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Scanned by CamScanner 1 SOBREVIVENCIA E PRODUTIVIDADE ''A produtividade e aumentada pela melhoria da qualidade. Este fato e bem conhecido por uma seleta minoria" W E. DEMING<1> ~ mundo esta passando ~or uma fase de mudanc;as muito rapidas. O leitor poss1velmente nunca esperana ver, em sua vida, a queda do Muro de Berlim. Caiu o mur~ ~ tudo que :stava atras. No entanto, estas mudanc;as sao apenas parte da rap1da evoluc;ao so_cial, tecnol6gica e sobretudo mental que a humanidade vem experimentando. Estas mudanc;as tern trazido ameac;a a sobre- vivencia das empresas em todo mundo pelos mais variados motivos (imagine-se proprietario de uma empresa): - seu produto perdeu atualidade pelo lanc;amento de um outro produto melhor e mais barato; - certos paises, no desespero de conseguirem divisas, baixaram o prec;o interna- cional de seu produto fazendo com que sua empresa perdesse competitividade; - seus concorrentes ja utilizam novos equipamentos que tornaram o seu proces- so ineficaz para o novo nivel de qualidade e tecnol6gico colocado no mercado; - certos pafses impoem exigencias normativas diffceis de serem alcan<;adas com seu atuaJ processo; etc. Esta e a condic_;ao caracterfstica da era em que vivemos: empresas ate entao aparentemente inexpugnaveis podem, devido as rapidas mudanc;as, ter sua sobre; vivencia ameac;ada. Todos n6s conhecemos exemplos no Brasil e no exterior. E por este motivo que a preocupac;ao atual da alta administrac;ao das empresas em todo mun do tern sido desenvolver sistemas administrativos (software) suficiente- rnente fortes e ageis de tal forma a garantir a sobrevivencia das empresas. Como sera demonstrado ao longo deste capf tulo, 9 _obje_tL o <la utilizac;aC? do TQC ("Total Quality Control", ou CQT - Controle da Qualidade Total), como abordagem gerencial .nas empresas, e justamente criar condi<;6es internas que 'garant~m a sobreviy_encj a das organiza<;6es a _longo prazo. Scanned by CamScanner I I. I. 'ONCEITO OE QUALIDADI•: Por que · h razdo 'r umano Sl' on llni:tcJ, «m:-,l ltuinclo Ptnpr ·~ , · ~ ·ol.i<i, clubes, hospitai gov~rnos, >t .'? Pure\ r •spond<'r ct l' ·tri p •1q11nkt ~<·t11pr · olid tQ a meus leitores que imagin m no · 't..l onui~u humctna : .. . ' ld fflO vivendo t'M T(•rr • que e um planeta aproxim 1d m >nt ·f ~rl ·o J · tn ·1,,1 I quldu om .c~r rt de 6.000km de raio, cuja superffcie uma fin. ca · ·'"' solldi fi ,1d( <l • ()kn1 I , w.p ... ,. sura, o que corresponde a um milesimo do seu raio. iramos a umn vf' lo Jdhd supers6nica em torno do Sol todo est :1 conjunto victja pnra cllyurn lu ar d <>· nhecido. Diante deste quadro qual poderia er o obj llvo d · ' r humuno nc Terra, senao sobreviver da form a ma is amena :_) agrad v~l po ~sfv I?" Pelo raciocfnio acima, fica mais facil responder pergunt lo da ini icil- mente: - "o grande objetivo das organiza~oes humanas e atend r as necessldades do ser humano no sua luta pela sobrevivencia no Terra". · Diante disto podemos tambem definir mais facilmente o que e qualidade. No contexto do que foi dito acima, um produto ou servic;o de qualidade e aquele que atende perfeitamente, de forma confiavel, de forma acessfvel, de forma segura e - no tempo certo as necessidades do cliente. Portanto, em outros termos pode-se dizer: a .... que atende perfeitamente ... = Projeto Perfeito b . ... de forma confiavel... = Sem Defeitos c .... de forma acessfvel. .. d ... . de forma segura .. .. e .... no tempo certo .. . = Baixo Custo = Seguran~a do Cliente = Entrega no prazo certo, no local certo e na quantidade certa Estas coisas parecem evidentes e as vezes somos ate levados a pensar que ja as conhecfamos. No entanto outro dia assisti pela televisao a um debate sobre a ''briga do autom6vel" entre os EUA e Japao e ouvi do presidente de uma grande montadora de autom6veis americana o seguinte: - " ... nossos carros sao tao bons quanto os japoneses. Como os senhores podem ver nesta tabela, o numero de defeitos ap6s a venda e o mesmo" . Este senhor possivelmente nao entendeu ainda 0 que e qualidade, pois aparentemente ele pensa que qualidade e s6 ausencia de defeitos. Nao e difkil imaginar um autom6vel sem def eitos, mas de um modelo ou pre~o que ninguem queira comprar. 0 verdade!ro criteria da boa qualiqade e a prefererycia ~o- con- / -- - - ·-_... ...._. sumidor. E isto que garantira a so revivencia _cie. sua ~mpresa: a preferencia do co~~midor pelo seu produto em rela~ao ao seu concorrente, hoje e no futuro. Scanned by CamScanner r I , I • 1 I L2. CONCEITO DE PRODUTIVIDADE Aumentar a produtividade e produzir cada vez mais e/ou me!h.P? com cada vez menos. l?od~ pois, representar a produtividade como o ~ociente entre o que a empresa_pro._duz (''OUTPUT") e o que ela con5ome INPUI" : PRODUTIVIDADE = OUTPUT INPUT 0 ser humane se organiza em empresas, escolas, hospitais, clubes, prefeituras, etc, para tornar sua vida mais amena e confortavel; para garantir a sua sobre- vivencia. Estas organizac;6es tern, pois, uma (mica grande missao final: satisfazer as necessidades do ser humane. Estas organizac;6es (ou sistemas) produzem produtos/servic;os ("OUTPUT"} para atenderem as necessidades dos clientes ("o cliente e 0 rei'' ). Estes produ- tos/servic;os devem ser especificados, projetados e produzidos de tal forma a terem '{A1==._0R, ou s~jaJ serem necessaries, desejados e ambicionados pelos clientes._ 0 PRE<;O e func;ao deste VALOR. Cobra-se pelo valor que se agrega. Seo valor nao suplantar o prec;o, as vendas caem e e entao necessario dar desconto. Por outro lad9, se a em_presa for capaz de agregar muito valor por um baixo custo, ela do- minara o mercado, pois os consumidores, evidentemente, sempre procurarao o f!laximo V.~/JR pelo seu dinheiro. Este valor deve ser agregado ao menor custo ("INPUT"). 0 custo representa os valores que a organizac;ao retira da sociedade e aos quais agrega valor para esta mesma sociedade, como mostra a Figura 1.1. Desta maneira, substituindo~e_na eqµ~ ao anterior, OUTPUT por VALOR PRODUZIDO E INPUT por VALOR CONSUMIDO poderemos visualizar a produ- tividade como Taxa de Valor Agregado: PRODUTIVIDADE = VALOR PRODUZIDO = Taxa de valor agregado VALOR CONSUMIDO Para aumentar a w..odutivig age _d uma organiza ao _hu.rna a deve-se agregar o maximo de valor (maxima satisfa<;ao das necessidades dos clientes) ao menor custo. Nao basta aumentar a quantidade produzida, e necessario que o produto tenha valor, que atenda as necessidades dos clientes. Quanto maior a produtividade de uma empresa, mais util ela e para a sociedade, pois esta atendendo as necessidades dos seus clientes a um baixo custo. 0 seu lucro decorrente e um premio que a sociedade lhe paga pelo born servi~o prestado e um sinal de que deve crescer e continuar a servir hem. Scanned by CamScanner ( s t 'rm ' '1valor produzido" e "valor consumido" podem ser substitufdos por "quuliddd /' (:! "cu to ·" re pectivamente: PRODUTIVIDADE = QUALIOADE CUSTOS ·ta defin i~<lo de produtividade torna clara a afirmac;ao do Prof. Deming de qu " a produtividade e aumentada pela melhoria da qualidade e que este fato era de domfnio de uma ·~ leta minoria. - 0 · termo "valor produzido" e "valor consumido" pod em ainda ser substituf- dos por "foturamento'' e "custos" e teremos af uma nova maneira de definir pro- dutividade: PRODUTIVIDADE = FATURAMENTO CUSTOS A defini c;ao de produtividade como o quociente entre o_faturamento e os cus- tos tern a grande vantagern de, alem el e-var em conta todos os fatores internos da empresa (taxa de consume de materiais, taxa de consume de energia e taxa de utiliza<;ao de informac;ao) , incluir o cliente como fator decisive de produtivi- dade. Se o cliente nao quiser comprar, por ma 1or que seja a eficiencia <la empre- sa a produtividade caira . A definic;ao de produtividade, como colocada. serve para qualquer instituic;ao: empresa manufatureira, empresa de servic;os, hospitais, hoteis. prefe ituras, etc . .1.3. COMO MELHORAR A PRODUTIVIDADE As organizac;6es humanas sao constitufdas de tres elementos basicos: a . Equipamentos e materiais ("HARDWARE'' ) b. Procedimentos ("SOFfWARE"), tambem entendidos como "maneira de fazer 0. as coisas"' metodos c. Ser humano ("HUMANWARE") Como entao preparar estas organiza~oes humanas para que tenham a maxima produtividade? Uma resposta bem 16gica seria: melhorando o "hardware". o "soft- " "h ,, ware e o uma nware . . f' Como melhorar o "hardware"? Para melhorar o "hardware" e necessario fazer "APORTE DE CAPITAL.' . Havendo capital, pode-se comprar qualquer equipa- me nto ou ma teria -prima desejados e com isso inegavelmente melhorar a produ- tividade. O impedimento, neste caso, e que nem sempre o capital e disponlvel. 4 Scanned by Cam Scanner . ---- -- - ---- -- ' MATERAIS SISTEMA (ORGANIZAyAO HUMANA) INPUT (,- - ENERGIA I J "HAR DWARF EQUIPAMENTOS E MATERIAIS "HARDWARE' Ji . ~ I CLIENTE ELEMENTO HUMANO I INFORMA~AO I .. - - - - - - - - - - - - - CUSTOS "SOFTWARE" PROCEDIMENTOS PRODUTO__,........ ---8ERVl~O FATURAMENTO Figura 1. 1: Produtividade como taxa de valor agregado. j Scanned by CamScanner 'I Como melhorar 0 "software"? S6 e possfvel melhora r OS procedimentos ou metodos de uma organiza<;ao por meio das pessoas. Nao e possivel simplesmente comprar um procedimento sem que este processo passe pelas pessoas. As p€ssoas podem absorver OU desenvolver metodos OU procedimentos. Portanto 0 de~n~ volvimento do Hsoftwilre" depende do desenvolvimento do "humanware". :,. Como melhorar o "humanware"? Para melhorar o ser humano e neces~ario fazer "APORTE DE CONHECIMENTO". Como diz o Prof. Deming'!