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0 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA NILCE VILLANOVA NOGUEIRA, RA1815643 PAULA RENATA DOS SANTOS, RA1805606 RITA APARECIDA SIMPLÍCIO DE OLIVEIRA, RA1802333 PROJETO INTEGRADOR A ausência da família no contexto escolar Potim-SP 2018 1 UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO A ausência da família no contexto escolar Relatório Técnico - Científico apresentado na disciplina de Projeto Integrador para o curso de Licenciatura em Pedagogia da Fundação Universidade Virtual do Estado de São Paulo (UNIVESP). Professora da disciplina: Jacqueline Gomes de Aguiar Tutora: Maria Regina de Souza Borsato Potim-SP 2018 2 NOGUEIRA, Nilce; SANTOS, Paula; OLIVEIRA, Rita. A ausência da família no contexto escolar. Relatório Técnico-Científico Licenciatura em Pedagogia - Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutora: Maria Regina de Souza Borsato, Polo de Potim, 2018. RESUMO Este presente relatório realizou um estudo de campo na escola E.M.E.F. Professora Judith Siqueira Weber. Relatando a ausência da família na vida dos alunos, os valores familiares têm papel principal na história da sociedade. A construção desses valores vêm de um processo gradativo e lento. As famílias transferiram para escola a responsabilidade pela transformação de valores de ser e agir que são fundamentais para a integração com o meio em que se vivem e na construção do indivíduo. Com intuito de analisar a importância da presença da família no contexto escolar para a realização deste trabalho, houve observações de campo e coleta de dados. A pesquisa investigou a possível existência da ausência da família na escola. O que a escola espera da participação dos pais na instituição escolar? E de que forma os pais ou responsáveis poderiam participar da educação e dos trabalhos de seus filhos na escola? Os resultados mostram que devido à falta de interesse, incentivo, orientação e desestruturação familiar trazem consequências que geram a baixa autoestima e consequentemente a um ambiente irregular. Palavra chave: Família; Educação; Ausência; Escola. 3 NOGUEIRA, Nilce; SANTOS, Paula; OLIVEIRA, Rita. The absence of the family in the school context. Technical-Scientific Report Licenciatura em Pedagogia - Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutora: Maria Regina de Souza Borsato, Polo de Potim, 2018. ABSTRACT This report carried out a field study at the E.M.E.F. Teacher Judith Siqueira Weber. Relating the absence of the family in the students' lives, family values play a major role in the history of society. The construction of these values comes from a gradual and slow process. Families have transferred to school responsibility for the transformation of values of being and acting that are fundamental for integration with the environment in which they live and the construction of the individual. In order to analyze the importance of the presence of the family in the school context for the accomplishment of this work, there were field observations and data collection. The research investigated the possible existence of the absence of the family in the school. What does the school expect from parental involvement in the school? And how could parents or caregivers participate in the education and work of their children in school? The results show that due to the lack of interest, encouragement, orientation and family disintegration, they have consequences that generate low self-esteem and consequently an irregular environment. Keyword: Family; Education; Absence; School. 5 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO -------------------------------------------------------------------------------------------------5 2 OBJETIVOS ----------------------------------------------------------------------------------------------------7 3 CONCEITO ESCOLAR E FAMILIAR --------------------------------------------------------------------8 4 A SOCIEDADE, A FAMÍLIA E A EDUCAÇÃO NA VIDA DO SER HUMANO --------------- 9 5 ESCOLA RAIZ DA SOCIEDADE ------------------------------------------------------------------------10 6 MOTIVOS QUE LEVAM OS FAMILIARES A NÃO ACOMPANHAR SEUS FILHOS NA ESCOLA -----------------------------------------------------------------------------------------------------------11 7 PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR ------------------------------------12 8 PROPOSTA DE SOLUÇÃO ------------------------------------------------------------------------------13 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS -------------------------------------------------------------------------------14 REFERÊNCIAS ----------------------------------------------------------------------------------------------15 5 1 INTRODUÇÃO Na realidade é que em muitas escolas as famílias não dão a devida atenção a seus filhos. A ausência dos pais ou responsáveis pela criança não é observada apenas pelos educadores, que percebem a diferença entre um aluno e outro, mas também por todos que acompanham o dia-a-dia escolar. A família precisa assumir seu papel na educação de seus filhos, a escola proporciona a educação mais ela sozinha não consegue dar conta