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CONTROLE INTERNO, EXTERNO E AUDITORIA GOVERNAMENTAL AULA 1 Prof. João Batista de Medeiros 2 CONVERSA INICIAL As reflexões acerca da importância do Estado, no que concerne a sua organização social, política e econômica no mundo contemporâneo, tem sido objeto de reflexões nas heterogêneas matizes do pensamento teórico das ciências humanas. O complexo processo evolucionário de desenvolvimento da sociedade, no contexto de um mundo globalizado e com crescentes e abrangentes demandas sociais e econômicas; vem exigindo a atuação do Estado em diferentes áreas. Neste sentido, o processo estrutural de composição, política, jurídica e democrática da sociedade política atual, apresenta complexidade cujo estudo se torna mister na compreensão das diferentes formas de intervenção e regulação do Estado na sociedade brasileira; bem como o entendimento de sua estrutura burocrática no contexto do planejamento e gestão orçamentária. CONTEXTUALIZANDO O Estado assume, após a crise de 1929, um novo papel no sistema capitalista, com a função de interventor e regulador das atividades econômicas, sociais e jurídicas da sociedade, assumindo, em muitos casos, a função de fomentador da economia, ampliando seus gastos em empreendimentos essenciais para o desenvolvimento econômico e social. No contexto de uma economia globalizada, as demandas por políticas de Estados assumem características cada vez mais complexas. O planejamento passa a assumir notável importância na definição, elaboração e gestão das políticas públicas de Estado; sendo que uma das aplicações mais importantes encontra-se na gestão política fiscal por meio de critérios aperfeiçoados historicamente na estruturação das receitas e gastos dos governos. Assim, como problema de estudo, na presente temática da disciplina, pode-se estabelecer o seguinte questionamento: que importância assume, no contexto social atual, a organização política e o planejamento na gestão orçamentária e na administração pública do Brasil? DAPI Realce 3 TEMA 1: O ESTADO FEDERATIVO NO BRASIL O propósito do presente tema da disciplina consiste em discutir a organização do Estado no Brasil, tendo como premissa a Constituição promulgada em 5 de outubro de 1988, a qual consolidou, na gestão pública, uma estrutura legalmente reconhecida e constantemente aperfeiçoada, denominada de orçamento público. Neste sentido, serão abordados aspectos importantes da organização tributária, orçamentária e a responsabilidade fiscal do Estado federativo brasileiro, tendo como foco principal a gestão orçamentária e fiscal dos entes federativos. O Brasil caracteriza-se como uma sociedade política em constante processo evolutivo de consolidação, constituído na forma de um Estado republicano, democrático, federativo e soberano, que tem como propósito garantir a dignidade de todas as pessoas que integram a nação brasileira, tendo como fim o bem comum. Neste sentido, de acordo com o descrito nos preceitos constitucionais, destaca-se (Brasil: Constituição, 1988): ...Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação... DAPI Realce DAPI Realce 4 A organização do Estado no Brasil caracteriza-se por ser republicano e federativo, identifica-se pela integração e interação republicana entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. A Constituição Federal garante, no contesto dos preceitos legais e democráticos, a autonomia dos entes da federação, possibilitando, inclusive, a incorporação e subdivisão. Neste sentido, destaca-se: Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. § 1º Brasília é a Capital Federal. § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar. § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. A estrutura organizacional federativa do Estado define, constitucionalmente, as competências da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. O capítulo segundo da Constituição apresenta as várias competências legais da União, definindo a forma de organização política do Estado brasileiro; dentre estas se destacam: declaração de guerra e celebração da paz, bem como garantir a defesa nacional. Os artigos 23 e 24 definem as competências que são comuns entre entes da federação, destacando-se uma série de obrigações sociais, políticas, educacionais, do meio ambiente, dos recursos naturais, de pesquisa e tecnologia, com o propósito de garantir o equilíbrio no desenvolvimento do bem-estar em todo o país. O capítulo terceiro destaca as competências dos Estados federados, definindo a sua autonomia, as suas competências, a organização política e as obrigações sociais. Após esta breve reflexão dos preceitos constitucionais conceituais acerca da organização federativa do Estado no Brasil, cabe uma breve DAPI Realce 5 discussão sobre o conceito constitucional de administração pública e a sua estrutura burocrática. Assunto este que será abordado no próximo tema. TEMA 2: A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E A