}: ''There is no substitute for kwowledge'' (nao existe substituto para o conhecimento). 0 conhe- cimento pode ser levado as organiza<;6es de varias maneiras: pelo recrutamento de pessoas bem-educadas (aqui entra o valor da educa~ao basica fomecida ao indivfduo pela sociedade), pela continua educac;ao dos empregados em cursos formais , pelo auto-aprendizado pelo treinamento no trabalho, pela assistencia tec- nica adquirida de outras empresas (contato com pessoas de outras organiza«>es), pelo contato com consultores, etc. 1 · Portanto, considerando-se apenas os fatores internos de I 1 uma or9.~~!~ar;ao, a produtividade s6 pode ser a~mentadaj'' 1 pelo aporte de capital e pelo aporte de conhec1mento. l . - Esta conclusao e valida para qualquer organiza<;ao human.a , desde uma pequena loja, passando por grandes empresas, ate mesmo para palses. Qua] seria um born programa de governo? Certamente criar condic;oes para o aporte de ca- pital a economia (poupan<;a interna e externa) e educac;ao popular em massa. Nao se pode economizar em educa<_;ao. Estas deveriam ser as grandes prioridades de qualquer organizac;ao, sejam empresas ou na<;6es. No entanto, o aporte de conhecimento e o aporte de capital tern caracteristi- cas distintas: ;-' a. 0 aporte de capital tern retorno baixo, inseguro 'e variavel (10-20% ao ano em condic;oes estaveis); o aporte de conhecimento tern retorno elevadfssimo JlJ~ de diffcil avaliac;ao. Fizemos, junta com companheiros de duas empresas brasileiras, uma avaliac;ao do retorno sabre o aporte de conhecimento em um programa de Qualidade Total e encontramos algo em torno de 30.000% ao ano! Mesmo que tenhamos errado numa ordem de 10 ou 100, ainda assim a taxa de retorno sabre investimento em. educac;ao e muito maior. -1. b. 0 aporte de capital pode ser feito em curto espac;o de tempo. Havendo di- nheiro compra-se o que se desejar. No entanto, o aporte de conhecimento s6 pode ser feito de forma lenta e gradual pois o ser humano e limitado na sua velocidade de aprendizado (ver conceito de potencial mental em Maslow12i). Se assim nao fosse, nao seriam necessaries cinco anos para lecionar o curso primario, sete anos para o secundario e cinco anos para o superior! Scanned by CamScanner c. 0 aporte de capital s6 d pende da disponibilidade financeira . 0 aporte de co- nhecimento depende da vontade das pessoas de aprender. Oepende de sua vo- luntariedade. Depende de sua motivac;;ao (ver Maslow111) . Se a pessoa nflo sen- tir vontade nao ha coma aprender. Uma reflexao sabre estas afirma~6es nos levaria a base conceitual de um pro- grama de etumento de produtividade: a . Para aumentar a produtividade, com alto retorno sabre o investimento, e necessario fazer ''aporte de conhecimento ' de tal maneira a aumentar o "ATIVO DE CONHECIMENTO" da empresa. Este ativo esta na cabe<;a das pes- soas e com ele e possfvel desenvolver e absorver "software"; b. Reconhecendo a limita<;ao humana na velocidade do seu aprendizado, este aporte de conhecimento deve ser contfnuo, isto e, por toda a vida do empre- gado; Reconhecendo a necessidade da voluntariedade no aprendizado para que o aporte de conhecimento seja 0 mais rapido possfvel, e necessario gerenciar toda a empresa para que o moral das equipes seja elevado; d. Reconhecendo a existencia do "ATIVO DE CONHECIMENTO" na cabecsa das pessoas, e necessario criar condi~6es que evitem a safda das pessoas da empre- sa. Esta safda traria como conseqilencia um "vazamento" deste ativo. A decantada "estabilidade no emprego" nao deveria ser meta dos sindicatos mas sim dos empresarios. e. Reconhecendo que um programa de qualidade e produtividade e essencial- mente um programa de "aporte de conhecimento", para que ele seja realmente absorvido pela empresa e necessario tempo. Uf!1 programa de qualidade bem conduzido leva algo em torno de cinco anos. E como se a empresa estivesse fazendo o seu "curso superior". Os resultados sao lentos e graduais, mas defi- nitives. 1.4. CONCEJTO DE COMPETITIVIDADE -) Ser competitive e ter a maier produtividade entre todos os seus concorrentes (produtividade como definida no item anterior) . 0 que realmente garante a sobrevivencia <las empresas e a garantia de sua competitividade. No entanto, estas coisas estao todas interligadas: a garantia de sobrevivencia decorre da competitividade. a competitividade decorre da produ- tividade e esta da qualidade (valor agregado), como mostra a Figura 1.2. Scanned by Cam Scanner PROJETO PERFEITO COMPETITIVIDADE PRODUTIVIDADE QUALIDADE (PREFE~ENCIA DO CLIENTE) FABRICA<;AO SEGURAN<;A ASSISTENCIA ENTREGA NO PERFEITA DO CLIENTE PERFEITA PRAZO CERTO Figura 1. 2: lnterliga9ao entre os conceitos. GUSTO BAIXO Scanned by CamScanner Antigamente pensava-se qu l , · b · , . . e sa ano a1xo ou proximidade de materias-primas ou recursos energettcos senam 0 suf · t . f d d . icien e para garantir a vantagem competitiva. ~oJe tern tea ~ ca a ve~, mais claro que o cornponente INFORMA<;AO ( conhe- cimento que ahmenta o humanware" que dese 1 " ftw ,, ) ..(. d f t . , nvo ve o so are ~ e a o rnuito importante. Este conhecimento e 0 ne , · cessano para: - Saber captar as nec~ssidades dos clientes por meio de metodos e instru- mentos cada vez mats sofisticados. - Saber pes~uisar e desenvolver novos produtos que melhor se adaptem aque- las necess1dades. - s.aber pesquisar e ?esenvolver novos processos que garantam melhor qua- ltdade de conform1dade e custos mais baixos. - Saber gerenciar sistemas administrativos que conduzam a maior produtivi- dade. - Saber comercializar e dar assistencia tecnica aos clientes. Esta necessidade de conhecimento ira inevitavelmente conduzir as empresas a uma eleva<;ao do nfvel de qualifica~ao da mao-de-obra como meio de aumentar a sua competitividade. 1.5. CONCEITO DE SOBREVIVENCIA 0 conceito de sobrevivencia da empresa a longo prazo decorre dos conceitos previamente discutidos. Em resumo,jlarantir a sobrevivencia de uma _em resa e cultivar_uma eqyipe de essoas _ ue saiba montar e o erar_u~lstemq, ewe seja capaz de projetar ~m roduto que con uiste a referenda do~onsumidor a um custo inferior ao de seu concorren . Estamos, pois, falando de QUALIDADE, que e a essencia deste texto. A Figura 1.3 ilustra o conceito de sobrevivencia. 1.6. TOPICOS PARA REFLEXAO PELOS "GRUPOS DE CUMBUCA" Neste ponto sugiro aos "grupos de cumbuca" refletirem um pouco sobre os conceitos apresentados neste capftulo e a maneira como sua empresa vem sendo conduzida. Em especial, sugiro os seguintes t6picos: a . Quais sao 05 pontos fortes e fracos do seu programa de produtividade e como voces poderiam sugerir melhorias? b. 0 seu programa de educa<;ao e treinamento e satisfat6rio, dada a dependencia da produtividade em rela<;ao ao "aporte de conhecimentd'? Scanned by CamScanner n1,' .t ' f '"' , " .. ,. \ ',. '~ '" ·n\, 1' VP ·. l\· \ ' I \IW I .... "\.\' ., . "'- ' '' . ' ' \ • V\' '. \ \ > PES ISA DE ER A PRODUTO - EL OR - .tAIS BAHATO - MAIS SEGURO - ENTREGA MAIS RAPID A - ~ANUTENQAO MAIS FACIL DEFINl<;AO PROCESSO - MAIS FACIL - MELHOR - MENOR DISPERSAO - MAIS BARATO - MAIS RAPIDO - MAIS SEGURO PROJETO DENO 0 PRODUTO PROJETO DE NOVOS PROCESSOS PRODU<;AO ! ASSISTtNCIA TECNICA SOBREVIVtNCIA CONSUMIDOR SATISFEITO Figura 1.3: Conceito de sobrevivencia segundo Miyauchf 3 ' . Scanned by CamScanner 2 CONTROLE. DA QUALi DADE. TOTAL (TQC) .. "ciencia. em lugar de empirismo: harmonia. em vez de discordia: coopera<;ao. nao individualismo: rendimento maximo. em lugar de produ<;ao reduzida: desenvolvimento de coda homem, no sentido de alcan<;ar maior e(iciencia e prosperidade ". F. W. TAYLOR'~' 2.1. QS OBJETIVOS DE UMA EMPRESA Uma empresa honesta s6 pode sobreviver dentro de uma sociedade se for para contribuir para a satisfac.;ao das necessidades das pessoas. Este e o seu objetivo prmc1pal. e este fato e tornado como premissa, a primeira preocupa~ao da administra~ao da empresa deve ser a satisfa<;ao das necessjdades cfas pessoas_ate- adac; pela sua exis!encia. ~~pectoJ a primeira prioridade da erJ?pr~ sao os crmsumidores. E necessario, e mesmo vital para a empresa, que eles se sintam s( tisfoi os por um longo tempo ap6s a compra do seu produto ou utiliza~ao do seu servi<;o. Um segundo tipo de pessoa afetada pela empresa e seu empregado. A empre- ~ deve se esforc;ar para pagar-lh-e bem, respeitando-o como ser humano e dando- lh~ a oportunidade de crescer como pessoa e no seu trabalho, vivendo uma vida fol 12 Is o e importante para o "aporte de conhecimento". Este conceito deve ser est8ndido tambem para os empregados das empresas fornecedoras, do sistema de distribuic;ao dos produtos (vendas e assistencia tecnica) e das empresas afiliadas e ernpreiteiras. Um terceiro tipo de pessoa afetada pela empresa_e o ~ista. Numa ~oci~dade de economia livre a empresa deve ser lucrativa de tal forma a poder p;J0c r di 1idendos a seus acionistas e se expandir, criando novas oportunidades. Isto e importante para o "aporte de capital". A produtividade gera o lucro que. r ,investido, e o (mico caminho seguro para a gera~ao de empregos. Hnolmente os vizinhos da em resa de'lem ser respeitados por meio do con- , - - ....