Buscar

Prévia do material em texto

TEORIA CRÍTICA DA ARQUITETURA 2 
CAOS, DESCONSTRUÇÃO, FORMAS COMPLEXAS, CAMPO AMPLIADO 
PÓS-ESTRUTURALISMO 
 
prof. lídia quièto 
 
Aceitação de uma realidade cada vez mais 
fragmentada, descontínua e descentralizada 
 
Cultura do fragmento, colagem de elementos 
heterogêneos 
 
Aceitação da diferença 
 
Mecanismos narrativos e perceptivos da 
montagem do cinema 
 
sobreposição e simultaneidade, o tempo que 
flui onde passado, presente e futuro podem 
estar mesclados 
 
Teorias da complexidade 
CULTURA DO FRAGMENTO 
CONTRIBUIÇÃO 
NEUE STAATSGALERIE 
James Stirling e Michael Wilford, 1977 
MÖNCHENGLADBACH MUSEUM 
Hans Hollen, 1972 
VOLCANO MUSEUM 
Hans Hollen, 1996 
MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA (LA) 
Arata Isozaki, 1981 
PARQUE LA VILLETE 
Bernard Tschumi, 1982 
 
Mecanismos narrativos e 
perceptivos da montagem do 
cinema 
 
sobreposição 
 
Promenade cinematográfica 
 
Valorização da velocidade 
 
Disjunção: condição de estar 
separado, descontínuidade 
entre natureza e cultura 
escola de discurso teórico sólido, opositivo em relação à produção do mercado e a vertente 
historicista, construído a partir de experimentos desenvolvidos ao longo crise econômica da 
década de 1970. 
 
Produção teórica conhecida como arquitetura de papel. 
 
A escola defende a autonomia disciplinar da arquitetura através do estudo analítico e da 
reinterpretação das sintaxes modernas (MONTANER, 2001) a fim de retomar a força 
presente na produção da vanguarda, desenvolvidas grupo de arquitetos de Nova York 
conhecido como Five Architects: 
 
Peter Eisenman (1932), 
Michael Graves (1934), 
Charles Gwathmey (1938 – 2009), 
John Hejduk (1929 – 2000) 
Richard Meier (1934), 
 
Cada um dos arquitetos busca nos mestres e obras modernas o entendimento da sintaxe e 
seu processo, tomados como conceito, ideia que estrutura o objeto. 
FIVE ARCHITECTS 
CONTRIBUIÇÃO DA COOPER UNION 
Eisenman e Hejduk tomam essa estrutura formal como conceito, evidenciando a 
prevalência do processo sobre o resultado final. 
 
Exercício formal que dissocia a forma de sua ideologia eliminando qualquer relação 
simbólica ou funcional, o que possibilita uma atualização contínua de sua forma pura, 
geométrica. 
 
Essa prática também se baseia na comunicação, mas toma como foco a comunicação do 
processo de concepção da ideia, sua estrutura e não a apreensão do seu simbolismo – 
processos associados a memória ou pertencimento cultural – ou da funcionalidade de seus 
elementos, é um processo abstrato de leitura do conceito. 
 
Michael Graves, Richard Meier e Charles Gwathmey-Robert usam como referência a obra 
de Le Corbusier: 
 
•Acrescentando apuro técnico e materiais de acabamento. 
•Complexidade nos métodos projetuais –gerando ambiguidade espacial. 
•atualização do repertório moderno a partir de novas organizações, relações sintáticas. 
 
FIVE ARCHITECTS 
CONTRIBUIÇÃO INDIVIDUAL 
Peter Eisenman 
Estudos de sintaxe da obra de 
Giuseppe Terragni 
Peter Eisenman 
Série de estudos de 
casas abstratas 
John Hejduk 
Séries de estudos de casas baseadas nas análises de 
obras neoplásticas. 
 
Diamond Houses 
Wall House II (1973) 
Wall Houses 
Charles Gwathmey-Robert 
1966 - The Robert and Rosalie Gwathmey Residence and Studio 
1970 - The Tolan Residence 
1970 - The Eskilson Residence 
1969 - The Kenneth Cooper House 1968 - The Roger Straus III Residence 
1973 - The Elia-Basch House 
Smith House 
Rachofsky House 
Burda Museum 
Arp Museum 
Richard Meier 
Michael Graves 
Humana Building, 1985 Portland Building, 
Walt Disney Studios Denver Public Library 
Caos: parte da premissa de uma complexidade extrema 
com alto grau de desordem de fragmentos 
 
Ideia de imprevisibilidade dos sistemas: qualquer 
alteração pode provocar alterações em toda a estrutura 
do sistema, ou mutações 
 
Extrapola a capacidade do cérebro de estabelecer ordens 
e interpretações continuamente, colapso. 
 