ESTRUTURA BUROCRÁTICA A Administração Pública diferencia-se da administração privada por ter que obedecer aos princípios constitucionais (Art. 37, Constituição, 1988) da legalidade, moralidade, impessoalidade ou finalidade, publicidade, eficiência, razoabilidade, proporcionalidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, motivação e supremacia do interesse público. Tais princípios explicam a dificuldade de comparação entre a administração pública e privada, haja vista que, na administração pública, os processos são mais morosos, pois terá de licitar, obedecer a prazos, motivar decisões, dar publicidade aos atos com datas predeterminadas pela legislação, dentre outros fatores. Neste sentido, a administração pública segundo Meirelles (2004,p. 64 e 84): Em sentido formal é o conjunto de órgãos instituídos para a consecução dos objetivos do governo; em sentido material, é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral; em acepção operacional, é o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade. Numa visão global, a administração é, pois, todo o aparelhamento do Estado pré-ordenado à realização de serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas [...] Administração Pública, portanto, é a gestão de bens e interesses qualificados da comunidade no âmbito federal, estadual ou municipal, segundo os preceitos do direito e da moral, visando ao bem comum. (MEIRELLES, 2004, p. 64 e 68) O capítulo sete da Constituição Federal apresenta como enfoque a Administração Pública, definindo regras para a atuação dos gestores públicos e servidores públicos em todas as esferas da federação. A Constituição especifica com clareza que a função da administração pública, enquanto estrutura burocrática do Estado, deve ter como finalidade o atendimento, por meio dos serviços públicos, a todos que formam a nação brasileira, com o propósito do alcance de sua finalidade principal, o bem comum. De acordo com o artigo 37 da Constituição: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.” 6 O Decreto-lei de número 200, de 25 de fevereiro de 1967, denominado Estatuto da Reforma Administrativa, classificou a administração federal de direta e indireta. Assim, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem ser compreendidos, no contexto de uma estrutura de poder público com a organização político-estrutural federativa, enquanto entidades jurídicas de direito público com poderes políticos e funções constitucionalmente estabelecidas. Segundo Matias-Pereira (2006, p. 101): Deve-se “entender” como a pessoa jurídica ou privada, Entidades Estatais, pessoas jurídicas de Direito Público, Entidades Autárquicas, pessoas jurídicas de Direito Público e Natureza Administrativa, criadas por lei específica, para a realização de atividades, obras ou serviços descentralizados da entidade Estatal que a criou. Funciona nos termos de suas próprias leis e regulamentos próprios, podendo desenvolver atividades econômicas, educacionais, previdenciárias. (MATIAS-PEREIRA, 2006, p. 101) Na concepção jurídica, a administração pública, no que se refere à execução de suas atribuições, deve ser compreendida por meio de dois conceitos. O primeiro reside no conceito formal ou estrutural, entendido por meio da designação de órgãos formalmente e juridicamente responsáveis por funções executivas na gestão das políticas pública. O segundo conceito refere- se ao aspecto material ou funcional da administração pública, por meio das funções e da natureza das atividades exercidas por cada órgão público, que se encontram legalmente definidas. De acordo com Matias-Pereira (ibid, p. 101): ... a administração pública, no seu sentido formal, deve ser entendida como o conjunto de órgãos instituídos para consecução dos objetivos do governo. Por sua vez, em seu sentido material, é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral. No tocante a sua acepção operacional, é aceita como o desempenho perene e sistemático, legal e técnico, dos serviços públicos do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade. (MATIAS-PEREIRA,ibid, p. 101) Após esta breve reflexão conceitual e constitucional sobre administração pública e as suas competências burocráticas, cabe, agora, a discussão sobre a importância da estrutura da administração pública na gestão das políticas pública. Tal assunto será abordado em nosso próximo tema. TEMA 3: A COMPETÊNCIA FEDERATIVA DAS POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS Com base no enfoque do tema anterior, observa-se que as políticas de Estado e de governo encontram-se vinculadas com forte característica de 7 descentralização das responsabilidades e da intensificação do caráter democrático com participação de diferentes organizações sociais. Como primeiro destaque, pode-se mencionar o artigo 194 da Constituição Federal, que define a política de Estado na área da seguridade social, destacando-se enquanto um conjunto de políticas integradas dos poderes públicos, com participação