-- --- - r >le ambiental, evitando-se· que a empresa polua o meio ambiente em que atua. Porta nto, pode-se resumir o objetivo principal de uma empresa da maneira m <-,frad na Ta be la 2 .1. Scanned by Cam Scanner ---- ~~ ' : ' ulMENSOES OA QUAUOADE l ?ESSOAS ATINGHlAS. ' . TOTAL ' i ' ' r I ' r PRODUTO I SERVl<;O i QUALIDADE I_ CLIENTE VJZINHO i RO TINA I ' I I CUSTO CLIENTE, ACIONISTA. CUSTO [ PRE<;O EMPREGADO E VIZ1NHO QUAUDADE ,__ PRAZO CERTO TOTAL ENTREGA -{LOCAL CERTO CLIENTE (Para satisfazer as QUANTIDADE GERTA I necessidades das pessoas) MORAL EMPREGADOS EMPREGADO -[EMPREGADOS CLIENTE, EMPREGADO E SEGURANCA USUARIOS VIZINHO Figura 2. 1: Componentes da Qualidade Total. Scanned by CamScanner ' l r . ~ ' ' f ~ I . I ~ ! Como atinglr este objetlvo prlnci I? pa . bj tivo principal de um.:i mpre , ( . _ ·d d d sa u sobr v1vencia par meio da satisfa~ao d , n<.: ss1 a es as pessoas) pod s . r ·d , lid d Total. O ontrol d 1.d 1 a mgi 0 P la pratica do Controle da u a qua 1 d tot I t nd b. · d - m c locados no ite m anterior . - - . aos 0 l:t~vos ? empresa. t pot ter as segumt s caractenshcas basicas: E um sistema g rencial que part d h · - - · , b 1 d . - ~ . 0 recon ecrmento dos necessidades dos pes-a sta e e e pa roes paia o atendimento destas necessidades . b. E um sistema g rencial que visa a manter os p d - d , · d d d a roes que aten em as necess1-a es as pessoas. E um istema gerencial que visa /h ( · · , . a me orar contmuamente) os padr6es que at ndem as n c ss1dades das pes~ · d · - · abordagen1 huma nista. OBJETIVO PRINCIPAL Satisfa~o das necessidades das pessoas soas. a parhr e uma v1sao estrateg1ca e com Ta be/a 2. 1: Objetivo das empresas. PESSOAS MEIOS I ---- - - _J CONSUMIDORES Qualidade EMPREGADOS Crescimento do ser humano AC ION I STAS Produtividade ~----- - ---- VIZINHOS Contribuiyao social 2.2. APRESENTA(AO DO "CONTROLE DA QUALIDADE TOTAL" 0 Controle da Qualidade Total e um Sistema _a9minis_!rativo aperfei~oado no Japao. a partir de ideias americanas ali introduzidas logo ap6s a ~e~nda Guerra Mundial. Este Sistema e conhecido no Japao pela sigla TQC (''Total Quality Contror' ). sendo que em outros pafses os japoneses preferem utilizar a sigla CWQC ("Company Wide Quality Control") para diferencia-lo do sistema TQC pregado pelo Dr. Armand Feigenbaum(5>. .... 0 TQC, co o praticado no Japao. e baseado na participa~ao de todos os setores da empres.a e de todos os emprega: dos n~ estudo e conau1_ao do controle da qualidade. Neste texto utilizaremos a sigla "TQC" para representar o controle da qualidade total como praticado no Japao, por estar consagrada no Brasil. 0 TQC e baseado em elementos de varias fontes: emprega o metodo carte- siano' i , aproveita muito do trabalho de Taylor141, utiliza o controle estatfstico de processos, cujos fundamentos f oram lanc_;ados por Shewhart1 1, ado ta os conceitos sobre comportamento humano Janc;ados por Maslow121 e aproveita todo conheci- mento ocidental sabre qualidade, principalmente o trabalho de Juran1 1• 0 TQC e Scanned by CamScanner um mode o ad TI 1i Qualidad da J E ( nio _, ,0 1 rup I , ~ quisa do Controle da nti t L,nd ·ngineers). 2.3. SJC~JFIC DO DO --co~TR()LE D \ QU \LI DA DE T()TAL" ··organiza 0 humai as" (~mp~ a . escolas. hospita is, etc. ) sao meios (causas) d - tinados a tingir d t rminado fins (efeitos) . . Contro/ar uma "org_a- niza~o humana., significa d t tar quai forarn os fins, efe1tos ou resultados nao alcan~dos (que sao os prob! mas da organiza<;ao). analisar estes n1aus resultados bu cando suas causas atuar sob estas causas de tal modo a melhorar os resul- tados Primeiro de emos reconhecer qua1s sao os fins (resultados) desejados para uma empresa. Como objeti 0 de uma organiza~~o h}tDlana e satisfaz~r as neces- idades das pessoas. entao o objeti o. o fim. o resu~~ desejad0 de_JJrtJ...a empre- sa e a Qualidade Total. Qualidade Total sao todas aquelas dimens6es que afetam a satisfa~ao das necessidades das pessoas e por conseguinte a sobrevivencia da empresa. Estas dimens6es estao mostradas na Figura 2 .1 e tern o seguinte significado: a . Qualidade - esta dimensao esta diretamente ligada a satisfa~ao do cliente inter- no ou externo. Portanto. a qualidade e medida por meio das caracterfsticas da qualidade dos produtos ou servi<;os finais ou intermediarios da empresa. Ela inclui a qualidade do produto ou servi<;o (ausencia de defeitos e presen~a de caracterfsticas que irao agradar o consumidor) , a qualidade da rotina da empresa (previsibilidade e confiabilidade em todas as opera~6es) , a qualidade do treinamento. a qualidade da informa~ao. a qualidade das pessoas, a quali- dade da empresa. a qualidade da administra~ao, a qualidade dos objetivos, a qualidade do sistema, a qualidade dos engenheiros, etc. b. Custo - o custo e aqui visto nao s6 como custo final do produto ou servi~o, mas inclui tambem os custos intermediarios. Qual o custo medio de compras? Qual o custo de vendas? Qual o custo do recrutamento e sele~ao? 0 pre~o e tam- bem importante, pois ele deve refletir a qualidade. Cobra-se pelo valor agre- gado. c. Entrega - sob esta dimensao da qualidade total sao medidas as condic;oes de entrega dos produtos ou servi~os finais e intermediarios de uma empresa: f ndices de atrasos de entrega, f ndices de entrega em local err ado e Indices de entrega de quantidades erradas. d . Moral - esta e uma dimensao que mede o nfvel medio de satisfa~ao de um grupo de pessoas ( ver Maslow121). Este grupo de pessoas pode ser o grupo de todos os empregados da empresa ou os empregados de um departamento ou se~ao. Este nfvel medio de satisfa~o pode ser medido de varias maneiras, tais Scanned by CamScanner co o o f ndice de turn-over absentefsmo , d. d 1 - I · , m ace e rec ama~oe traba histas, et egurani;a - sob esta dimensao av r e. , . a ia-se a seguranc;a dos empregados ea segu-anra dos usuanos do produto Med · r .'$ , • • , • e-se aqu1 a seguranc;a dos empregados por me JO de indices ta~s . co~~ numero de acidentes, indice de gravidade, etc. A s guran~a dos usuanos e hgada a responsabilidade civil pelo produto. Portanto. se o objetivo e atingir a Qualidade Total, devemos medir os resulta- dos para saber se este objetivo foi alcarn;ado ou nao. Entao devemos medir a qualidade do produto ou servi<;o, o numero de reclama<;6es dos clientes, a frac;ao de produtos/servi<;os defeituosos (por exemplo: quantos faturamentos com erro em cada 100 feitos?), o custo do produto/servi<;o, os atrasos de entrega de cada produto. a fra<;ao de entrega realizada em local errado, a fra<;ao de entrega rea- lizada em quantidade errada, o fndice de turn-over de pessoal, o fndice de absen- tefsmo. o fndice de acidentes, etc. Diante de qualquer destes resultados (fins) que estejam fora do valor desejado, deve-se ·controlar'' (buscar as causas e atuar) . Estee o significado de controlar os meios (causas) por meio da medida da Qualidade Total dos resultados. O significado do TQC poderia ser melhor entendido se fizessemos uma equa<;ao: TQC = (CONTROLE + QUALIDADE) TOTAL TQC = "CONTROLE TOTAL.' + "QUALIDADE TOTAL.' Que e "controle total"? Controle total e o controle exercido por todas as pessoas da empresa, de forma harmonica (sistemica) e met6dica (baseado no ciclo POCA). 0 conceito de "con- trole .. sera vista com mais detalhe no pr6ximo capltulo. Que e "qualidade total"? E 0 verdadeiro objetivo de qualquer organiza~ao humana: "satisfa~ao das " necessidades de todas as pessoas . Portanto temos a verdadeira definic;ao de TQC: ' TQC e o controle exercido por todas as pessoas para a satisfa~ao das necessidades de todas as pessoas. 2.4. CONCEITO DO CONTROLE DA QUALIDADE TOTAL . 1 bal nao e mais possivel garantir a sobrevivencia da Numa era de econom1a 9 ° d . . d que as pessoas f a~am o melhor que pu erem ou empresa apenas ex1gm o Scanned by CamScanner 0 ontrol da hdade To· e re<J~ ope' 1J Pr .id zir e fornecer produ os e, o 5eri.. • os n<: es'iidad s do clien e (na ~ erdade o q· e od f <;ao d ;I nee ,., idades humanas). :e . - ea sa· b . ,irantir a sobrev1vencia da empresa por l eio do cro con , o adq · "dope domfnio d qualidade (quanto maior a q a!:a ade maim a prod · · a:de ) . . Id ntifica r o problema mais crftico e sol ciona- ope a a.is aka prio. "dade (para ist e neces ario conhecer 0 metodo q e penni e estabe ecer ~-ra.s prioridades 0 metodo que permite solucionar OS problemas). d . Fala r, raciocinar e decidir com dados e com base em fa os { omar decisoes e . cima de fatos e dados concretes e nae com base em -experienda - . -oo . "'n o'' , "intui<;ao ou ··coragem ··). e . ,erenciar a empresa ao longo do proces...c:o e nae por resuhados (quando o r ultado ocorre a a~ao e tardia. 