 5 minutos e tempos maiores, ou entre o uso de uma esponja e 
de uma escova. Mais recentemente há grandes evidências de que a simples lavagem das 
cumpre a função de escovação dos membros, limitando este procedimento às unhas. 
 O anti-séptico ideal deve ter amplo espectro de ação, alto poder germicida, atuando 
de forma rápida e prolongada sobre microrganismos e que mantenha a sua ação mesmo na 
presença de líquidos orgânicos. 
 UZEDA e col. Estudaram a ação imediata de alguns produtos (sabões e ou anti-
sépticos) utilizados em larga escala, tais como: clorexidina a 4%, propileno glicol, irgasan 
DP-300, sabão de coco (óleo de coco de babaçu, hidróxido de sódio, carbanato de cálcio, 
cloreto de sadio e água), PVPI e álcool isopropílico a 70% determinam redução 
estatisticamente significativa em relação aos demais, sendo, portanto, considerados 
eficientes na redução da microbiota das mãos. 
 A limpeza das mãos deve ser realizada em duas etapas: 
 
6.1 -DESINQUINAÇÃO 
 
Consiste na limpeza da pele para remoção da flora superficial nela existente.Este 
processo requer a escovação da pele com água e sabão em abundância. Pela possibilidade 
de as escovas veicularem infecções das mãos de um cirurgião para o outro é recomendada a 
esterilização ou descarte das escovas após suas utilizações. 
 Os lavabos dispõem de torneiras com braços longos para facilitar o fechamento das 
mesmas com o auxilio de pequenos movimentos com o cotovelo. A água deverá ser 
despejada mãos do cirurgião. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Posteriormente, com os pés, ele pressionará a bomba do aparelho dispensador que 
despejará o antisséptico degermante, isto é , que produzira espuma no momento da 
escovação. 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÞTécnica de escovação: deverá sempre ser iniciada pelas unhas, e a escova que foi 
utilizada deverá ser desprezada. mãos, caminhando no sentido do cotovelo que será a zona 
de transição entre a parte limpa (antebraço) e a parte contaminada (braço). A seqüência de 
escovação deve ser: 1- face-palmar; 2-face dorsal das mãos; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Posteriormente faz-se a escovação das mãos, caminhando no sentido do cotovelo 
que será a zona de transição entre a parte limpa (antebraço) e a parte contaminada (braço). 
A seqüência de escovação deve ser: 
 
 1-face-palmar 2- face dorsal das mãos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
 3-interdígitos 4- face anterior do antebraço; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5-faceposterior do antebraço 6- Remoção do Antissépico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A posição correta para a lavagem das mãos deve ser com estas em um nível acima 
dos cotovelos, de modo que a água e o sabão utilizados na desinquinação escorram da área 
limpa (mãos) para a área contaminada (cotovelos). A secagem das mãos deverá ser 
realizada nesta mesma posição, com movimentos compressivos, e não de fricção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2- ANTI-SEPSIA COMPLEMENTAR 
 
 Após a secagem das mãos e antebraço com compressa estéril, deve ser procedida a 
aplicação da solução anti-séptica complementar com álcool iodado ou 
poliviniliodopirrolidona (PVPI) tópico, isto é, que não produza espuma.Esta aplicação pode 
ser realizada de duas maneiras: uma em que um circulante irá borrifar o antisséptico nas 
mãos do cirurgião ou em que o antisséptico seja despejado através de um aparelho 
dispensador. É conveniente que a secagem da solução se faça pela evaporação, deixando 
que se forme uma película sobre a pele que aumentará seu efeito residual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7- AVENTAIS OU CAPOTES 
 
 NEUBER (1882) propôs o uso de aventais cirúrgicos em substituição as tradicionais 
casacas e sobrecasacas. Os aventais quando confeccionadas em tecido de malha frouxa, 
como os usuais, são ineficazes para impedir a contaminação, logo são feitos de tecido 
vegetal ou sintético, devendo se estender até abaixo do nível dos joelhos, possuindo mangas 
compridas com punhos elásticos. São dotados de cinto ou cordões para a sua amarração. 
Têm como finalidade a formação de barreira estéril entre as superfícies contaminadas e o 
campo operatório. 
 
 
 
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 Para a colocação do avental deve-se manipular apenas a usa face interna na região 
da gola para que ele se desdobre. Depois são introduzidas as mãos em direção as mangas e 
após estas terem ultrapassado os punhos, os cintos deverão ser apresentados para que o 
circulante proceda a amarração. 
 Os pontos vulneráveis de um avental são: região das golas, punhos e barra inferior. 
Estudos de penetração bacteriana no material do avental mostraram que a contaminação é 
maior com o pano, menor com o papel e mínima com o plástico. O uso de aventais 
descartáveis foi associado a uma redução significativa no número de infecções da ferida 
operatória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Os pontos vulneráveis de um avental são: região das golas, punhos e barra inferior. 
Estudos de penetração bacteriana no material do avental mostraram que a contaminação é 
maior com o pano, menor com o papel e mínima com o plástico. O uso de aventais 
descartáveis foi associado a uma redução significativa no número de infecções da ferida 
operatório, porém na maioria das vezes, após a utilização, os capotes são desprezados em 
cestos, de onde serão recolhidos para sofrerem esterilização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 - LUVAS 
 
 Possuem dupla função: proteger o pacientes da mão do cirurgião e proteger o 
cirurgião de sangue potencialmente contaminado. Introduzidas no meio médico por 
HAlSTE (1889) para proteger as mãos de sua instrumentadora, alérgica ao ácido carbólico, 
substância então utilizada para a esterilização. São feitas de látex e preparadas com talco 
em seu interior para o fácil calçamento. Os tamanhos variam de 6 a 8. 
 O cuidado principal no calçamento está em não tocar com a mão nua as faces 
externas da luva, assim como não tocar, com a mão já enluvada, as faces internas, 
superfícies ou objetos contaminados. Para a retirada do talco de sua face externa, pode-se 
faze-la com o auxílio de uma compressa umedecida em soro fisiológico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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