da sociedade nos órgão colegiados. De acordo com o artigo: A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Parágrafo único. Compete ao poder público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; V - equidade na forma de participação no custeio; VI - diversidade da base de financiamento; VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Inciso com redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) Dentre outros artigos da Constituição, que destacam a integração das políticas de Estado e políticas de governo, pode-se referenciar a gestão e a promoção das políticas públicas na área da saúde principalmente nos artigos 196, 197, 198, 199 e 200. As políticas sociais no campo da saúde pública são definidas enquanto um dever do Estado, sendo que as ações devem ser integradas com orçamentos legalmente definidos, priorizados e dirigidos pelos diferentes entes da federação por meio de rede regionalizada e integrada, consolidando-se em um sistema único, com políticas integradas, com inserção importante da participação da participação da comunidade. Outro destaque importante sobre a integração das políticas de Estado e de governo refere-se à responsabilidade pela gestão das políticas públicas na área da educação, a ser aplicada pelos entes da federação, conforme previsto nos artigos 205 a 214 da Carta Magna. A Constituição prevê que a educação 8 pública deve ser gratuita e de qualidade, sendo um direito de todos e um dever do Estado, além de definir que a organização do ensino será realização em regime de colaboração entre a União, Estados, Distrito federal e Municípios. Está previsto, constitucionalmente, enquanto política de Estado, o montante percentual mínimo das receitas orçamentárias que será aplicado anualmente pelos diferentes entes da federação na educação, sendo que aos municípios cabe a aplicação mínima de 25%. A Constituição prevê outros dispositivos que definem as políticas de Estado e de Governo, bem como a interação e integração entre ambas. Além das já citadas, são diversas as áreas em que os determinantes constitucionais definem parâmetros legais de políticas, seja nas áreas da cultura, do desporto, da ciência e tecnologia, da comunicação social, do meio ambiente, da família, da criança do adolescente e do idoso, dentre outros. Assim, observa-se que as políticas de Estado, para a sua aplicação, dependem das políticas de Governo, que, por sua vez, dispõem de liberdade para a definição do foco de suas políticas públicas, apesar de adstritas aos preceitosconstitucionais; garantindo a institucionalidade na elaboração e implementação das políticas de governo por meio da administração pública, com o intuito de atender aos interesses da sociedade e ao alcance do bem comum. Neste sentido, o alcance das políticas públicas envolve a utilização dos recursos públicos pelos entes federativos, que será objeto de discussão no próximo tema. TEMA 4: A POLÍTICA E O PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO NO BRASIL O processo de gestão das políticas públicas de Estado e de Governo abrangidos pela administração pública e destacadas, encontram-se intrinsecamente relacionados com a utilização de recursos do orçamento público, que, segundo a Constituição, devem ser fiscalizados e controlados, tornando-se um dever de todos os entes da federação para a prestação de contas de todos os bens e recursos sob a sua responsabilidade. Segundo Matias-Pereira (2006, p.103): ...este dever-poder de vigilância, orientação e correção exercido sobre o poder, órgão ou autoridade tem como propósito verificar a legalidade, a legitimidade e a economicidade da atividade pública. Busca-se dessa forma, assegurar o atendimento dos interesses coletivos. (MATIAS-PEREIRA, 2006, p.103) 9 Neste sentido, torna-se mister estabelecer breve investigação sobre os métodos utilizados para a definição das políticas de gasto no setor público. O planejamento assume função importante no processo de execução de políticas públicas, contribuindo de forma fundamental na organização dos serviços públicos em seus aspectos quantitativos e qualitativos, procurando adequar os instrumentos econômico-financeiros ao atendimento das políticas de desenvolvimento social. A partir na Constituição de 1988, o planejamento assume função permanente no governo, visto que os planos passam a assumir características jurídicas de efeitos legais, por meio da instituição de direitos e obrigações vinculadas ao processo de integração entre receitas e despesas orçamentárias. Segundo Matias-Pereira (2006, p. 233): Cabendo ao Estado [...] a responsabilidade de viabilizar o funcionamento dos serviços públicos essenciais demandados pela coletividade, o custeio desses serviços públicos realiza-se por meio da transparência de parcelas dos recursos dos indivíduos e das empresas para o governo, contemplando, assim, o círculo financeiro entre a sociedade e Estado. Dessa forma, a política se orienta para: a política tributária, em sentido