Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
21/03/2017 1 PAPEL DO FISIOTERAPEUTA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Profa. Ms. Renata Cristina Corte 2017 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA • Pacientes graves e com instabilidade; • Atenção profissional especializada e contínua; • Monitorização contínua do paciente crítico; • Materiais e tecnologias específicas; • Surgiu em 1952 na Dinamarca (epidemia de poliomiolite); Ministério da saúde, portaria 3432, 12 de agosto de 98 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Tipos de UTI UTI neonatal – pacientes de 0 a 28 dias; UTI pediátrica – pacientes de 29 dias a 14 ou 18 anos ( de acordo com rotina interna) ; UTI adulto – pacientes maiores de 14 ou 18 anos. UTI especializada – voltada para grupos específicos. UTI tipo I UTI tipo II – fisioterapeuta para cada 10 leito ou fração do turno. UTI tipo III – fisioterapeuta exclusivo da UTI. Ministério da saúde, portaria 3432, 12 de agosto de 98 21/03/2017 2 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Principais equipamentos e utensílios: • Ventilador mecânico • Monitor • Bomba de infusão • Painel de gases UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Principais equipamentos e utensílios: UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA • TOT • AVC • AVP Principais equipamentos e utensílios: Principais equipamentos e utensílios: • TQT • SNG • SVD UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Principais equipamentos e utensílios: UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA Equipe: • Médico • Enfermeiro • Técnico de enfermagem • Fisioterapeuta (ANVISA, 2010) • Nutricionista • Psicólogo • Assistente Social • CCIH HUMANIZAÇÃO 21/03/2017 3 II - Avaliação física e cinesiofuncional específica do paciente crítico ou potencialmente crítico; III - Avaliação e monitorização da via aérea natural e artificial do paciente crítico ou potencialmente crítico; IV - Solicitar, aplicar e interpretar escalas, questionários e testes funcionais; RESOLUÇÃO Nº 402, DE 3 DE AGOSTO DE 2011 - DOU Competências do Fisioterapeuta RESOLUÇÃO Nº 402, DE 3 DE AGOSTO DE 2011 - DOU Competências do Fisioterapeuta X - Aplicar métodos, técnicas e recursos de expansão pulmonar, remoção de secreção, fortalecimento muscular, e suporte ventilatório; XIII - Realizar posicionamento no leito e deambulação; XV - Avaliar a instituição do suporte de VNI; XVI - Gerenciar a ventilação espontânea, invasiva e não invasiva; XVIII - Realizar o desmame e extubação do paciente em VM; AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO Anamnese Avaliação do nível de consciência + pupilas Avaliação Hemodinâmica Avaliação Respiratória Avaliação Neurofuncional/Ortopédica básica Exames complementares AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO ANAMNESE • Entrevista • Prontuário • Discussão com equipe médica Identificação, queixa principal, HDA, HDP, AP, AF, sinais e sintomas, hábitos de vida, aspectos socioeconômicos e culturais. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO Nível de Consciência (NC) parâmetros importante para determinar as necessidades assistenciais do paciente, devendo ser monitorado constantemente! Escala de Coma de Glasgow pctes que não estão farmacologicamente sedados Escala de Ramsay pctes que estão farmacologicamente sedados AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA 21/03/2017 4 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO ESCALA DE COMA DE GLASGOW A) Abertura Ocular (AO) Espontânea 4 Estímulo verbal 3 Estímulo doloroso 2 Sem abertura 1 B) Melhor Resposta Verbal (MRV) Orientado e conversa 5 Confuso 4 Palavras impróprias 3 Sons incompreensíveis 2 Ausente 1 C) Melhor Resposta Motora (MRM) Obedece a ordens 6 Localiza a dor 5 Reage à dor 4 Flexão à dor (decorticação) 3 Extensão à dor (descerebração) 2 Ausente 1 Escore = AO+ MRV+ MRM Grave = 3 a 8 pontos risco de aspiração e retenção de secreção pulmonar, hipóxia importante DECORTICAÇÃO x DESCEREBRAÇÃO AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO ESCALA DE RAMSAY Ansioso ou agitado 1 Cooperativo, Tranquilo e aceitando a ventilação 2 Dormindo com resposta a estímulo auditivo 3 Dormindo com resposta a estímulo tátil 4 Dormindo com resposta a dor 5 Sem resposta 6 Drogas sedativas: midazolan, cetamina, tipental, entre outros. Drogas analgésicas: fentanil, morfina, tramadol, entre outras. BNM: Pancurônio, Vecurônio, entre outros. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO Avaliação da pupilas Diâmetro e reflexo fotomotor (foto reagente e não foto reagente) • Perfusão tecidual • PA • FC • PVC (0-8 mmHg) • Diurese (75ml/h) • Temperatura • DVA * PAM= PAS + 2 PAD=(70-109) 3 Noradrenalina * Dobutamina Dopamina Tridil (Nitroglicerina) Nipride (nitroprussiato de sódio) AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO AVALIAÇÃO HEMODINÂMICA Normal: 36,5 - 37,3 ° C Subfebril: 37,4 - 37,5 ° C Febril: ≥ 37,6 ° C AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA Fr; Ausculta pulmonar; Padrão respiratório; Expansibilidade torácica; Tubo Orotraqueal e traqueostomia (n°/rima); Parâmetros Ventilatório Invasivo e Não Invasivo; Pressão do cuff; Força muscular respiratória; Ventilometria; Equilíbrio acidobásico e trocas gasosas; RX de tórax; 21/03/2017 5 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA Força Muscular Respiratória PI máx > - 30cmH2O Fraqueza muscular Índice preditivo de sucesso no desmame da VM III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, 2007 PImáx PEmáx PImáx Mulheres = 0,49(idade) - 110,4 – erro-padrão 9,1 Homens = 0,80(idade) - 155,3 – erro-padrão 17,3 PEmáx Mulheres = 0,61(idade) - 155,6 – erro-padrão 11,2 Homens = 0,81(idade) - 165,3 – erro-padrão 15,6 1,645 x erro-padrão (para mais e para menos) NEDER et all, 1999 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO Força Muscular Respiratória AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO Força Muscular Respiratória Indicações contraindicações • Pacientes em VM prolongada (>48h); • Antes do desmame, extubação e decanulação; • Doenças neurodegenerativas; • Patologias pulmonares; • Pré e pós-operatórios de cirurgias toracoabdominais. • IAM ou angina instável; • HAS descompensada; • Aneurisma de aorta; pneumotórax não drenado; fístulas broncopleurais, hérnias abdominais; glaucoma ou descolamento de retina; processos neurológicos que favoreçam herniação; AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA Ventilometria III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica, 2007 • CV • CI • VVM • IRRS (IRRS < 104 - SUCESSO NA EXTUBAÇÃO) AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO Ventilometria CV Homens: (5,8xaltura) + (0,025xidade) – 4,24 Mulheres: (4,5xaltura) + (0,024xidade) – 2,85 CI 70% da CV VVM Homens: (81xaltura) - (0,57xidade) – 5,5 Mulheres: (133xaltura) - (1,26xidade) – 21,4 Knudson et al, 1976 AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO 21/03/2017 6 AVALIAÇÃOFISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO 21/03/2017 7 • Atenção para: • Edemas; • Distensão abdominal, abdômen flácido, tenso, cirúrgico; • Presença de prótese, órtese, fixador externo, amputação; • Curativos com e sem sangramento. AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO AVALIAÇÃO NEUROFUNCIONAL E ORTOPÉDICA BÁSICA • Amplitude articular (encurtamento muscular); • Força muscular; AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO EVOLUÇÃO • Padronização; • Céfalo-caudal; • Estado geral (MEG, REG, BEG); • Avaliação neurológica; • Dados HMD; • Dados respiratórios; • Dados gerais. • Conduta • Sinais vitais finais. ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA DO PACIENTE CRÍTICO OBJETIVOS • Promover e manter a higiene brônquica; • Promover e manter expansão pulmonar; • Promover treinamento muscular respiratório; • Promover aumento/manutenção da força muscular; • Promover aumento/manutenção da ADM; • Evitar complicações respiratórias e motoras • Conduzir da ventilação mecânica invasiva e não invasiva • Conduzir o desmame ventilatório
Compartilhar