0 gerenciamento deve ser pr~ en · o). f. Reduzir metodicamente as dispers6es por meio do isoJamento de suas causas fundamentais (os problemas decorrem da dispersao nas variaveis do processoJ. g. 0 cliente e o rei. Nao permitir a venda de produtos defeituosos. h. Procurar prevenir a origem de problemas cada vez ma is a montante. i. Nunca permitir que o mesmo problema se repita pela mesma causa. j. Respeitar os empregados como seres humanos independentes. k. Definir e garantir a execu¢o da Visao e Estrategia da Alta Dire¢o da empre- sa. 0 Apendice I mostra um detalhamento de cada um destes conceitos. que sao atingidos por meio de metodos e ferramentas concretas que as pessoas utiliza depois que aprendem per meio de programa de educa~ao e treinamento conti- nuos. NAO SE CONSEGUE SOBREVIVER COM EXORTA~OES! 2.5. T6PICOS PARA REFLEXAO PELOS "GRU.POS DE CUMB CA,. Sugerimos aos "grupos de cumbuca" discutir os seguintes temas: a . Voces concordam que a grande fun~o de uma empresa e satisfazer as neces- sidades do homem? Como fica o lucro nisto? Scanned by CamScanner 3 CONCEITODE CONTROLE DE PROCESSO ':A importanc1a dos o~oes para manter e mefhorar e too grande que OS gerentes deveriam entende-fos profundamente: a sua conceitua~ao; os meios para conduzi-fas: e os resuftados que se podem afcan~ar". J. M. JURAN18> 3.1. CONCEITO DE PROCESSO 3.1.1. Relacionamento Causa/Efeito Q COntrole de processo e a essencia do gerenciamento em todos OS nfveis hierarquicos da empresa desde o presidente ate os operadores. O primeiro passo no entendimento do controle de processo e a compreensao do relacionamento causa-efeito. Como sera visto ao longo deste capftulo, esta compreensao ira criar as pre-condic_;oes para que cada empregado da empresa possa assumir suas proprias responsabilidades, criando as bases para o gerenciamento participativo. Sempre que algo ocorre (efeito, fim, resultado) existe um conjunto de causas (meios) que podem ter influenciado. Observando a importancia da separa~o das causas de seus efeitos no gerenciamento e como nos temos a tendencia de con- fundi-los, os japoneses criaram o "diagrama de causa e efeito". Este diagrama, tambem chamado de "diagrama espinha de peixe" ou "diagrama de isnikawa·' e mostrado na Figura 3 .1, foi criado para que- todas-a5pessoas aae mpresa pudessem exercitar a separac;ao dos fins de seus meios~ Recomenda-se a leftura do segundo capftulo de Maslow121 para melhor entendimento do relacionamento meio-fim. 3.1.2. Defini~ao de processo ~ Processo e um co_!!j~t<!_~e ~u~as (que prgvoc~ um ou. ~ais e~~). Observa-se- na Figura 3.1 que o processo foi dividido em famllias de causas (materias-primas, maquinas, medidas, meio ambiente, mao-de-obra e metodo), que sao tambem chamadas "fatores de manufatura" (para as areas de servi<;o seri- am os "fa tores de servi<;o"). ~ma empresa e um proce~o e d':ntro _dela existe varios PI~Cessos: nao so processos de manufatura como tafY!~e_m processes de servic;o. Por exemplo: con- sidere uma f abrica de latas. Ela e um processo que tern uma serie de causas que Scanned by Cam Scanner r-· -------------------------------------------------- - - ----------, I I I , , I l ~1ATERIA-PRIMA MAQUINA MEDIOA l I I I - I I I ! lnstrumento i I Fomecedores Deteriorac;ao : I I I Condi~s l l I . I , F · oca1s • , omec1mento Manuten<;ao : I • . I l prop no lns~o ~ I I I I I I I lnforma<;ao I ' I ' I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I Mental I I I I I l I Procedimento "' ' l' ""' , .. ' l \ ' I I I ! MEIO AMBIENTE I I I I I MAO-DE-OB RA METOOO [ CAUSAS \ Fa tores de Qualidade 01 I I I I I I - !tens de Venfica9Bo \ -------------------------------------------------------------------~~------ ~ PROCESSO FATORES DE MANUFATURA = 6M -~ -- ~ ,.. - - "' ,c~ct~rs:~~ .:.a C'L..l ~~I \ J!er • Jti. ('{''"~-.'°' :?'' Figura 3.1: Diagrama de Ishikawa (uma das sete ferra1nanta.~ da qunl1dnrlo) para correlocao do efcito e suns cnusns. Scanned by CamScanner provoca o efeito principal, a lata As cau _ . . _ maquinas as mate' . . · - - sas sao os equ1pamentos de med19io, as ' nas-pnmas a lu . 'd d d I I d 0 metodo de fabrica~ao, etc. ' mmosi a e o oca , a mao-de-obra treina a, Par outro lado, o process "f , b . d ,, , . . , _ · 0 a nca e latas e d1v1s1vel em outros processes mednores, que compoem 0 fluxo de fabrica<;ao de lata coma por exemplo: proces- so e compra processo de re b' d , ' ' ce 1mento e materias-primas processo de carte de ch~~~'. x~cesso de solda, etc. Mesmo estes processes men~res podem ainda ser su ivi 1 os em outros processes, de forma a facilitar o gerenciamento E guanto houver cau~as e efeitos havera processos. Este conceito de divisibilidade de um processo permile controlar sistematicamente cada um deles separadamente podendo desta maneira cond · I · · ' uz1r a um contra e ma1s ef1caz sabre o processo todo. Controlando-se os processes menores e possfvel localizar mais facilmente o pro- blema e a~ir mais , prontamente sabre sua causa. Infere-se que o controle de Processos e uma pratica · · · . que se m1c1a com o presidente da empresa, pois o proces- so ma1or. a empresa e de sua responsabilidade. 0 prQce..ss_o _e_c trolado por meio dos seus efeitos. - - ~----- - -- 3.1.3. ltens de controle de um processo Cada processo pode ter um ou mais resultados (efeitos, fins) . Para que se possa gerenciar de fato cada processo e necessario medir (avaliar) as seus efeitos. Os itens de controle de um proces_so sio indices DUmeriCOS estabelecidos sobre OS efeitos de Cada processo para medir a sua qualidade total. Portanto, um proces~o e_gerenciado_Qor meio de s~us itens de controle que . ---- - - medem_a qualidade, custo, entrega, morale segurans~ (ver Item 2.3 e Figura 2.1) aos seus efeitos. Estes itens de controle podem-tambem ser chamados de itens de controle dos resultados e sao estabelecidos sobre OS "pontos de controle". Nunca se deve estabe/ecer um item de controle sobre a/go de que nao se possa "exercer o controle", ou seja, atuar na causa do desvio. Esta atitude ira simplificar em muito os sistemas de informac;ao gerencial. Caracterfstica da qualidade e uma .designa~ao especial dada ao item de con- trole -quando este mede a quaHCiade de um prodillo OU servi<;o resultante de um processo. Um efeito de um processo (medido pelos itens de controle) e afetado por varias causas, mas apenas algumas poucas causas afetam a grande pa.rte de um item de controle (Prindpio de Paretg· '~oucas causas sao vitais e muitas triv.iais"). 0 ge- rente podiaChar necessario verificar estas causas coma meio de garantir um born nfvel de seus resultados. Scanned by CamScanner Os itens de verifica~ao de um processo sao indices numericos estabelecidos sobre as principais causa.s que afetam determinado item de controle. Portanto. os resultados de um item de controle sao garantido pelo acornpa- nh mento dos itens de verificac;ao. Os itens de verifica<;ao podem tambem ser chamados de "itens de controle das causas" e sao estabelecidos sobre os ··pontos de verificac;ao'' do processo. "Fatores da Qualidade" e uma designac;ao especial dada aos itens de venfi- cac;ao quando estes se referem as causas de um proceso que afetam fortemente a qualidade de um produto ou servic;o. Um item de verificac;ao de um processo pode ser um item de controle de urn processo anterior. lsto ocorre tanto na linha hierarquica de uma empresa. na qual o item de verificac;ao do chefe e o item de controle do subordinado, coma no rela- cionamento entre processos, em que o item de verificac;ao de um processo P<>de ser item de controle de um processo anterior. Numa empresa cada pessoa tern autoridade sobre o "seu processo" (meios). responsabilidade sobre os resultados (fins) deste processo e tera itens de controle. 0 item de controle e um dos pilares de um born gerenciamento. Se voce nao tern itens de controle, voce nao gerencia. 0 processo sabre o qual voce tern autoridade esta a deriva. Este e 0 cerne do gerenciamento participativo. 3.1.4. Que e um problema? Um problema e o resultado indesejavel de um processo. Portanto. como o item de controle mede o resultado de um processo podemos dizer que ' problema e um item de controle com o qual nao estamos satisfeitos". 1 Repare que o (mico criteria para a existencia de um problema e o responsavel pelo processo estar ou nao satisfeito com os resultados mostrados pelos seus itens de controle. Este fato abre novas perspectivas de mudarn;a cultural nas empresas. pois antigamente o born gerente era aquele que "nao tinha problemas'' . Hoje o born gerente e aquele que tern muitos problemas. Quern nao tern problemas esta acomodado com os seus resultados, esta com a vida ganha, nao precisa fazer mais nada. Pode ate ir para casa pois, nao faz falta a empresa. As pessoas sentem dificuldades de localizar concretamente os seus problemas. Lembro-me de que certa vez perguntei ao superintendente de manuten~ao de uma grande empresa brasileira: - Qual e 0 seu maior problema? Ele me respondeu : - Meu maior problema e sem duvida falta de gente! Scanned by CamScanner Ai esta nossa grande dificuldad c f d. f · "c It d ., - , e . on un 1mos causa com e e1to. ra a e gent nao e problema! "Falta de gente'' podera eventualmente ser a causa de um problema de manutenrao d d ' ' ~ · es e que comprovado com fatos e dados. Entao quais sao os problemas de manutenc;ao? Baixa disponibilidade de equipam~n~os , baixo tempo medio entre falhas, alto custo de preventiva. alto tempo medio de atendimento as corretivas alto fndice de acidentes no trabalho etc. Todos estes sao resultados indesejaveis'e nao causas. ' Par~ .clarear na mente das pessoas o que e um verdadeiro problema, e necessano que todas as pessoas da empresa saibam quais sao seus itens de con- trole. por meio do metodo que sera descrito mais adiante . Mc Gregor19, afirma que "gerenciar e essencialmente resolver problemas". ,;Entao, para conduzir um born gerenciamento, temos que, numa primeira instan- cia. aprender a localizar os problemas e entao aprender a resolver estes proble- mas. Temos que transformar todas as pessoas da empresa (do presidente aos ope- radores) em exfmios solucionadores de problemas (traduc;ao: "melhoradores de resultados .. ), ensinando-lhes um metodo para soluc;ao de problemas. 