lato, que se materializa na captação de recursos, para atendimento das funções da administração pública, Poe meio de suas distintas esferas (União, Estados, Distrito Federal, e Municípios); e para a política orçamentária, no que se refere especificamente aos gastos, ou seja, à forma de aplicação dos recursos, levando em consideração a dimensão e a natureza das atribuições do poder público, bem como a capacidade e disposição para seu financiamento pela população. (MATIAS-PEREIRA, 2006, p. 233) As aplicações dos planejamentos, inseridos nos instrumentos de política e execução orçamentária, procuram destacar e ampliar o objeto do Estado como incentivador do desenvolvimento econômico, com o propósito de busca constante de sua função embrionária, o bem comum. O emprego do planejamento fundamenta, antecede e encontra-se presente em todo o processo orçamentário, tornando-se importante e indispensável mecanismo de antecipação das necessidades futuras da federação. O planejamento, sob a responsabilidade do Estado, apresenta-se como instrumento fundamental no processo de realização do bem-estar da sociedade. “... Verifica-se, assim, que o Estado é o principal agente para a consecução desses objetivos e tem no planejamento um dos instrumentos de ação, com vistas a corrigir desequilíbrios e promover o ajustamento do desenvolvimento nacional”. (Matias-Pereira, 2006, p. 235) O processo de planificação orçamentária assume notável importância no contesto da gestão das políticas públicas da União, Estados, Distrito Federal e 10 Municípios, incluindo suas autarquias, fundações e empresas estatais, principalmente, no destaque dado pela Carta Magna ao orçamento como instrumento de função social fundamental para diminuir as desigualdades entre as regiões do país. Segundo a Constituição (1988), o orçamento, após aprovado, deverá ser cumprido fielmente e executado de acordo com os preceitos legais, tornando-se indispensável à instituição do plano plurianual de governo, das diretrizes orçamentárias e dos orçamentos anuais. Assim, o artigo 165º da Constituição estabelece como preceitos legais orçamentários, os seguintes aspectos: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais. § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. § 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária. § 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. § 5º A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público; II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público. § 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. § 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional. DAPI Realce DAPI Realce DAPI Realce 11 § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei. § 9º Cabe à lei complementar: I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e indireta, bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. Neste contexto, percebe-se que o orçamento público surgiu como forma de cumprir a função de controlar a atividade financeira do Estado, tornando-se importante instrumentode restrição e disciplina frente às decisões dos administradores públicos. O autor Matias-Pereira, referenciando o previsto no artigo 2º da Lei 4.320 e o parágrafo oitavo do artigo 165º da Constituição, ressalta que, no processo de efetivação do controle sobre os gestores públicos, torna-se indispensável à sistemática de elaboração de proposta orçamentária, respeitando os princípios legalmente previstos, quais sejam: exclusividade, unidade, anualidade, universalidade, legalidade, publicidade e equilíbrio. No que concerne ao princípio da exclusividade, a proposta orçamentária deve conter somente matérias que versam sobre o orçamento do ente federativo. O princípio da unicidade ressalva que o orçamento deve ser uno, reunindo todas as previsões de receitas e despesas do governo e de empresas, autarquias e fundações a ele vinculadas. O princípio da anualidade determina que as estimativas de receitas e despesas devam ser realizadas para o período de um ano. O princípio da universalidade estabelece que o orçamento deva conter todas as receitas e despesas de todos os órgãos do ente federativo, incluindo os poderes, autarquias, fundações e empresas estatais. No que concerne ao princípio da legalidade, o propósito é evidenciar os princípios constitucionais e os previstos na lei 4.320/64. O princípio da publicidade determina que o orçamento torne-se público, sendo divulgado por veículos oficiais de comunicação. No que diz respeito ao princípio do equilíbrio, as despesas do orçamento não podem ultrapassar as receitas previstas para o período. Neste contesto, faz-se importante destacar o previsto no artigo 22º da Lei 4.320, a saber: DAPI Realce 12 Art. 22. A proposta orçamentária que o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo nos prazos estabelecidos nas Constituições e nas Leis Orgânicas dos Municípios, compor-se-á: I - Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada da situação