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Profª: Claudia Cruz claudia.cruz@estacio.br Gastronomia aplicada à Nutrição Clínica Conceitos Iniciais •Hospitalidade: o que significa? Você já ouviu falar em: •Gastronomia Hospitalar? •Hotelaria Hospitalar? •Encantamento de clientes/pacientes? •Humanização? •Onde a Nutrição entra nesses conceitos? “Os profissionais de nutrição vêm investindo para mudar o conceito que comida de hospital é ruim e sem sabor. Atualmente, a visão de dieta hospitalar está sendo adaptada às tendências inovadoras de gastronomia” (CASTRO; CORREA, 2011) Gastronomia Hospitalar “Gastronomia hospitalar é a arte de conciliar a prescrição dietética e as restrições alimentares de clientes à elaboração de refeições saudáveis e nutritivas, atrativas e saborosas, a fim de promover a associação de objetivos dietéticos, clínicos e sensoriais e promover nutrição com prazer” (CASTRO; CORREA, 2011). Indicadores de Qualidade em Serviço de Alimentação de Nutrição Clínica Ficha Técnica • Objetivos • Registrar todo processo de elaboração dos pratos • Registrar matérias-primas utilizadas • Registrar quantidades e valor total da preparação • Identificar custos de produção • Organizar operacionalmente o preparo • Padronização do serviço Ficha Técnica de Preparação • Fórmula para obtenção ficha técnica de preparação • Ingredientes • Quantidade • Modo de preparo • Tempo de preparo • Rendimento • Valor calórico • Custo Avaliação Qualitativa • Avaliação sensorial: • Aroma • Sabor • Cor • Textura Avaliação Qualitativa das Preparações do Cardápio (AQPC) Método desenvolvido permite avaliar a composição do cardápio seguindo critérios de cores, técnicas de preparo, repetições, combinações, oferta de frutas, folhosos ou tipos de carnes e o teor de enxofre. Mais facilmente aplicado em unidades menor número de preparações e maior controle nas porções AQPC Etapas da avaliação por AQPC: 1. Avaliar os cardápios diários, posteriormente os semanais, culminando com a avaliação de cardápios mensais, considerando períodos maiores (ex. 5 meses consecutivos) 2. As preparações foram avaliadas diariamente, sob os seguintes critérios: AQPC Técnica de cocção Oferta de folhosos e de conservas nas saladas Combinação de cores na salada e outras preparações Número de preparações ricas em enxofre Oferta de frutas e doces de sobremesa Combinação de doces e frituras no mesmo cardápio Classificação do cardápio em pouca ou muita quantidade de gordura, pelo teor de gordura do alimento ou pela técnica utilizada APQC 3. A partir das avaliações semanais, compilar resultados contendo avaliação diária contendo informação com o número de dias em que: • Aparece frituras no cardápio; • Há repetições de preparações (aparecimento da mesma preparação ou dos mesmos alimentos na mesma semana); • Presença de fruta como sobremesa; • Há doces industrializados ou preparados como sobremesa como, por exemplo, pudim, gelatina e sagu; APQC • Coincide a oferta de doces (sobremesa) e fritura no mesmo dia; • Há oferta de carne gordurosa (linguiça, salsicha, chuleta, hamburguer, feijoada) desconsiderando o dia em que a carne era preparada com a técnica fritar; • Jogo de cores do cardápio não se mostrava atrativo, representando monotonia de cores entre as preparações (acima de duas preparações da mesma cor ou a repetição de apenas duas cores no cardápio do dia); • Oferta de duas ou mais preparações ricas em enxofre, desconsiderando-se o feijão oferecido diariamente; APQC • Há oferta de folhosos entre as opções de saladas; • Oferta de salada em conserva; • Técnicas de preparo da segunda opção de carne coincidiam com as técnicas de preparo da carne do dia. 4. Agrupar a avaliação mensal dos dados semanais e, posteriormente, e tabular os percentuais em relação ao número total de dias dos cardápios investigados. APQC Avaliação Quantitativa • Distribuição do VET das preparações e cardápio • Distribuição de micronutrientes Satisfação • Índice de Aceitabilidade Peso líquido total de todas as preparações ------------100% Peso líquido total das sobras dos pratos ------------- X% X = de recusa de todos os comensais Índice de aceitabilidade: subtração do % de recusa (100% - x%) Pesquisa Direta Índice de Resto-Ingesta Índice resto ingesta (Kg) = peso do resto x 100 peso da refeição servidas Per capita resto ingesta (kg) = peso do resto x 100 número de refeição servidas TIPOS DE SERVIÇO Tipos de Serviço • Serviço à francesa: é o modo mais elegante, sofisticado e cerimonioso de servir. Os anfitriões sentam-se vis-à-vis, ou seja, um em frente ao outro. - Alternam-se homens e mulheres na disposição dos demais lugares. - A hierarquia é seguida na disposição dos lugares, sendo que as pessoas de maior precedência ou mais idosas sentarão mais próximas aos anfitriões e as de menor precedência, assim como as mais jovens, ocupam posições mais distantes. Tipos de Serviço • Serviço à francesa: - A mesa é posta com a maioria dos talheres e louças, de acordo com o cardápio que será oferecido (normalmente com mais de um tipo de prato). - O pão também já estará no prato à esquerda. - A salada é servida em prato menor e deve ser comida com garfo. Cartão com nome do covidado Guardanapo de pano dobradosobre o prato 5 cm 50 cm Prato de pão (pode já estar servido) Prato de salada Arrumados