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ENERGIA NA NUTRIÇÃO ANIMAL Profa Lilian Carolina Rosa da Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ – SETOR PALOTINA CURSO DE AGRONOMIA DISCIPLINA DE BROMATOLOGIA E NUTRIÇÃO INTRODUÇÃO • Potencial energético dos nutrientes – realização de trabalho • Proteína, lipídeos, carboidratos • Necessidade de energia dos animais • Energia – interação de todos os nutrientes • Oxidação dos nutrientes do alimento • Minerais e vitaminas – viabilização da energia Geralmente expressa na forma de unidade de calor: 1 Caloria (Cal) – 1g de H2O em 1 oC (14,5 – 15,5oC); 1 Quilocaloria (Kcal) - 1Kg de H2O em 1 oC (1 Calx1000); 1 joule (J) = 0,239 cal (1 cal = 4,18 J); 1 BTU = 0,252 Kcal 1 Megacaloria (Mcal) - 1ton de H2O em 1 oC (1 Kcalx1000); BTU – (British Thermal Unit) unidade de medida não-métrica (Não pertencente ao SI) utilizada principalmente nos USA e UK; É equivalente: 252,2 Cal 1.055,05585 J 1 BTU = energia temperatura de uma libra de H2O em 1 oF Lipídeos – β-oxidação Aminoácidos – desaminação e oxidação dos esqueletos carbônicos Glicose – glicólise anaeróbica e Ciclo de Krebs Produção de ENERGIA ENERGIA BRUTA • Medida em calorias (cal/kcal) • Quantidade de calor necessária para elevar 1°C a massa de 1 kg de água na temperatura de 14,5°C. • Medida – bomba calorimétrica ou calorímero a oxigênio de Parr • Cálculo composição de nutrientes • Quantidade de calor produzida pela combustão dos nutrientes Valores energéticos médios • Carboidratos = 4,15 calorias • Lipídeos = 9,40 calorias • Proteínas = 5,65 calorias • Composição do alimento = umidade + proteína bruta + extrato etéreo + fibra bruta + resíduo mineral + extrativo não nitrogenado • Cal/g ou cal/kg ENERGIA BRUTA • Gado de corte • Manutenção de energia para metabolismo, crescimento e produção de carne • 45% de perda na forma de calor • 40% de perda nas fezes • 10% de perda na urina e gases • 5% para produção ENERGIA DIGESTÍVEL • Alimento ingerido – digestão • Perdas fixas e variáveis • Perda – fração não digerida – bolo fecal • Coeficiente de digestibilidade do alimento • Alimento isolado/ração • Considerar as perdas endógenas metabólicas – descamação da parede do trato digestório • Digestibilidade aparente Energia das fezes • Alimentos não digeridos • Produtos de origem microbiana • Excreção para o intestino (enzima) • Descamação da mucosa intestinal Energia Fezes Alimento não digerido e digerido e não absorvido; Elementos internos (Mucosa, enzimas, microrg.). Energia Digestível (ED) Energia Bruta do Alimento • ENERGIA BRUTA – perda de energia das fezes = ENERGIA DIGESTÍVEL • Aparente – conteúdo das fezes que não é de origem dietética (descamações) • Verdadeira – perdas endógenas conhecidas ENERGIA DIGESTÍVEL COEFICIENTE DE DIGESTIBILIDADE • Avaliação nutritiva • Análise de alimentos/aproveitamento de nutrientes • Fração do alimento consumido não recuperado nas fezes • Coeficiente de digestibilidade • ED = consumo - fezes ENERGIA METABOLIZÁVEL • Perdas pela urina (excreção de nitrogênio) • Energia digestível – perda através da urina = Energia metabolizável • Perda fixa – N endógeno • Perda variável – desequilíbrio na ingestão de proteína (excesso de aminoácido) • Perda fixa de energia pela urina 1,25 calorias • Energia mais utilizada para os animais Energia Digestível (ED) Urina, Brânquias; Amônia, ureia, creatinina, glicose, aminoácidos, trimetilamina, óxido de trimetilamina... Amônia – 85% e uréia 15% 3 a 6% de ME Excreção de elementos pela superfície corporal: - Muco, escamas, células epiteliais – difícil quantificação e perda pequena; - Crustáceos – muda (exuvia) pequena, poucos dados, 3% da EM. Energia Metabolizável (EM) Desequilíbrio de proteína • Desaminação – perda de energia e incremento calórico (perda de enegia temperatura corporal) • Não armazena proteína • Ruminantes – perdas pelos gases - metano • Substâncias nitrogenadas – uréia, ácido úrico, amônia • Substâncias não-nitrogenadas – ácido cítrico ENERGIA LÍQUIDA • Produção animal – perdas que interferem na sobra de energia para a produção • Metabolismo basal • Manejo – gasto de energia no manejo inadequado • Equilíbrio da dieta – minerais, vitaminas e aminoácidos – incremento calórico • Gasto de energia em clima quente Energia Metabolizável (EM) - Incremento calórico: trabalho para ingerir, digerir e o uso metabólico dos nutrientes ingeridos Energia Líquida (EL) Energia de líquida • Energia metabolizável – perdas na digestão, absorção e metabolismo de nutrientes – incremento calórico (IC) • EL = EM – IC • Energia de produção – crescimento, atividade física, produção de leite, gestação, etc.) Incremento calórico • Calor associado com o metabolismo, digestão e absorção, excreção e fermentação dos nutrientes ingeridos. • Variação na espécie e tipo de alimento • Alimentação desbalanceada – aumento no IC Energia Líquida (EL) Energia líquida de mantença – metabolismo basal, etc... Energia líquida de produção – ganho de peso, gametas... Energia Fezes Alimento não digerido e digerido e não absorvido Elementos internos (Mucosa, enzimas, microrg.) Energia Digestível (ED) Energia Bruta do Alimento Catabolismo N, Glic, etc Energia Metabolizável (EM) Incremento calórico Calor gerado pelo metabolismo E. Urinária, Brânquias Excreção de elementos pela superfície corporal Energia Líquida (EL) Energia líquida de mantença – metabolismo basal, etc... Energia líquida de produção – ganho de peso, gametas... IMPORTÂNCIA DA ENERGIA NAS RAÇÕES • Equacionar o consumo de todos os nutrientes • Consumo de ração para satisfazer as necessidades de energia • Presença de lipídios no duodeno – (+) colecistoquinina – secreção pancreática e age sobre o centro de saciedade • Redução de lipídios – aumento de fibra – taxa de passagem – aumento do consumo de ração • Correlacionar consumo – energia – nutrientes – incremento calórico
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