econômico- financeira, documentada com demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros compromissos financeiros exigíveis; exposição e justificação da política econômico-financeira do Governo; justificação da receita e despesa, particularmente no tocante ao orçamento de capital; II - Projeto de Lei de Orçamento; III - Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas de receita e despesa, constarão, em colunas distintas e para fins de comparação: a) A receita arrecadada nos três últimos exercícios anteriores àquele em que se elaborou a proposta; b) A receita prevista para o exercício em que se elabora a proposta; c) A receita prevista para o exercício a que se refere à proposta; d) A despesa realizada no exercício imediatamente anterior; e) A despesa fixada para o exercício em que se elabora a proposta; e f) A despesa prevista para o exercício a que se refere a proposta. IV - Especificação dos programas especiais de trabalho custeados por dotações globais, em termos de metas visadas, decompostas em estimativa do custo das obras a realizar e dos serviços a prestar, acompanhadas de justificação econômica, financeira, social e administrativa. Parágrafo único. Constará da proposta orçamentária, para cada unidade administrativa, descrição sucinta de suas principais finalidades, com indicação da respectiva legislação. O planejamento, execução e gestão das políticas públicas pelos governos se encontram vinculadas, principalmente, na aplicação das políticas fiscais. As políticas fiscais se constituem, de forma resumida, por meio de mecanismos relacionados a princípios da arrecadação de receitas e definição das despesas do governo. Neste sentido, a gestão fazendária assume importante atribuição na gestão pública, principalmente, no que concerne a arrecadação e fiscalização do erário público, materializado e legalmente definido na forma de tributos. O Código Tributário Nacional (CTN) - Lei 5.172, de 25 de outubro de 1966, em seus artigos terceiro e quarto, define tributo como: Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: DAPI Realce DAPI Realce 13 I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. (Código Tributário Nacional (CTN), Lei 5.172, de 25 de outubro de 1966) A Constituição Federal define em seu artigo 146º que a lei complementar solucionará conflitos e competências em matéria tributária entre os entes da federação, bem como regulamentará os limites do poder de tributar e as normas gerais acerca da legislação tributária. Da mesma forma , os artigos constitucionais 148º e 149º definem sobre a possibilidade da União em instituir empréstimos compulsórios e contribuições sociais. Porém, cabe destacar que o artigo 150º da Carta Magna ressalva aspectos suficientemente rígidos, relacionados com o limite do poder de tributar exercidos pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Outro aspecto importante sobre a estrutura tributária federal se refere aos preceitos constitucionais relacionados às competências tributárias de instituir impostos. Os artigos 153 e 154 definem as competências da União no processo de criação de seus impostos. O artigo 155º versa sobre os impostos que podem ser instituídos pelos Estados e Distrito Federal. Na continuidade da análise acerca das receitas torna-se mister discutir o processo legal de repartição das receitas tributárias, geradas na federação e distribuídas entre seus entes por meio do processo de transferências federais. Em decorrência da Constituição de 1988, ocorreu intensivo processo de descentralização das atividades sociais do Estado-nação, com maior participação dos entes federativos na execução das políticas públicas. Em decorrência, houve, por parte da Constituição, uma significativa ampliação do processo de estabelecimento de exclusividade nas competências tributárias por parte de Estados e Municípios, bem como a participação por intermédio de cotas das receitas da união e rateios de receitas entre Estado e Municípios. Assim, observa-se que os mecanismos de repartições das receitas entre os entes da federação tornam-se importantes atenuantes das desigualdades regionais presente historicamente no país. Neste sentido, percebe-se como fundamental o estudo das origens das receitas, no contexto da execução e gestão orçamentária no Brasil, o que será objeto de estudo do próximo tema. DAPI Realce 14 TEMA 5: A EXECUÇÃO E GESTÃO ORÇAMENTÁRIA NO BRASIL A gestão e a execução orçamentária na administração pública estão relacionadas com a utilização de recursos públicos, que, segundo a Constituição, devem ser fiscalizados e controlados; sendo um dever dos entes da federação, a prestação de contas de todos os bens e recursos sob a sua responsabilidade. No que concernem às receitas, a lei não define de forma geral, porém estabelece uma classificação econômica que será abordada em seguida. As receitas da administração pública podem ser compreendidas na sua origem, em sentido latu e restrito, como se verifica na abordagem dos autores Machado