3.2. A LUTA PELA SOBREVIVENCIA , E muito mais comum do que gostarfamos encontrar gerentes e diretores que acham que nao tern problemas. A justificativa pelos eventuais maus resultados e sempre o ''outro'' . Este "bode expiat6rio" pode ser o governo (estradas ruins, servic;os portuarios carfssimos, altos encargos sociais, etc.) , os fornecedores, os pr6prios empregados da empresa, etc. Nao adianta tapar o sol com a peneira. Muito embora estejamos conscientes dos graves problemas do Pafs, nossa experiencia nos mostrou que somos geren- cialmente incompetentes. As empresas brasileiras estao perdendo de 20 a 40% do seu faturamento em problemas internos! Estas perdas, ja avaliadas em varias empresas brasileiras, sao representadas por descontos nas vendas por ma quali- dade do produto, perdas de prodw;ao por paradas de equipamento, excesso de estoques, excesso de consumo de energia, refugos por qualidade, retrabalhos de toda natureza erros no faturamento, etc. ' Nao e raro chegar-se a uma empresa e ouvir verdadeira ladainha de auto-elo- gios. Nesses casos e sempre born perguntar: - Qual seu ritmo atual de produc;ao? Em tempos de crise econ6mica, a resposta invariavelmente e uma porcentagem qualquer. Digamos: - 60%! - Por que voces nao exportam o resto? Scanned by CamScanner - I .J l ~ n ~m u t P ra omp •tir no rt\' 1~ '\,11. t,'m '): 4u,1 K 1 int'21 n nal gora inclui a rue onde . • :J-,~· -__ ...... r~ :- , e nao s r competitiva interna. l' mpt sa d veria explicita r clara mente. s s f ato s int rnos e externos a empresa titi\ s. R solv r estes problemas e lutar pela n ito d sobrevivencia (ver item 1.5). ~ .. - r - Es"') .-.. l - ~- . ~ meta mais imediata de uma empresa e a sua sobrevivencia a com. '{it internacional . li ""mpr ad se comparar com o seu melhor con- . . , ..,.. r ara sup ra-lo. Nao adia nta se comparar com o ter- m, lh r do Pais. pois sera precisamente o melhor do s m lhon~s mercados. :: r difundido para todas as pessoas da empresa, para que scar s r am lhor do mundo em todos os seus departamentos, - ~ . A luta pela sobrevivencia e de cada pessoa da v c mparar os seus itens de controle com os melhores do ar ,.). E1 quanta houver diferen~a. havera problemas! Ao adotar o controle da qualidade total, a diretoria da empresa estara se comprometendo a utilizar este meio para cumprir o seu objetivo de sobrevivencia. :ar !a uaHdade ' gerenciar pela sobrevivencia a competi<;ao interna- -c = ,a pe a~o d "gu rra comercial"! J-.t. CO~CE.ITO DE CONTROLE J_t t. Significado do controle .a proc,esso. q pouso. ca ·• ntrolar''? aeroporto. A primeira coisa a ser feita e o planejamento do inciui as varias metas e varies procedimentos-padrio de \ ~ a s at rrissam e d cola m sem dificuldades cumprindo os proce· dimentos-padrio. o ntanto. certo dia um aviao se acidenta durante os pro· • ,.t: t 'd pou · . Ocorreu um d sastre . Fol localizado um problema. Scanned by CamScanner I rmalm nt . quand acorn:~ um problema desta natureza procura-se qual foi causa u pro oc u o desastre (resultado indesejavel). Partir de um resultado · 'Urar Ulna causa entre varias (um "conjunto de causas'' e um processo) e uzir um analise de processo. n lufd a analise de processo e localizada a causa fundamental (causa raiz ou . u original). e detern1inado um novo procedimento de pouso, de tal forma r ntir qua a causa localizada seja evitada. Quando se introduz um novo pro- im nt d pouso para todos os avioes. esta sendo conduzida uma padroniza- ~ao. Finalment sao estabelecidos pontos de controle com seus itens de controle de l t111a a confirn1ar que os novas procedimentos estao sendo cumpridos e gar ntir qu nunca mais ocorrera o desastre. lsto equivale a estabelecer itens de controle e suas metas. para evitar problemas. Esta sao as bases do controle. Manter sob controle e saber localizar o pro- blema. analisar o processo. padronizar e estabelecer itens de controle de tal forma que o problema nunca mais ocorra. A Figura 3.2 mostra as bases do controle. R pare que. ap6s a analise de processo. o ato de padronizar e estabelecer itens de controle equivale a replanejar o processo. Replanejar sempre para melhores nf eis . No TQC generaliza-se o conceito de · desastre" para todo resultado indeseja- el (problema) nas dimens6es da qualidade total (qualidade, custo, entrega, moral e seguran~a} . Este e o fundamento para se utilizar o termo · Controle da Qualidade Total' . Conceituou-se acima o lado tecnico do controle. No entanto. o conceito japones de controle inclui o lado humano. 0 conceito de controle no Japao e maslowniano, pois toma como prindpio a ideia de que o homem tern uma natureza boa. As pessoas sao inerentemente boas e sentem satisfa<;ao por um born trabalho realizado. Quando um problema ocorre, nao existe um culpado! Existem causas que devem ser buscadas per todas as pessoas da empresa de forma voluntaria. Pec;o a todos os meus leitores que reflitam muito e discutam o \ado tecnico e o \ado humane do controle. 0 seu entendimento deste conceito pode leva-lo para uma nova vida no terceiro milenio. Vamos refletir um pouco sobre este conceito de controle . Sera que praticamos o "controle'' no Brasil? Como gerenciamos no Brasil? 0 que tenho visto e algo diferente que precisamos mudar: Scanned by CamScanner CONTROLE rARA ELIMINAR AS ) DA CAUSAS FUNDAMENTAIS OU ALI DADE DOS PROBLEMAS PARA IDENTIFICAR AS - ANALISE DE PROCESSO - CAUSAS FUNDAMENTAIS r ... DOS PROBLEMAS D- PARA PRENDER AS PADRON IZACAO - CAUSAS FUNDAMENTAIS r NUMAJAULA _I -L PARA VIGIAR AS CAUSAS - !TENS DE CONTROLE - FUNDAMENTAIS E CONFIRMAR ... r QUE ESTAO PRESAS NAJAULA PARA MANTER SOB CONTROLE Figura 3.2: Bases do controle, segundo Miyauchl1°J. Scanned by CamScanner d . E rara .0 . pr~tica de analise de processo - muitas decisoes em todos os nfveis g r nc1a1s sao tomadas com base some t · t · - ·A • M ·t . . _ n e em in uic;ao e expenenc1a. u1 o embora estas quahficac;oes sejam necessarias, a pratica da analise pela utiliza- c;ao de dados pode evitar enganos desastrosos. Por exemplo: uma empresa tern uma frota de · h -man camm oes num certo trecho e verifica-se que estao ocor- rendo atra~os no transporte. Foi feita uma reuniao e alguem afirmou: "nosso prob le ma ': _falta de caminhao" ! Diante de uma afirmac;ao como esta, sem ne- nhuma anahse de fatos e dados, a soluc;ao e evidente: "aumentar 0 numero de caminh6es" · 0 investirnento foi realizado. Novas pessoas contratadas. Re ultado: os atrasos continuararn a aumentar. A causa do probelrna nao era fa lta de caminhao mas dificuldades no procedimento de expedic;ao. De perdfcios desta natureza ocorrem aos milhares pelo Brasil afora, diaria- m nt . porque as chefias acharn que tern a obrigac;ao de conhecer a solu¢o para todos os problernas. Ternos que rnudar nossa cabec;a e adotar um posi- cionamento mais humilde perante os problemas. Antes de mais nada e necessario ana/isar o problerna corn fatos e dados, utllizando a inteligencia das pe oas da empresa, para depois tornar as decis6es sabre as verdadeiras causas. b. Sao raras as empresas que possuem padroniza~ao e treinamento no trabalho - a padroniza~ao do trabalho (da qual decorre 0 treinamento no trabalho) e a base do gerenciarnento. E rnuito cornum a situac;ao, por exernplo, de urna empresa ter quatro equiparnentos iguais produzindo o rnesrno produto com operadores diferentes em quatro turmas. A falta de padronizac;ao pode con- duzir a variac;6es na produtividade por operador, na qualidade do produto, no custo, etc. Este conceito de "controle" sera mais aprofundado nos capitulos seguintes. Costuma-se atribuir o sucesso dos japoneses em qualidade e produtividade a 11disciplina" do povo ou a sua cultura; no entanto, os problemas existentes nas empresas japonesas antes da introduc;ao da administrac;ao pela qualidade nos parecem familiares, como relata o Prof. Ishikawallll . a. Existiam muitas teorias abstratas sabre gerenciamento que nao eram praticas. Nao havia metodo cientffico OU racional. b. Nao havia participac;ao total na determina<_;ao dos meios para atingir as metas. c. As pessoas nao estavam treinadas nas tecnicas de analise e controle baseadas em metodos estatfsticos. ,,. d. Nao havia educa~ao em controle da qualidade para todos na empresa, do pre- sidente ao operario. e . Havia poucos especialistas, mas eles s6 pensavam em suas pr6prias especia- lizac;6es e nao viam 0 quadro geral. Scanned by CamScanner . b. . _ bu~ 'L'do~ 'rn modi(.m<)c_,, I :t~, f. A alta e a media gerencias estabel c1arn o J tivu , tambem estabeleciam cornando conb·cldit r io 0 . 1. 1 · cl ">p ·1rt, 111e nt g. compart1menta 1srno preva ecia. s c recusavam a assumir responsabilidades. ultimo l ) an< s. ', fn 1to () 0 verdadeiro sucesso comercial dos japone · 11 gerenciamento met6dico e praticado por todos na rnpr" ·l : 0 ontrole d<:! pro "~- sos pelo Cicio POCA. ' 3.3.2. Conceito de rompimento<11> Romper com o passado e conscientizar-se de que a empresa p~de er conti- nuamente melhorada. que nao existe fim para o processo de mel~onas e que esta e uma responsabilidade total e indelegavel da administrac;ao da empresa. Gerenciar uma empresa nos dias atuais e essencialmente pro~over a sua _m_elho- ria e desenvolvimento contfnuo visando a sua sobrevivencta. A produtividade ' (taxa de valor agregado) pode ser sempre melhorada . Romper e abandonar praticas gerenciais baseadas em prind pios nao mais vigentes no mundo de hoje . Este rompimento tambem significa dar preferencia a sobrevivencia da empresa em rela~ao ao lucro imediato. A preferencia pela sobre- vivencia e a presen~a constante da preocupac;ao em tornar a empresa eterna- mente forte; e se preocupar com o futuro da empresa, com a moderniza<;ao de seus equipamentos, com o desenvolvimento de novos produtos de tal forma a garantir a satisfa~ao total do cliente e com a gestao do pessoal voltada para o crescimento do ser humano, tornando o trabalho uma fonte de alegria e satis- f ac;ao. Romper e ainda ter a consciencia de que a qualidade, a produtividade e a posi~o competitiva da empresa dependem diretamente do resultado de cada pequeno procedimento, como se fora o elo de uma corrente. Esta nova conscien- cia leva a conclusao de que uma polftica administrativa que conduza a satisfa<;ao social das pessoas envolvidas com a empresa (sejarn etas os ernpregados. acionistas, fornecedores, clientes ou vizinhos) e urna necessidade adrninistrativa e nao urna posic_;ao paternalista ou uma polftica de concessao. Estas ideias parecem evidentes, mas grande parte das e rnpresas brasileiras trata seus clientes corno se estivessern fazendo um favor e seus ernpregados co mo se fossem inimigos. A preferencia pela sobrevivencia da empresa e um aspecto irnportante da nova consciencia admininstrativa. Quern mantern a empresa e 0 cliente (ou 0 consu- midor no final da linha) . Portanto, a sobrevivencia da ernpresa esta diretamente li- gada a satisfa~ao total do consumidor. Isto implica se dar ''primazia pela quali- dade" dentro da empresa. A "primazia pela qualidade" e gerir a empresa visando Scanned by CamScanner empre "a melhor qualidade do mund ., . tl·t1·vos e atendiment f . 