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UNIVERSIDADE UNIGRANRIO
DIREITOS REAIS
AÇÕES POSSESSÓRIAS
RIO DE JANEIRO, 2018
	Trabalho proposto como 1º instrumento da av1
AÇÕES POSSESSÓRIAS
O seguinte trabalho terá como escopo destrinchar brevemente o que são as ações possessórias, suas características e espécies, mas Antes de definir as ações possessórias, é necessário definir a posse dentro do ramo dos Direitos Reais, estudo onde a posse e as ações possessórias são objeto de estudo.
Posse 
A posse é o estado de fato que corresponde ao direito de propriedade, é o domínio fático que a pessoa exerce sobre a coisa. Diz-se que a posse é uma relação de fato transitória, enquanto a propriedade é uma relação de direito permanente, e que a propriedade prevalece sobre a posse (súmula 487 do STF: será deferida a posse a Quem tiver a propriedade). 
Propriedade é uma coisa; posse, outra, completamente diferente. Sobre a conceituação da posse , lembramos as duas teorias clássicas relacionadas à matéria, intituladas teoria subjetiva, desenvolvida por Savigny, e teoria objetiva, da autoria de Jhering.“Assim, na visão de Savigny, a posse seria ao mesmo tempo um fato e um direito. Considerada em si mesma, a posse seria um fato e, considerada nos seus efeitos (interditos possessórios e usucapião), a posse manifestaria a feição de um direito. A partir dessas constatações, Savigny, no Tratado da Posse, dedicou-se a definir a posse, conceituando-a como a faculdade real e imediata de dispor fisicamente da coisa com a intenção de dono, e de defendê-la contra as agressões de terceiros. O fundamento da proteção possessória seria o princípio geral de que toda pessoa deve ter a proteção do Estado contra qualquer ato de violência(teoria da interdição da violência). Nessa definição de posse dada por Savigny, como resta claro, encontram-se presentes os dois elementos essenciais da posse civil, corpus e animus. Esses elementos devem estar sempre conjugados para que exista posse, pois fazem parte da sua própria estrutura, não se adquirindo a posse somente pela apreensão física ou somente com a intenção de dono. (SANTIAGO, Mariana Ribeiro. Teoria subjetiva da posse)
O principal crítico da teoria subjetiva f oi Jhering, em suas obras “Fundamentos da Proteção Possessória” e “Papel da Vontade n a Posse”. Aliás, o subjetivismo passou a ser reconhecido como tal graças ao próprio Jhering, que criou a imagem do subjetivismo para o criticar. Contrapondo-se a Savigny, Jhering também analisa a posse tomando com o base seus dois elementos: corpus e animus. Para Jhering, “a posse consiste no fato de uma pessoa proceder intencionalmente em relação à coisa, como normalmente procede o proprietário, a dizer, na posse tem a propriedade sua imagem exterior, este direito, a sua posição de fato”. Fundamento da proteção possessória seria facilitar a defesa da propriedade. O corpus, para Jhering, “consiste no estado normal externo da coisa, sob que se 
cumpre o destino econômico de servir a os homens, vale dizer , a exterioridade da propriedade, podendo ser ou não a detenção, conforme a natureza das coisas”. Ou ainda, nas palavras de Caio Mário, “é a relação exterior que há normalmente entre o proprietário e 
a coisa, ou a aparência da propriedade”. 
Já em relação ao animus, Jhering o define como a “vontade de se tornar visível como proprietário”, não há a intenção de dono, mas tão somente vontade de proceder com o procede habitualmente o dono.
Ações possessórias
De acordo com o nosso ordenamento jurídico pátrio, as ações possessórias, São ações que protegem a posse ou restabelecem a posse do possuidor. O artigo 1210 do código civil reforça que, “o possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado”. As ações possessórias são aquelas que visam a assegurar a posse, independentemente de qual direito real tenha lhe dado causa. As ações possessórias somente podem ser utilizadas para tutelar direitos corpóreos, sendo inadmissível para direitos imateriais / não corpóreos. Neste sentido, há a Súmula 228 do Superior Tribunal de Justiça que assim estabelece . Tais direitos reais são protegidos por meio das chamadas ações petitórias, ou seja, aquelas que têm a propriedade ou outro direito real como fundamento. 
Essas, quando adequadas ao caso concreto , dependerão da espécie de agressão cometida pelo sujeito ( polo passivo da demanda ) . Trata-se de ação de procedimento especial, abordada no Novo CPC em seus artigos 554 a 568, que nos traz as peculiaridades de cada uma das ações, bem como as características em comum.
Espécies de ações possessórias
Ao ocorrer o esbulho , entendido como a perda da posse, caberá a ação de reintegração de posse; ao ocorrer a turbação , entendida como a perda parcial da posse ( limitações em seu pleno exercício ), caberá a manutenção de posse; ao ocorrer a ameaça de efetiva ofensa à posse , caberá o interdito proibitório . 