Valorização da indeterminação e da relatividade 
 
Processos computadorizados 
TEORIAS DO CAOS 
CONTRIBUIÇÃO 
se apropria da sintaxe e da valorização do conceito, mas enfatiza o caráter 
narrativo, em lugar do caráter processual da obra como elemento gerador do 
projeto, sem o qual a obra perde absolutamente seu sentido. 
 
O caráter narrativo se relaciona ao contexto, emerge de sua singularidade a 
partir de uma interpretação abstrata, lógica anti-representativa 
 
Grupo alinhado ao discurso de Peter Eisenman originado no debate ocorrido no 
Institute for Architecture and Urban Studies (IAUS) e difundido nas publicações 
de sua revista, Oppositions. 
 
Essa vertente ganha força a partir da exposição Arquitetura Desconstrutivista 
(1988), organizada por Philip Johnson e Mark Wigley que deu origem pelo qual 
essa vertente se tornou conhecida. 
 
Foram expostas obras de Peter Eisenman, Zaha Hadid, Daniel Libeskind, Rem 
Koolhaas, Coop Himmelblau, Frank Gehry e Bernard Tschumi. 
DESCONSTRUÇÃO 
MOVIMENTO 
O racional é impossível... O real não é 
racional. Michel Serres 
 
Ficção 
A proposição de uma arquitetura 
dissociada de qualquer relação com o 
pensamento clássico ocidental, abordada 
como uma ficção, que não é indiferente a 
percepção do mundo, mas não se propõe 
a representá-la. 
Complexidade Formal 
Uma espacialidade que se recusa a se 
manter estável, que encena uma visão de 
mundo na constituição do espaço, um 
mundo que não pode ser posto em 
perspectiva porque não é relativo ou 
representativo, mas inconstante. 
X 
DESCONSTRUÇÃO 
IDEIAS 
Toma como 
referência as obras 
suprematistas, 
especialmente o 
uso de ângulos 
não-ortogonais, a 
ideia de espaço 
que aborda o 
movimento 
A expansão do campo do 
edifício, assim como na 
escultura 
 
Edifício e a sua forma se 
relacionam com a paisagem, 
dinâmicas do espaço urbano e 
natural 
 
ideia de expansão do objeto a 
partir de relações: dissolução 
de limites, uso coordenadas 
externas 
 
mescla da materialidade física 
com abstrações. 
TEORIA DA DOBRA 
DELEUZE E GUATARI 
CAMPO AMPLIADO 
ANTHONY VIDLER 
Ideia de uma matéria contínua 
 
Geometria infinita da dobra, o 
mundo como um imenso origami 
 
O objeto faz parte de um processo 
contínuo por variação 
 
Anti-funcionalismo 
 
Continuidade 
Na espacialidade, na configuração da 
forma, não há separação entre 
elementos ou função definida. 
 
Dissolução de dualidades, 
arquitetura como um meio. 
Sede da Corporação Nunotani, 1990, Peter 
Eisenman 
Denver Art Museum. Colorado, 2006. 
Daniel Libeskind 
DESCONSTRUÇÃO 
FORMAS 
MUSEU DE GUGGENHEIM EM TAICHUNG 
Zaha Hadid, 2006 
CONJUNTO RESIDENCIAL IBA 
Zaha Hadid, 1987 
FILARMÔNICA DE PARIS 
Zaha Hadid, 2007 
CASA GEHRY 
Frank Gehry 
MUSEU GUGGENHEIN BILBAO 
Frank Gehry, 1997. 
MUSEU JUDAICO DE BERLIM 
Daniel Libeskind 
A arquitetura é como um texto que está 
constantemente sendo reinterpretado, às vezes 
perceptivelmente, às vezes muito erradamente, às 
vezes inteligentemente. Em cada caso, as pessoas 
acham que esse prédio está contando uma história, 
mas não uma história unidimensional, terminando 
num ponto final. 
 