de fornecer a educação básica. Quando se observa a escola e a família, há diferenças e semelhanças, percebendo o olhar cultural em consideração à sociedade historicamente falando, se transformam em divisões de classes que separam constantemente os indivíduos da natural condição de igualdade. Sabemos que uma criança disciplinada e feliz depende muito de uma família bem estruturada. A incessante busca de uma harmonia entre escola e família deve ser prioridade e fazer parte de todo trabalho educativo, que tem como base de importância a formação do cidadão, consciente de seus deveres, responsável e educado. Esse entendimento entre ambos se deve ao envolvimento e participação, divisão do trabalho da educação de crianças, jovens ou adultos. Baseando em informações que o indivíduo está o tempo todo aprendendo, nos mais diferentes interesses que lhe foi apresentado durante a vida, à família tem uma importância essencial na construção desse pequeno ser humano, pois, é ela que decide desde cedo o que seus filhos devem aprender, quais escolas devem frequentar, o que é importante saber para poderem tomar decisões que os beneficiem no futuro. Atualmente a escola reclama da ausência da família no acompanhamento e do desempenho escolar de suas crianças, também da falta de pulso dos pais para dar limites aos filhos, da dificuldade que muitos deles encontram em transmitir valores éticos e morais importantes para se conviver em sociedade. Por outro lado, a família reclama da excessiva cobrança por parte da escola para que os pais se responsabilizem mais pela aprendizagem das crianças, da ausência de um currículo voltado para a transmissão de valores e da preparação do aluno para os desafios não acadêmicos da sociedade para o mundo. Considerando que famílias de baixa renda, dificilmente participam de reuniões de pais, originando muitas reclamações por parte das professoras insatisfeitas com 6 as dificuldades de aprendizagem de seus alunos, tanto em sala de aula quanto em casa, ao trazer a tarefa ou alguma atividade pedagógica que a mãe ou o pai até mesmo o responsável por essa criança poderiam ajuda-lo a fazer. Muitas vezes esses tutores não sabem sequer o nome da professora de seus filhos. Observando que ao contrario das famílias de baixa renda, as famílias de classe alta, as mãesacompanham assiduamente a aprendizagem de seus filhos, organizam seus horários de estudo, verificam o dever de casa diariamente, conhecem os professores de seus filhos e participam das reuniões escolares. Durante a observação de campo, realizada na escola Professora Judith Siqueira Weber, localizada no bairro Jardim Alvorada, no município de Potim, percebeu-se que professores, coordenadora e diretora, sentem falta do acompanhamento dos pais nas atividades escolares de seus filhos. Por isso nasceu o interesse de entender qual a perspectiva que a escola espera da família e porque sua ausência no contexto escolar. No entanto esse tema é relevante, devido à problemática que a sociedade atual está enfrentando, percebe-se o apelo que boa parte da população faz para governantes e comunidade, numa tentativa de resgatar seus valores. A ausência da família nesse contexto é uma realidade difícil de ser solucionada e a participação familiar sendo uma necessidade almejada por todos que fazem parte da instituição escolar. Importante verificar essa falta de participação dos pais na escola, porque educar é função de todos nós e quando se tem a família participando da educação das crianças eles podem se tornar pessoas muito melhores na escola e na vida. Este relatório apresenta conceitos relevantes sobre a base familiar, contendo informações imortantes adquiridas no trabalho de campo, relatando e analizando os pontos positivos e negativos durante a pesquisa e suas considerações finais apresenta a conclusão dos dados obtidos deste presente trabalho acadêmico. 7 2 OBJETIVOS Conhecer mais sobre o tema proposto, como também as causas e quais as possiveis soluções; Contribuir com o processo na construção de saberes de ser ou agir no contexto escolar e concientizar a família de ser a grande parceira nesse processo; Fazer com que os pais participem da vida dos filhos dentro desse contexto; Analizar e investigar através de pesquisa de campo escolar as possíveis causas da ausência dos responsáveis diretos no acompanhamento da aprendizagem e das atitudes dos filhos dentro dsa sala de aula; Indicar alguns caminhos que se possa seguir para aproximar a familia da escola; Colaborar na conscientização da participação da família no processo da construção dos saberes em parceria com o grupo escolar. 