de fora para dentro de acordo com ordem de utilização Disposição de Utensílios – Serviço à Francesa Tipos de Serviço • Serviço à Inglesa: Esse sistema de servir é parecido com o francês, porém não o convidado não se serve, os alimentos são trazidos em travessas. Tipos de Serviço • Serviço americana: Trata-se de serviço em forma de bufê, informal e prática. Tipos de Serviço • Serviço brasileiro: as travessas com os alimentos, vêm da cozinha diretamente para a mesa e são posicionados ao centro. Os pratos e os talheres não são trocados e cada um deve se servir, sem o auxílio de copeiros ou dos anfitriões Tipos de Serviço • Serviço à russa: Trata-se de um serviço ágil e prático, embora pouco utilizado. Os pratos vêem servidos da cozinha e são apresentados ao convidado, e são deixados em uma mesa de apoio ao lado do cliente. As carnes, peixes ou aves são flambadas e trinchadas na frente do cliente. E nos Hospitais, como aplicar o conceito de Serviços? • Sistemas organizacionais do serviço de alimentação Sistema centralizado Refeições preparadas e porcionadas na cozinha. Vantagens: maior controle do porcionamento, supervisão, controle higiênico-sanitário e desperdício (diminuição das sobras). Desvantagem: sobrecarga do ambiente de cozinha. Estrutura dos serviços em gastronomia • Sistemas organizacionais do serviço de alimentação Sistema descentralizado Refeições preparadas na cozinha e transportadas para as unidades de internação, onde são porcionadas. Vantagens: Descentralização do serviço, necessidade de menos mão-de-obra na cozinha. Desvantagens: Dificuldade de supervisão, erros mais frequentes, maior risco de contaminação (manipulação) e má apresentação das refeições, maior desperdício. Estrutura dos serviços em gastronomia • Sistemas organizacionais do serviço de alimentação Sistema misto É o sistema mais utilizado em hospitais. As refeições principais são porcionadas na cozinha e outros itens (bebidas, sobremesas e pequenas refeições) porcionadosnas unidades ou copas de apoio. Vantagens: Maior controle das preparações do ponto de vista da qualidade higiênico-sanitária, menor desperdício, maior controle no porcionamento e distribuição. Desvantagem: maior quantidade de mão-de-obra e treinamento de manipuladores. Estrutura dos serviços em gastronomia • Papel do nutricionista em gastronomia hospitalar Gerenciamento da linha produtiva. Aproveitamento de pessoal, redução de custos de aquisição, manutenção, investindo em recursos para a finalização de pratos. Estímulo à variedade de produtos e serviços oferecidos à clientela. Eventos. Carrinhos de hotelaria com produtos diferenciados. Sistema de opções. Elaboração de testes na cozinha experimental. Estrutura dos serviços em gastronomia • Papel do nutricionista em gastronomia hospitalar Treinamento e desenvolvimento de pessoal. Oficinas culinárias para decoração de pratos, técnicas culinárias clássicas e inovadoras associadas à Dietoterapia. Concurso de receitas entre a equipe de colaboradores, com inclusão das receitas na linha de produção. Aprimorar o cardápio, com desenvolvimento de novos produtos e preparações dietéticas. Determinação do perfil de sensibilidade de cada profissional para doce, salgado, azedo e amargo, por meio de treinamento de degustação. Estrutura dos serviços em gastronomia • O que o cliente espera dos serviços em gastronomia hospitalar? Qualidade das refeições (harmonia, cores, sabores, textura) Qualidade das preparações servidas em cada refeição Variedade de cardápios Tempo das preparações Apresentação das bandejas Atendimento do atendente de nutrição Estrutura dos serviços em gastronomia • Vantagens da implantação dos serviços em gastronomia Oferecer o inesperado, surpreender e encantar. Aumentar a produtividade. Tranquilidade e confiança do cliente/paciente e seus familiares. Maior procura pelas pessoas jurídicas para credenciamento do hospital. Cardápio variado. Menor desperdício. Estrutura dos serviços em gastronomia • Vantagens da implantação dos serviços em gastronomia Controle das compras. Planejamento direcionado. Controle dos pontos críticos de produção. Padronização de fichas técnicas. Melhor adesão do paciente ao tratamento. Marketing de retorno gratuito. Estrutura dos serviços em gastronomia • Desvantagens da implantação dos serviços em gastronomia Implantação da hotelaria clássica ao invés da hotelaria adaptada. Vícios aceitáveis na hotelaria e não são tolerados na área hospitalar. Contratação desenfreada de profissionais da hotelaria sem a devida ambientação. Confundir criatividade com mediocridade. Estrutura dos serviços em gastronomia Tipos de serviços para atendimento alimentar do cliente • Dietas padronizadas por patologia/preferências e aversões • Objetivo da padronização de dietas hospitalares • Manter o atendimento nutricional seguro, eficiente e de qualidade ao paciente. • Facilitar o trabalho do serviço de produção e distribuição das refeições Tipos de serviços para atendimento alimentar do cliente • Dietas padronizadas por patologia/preferências e aversões • A padronização das dietas devem respeitar: • O cardápio • A disponibilidade de alimentos • Os hábitos ou preferências alimentares, assim como as aversões • A doença existente • As necessidades nutricionais
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