0 em seus produtos e servu;os, pre<;os com-pe o per e1to. 0 processo de rompimento e ensar e requer determina ao - um ~rocesso de mudan<;a da pr6pria maneira de P . d c; · E prec1so que todas as pessoas da empresa mudem sua maneira e pensar. 0 TQC e um Sistema gerenci l lt d , a vo a o para a sobrevivencia da empresa e cer- tamen te sera uma mudanra sub t · l - . • ":'f s anc1a na pratica gerencial de grande parte das empresas. Por 1sto mesmo o pr ·d t ( · . . ' es1 en e ou a ma1or autoridade local) deve ser o Pnmeiro a romper o "status quo" d · , . e con uzir o programa do TQC. Este e um pro- grama do pres1dente: au e/e ram . _ . , pe e assume o comando pessoal do programa ou sua 1mplanta~ao f1cara comprometida. 3.4. CONCEITO DE CONTROLE DE PROCESSO Referindo-se aos conceitos de "processo" (ver Item 3.1.2) e de "controle" (ver Item 3_.3.1) observa-~e que o "controle de prQc.esso"_consta_de tres a~oesJunda mentais: ' a. Estabelecimento da "diretriz de controle" (planejamento) Uma diretriz e estabelecida sabre os fins e meios de um processo e consta de: a.1. A META, que e o nf vel de controle, ou seja. a faixa de valores desejada para o item de controle (fim). a .2. 0 METODO, que sao os procedimentos (meios) necessarios para se atin- gir a META. 0 estabelecimento da "diretriz do controle" e tambem chamado de '·PJanejamento da Qualidade". pois a finalidade do controle e sempre garantir a satisfa~ao das necessidades das pessoas (ver Figura 2.1) . Esta fase tambem e co- nhecida como "estabelecimento dos padroes' . < b. Manuten~ao do nfvel de controle Se todos os padroes estabelecidos na etapa anterior forem cumpridos resul- tarao uma qualidade padrao, um custo padrao, uma entrega padrao, um moral padrao e seguran~ padrao. Sempre que ocorrerem desvios deve-se: b.1. Atuar no resultado para repor imediatamente o processo em funciona- mento. Por exemplo: queimou o motor - troca-se o motor. b.2. Atuar na causa para prevenir o reaparecimento do desvio. Por exemp\o: . t ? queimou 0 motor - por que que1mou o mo or . .... ) Existem do is tipos de causas: .... Causas assinalaveis - descobre-se a causa por meio de uma analise de fa\has. atua-se e registra-se num relat6rio. Scanned by CamScanner Por exemplo: desvio na qualidade da pe~ por desgaste da ferramenta. / · duzir "analise de procescn" Causas cronicas - neste caso e necessano con -"J (metodo de solu~ao de problemas - ver apendice 3 ). Por exemplo: desvio na qualidade da pec;a por defeito de montagem do equipamento. Esta fase tambem e chamada de "manutenc;ao de padr6es" · c. Alteraqao da diretriz de controle (Me/horias) Neste mundo tudo muda constantemente. Mudam as necessidades das pes. seas, as materias-primas, a tecnologia, etc. Portanto, a diretriz do co!1trole deve ser constantemente alterada de tal forma a grantir a SOBREVIVENCIA (ver Item 1.5) do processo. Quando uma diretriz de controle e alterada deve-se: c.1. AJterar a META, ou seja, alterar a faixa de valores proposta para o item de controle, alterar o nfvel de controle. c.2. Alterar o METODO, ou seja, alterar os procedimentos-padrao de tal forma que o novo nfvel de controle seja atingido. A aJtera~o da diretriz de controle e feita por meio do "metodo de solu~ao de problemas", coma exposto no Apendice 3. Esta fase tambem e chamada de "me- lhoria dos padr6es". OBSERVACAO IMPORTANTE: Este conceito de controle de processo e para ser entendido e praticado por todas as pessoas da empresa. Este mesmo conceito e praticado pelo Presidente, diretores, gerentes, supervisores e operadores de uma empresa. E evidente que o vocabulario, metodos, recursos cientfficos e abordagem podem ser diferentes. mas o conceito e o mesmo. Todos devem praticar as tres etapas do controle! TEMOS QUE ESTABELECER A "CULTURA DO CONTROLE" NAS EMPRESAS BRASl- LEIRAS. Jsto nunca sera alcan~ado por exorta~ao mas por um movimento deter- minado, liderado pelo Presidente, de educa~ao e treinamento das pessoas da empresa para a pratica do controle, para que possam "exercer o controle''. 3.5. TOPICOS PARA REFLExAO PELOS "GRUPOS DE CUMBUCA'' Sugiro as pessoas participantes dos "grupos de cumbuca" para o estudo deste texto a discussao ordenada dos seguintes temas: a. Discutam o re)acionamento causa/efeito no seu departamento. Oeen1 alguns exempJos do que e causa e do que e efeito para voce. Scanned by CamScanner -- METODO DE CONTROLE. DE. PROCE.SSO "Se voce ncio tern item de controle, I\ - ••• voce nao gerenc1a . KAORU ISHIKAWA(''l 4.1. SIGNIFICADO DE METODO Metodo e uma palavra de origem grega e ea soma das palavras META (que significa "alem de") e HODOS (que significa "caminho"). £ortanto metodo sig- nifica "caminho para se chegar a um ponto alem do caminho" . ...._....---·· -----=-- Como gerenciar para se atingir um ponto mais baixo dos custos? Ou um ponto de superior qualidade? Ou um ponto de melhor prazo de entrega? Existe um "caminho" para isto que todos na empresa podem estudar e apren- der, que e o metodo do Cicio POCA de controle. 0 POCA e um metodo para a "pratica do controle". 4.2. 0 CICLO PDCA DE CONTROLE DE PROCESSO (METODO GERENCIAL) 0 "controle de processo", como conceituado no Item 3.4, e exercido por meio do Cicio POCA de controle de processos. A Figura 4.1 mostra o Cicio POCA (PLAN, DO, CHECK, ACTION) composto das quatro fases basicas do controle: ~j~r,_exe_f\Jl9t,..Jle1ifica_r_e~r __ c_QI.reti- vamente. --... ....... ~ Os termos no Cicio POCA tern o seguinte significado: ¥... Planejamento (P) - Consiste em: a. Estabelecer metas sobre os itens de controle; b. Estabelecer a maneira (o caminho, o metodo) para atingir as metas propostas. Esta ea fase do estabelecimento da "diretriz de controle", como explicado no Item 3.4. Scanned by CamScanner Execu~ao (D) - Execuc;ao das tarefas exatamente como prevista no piano e cole~ ta de dados para verificac;ao do processo. Nesta etapa e essencial o treinarnento no trabalho decorrente da fase de planejamento . . · Verifica~ao (C) - A partir dos dados coletados na execu~ao, compara-se o resuJ. tado alcanc;ado com a meta planejada. _, Atua~ao corretiva (A) _ Esta e a etapa onde o usuario detectou desvios e utu. ara no sentido de fazer corre~oes definitivas, de tal modo que o problema nunca volte a ocorrer. ATUAR CORRETIVAMENTE VERIFICAR OS RESULTADOS DA TAREFA EXECUTADA DEFINIR AS METAS DEFINIR OS METODOS QUE PERMITIRAO ATINGIR AS METAS PROPOSTAS EXECUTAR ATAREFA (COLETAR DADOS) EDU CAR E TREINAR Figura 4.1: Cicio POCA d e contro/e de processos. Scanned by CamScanner 4.3. 0 CICLO PDCA NA MA UTEN<;AO E MELHORIAS 0 ciclo POCA de controle pode 5er utilizado para manter e melhorar as "dire- trizes de controle" de um processo (ver Item 3 .4). 0 ciclo POCA e utilizado para manuten<;ao do nfvel de controle (ou cumpri- mento das "diretrizes de controle" - Ver Figura 4.2), quando o processo e repeti- tivo e o piano (P) consta de uma meta que e uma faixa aceitavel de valores e de um metodo que compreende os "Procedimentos Padrao de Operac;ao". Portanto o trabalho executado por meio do ciclo POCA na Manuten¢o consta essencial- mente do cumprimento de procedimentos padrao de operac;ao {"standard opera- tion procedure.,, SOP). Os itens de controle neste caso sao faixas de valores- padrao como por exemplo: qualidade-padrao, custo-padrao prazo-padrao, quan- tidade-padrao. etc. 0 ciclo POCA e tambem utilizado nas melhorias do nfvel de controle (ou me- lhoria da ''diretriz de controle" - ver Figura 4.2). Neste caso, o processo nao e repetitive e o piano consta de uma meta que e um valor definido (por exemplo: reduzir o f ndice de pec;as defeituosas em 503 ) e de um metodo, que compreende aqueles procedimentos pr6prios necessaries para se atingir a meta. Esta meta e 0 nova ·'nf vel de controle'· pretendido. Todos na empresa (diretores. gerentes, tecnicos e operadores) utilizam o ciclo POCA das duas maneiras indicadas na Figura 4.2 . No entanto, os operadores uti- lizam o ciclo POCA mais intensamente na Manuten~o, pois o seu trabalho e essencialmente o de cumprimento de padroes. Os operadores utilizam o ciclo POCA nas Melhorias quando participam dos Cfrculos de Controle da Qualidade (CCQ). A medida que se sobe na hierarquia utiliza-se cada vez mais o ciclo POCA nas melhorias, como mostra a Figura 4 .3 . Isto significa que a grande fun<;ao das chefias e estabelecer novos nfveis de controle que garantam a sobrevivencia da empresa. E estabelecer novas ' diretrizes de controle" . 