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RESENHA CRÍTICA 
GROTTO, Helena Z. W.; O hemograma: importância para a interpretação da biópsia. 
Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2009, vol.31, n.3, pp. 178-182. Epub June 19, 2019. 
A importância da análise do sangue periférico tem estimulado, cada vez mais, a criação 
de novas tecnologias para que contadores automatizados forneçam parâmetros mais 
eficientes e precisos que possam contribuir com uma análise mais detalhada das 
células. Embora o desenvolvimento de sofisticados analisadores hematológicos tenha 
diminuído a realização das técnicas manuais, a autora não deixa de frisar a importância 
do exame morfológico das células à microscopia óptica e os conhecimentos sobre a 
fisiopatologia dos distúrbios da hematopoiese que o clínico deve possuir para que o 
diagnóstico de um hemograma não se torne tão limitado. 
A autora iniciou a obra, descrita em 5 páginas, com um resumo de tudo que seria 
abordado durante todo o trabalho e deu continuidade com uma introdução e, por fim, 
uma conclusão. Neste trabalho Helena Grotto reuniu o conteúdo de vários artigos e 
livros, muitos deles sendo de sua autoria. 
Grotto inicia sua obra abordando a importância da análise do sangue periférico feita 
através de parâmetros fornecidos por sistemas hematológicos automatizados e pelo 
exame morfológico das células através da microscopia óptica. Ainda na introdução, faz 
relatos sobre as inovações e a crescente automatização que, década após década, 
foram alterando a rotina dos laboratórios. 
Para concluir a parte introdutória do artigo, a autora menciona dados de um estudo 
realizado no Hospital Universitário de Cleveland (Estados Unidos) que aponta o 
despreparo do requisitante do exame frente ao investimento do mercado de uma série 
de novos parâmetros e índices no hemograma, além da falta de visão crítica sobre as 
reais vantagens ou limitações dos mesmos. 
Ao dar continuidade ao trabalho, Helena Grotto expõe algumas considerações a respeito 
de aspectos relacionados as inovações que têm sido propostas como auxiliares no 
diagnóstico de algumas condições clínicas e divide as séries vermelha, leucocitária e 
plaquetária para descrever de forma mais detalhada a evolução e importância dos 
parâmetros que surgiram em cada série. 
Na série vermelha, o artigo aborda a relevância do índice hematimétrico VCM, pois é o 
mais utilizado na avaliação de anemias, associado à análise de alterações morfológica 
das hemácias, além de apontar as aplicações “interessantes” do RDW, que é uma 
medida quantitativa da anisocitose e é obtido a partir do histograma de distribuição das 
hemácias de acordo com o volume das células sendo reportado em porcentagem. Ainda 
na série vermelha, a autora aborda a introdução da contagem automatizada de 
reticulócitos e o uso dos marcadores fluorescentes como importante indicador da 
atividade eritropoética medular e como a sua associação com os índices hematimétricos 
auxilia substancialmente no diagnóstico diferencial da anemia. 
Quando faz menção sobre a série leucocitária, Grotto da ênfase ao avanço tecnológico 
envolvendo a análise dessa série, conhecida também como série branca, que tornou 
possível a contagem diferencial dos leucócitos fornecendo resultados mais rápidos e 
precisos. 
Na série plaquetária, a autora destaca a relevância da utilização da impedância elétrica, 
sistema óptico, radiofrequência e o uso de marcadores imunológicos específicos para 
plaquetas que são metodologias empregadas nos diversos sistemas automatizados, 
visando melhorar a acurácia e diminuir a ocorrência de interferentes nas contagens de 
plaquetas. Além dessas informações, o artigo também cita os parâmetros utilizados 
nessa série como o VPM e o PDW – que é análogo ao RDW para os eritrócitos. 
Ao término da obra, Grotto torna a salientar a necessidade de que o clínico conheça as 
funções celulares e as bases fisiopatológicas das doenças, além de reforçar a 
importância da microscopia para a identificação de várias anormalidades na 
hematopoiese. 
Neste trabalho a autora tenta nos transmitir a importância não só da evolução na 
realização do hemograma como também enfatiza o interesse que um clínico deve 
adquirir em obter o conhecimento essencial para a devida interpretação dos parâmetros 
já apresentados e, principalmente, dos novos parâmetros que estão surgindo com o 
avanço da automatização do sistema hematológico, além de reforçar a importância do 
exame morfológico das células pela microscopia. Levando em consideração outros 
trabalhos de Helena Grotto assim como de outros autores que trabalharam esse tema, 
considero todo o conteúdo descrito ao longo desse artigo de fundamental importância 
pois, utilizando de uma linguagem simples, a autora nos faz compreender que o avanço 
tecnológico nessa área é bastante relevante, mas que há uma necessidade de 
aprofundamento teórico do clínico para uma melhor interpretação dos resultado e a 
importância de utilizar esses parâmetros em conjunto com o exame microscópico para 
um diagnóstico mais preciso e eficiente em diversas condições clínicas. 
A leitura desta obra é indicada para estudantes, profissionais e pesquisadores da área 
da saúde que possuem interesse em conhecer e aprofundar os estudos sobre avanços 
relativos aos sistemas hematológicos, hemograma ou doenças relacionadas ao sangue 
periférico. 
Helena Zerlotti Wolf Grotto possui graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina 
de Marília (1978), mestrado em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de 
Campinas (1987) e doutorado em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de 
Campinas (1990). Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Patologia 
Clínica, atuando principalmente nos seguintes temas: metabolismo do ferro, diagnóstico 
laboratorial das hemopatias, anemia de doença crônica, automação em hematologia. 
Esta resenha foi elaborada por Hanna Maísa Cerqueira Fontinele, acadêmica do curso 
de Biomedicina da Universidade Federal do Piauí.

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