8 3 CONCEITO ESCOLAR E FAMILIAR A escola exerce uma função educativa junto à família, informando, aconselhando e encaminhando vários assuntos na tentativa conjunta de estabelecer a educação básica de qualidade, sendo assim a educação é um elemento permanente na vida de todo os indivíduos. Qualquer instituição de ensino tem por objetivo a aprendizagem do aluno, pois é nele que as práticas escolares se realizam de forma positiva ou negativa. Assim sendo, a família também desenvolve um importante papel, podendo ou não contribuir para a aprendizagem de seus filhos. Tanto o contexto familiar quanto o escolar precisam desenvolver a sociabilidade, a afetividade e o bem estar físico dos indivíduos. Por isso é interessante realizar um estudo de como se dá ou não a articulação entre família e a escola. Com relação à afetividade e ao respeito às crianças, o Estatuto da Criança e do Adolescente, lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990, no capitulo III, do direito a convivência familiar e comunitária, na seção I, em suas disposições gerais, art. 19 consta que: Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência família e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes. (E.C.A, 1990, p.5) Toda a criança precisa de um suporte, de uma base para formar seus conceitos e a família é a principal responsável por isso. Henri Wallon destaca que a afetividade é central na construção do conhecimento e da pessoa. O desamparo biológico que caracteriza os dois primeiros anos da vida humana, em razão das precárias condições de maturidade orgânica, determina um longo período de absoluta dependência da criança dos cuidados de um adulto para poder sobreviver. Isso torna a emotividade à força que garante a mobilização do adulto para atender suas necessidades. Pensando assim, Wallon afirma que a expressão emocional é fundamentalmente social, pois precede e supera os recursos cognitivos (Dantas, 1992 apud Wallon, 2007) 9 4 A SOCIEDADE, A FAMÍLIA E A EDUCAÇÃO NA VIDA DO SER HUMANO A educação se inicia com o nascimento e nos acompanha por toda existência, é uma vivência, é um aprendizado no convívio com o outro na vida cotidiana. Família: conjunto de parentes por consanguinidade ou por afinidade é ela quem escolhe a escola adequada e que estará encarregada da educação da criança. A participação familiar na escola é uma necessidade almejada por todos que fazem parte do contexto escolar. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (art. 2º, LDB 9.394/96) A criança passou a ter o direito assegurado legalmente para frequentar uma escola e ter a aprendizagem e educação garantidas por ela. Contudo no ensino fundamental a educação se torna obrigatória a partir dos sete anos. A educação nos possibilita a oportunidade de aprender sempre mais, para podermos chegar onde queremos, só precisamos de motivação, estímulos, orientação e muito incentivo por parte da família, professores e amigos. Em um país onde muitos direitos já foram conquistados, mesmo que de modo superficial a sociedade brasileira, a convivência e a regulação das condutas provenientes das relações sociais, trouxe o estabelecimento de leis que pudessem defender os direitos e exigir o cumprimento de deveres norteadores da educação, onde a especificidade de algumas como, por exemplo, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), regulamentam os dispositivos constitucionais e estabelecem as normas referentes à proteção do educando, enquanto principal sujeito da relação escola-família. Segundo a Constituição Federal (art.205) a educação é um direito de todos, bem como dever do Estado e da própria família, devendo ser promovida e incentivada com a colaboração de toda a sociedade, para o desenvolvimento pleno da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, sendo que é competência privativa da União legislar sobre diretrizes e bases da Educação Nacional. 10 5 ESCOLA RAIZ DA SOCIEDADE De acordo com pesquisas na internet, palavra educação tem como origem latina; educare (alimentar, cuidar, criar), educere (tirar para cerca de, conduzir para, modificar um estado). Para Durkheim 1974 “educação é a influência que as gerações jovens e adultas têm sobre as gerações jovens a fim de prepará-los para a vida em sociedade”. Seu objetivo é desabrochar e desenvolver na criança a situação intelectual, moral e física que são indispensáveis para uma boa vivência em sociedade. A educação é a constante influência dos adultos sobre as crianças, transmitindo conhecimento, regras e desenvolvimento também a parte psicológica da criança de todas as classes. A escola é uma instituição que deve se adequar as diferentes realidades e épocas. Muitas vezes a presença dos pais causa certo desconforto, quando participam ou solicitam explicações para a escola, isso até então era entendido como invasãoou queixa. Entretanto, atualmente a presença dos pais ou da comunidade se faz necessário e está sendo considerada uma boa relação tanto por parte da escola quanto as famílias. Ambas contribuem no desenvolvimento de suas crianças. O tema é a cena do evangelho em que Jesus pede que se deixe vir a mim as criancinhas, (...) as miniaturas que se agruparam em torno de Jesus oito verdadeiros homens, sem nenhuma das características da infância, foram reproduzidos em uma escala menor. Apenas seu tamanho distingue dos adultos. (ARIÈS 1981, p.50) 11 6 MOTIVOS QUE LEVAM OS FAMILIARES A NÃO ACOMPANHAREM OS FILHOS NA VIDA ESCOLAR Alguns dos motivos que levam os familiares a não acompanharem os seus filhos são o trabalho e a não participação da vida dos mesmos, a mãe ou o pai trabalham e por isso acham não precisam participar da educação dos filhos. E por trabalharem fora, não dispõe de tanto tempo para auxiliar os filhos. A criança, o adolescente até mesmo o jovem