0 caminho do sucesso para obter melhorias contf nuas nos processes e o de conjugar os dois tipos de gerenciamento: manuten~ao e melhorias. como mostra a Figura 4.4. Melhorar continuamente um processo significa melhorar continua- mente os seus padroes {padroes de equipamento, padroes de materiais. padroes tecnicos. padroes de procedimento, padr6es de produto, etc. ). Cada melhoria cor- responde ao estabelecimento de um novo ·'nfvel de controle" (novo valor-meta para um item de controle) . Em outras palavras, cada melhoria corresponde ao estabelecimento de uma nova ,(diretriz de controle'' . Gostaria que o leitor agora parasse para mais uma vez refletir sobre o co~ceito de "controle" como colocado no Item 3.4. Observando a Figura 4.4. que e uma ' . forma de se mostrar o "controle·· exercido sobre o processo utilizando-se para 1550 o metodo POCA, podem-se fazer alguns comentarios: Scanned by CamScanner a . Inldalmente seu processo est.a num estagio cujas opera~Oe.s padronizadas (e<susas do processo) produzem. como um dos seu efeitos. urn valor do item de controle (resultado do processo - nfvel de controle) que nao satisfaz (resultadQ indesejavel = problema). A ""diretriz de controle- atual nao e satisfat6ria. b . Vock decide entao uresolver este problerna · (ou exercer o .. controle"). QUe consta, como ja foi mencionado. de anaJisar o processo para determinar a causa do mau resultado 1 atuar na causa, padronizando e estabelecendo itens de controle que garantam que o resultado anterior nao volte a ocorrer. c. Como decorrencia do "controle , o processo passa para um novo patamar de desempenho equivalente aos novas procedimentos-padrao adotados e Que resulta num resultado melhor para o item de controle (novo nivel de controle). Isto equivaJe ao estabelecimento de urna nova "diretriz de controle'·. MANUTENCAO Manute~o do *nivel de controle" estabelecido pela *diretriz de controle" MELHORIA Estabelecimento de uma nova ·diretriz de controle" da qual decorre um novo *nivel de controfe" META: Faixa de valores METODO: Procedimentos-padrao de operac;ao META: Valor definido METODO: Procedimento pr6prio Figura 4.2: Utilizayao do ciclo POCA para manutenyao e melhoria da diretriz de controle do processo. Scanned by Cam Scanner . -- - . - · -ro--NfVEL PAPEL E RESPONSABILIDADE HIERAAQUICO 25% 50% 75% 100% ALTA I\ \ c ADMINISTRACAO GER~NCIA I " B SUPERVISOR A . OPERADOR A MANUTEN<;AO: CUMPRIMENTO DAS OP~RACOES, PADRONIZADAS E ELIMINA<;AO DA CAUSA FUNDAMENTAL DE PROBLEMAS (DESVIOS). MANUTEN<;AO DO "NIVEL DE CONTROLE". 8 MELHORIA: ELIMINA<;:Ao DAS CAU~AS FUNDAMENTAIS QUE CAUS~M RESULTADOS INDESEJAVEIS. ESTABELECIMENTO DE NOVOS "NIVEIS DE CONTROLE". NOVAS IDEIAS. C DESENVOLVIMENTO: DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS PROCESSOS, MERCADO$, ETC. Figura 4.3: Aloca9ao dos trabalhos da manuten9ao, melhoria e desenvolvimento na estrutura hierarquica da Toyota, segundo ltoh<14>. ' Scanned by CamScanner MELHOR (Item de Controle) !/ A ~ c....____,__..- //~~ ~ A PAD -o + .. ~C DI) TEMPO ("QC STORY") METODO DE SOLUCAO DE PROBLEMAS Figura 4.4: Conceito de melhoramento continuo baseado na conjuga9ao dos ciclos POCA de Manuten9ao e Melhorias. Nos itens seguintes e detalhada a aplica<_;ao do metodo POCA em manutern;ao e melhorias. 4.3.1. 0 ciclo PDCA utilizado para manter resultados As "diretrizes de controle" sao mantidas pelo cumprimento dos procedimentos- padrao de opera<;ao ("Standard Operation Procedures" SOP) , como mostrado pelo sequenciamento do POCA em linha dupla na Figura 4.5. Este e chamado "ciclo de manuten<_;ao". Para que haja uma boa manuten<_;ao do nfvel de controle sao necessarias as seguintes condic;oes (acompanhe pela Figura 4.5): PLAN a . Definic;ao dos itens de controle a serem acompanhados e de sua faixa· padrao aceitavel (nfvel de controle). b. Definic;ao dos procedimentos-padrao necessarios a manutern;ao dos resulta- dos do processo. Esta fase equivale ao estabelecimento da "diretriz de controle'' (ver Item 3.4). Aqui esta o ponto fraco das empresas brasileiras. A grande maioria dos process~s nao possui "diretriz de controle", ou seja, nao possui itens de controle e procedt· mentos-padrao! Scanned by CamScanner I C) c. .. Tr('ll .1m 1inf<J r10 h<il i1lh1 -i" ' r lhor<! '• do n Ull 1o" ·1· r tl •l U•J ('Xl ' ( ut.1111 "1, de• t(il fOl'rTlu 4 U' ':i -'jam 0 ''me- ' I J.\ I I I ( I 'l \I~ ' f ' I 1 L l ( u<l inHmto f. 11 lr.11 ,. .. d .l 111. .'i ·' ln·1111m1 ' Ill ) ' ba ;J do n ~ "pro· d Tr 111 t1m n to <' rn cc lc·l, 1 " ' ( · ,J I ~ . ... '1( (J'., e E <~U <;dO d<''' t,1rd.1, , nf , <J<lic· Pntc, • 1·1 . I ) qr rrw <J '-. pro •t,dirn )nto"i-pd lrflo (tsto d'=!ve er nori- .. ~ u . .J l I ll( () , V '- ComO > r<1riJ ;., ' 'X i ') f·~1 rw ' d " ll . l rn 1 .1 • t. ' ' r ·tn1, t ' ·ontrol " ' , o tr ·inamento no trabalho n"' " • n;;~ 5 Jr<- t '-~ Ire\" . l . p(· i.~.1., irnu qu -,lide.HJ J! Cl I · K f ' o trolc., Jc•v ... m .., ·r ,, ·1· I "" v n 1 t\ u o qu .. pode er feito das mais vari- r " . A lui s faz um grand -> c nfu ~,- 0 n B· · ··1 o · · d . . . . ru 1 • s part1c1pantes espreparados 1 ns1~tem ;')m ut1liz r 'i f osos "c(; r t d ~ controlu" N t t · · d • • , .<;. • o en an o, a ma1ona as pess . s . nt ifi uldo? s. t ;J •m d .. finir eu itens de controle. Precisamos nos consc1ent1.z. rd ;> q e pnme1ro pre is mos .. ntender o "conceito de controle" (Item 3.4). depois aprender o " m '.) tod d ontrole'' (este capftulo) para depois nos aventurarmos no e tabelecimento do controle de processos. Na grande maioria dos processes, um imple "grafi o d ;> ontrole'' (grafico sequencia\) e o bastante para orientar a estabiliza<;ao d pr ce so. As "carta de controle" possuem um "charme" todo especial m sao "pent~ fin ". Sao um instrumento a ser utilizado para m oni torar proce so ob controle e e t veis. Ate la existe um \ongo trabalho a ser feit:o. ACTION g. Ca o tudo esteja normal, manter os procedimento atuais para que os result.a- dos possam er manti<los em uma f ixa padrao. h. Caso ocorra uma anomalic , a chefia deve ser avisada imediatamente para as a~6e5 corretivas neces arias, a nao ser que as ac;6es corretivas cablveis ja este- jam padronizada . Toda anom lia deve er registrada para futura analise. Todas as pessoas da empre a, do pre idente aos operadores, cumprem padroes e portanto utilizam o POCA no " ciclo de m anutern;ao" . No entanto, como ficou mostrado na Figura 4.3, 0 5 operadores sao aqueles que ocupam a grande parte do seu tempo cumprindo padr6e · e, portanto, par i to devem ser preparados. E te prepare ~ de re ponsabilidade da chefia , de toda a chefias. A julg r pela exper iencia que e tamo tendo com empre ·a brasileiras. nao existe uma consciencia difundid · da importfm cia de e e tc b lecer "diretrizes de controle'' e, portanto, todo o ontro le de proce so fi a pr judicado. fazendo c~m q e o ger nd mento seja d pe ·ima qualidade. Devemos julgar te gerenc1a- Scanned by Cam Scanner +-- MANUTEN<;AO +- SIM I ACT/Otv PLAN DO MANTEM NAO I ACTION l~/LTADO ACOMPANH REM. SINTOMA IDEIAS ACTION BLOQUEIO CAUSA MELHORA +-- MELHORIAS +-- Figura 4.5: Detalhamento do ciclo POCA nos ciclos de manuten9ao e melhorias. ·- - --·-- ---- Scanned by CamScanner mento nao da forma coma jut , benevolentes. Devem . 1 gamos a nos mesmo, pois sempre tendemos a ser t.1. . . os JU gar pelos resultados, que sao pessimos: nao somos compe 1 1vos mternac1onalment . 20 a 40°/c dos f t e, nossas empresas estao ''jogando pelo dreno" de 0 eu a uramento em perdas devidas ao descontrole! Os operadores nao sao c 1 d . . . Undo as "d· tr· d u pa os por tsto pois eles devenam ser treinados seg Ire izes e contr 1 ,, d · · .. t t - . 0 e , e responsabthdade das chefias e que fre-quen emen e nao ex1stern A s· l t d " ,, . 1001 · m1p es axa e turn-over de pessoal quase sem-pre supenor a 10 ao ano p · , · , ' , or s1 so Ja mostra o descuido com este fator. Todas as pessoas da em d t. .d d 1 presa gostam e melhorar os resultados pois esta e uma a iv1 a e a tamente m t· d d · . , . , . o tva ora quan o bem conduz1da. No entanto o Pnnc1p10 bastco do ''conceito d tr l " , , , · e con o e e que para melhorar e necessano antes de tudo saber manter a "diretriz de controle". Isto e o que procura mostrar a Rgura 4 .4. 4.3.2. 0 ciclo PDCA utilizado para melhorar resultados A utilizac;ao do ciclo POCA para melhorar as "diretrizes de controle" ea grande responsabilidade de todas as chefias, desde o Presidente ate o nfvel de Supervisor. Os operadores utilizam o POCA para melhorias quando das atividades dos Cfrculos de Controle da Qualidade (CCQ) . A Figura 4.6 mostra a utilizac;ao do POCA para as melhorias, que se constitui no 'metodo de soluc;ao de problemas", tambem conhecido no Japao por "QC STORY". Este metodo e possivelmente o mais importante dentro do TQC e de- veria ser dominado por todas as pessoas da empresa, do Presidente aos Operadores. Ja encontrei cases de gerentes e diretores de empresas que julgavam que nao precisavam aprender o metodo. No entanto, estou hoje convicto de que esta e a arma mais importante para a alta dire~ao da empresa e a base para a rea- lizac;ao das diretrizes colocadas pelo planejamento estrategico. Volto a repetir: para que possamos ser competitivos e no minimo necessario que sejamos todos exfmios solucionadores de problemas (estabelecedores de novas diretrizes de controle que garantam a sobrevivencia da empresa) · 0 POCA para melhorias ou metodo de solu<;ao de problemas ou ainda o "QC STORY" esta detalhado no Apendice 3. Scanned by Cam Scanner nRCB_E I~~ • BSER'/ACAO _1 I ............... ~ / 8 I 1 I ~ / ' l. ANALISE PROCESSO PADRONIZACAO ~ ~ \ 7 / A p 4 \ l PLANO DE A<;:Ao , VERIFICACAO C D 6 5 -----ACAO Figura 4. 