Jr e Costa Reis (2003, p. 29): Em sentido lato, como um conjunto de entradas financeiras no Patrimônio, oriundas de fontes diversas, conquanto possam existir reivindicações de terceiros sobre alguns desses valores;[...] em sentido restrito, como um conjunto de recursos financeiros obtidos de fontes próprias e permanentes, que integram o Patrimônio na qualidade de elemento novo, que produzem-lhe acréscimos financeiros, sem contudo gerar obrigações, reservas ou reivindicações de terceiros. Essas receitas resultam de leis, contratos, convênios, de tributos de lançamento direto e outros [...] Isto significa que operações de crédito e outras das quais, por exemplo, possam surgir obrigações de terceiros, e até alienações de bens, não serão consideradas receitas propriamente, de acordo com a conceituação mencionada, ainda que estejam incluídas no orçamento. (MACHADO JR e COSTA REIS, 2003, p. 29) A principal fonte de receita tributária encontra-se nos impostos que podem ser classificados como diretos e indiretos; os impostos diretos se originam no momento em que a renda se produz ou distribui, ou seja, quem recolhe para o governo é o mesmo indivíduo que paga (exemplo: IR); os impostos indiretos ocorrem quando a renda é taxada no momento em que seu detentor adquire algum bem ou serviço, porém quem recolhe o imposto para o governo não é o mesmo indivíduo que paga o imposto, pois será pago por terceiros (exemplo: ICMS). De forma genérica, na administração pública, e em consonância com o artigo 145º da Constituição, os tributos podem ser instituídos pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios e denominados como: impostos, taxas e contribuições de melhoria. O CTN em seus artigos 16º, 77º e 81º, definem os respectivos tributos como: DAPI Realce 15 Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte [...] As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto, nem ser calculada em função do capital das empresas [...] A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. (CTN, Artigos 16º, 77º e 81º) As receitas públicas encontram-se metodologicamente estruturadas e contabilmente organizadas por meio de preceitos legais previstos na Lei 4.320, de 17 de março de 1964. Em seu artigo 11º, a Lei 4.320 classifica as receitas na forma de categoria econômica denominadas: receitas correntes e receitas de capital. As receitas correntes contemplam a estrutura de arrecadação do ente federativo legalmente previsto e atendem as despesas correntes. As receitas de capital se caracterizam por serem recursos de originários de financiamentos e atendem diretamente às despesas de capital que justificam a origem e o objeto da aplicação do recurso financiado. Cabe salientar que, no mesmo artigo, a Lei destaca a exclusão do superávit orçamentário da condição de receita corrente. Assim, de acordo com o previsto em Lei, destaca-se: Art. 11. A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital. § 1º São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e, ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender despesas classificáveis em Despesas Correntes. § 2º São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente. § 3º O superávit do Orçamento Corrente resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, apurado na demonstração a que se refere o Anexo nº 1, não constituirá item de receita orçamentária [...]. (Brasil: Artigo 11º, da Lei 4.320, de 17 de março de 1964) DAPI Realce DAPI Realce DAPI Realce 16 Na continuidade desta breve reflexão sobre a estrutura das receitas da administração pública, torna-se necessário fazer estabelecer comentários sobre o objetivo fim da arrecadação pública que é o de cobrir as despesas do setor público. O capítulo três do título 1, da Lei 4.320, classifica as despesas em duas abrangentes categorias econômicas, quais sejam: as despesas correntes, que englobam as despesas de custeio e as transferências correntes; e as despesas de capital, que são compostas pelos investimentos, inversões financeiras e transferências de capital. O artigo 12º, da referida Lei, apresenta os seguintes preceitos legais sobre as despesas, a saber: Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: DESPESAS CORRENTES Despesas de Custeio Transferências Correntes. DESPESAS DE CAPITAL Investimentos Inversões Financeiras Transferências de Capital. § 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis. § 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manutenção de outras entidades de direito público ou privado. § 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das entidades beneficiadas, distinguindo- se como: I - Subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade lucrativa; II - Subvenções econômicas, as que se destinem a empresas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou pastoril. § 4º Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro. § 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a: DAPI Realce DAPI Realce DAPI Realce DAPI