Nem sempre é fácil a distinção entre as diferentes espécies de debilidade à posse, em especial entre o esbulho e a turbação , o que , entretanto, não gera problemas concretos em virtude da fungibilidade das tutelas possessórias prevista no art. 554 , NC PC 
Abaixo as espécies são destrinchadas para melhor entendimento:
O Interdito proibitório é ação de natureza preventiva, desdobrada da ação de manutenção de posse. É apropriada para que o possuidor , em vias de comprovada ameaça , A ameaça se caracteriza quando há receio sério (fundado) de que a posse venha a sofrer alguma ameaça, seja turbação, seja esbulho. Assim, ocorrerá ameaça se, embora nenhum ato de afronta à posse ainda tenha sido praticado, houver indícios concretos de que poderá ocorrer a moléstia à posse, como, por exemplo, se o molestador posicionar máquinas na entrada da área rural, noticiando que nela pretende entrar. Tal ação é proposta para que se receba a devida segurança , que nada mais é do que uma ordem judicial proibitória para impedir que se concretize tal ameaça, acompanhada de pena ou castigo para a hipótese de falta de cumprimento dessa ordem . assim o possuidor direto ou indireto, que tenha justo receio de ser molestado na posse , poderá impetrar a o juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório, em que se comine a o réu determinada pena pecuniária , caso transgrida o preceito.
A manutenção de posse é a ação destinada para a proteção do possuidor na posse contra atos de turbação de outrem, que é a perda de algum dos poderes fáticos sobre a coisa, mas não a totalidade da posse. O possuidor continua possuindo, mas não mais pode exercer, em sua plenitude, a posse. Por exemplo, ocorre turbação quanto alguém adentra no imóvel e passa a cortar árvores, seguidamente, mas não impede o acesso do possuidor à área.
 O objetivo da ação é garantir principalmente a posse de imóveis e a quase -posse das servidões e , só terá cabimento se o possuidor for molestado na sua posse, isto é , se o possuidor, sem perder a sua posse, vem a ser perturbado nela . É reserva da para o certo fim de fazer cessar o ato do turbador, que molesta o exercício da posse , contudo sem desaparecer a própria posse . 
A ação de reintegração de posse, também chamada de ação de força espoliativa , é a ação apropriada para o caso concreto em que o possuidor tenha sido desapossado, em virtude de esbulho , o Esbulho é a perda total da posse, ou seja, é a situação na qual a coisa sai integralmente da esfera de disponibilidade do possuidor, quando ele deixa de ter contatocom ela, por ato injusto do molestador. Por exemplo, se alguém invade uma propriedade rural, cercando-a e impedindo que o possuidor nela adentre, cometeu esbulho pouco importando se total ou parcial, e para que seja reconduz ido à posse , seja restituído o possuidor na posse. É o interdito específico para que o possuidor retome uma posse que lhe tenha sido tomada por qualquer ato violento ou derivado de precariedade ou clandestinidade.
Força nova x força velha
As ações possessórias podem ser de força nova ou de força velha, a depender do prazo decadencial de ano e dia. Isso não se aplica ao interdito proibitório.
Força nova é intentada dentro de ano e dia após a prática do ato turbativo ou espoliativo, cabendo a concessão de liminar. Obedece, pois o rito sumário. A liminar é de natureza satisfativa. O autor almeja uma antecipação de tutela, bastando o fumus boni iuris (posse, agressão e prazo de ano e dia – art. 927, CPC) para sua concessão. O periculum in mora é requisito para concessão de liminar cautelar, não da satisfativa. A liminar é inauldita altera pars, salvo o previsto no art. 928 do CPC.
Força velha tramita pelo rito ordinário, não admitindo o deferimento de liminar. Art. 924, CPC. O autor pode pleitear a tutela antecipada do art. 273 do CPC (tutela antecipada genérica) – Nesta exige-se o periculum in mora. O que se perde, portanto, é o direito de pleitear a tutela do art. 927 do CPC (tutela específica da possessória). 
REFERÊNCIAS
Jusbrasil. POSSESSÓRIAS. CONCEITOS E CARACTERÍSTICAS E ESPÉCIES COM BASE NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Disponível em:
<https://ebradi.jusbrasil.com.br/artigos/386304398/possessorias-conceito-caracteristicas-e-especies-com-base-no-novo-codigo-de-processo-civil>
acesso em: 13/09/2018
Jus brasil. ASPECTOS GERAIS DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS. Disponível em:
<https://waneskaoverbeck.jusbrasil.com.br/artigos/118687657/aspectos-gerais-das-acoes-possessorias>
último acesso em 13/09/2018
MONTENEGRO FILHO, Misael. Curso de direito processual civil. Atlas, 2006.
SANTIAGO, Mariana Ribeiro. Teoria subjetiva da posse. Jus Navigandi, Teresina, ano, v. 9, 2004

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