Daniel Libeskind. 
Tirar o foco do objeto para ver que o traço persiste como uma 
sombra alongada do lugar (LIBESKIND, 2000, P. 147). 
A espacialidade ultrapassa as configurações geométricas 
clássicas, não há elementos compondo o espaço, mas a 
manipulação do volume em si a partir de matrizes geradas 
por elementos externos como o lugar ou a sua história. 
MIS/RJ, Daniel Libeskind, 2009. 
Um modo operativo de abordar o 
projeto que parte de uma 
distribuiçãodo espaço que não é 
essencialmente funcional ou 
compositiva, mas relacional. 
 
Trabalham a partir de formas 
irregulares, distorcidas que se 
configuram a partir de dinâmicas de 
fluxo. 
OPERATIVO 
VALORIZAÇÃO DA AÇÃO 
Edifício mais como “um dispositivo mediador, 
um instrumento espacial, do que um objeto 
que segue a ação de um lado para o outro” 
 
Anthony Vidler, 2000 
FLUXOS 
MOVIMENTO 
Recusa da forma como ponto de 
partida do projeto, vista sempre 
como algo inacabado, em processo 
 
Forma unitária, cinética, contínua e 
dobrada 
 
Tem como objetivo ser um 
resultado do intercambio de fluxos 
e ações no espaço arquitetônico 
 
A estrutura formal se adapta para 
fazer fluir o fluxo e o movimento 
... a forma já não é o resultado da ação artística, mas 
radica no desejo, na ação corporal e no fluir do tempo. O 
tempo da crítica radical é o tempo da ação: impaciente e 
transigente, violento e furioso 
 
Josep Maria Montaner, 2002 
TERMINAL MARÍTIMO DE YOKOHAMA 
Foreign Office Architects (FOA), 1995 
EDUCATORIUM 
Rem Koolhaas, 1997 
CASA MOEBIUS 
Unstudio, 1993 
INSTITUTE OF CONTEMPORARY ARTS (ICA) 
Diller, Scofidio e Renfro. 2006 
MIS/RJ 
Diller, Scofidio e Renfro, 2009 
Biblioteca de Seatle 
Rem Koolhaas e Joshua Prince-Ramus, 1999 
MIS/RJ 
Diller, Scofidio e Renfro, 2009 
BIBLIOGRAFIA 
 
CURTIS, Willian J. R. Arquitetura Moderna desde 1900. Porto Alegre: Bookman, 2008. Capítulo 35 
 
FRAMPTON, Kenneth. História Crítica da Arquitetura Moderna. São Paulo: Martins Fontes, 2003. 
capítulo 4, parte III 
 
MONTANER, Josep Maria. Sistemas Arquitetônicos Contemporâneos. Barcelona: Gustavo Gilli, 
2009. 
Capítulo: as formas do caos: fractais, dobras e rizomas 
 
VIDLER, Antony. O Campo Ampliado da Arquitetura. In SYKES, Krista (org. O Campo Ampliado da 
Arquitetura. São Paulo: Cosac e Naify, 2013 
 
 
SOLÁ-MORALES. Ignasi de. Liquid Architecture. In DAVIDSON, Cynthia (Ed.). Anyhow. Nova York: 
Rizzoli, 1998. 
TSCHUMI, Bernard. Architecture and Disjunction. Cambridge: MIT Press, 1996. 
ZAERA-POLO, Alejandro. Un mundo lleno de agujeros. In El Croquis, n. 53, 1992. P. 308 – 323. 
	Slide Number 1
	Slide Number 2
	Slide Number 3
	Slide Number 4
	Slide Number 5
	Slide Number 6
	Slide Number 7
	Slide Number 8
	Slide Number 9
	Slide Number 10
	Slide Number 11
	Slide Number 12
	Slide Number 13
	Slide Number 14
	Slide Number 15
	Slide Number 16
	Slide Number 17
	Slide Number 18
	Slide Number 19
	Slide Number 20
	Slide Number 21
	Slide Number 22
	Slide Number 23
	Slide Number 24
	Slide Number 25
	Slide Number 26
	Slide Number 27
	Slide Number 28
	Slide Number 29
	Slide Number 30
	Slide Number 31
	Slide Number 32
	Slide Number 33
	Slide Number 34
	Slide Number 35
	Slide Number 36
	Slide Number 37
	Slide Number 38
	Slide Number 39
	Slide Number 40
	Slide Number 41
	Slide Number 42
	Slide Number 43
	Slide Number 44
	Slide Number 45
	Slide Number 46