Realce DAPI Realce DAPI Realce DAPI Realce 17 I - Aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização; II - Aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; III - Constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros. § 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferênciasauxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública. (Brasil: Artigo 12º, da Lei 4.320, de 17 de março de 1964) Com base nas informações apresentadas, acerca das categorias econômicas que compõe as despesas de governo, a Lei 4.320 estabelece a discriminação das despesas por elementos que deverá ser aplicada por cada órgão da administração pública, independente do ente federativo. O processo de gestão das políticas públicas de Estado e de Governo abrangidos pela administração pública, encontram-se intrinsecamente relacionados com a utilização de recursos do orçamento público, que, segundo a Constituição, devem ser fiscalizados e controlados; tornando-se, assim, um dever de todos os entes da federação a prestação de contas de todos os bens e recursos sob a sua responsabilidade. TROCANDO IDEIAS Texto extraído da Revista Enfoque Reflexão Contábil Pires, José Santo Dal Bem; Motta, Walmir Francelino. A evolução histórica do orçamento público e sua importância para a sociedade. Vol. 25 - N.2, Maio-Agosto/2006, periodicidade quadrimestral, p. 16-25, 2006. Disponível em: http://dx.doi.org/10.4025/enfoque.v25i2.3491. Acessado em: 04/05/2017. A evolução histórica do orçamento público e sua importância para a sociedade Nas sociedades organizadas o sistema jurídico está estruturado para que os cidadãos, os destinatários das ações estatais, não sejam surpreendidos DAPI Realce 18 por medidas intempestivas tomadas pelos governantes. Este fato, por si só, justifica a imprescindibilidade da existência do orçamento público, cujas origens se confundem com o surgimento do Estado de Direito. Aliás, a questão de ordem financeira do poder público foi a primeira área a ser atingida na passagem do Estado Absoluto para o Estado de Direito. A concepção de que os gastos dos governantes devem ser previamente autorizados vem desde o longínquo ano de 1217, com a edição da Magna Charta Libertatum do Reino Unido. A trajetória histórica do orçamento público remonta aos tempos de antanho, a uma época em que o rei ou imperador era o próprio Estado. Não havia, então, distinção entre as finanças particulares do soberano e as do Governo. Com o crescimento do Estado, tornou-se necessário proceder a uma melhor organização de suas receitas e despesas, nascendo assim o orçamento público. O seu aprimoramento o transformou em uma ferramenta indispensável para as instituições governamentais. Sua história foi marcada por árduas e NA PRÁTICA RAMOS, Tiago Maia. Uma análise da elaboração orçamentária do setor público brasileiro. Conteudo Juridico, Brasilia-DF: 29 dez. 2014. Disponivel em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.51868&hl=no>. Acesso em: 21 mar. 2017. Disponível em: http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,uma-analise-da-elaboracao- orcamentaria-do-setor-publico-brasileiro,51868.html. Acessado em: 04/05/2017. SÍNTESE O estudo dos temas abordados possibilitou uma reflexão acerca do entendimento das políticas de gestão e de planejamento do orçamento na administração pública. Verifica-se que o planejamento assume função permanente no governo, visto que os planos passam a assumir características jurídicas de efeitos legais, por meio da instituição de direitos e obrigações vinculadas ao processo de integração entre receitas e despesas orçamentárias. 19 REFERÊNCIAS BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de teoria do estado e ciência política. 6ª ed, São Paulo, Celso Bastos Editora, 2004. BONAVIDES, Paulo. Ciência política. 9ª ed, São Paulo, Impresso do Brasil, 2003. BONAVIDES, Paulo. Teoria do estado. 3ª ed, São Paulo, Impresso do Brasil, 2001. BRASIL. Constituição da republica federativa do Brasil: texto constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988. Brasília, Senado Federal, subsecretaria de Edições Técnicas, 2011. 448p. CORBARI, Ely Célia; MACEDO, Joel de Jesus. Controle interno e externo na administração pública. Curitiba, IBEPEX, 2011, 249p. DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de teoria geral do estado. 22ed. São Paulo, Atual, 2001, 307p. MATIAS-PEREIRA, José. Finanças públicas: a política orçamentária no Brasil. 1ed. São Paulo: Atlas, 1999. 216p. MEDEIROS, João Batista de Medeiros. Reflexão sobre a legislação fiscal no Brasil e a responsabilidade na gestão dos recursos públicos: uma abordagem empírica em município selecionado. Monografia de conclusão do curso de especialização em gestão pública. Curitiba, Faculdade OPET, 2006, 121p. PISCITELLI, Roberto Bocaccio; TIMBO, Maria Zulene Farias. Contabilidade pública: uma abordagem da administração. 5ed. São Paulo: Atlas, 1997. 330p.
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