6: Cicio POCA para melhorias ("QC STORY"). NO PLANEJAMENTO DEVEM FICAR DEFINIOAS AS METAS E AS ACOES NECESSARIAS PARAATINGIR AS METAS (NOVA "DIRETRIZ DE CONTROLE") Scanned by CamScanner t ' PRATICA DO CONTROLEDA QUALi DADE ex ste ccntrole sem podronizocao " ., . 5.J. DEFI~l~_.\O DE CO'.\"TROlE D'..\ QliALIDADE A . ~a; a . . " ~· - "" ea . :.a ~ ~ ·e- e :er_ne do TQC e obriga<;ao_ de todos. 0 · 0 1 rr fe aa . raa .ae~ .GJ e - oce.o gerenciaJ centrado no controle 2 . r~.:0.1 _ en~n oo:-: . . era a.32' ·.;1a¢,o d.as r.ecessidades das pessoas. o con-· rro.~ a · ~ aae. 0 -~Ez:t Cor .. :-- !e da . ual}dade Total (TQC), e exercer ~ ·o. o,~ (co. o co ce:ruaa , - ··e , ~ 3 '"': . 3.4 e 4.3 ) sobre as dimens6es da .' idad e osrrarlac a F ra 2 . - . 0 o ais importante deste "controle'' e gara: ·_ a q . ·dade ' -se· . och : - {se·a e e q al for) pa.ra o seu diente exter- . o e 1. '"e o . E d este d ;e · q....e pr e o 'amoso conceito: "'O pr6ximo proces- .:o e se ' d ie e ··. A . ra:ica co scien ·e do ... co ,. e :a q alidade.. por todas as pessoas da e presa. ass · i 'o a res;>o ' :J: 4darle '~: '"J sobre os resuJtados do "seu proces- so- e A a o 'rfade r e1os sor .e sei processo (conhecido quando da defini¢o des a . . ¢oL ea ase o ge;enciamen participative e o pilar de sustenta¢o o - QC . . ·ao se pcde co~ .ceber QC e em .se pode imaginar Garantia da a idade / GQ} 1 es o · - ;-~, sern c e 'a a participa¢o dedicada e met6di- ra e :od_ s os set res e pe.~ da __ presa pra · cando -0 controle da quaJidade. , pa ·c:pay3o <la:; !)".-S30a5 - e :5eg: 'Ca por eAOrta¢o. mas por educa~O e :re· ia~e to .a p a ·ca 0 Ca q lidade. 0 es ob" efr os: e1 a - - 1 0a ~e ~rr ~ ;:;i pe f>S d ' e- Jes: isto implic.a um esfon;o de Jocalizar c~ie '! Xl~ ~e ~ as ~:: z.~es t · i!.as ezes ele ao as conhece e voce 'Jrl; . -'.lrJuz:r ~ ecess· dades em caracterfsticas r e1sura ~ ~ ~ G .c ~;a ~,;. eJ gere ciar o processo de atingi-Jas: . ,".,.fo r.~ a r~ .. ~t a .~ rJ e ... ~;rl<_!a ~ ~ d:ei e p · do padr6es e atuando na r ' ~~ i:;r15 rf~. •< J • (j ;:. ' )(,Y',.fYJ ~ ., rr? I p 0 'dade desejada pel0 d tente es fl ""'.".'".i'Strar1..-... ,.. ;, 7 '1~,;, s ~ : ; c.-/e -sr: 0 · . - ofe ~ <POCA) e exercido para Scanned by Cam Scanner CICLO I ETAPAS POCA ,,- I ~ p I ,.t ~ I ~ D 4 c 6 A 7 Ta be/a 5. 1: Fa tores basicos para o ciclo de manuten~ao do controle da qualidade. ATIVIDADES DE MANUTEN<;AO NO CONTROLE DA QUALIDADE ESTA~ELECIMENTOlJO" PADRAO DE QUALIDADE ) ...... -.__ ------- ··- - - - - , -·ESTABELECIMENTOlJOS~ ·'-- PROCEDIMENTOS-PADRAO ,, ~ - - - -· - - - -- - OBSE.RVAV(>ES - . Estude e determine is ~s§daaes de seu dlente:.(intemo ou exlemo). Verifique a possibilidade de seu processo atender ou nao a estas necessidades . --- --... ,1~~~ec;a o seu processo 'de acordo com as necessidades do cfieote e efina os fatores importantes do seu processo (causas) que devem ser ,padrorn~~ .TRABJ\LHO DE A~oo--> As pessoas devem estar treinadas ~ ma~dos fatores _ COM OS PADROES importantes como determinados no item anterior. Conduza auditoria. ~ I MErno~S) '·----·------- ___ .. /.-- --- ~ / -"--~\ PADROES DE\ ' VERIFICA<;AQ ,. ---VERIFICA<;Ab) -- _,..-.,-- -- Defina as medidas a serem feitas: temperatura, pressao, composiyao quimica, dimensoes, tempo, etc. Defina os padroes de verificactao (inspe~o). Estes padr5es sao geralmente de nivel superior aos padroes de qualidade. -------·----- ·- -· ·-- -- -- - ---- - -- - Verifique se existem nao-00nformidades em rela~o aos pact~~~- - - -- - .. - --~ ------ · 'As causas das na~conformidades devem ser eliminadas de imedialo. Se a nao- ELl MINA<;AO DAS ' confonliiOade for cronica, os procedimentos operacionais-padrao devem ser NAO-CONFORMIDADES alterados; se for ocasional deve ser conduzida uma analise de falhas para locaJi- zar a causa, devendo o evento ser registrado para analise futura. .. Scanned by CamScanner , cJ Melhorar a qualidade desejada pelo cliente; neste caso e preciso Jocalizar OS ) ·1 "resulta~o_:; indesejaveis" (problemas) e utilizar o "metodo de solu~ao de pro- _.- ; blemai ' (ver Apendice 3) para melnora~los. -- · -- . , I • Recomendo ao leitor refletir sobre o conceito de "controle da qualidade" referindo-se ao conceito de "~ontrole" como explicado no Item 3.3.1, as Figura~ 3.2, 4.1, 4~.~' 4.4, 4.5 e 4.6 ea Tabela 5.1. Alem disto, sugiro discutir a correla¢o entre a prahca do controle da qualidade e a garantia da sobrevivencia da empre- sa. 5.2. DEFINICAO DO GERENCIAMENTO DA ROTINA DO TRABA- LHO DO DIA-A-DIA ("DAILY WORK ROUTINE MANAGEMENT") 0 Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia-a-Dia e parte importante do Gerenciamento pelas Diretrizes. Gerenciamento pelas Diretrizes Gerenciamento -- lnterfuncional Gerenciamento da Rotina --- do Trabalho do Dia-a-Dia au Gerenciamento Funcional 0 Gerenciamento pelas Diretrizes e o Gerenciamento Interfuncional serao detalhados no pr6ximo capftulo. Este capftulo se ocupara dos metodos basicos do Gerenciamento da Rotina do Dia-a-Dia. A alta administrac;ao de muitas empresas nao raro se esquece de que nao adi- anta fazer um born planejamento estrategico e estabelecer diretrizes sem ter quern realize as diretrizes. Este trabalho deve ser conduzido na base da hierarquia da empresa, na unidade que estamos denominando "Unidade Gerencial Basica", como mostra a Figura 5 .1. 0 principal objetivo do estabelecimento do Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia-a-Dia e transformar esta "Uriidade- Gerencial Basica" _numa //rnfCroempresa"-errrque-o~Cf1e·f~ -de Sec;ao e ~- Presidente~ara isto este Chefe de - '\ 1 Se¢ o deve ter o melhor' p reparo-gerendal-possfvel-e-toda a sua turma (staff, supervisores e operadores) deve ser preparada para conduzir o seu trabalho do . dia-a-dia com competencia, de_ tal forma . que os nfveis hierarquicos superiores ·- possarn _ se-''esquecer" do dia-a-dia e cumprir sua obrigac;ao, que e olhar para o mercado, para 05 concorrentes e para o futuro da empresa e com isto conduzi-la para a sobrevivencia. 0 Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia-a-Dia esta intimamente liga- do ao Gerehciamento pelas Direrizes (de fato a parte deste) e ea base para area- liza~o da estrategia da empresa . Na implantaGao do TQC, a primeira prioridade e implantar o Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia-a-Dia. 47 Scanned by Cam Scanner ~ASE NA ~IA INTER- FUNCIONAL ~NFASE NA GER~CIA FUNCIONAL OU GERtNCIA OAROTINA OOTRABALHO DO DIA-A-DIA ----------------------. I : Uderan~a da Empresa CONSELHO I : (Diretores: aqueles que dao a "dire~o") l -A enfase aqui e olhar para fora da empresa PRESIDENTE I : (mercado e concorrentes) e para o seu : futuro. • : - Estas pessoas devem dedicar quase todo : DIRETOR : o seu tempo a buscar meios de garantir a /: 1 ~: sobrevi~encia de sua empresa a guerra CHEFE • · comerc1al. I : DEPARTAMENTO : DIRETRIZES :__ : DIRETRIZES -------- ----------- r-------------- --------------, I I r--------------r--------------. . . • Unidade Gerencial Basica l I t I I I I I J I I I : STAFF : I I I I I I I I I I I : 0 06606660066l ------------------------------· OPERADORES SE<(AO I \.__ (Executores: aqueles que "operam· a • empresa) STAFF SUPERV. I I SUPERV. I \ I I I I ~- ------ -------------· -Aqui trabalham em tomo de 97% das pessoas da empresa. - O objetivo e dar a esta "microempresa· toda autonomia possivel para conduzir o "seu neg6cio" no dia-a-dia. - Cada microempresa deve garantir a qua- lidade para a pr6xima. - 0 chefe-de-se~o deve ser educado e treinado para ser o "Presidente• desta microempresa, estabelecendo sua pr6pria filosofia, visao e estrategia. Figura 5.1: Principais papeis no Gerenciamento pelas Diretrizes. Scanned by CamScanner ----- --- ----- --- --- -- --- -- - - - - - {, O G~rericiam~nto d-~- Roti~a._ -~~- !r_ab~lho do _Dj~~a=Dia (ou simplesmente Rotina)-e-e~~~-de t~forma a prop_?rcionar o '?1:lhoramentn;ea_n~~ .. ~pela :onJugac;ao das operac;oes de ma~o (cumprimento de } / padr6es e atuac;ao na cau~g_s..des\liost e_J!?.e~h~rias (alterac;ao dos padr6e!-Par8' '---- melhorresulta~ ---- - - - - - --- - A form a ideal do TQC sera atingida quando a Rotina for gerenciada em nfvel individual por todas as pessoas da empresa. Do Presidente ao operador todos devem gerenciar a Rotina de seu pr6prio processo. O "processo" de cad~ um e definido pela "definic;ao da func;ao" . Esta "definic;ao de fun<;ao" deve delimitar a area de autoridade (meios, causas, processo) e a area de responsabilidade (fins, resultados). Muito embora todas as pessoas participem da Rotina, ela sera muito impor- tante para as pessoas da Se~ao que e aqui considerada a "Unidade Gerencial Basica" da organizac;ao, como mostra a Figura 5.1. Como e mostrado na Figura 5.2, o Gerenciamento da Rotina do Trabalho do Dia-a-Dia e um conjunto de atividades voltadas para alcanc;ar os objetivos atribuf- dos a cada processo. E a pratica do controle da qualidade. Estas atividades sao: a. Defini<;ao da fun<;ao - Definir a func;ao de cada setor e cada pessoa (esta defini~;f~o deve constar de procedimento-padrao administrativo), definindo tambem os insumos recebidos de cada fornecedor e produtos ou servic;os a serem entregues a cada cliente. Definir as caracterfsticas de cada produto/servic;o consultando seus clientes. A responsabilidade de cada um e estabelecida sabre os resultados