estudante aproveita a situação para ficar cada vez mais distante do que deveria ser. Conversando com algumas mães de alunos desta escola, uma mãe informou que “não consegue participar da vida escolar de seus filhos porque trabalha fora e chega muito tarde e cansada e ao chegar a sua casa se depara com o filho dormindo. Quando a escola faz reuniões de pais, muitas das vezes ainda está no trabalho”. Entretanto, outras mães que possuem uma melhor condição de vida, informaram que mesmo trabalhando fora conseguem arrumar tempo para ir às reuniões na escola, ajudam os filhos com as tarefa e trabalhinhos pedagógicos diariamente, conhecem os professores e comunicam-se sempre com eles através do celular, por meio de vídeo chamadas e redes sociais. O relato de outra mãe foi que “sua filha estudava com uma professora, que se envolvia muito com os alunos e seus familiares. Uma das alternativas que a professora encontrou para as mães participarem das atividades com seus filhos foi o celular, no período da noite a professora enviava mensagens através do whatsapp, querendo saber como estava indo a tarefa que a criança estava fazendo com ajuda da mãe”. A professora incentivava a mãe através dessas mensagens para ajudar a participar das tarefas do filho. Contudo, para que seus alunos estivessem bem na escola e aprendendo sempre mais, essa dedicada professora buscou e encontrou uma alternativa para envolver a família a participar das atividades pedagógicas diárias de suas crianças. 12 7 PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR A parceria entre família e escola é concretizada quando ambas estão unidas em um único propósito, que é o de formar cidadãos conscientes da sociedade em que habitam, com valores éticos e morais e com uma perspectiva de um futuro promissor. A família pode participar de várias maneiras na vida educacional da criança, acompanhando as tarefas e trabalhos escolares, verificar se o filho fez as atividades solicitadas pela professora, estabelecer horário de estudo, informar- se sobre matérias e provas, entre outras. Existem vários modelos de famílias, não há somente um tipo de família na sociedade brasileira. É possível afirmar que cada família possui sua identidade e estão em constante evolução, constituídas com o intuito básico de prover a subsistência de seus integrantes. A saída da mãe para o mercado de trabalho, que é a figura central na educação de seus filhos, é um dos fatores que tem abalado a relação entre mãe e filho, as relações de amor, confiança, segurança, relacionamento social são construídas no decorrer da vida cotidiana, essa nova mãe da sociedade, que trabalha e possui grandes responsabilidades, muitas vezes não dispõe do tempo necessário para estabelecer uma relação com seu filho e educá-lo corretamente. A positividade de interação entre a escola e a família, sem dúvidas, o conhecimento da própria família por parte da escola. Para um considerável afunilamento desta relação, seria necessária, toda a comunidade escolar, não somente educadores ou gestores, analisar instrumentos que facilitassem a comunicação, favorecendo uma relação de confiança e respeito para com os envolvidos. Uma das funções da escola é buscar uma aproximação entre as famílias, e a instituição de ensino, podendo promover visitas, reuniões de pais com maior frequência, realização de trabalhos com a participação dos familiares para que estes possam conhecer os conteúdos que seus filhos estão desenvolvendo nas diversas atividades curriculares, proporcionando a união entre a escola, à família e os professores. 13 8 PROPOSTA DE SOLUÇÃO Realizar atividades lúdicas como: brincadeiras, jogos, músicas, feiras de arte, ciências, geografia, história, matemática e língua portuguesa; Apresentar situações que levem a reflexão sobre o tema; Sugerir filmes ou contar histórias (fábulas) que abordem a família, a escola e aluno; Realização de palestras para a família; Promover a participação dos pais mais ausentes na escola; Motivar dos pais para que frequentem mais a escola; Reuniões com mais frequencia entre pais, filhos e a equipe escolar; Criar condições para promoção de uma educação construtiva e justa através de um trabalho educativo coletivo. 14 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho foi desenvolvido através de observações do dia-a-dia dos alunos na escola, entrevistando mães e professores. Nós buscamos desenvolver neste trabalho acadêmico uma parceria não apenas com a escola, mas com as mães de alunos que nos foi dado apoio para chegarmos a uma conclusão. Quando se escolhe educar, nos dias de hoje, não se espera encontrar em sala de aula alunos que não tenham apoio familiar, que não são indagados sobre as tarefas ou sobre o estudou naquele dia. Espera-se que tudo o que foi ensinado na sala de aula será reforçado em casa e que o aluno chegará no dia seguinte mais animado ainda para continuar os estudos e ainda cheio de indagações e perguntas. No entanto, a família que deveria estar apoiando de todas as formas está presa as suas atividades diárias, seus afazeres, suas novelas e seus programas de televisão que não veem o quanto os filhos estão pedindo socorro. E chegam ao ponto de pedirem ao professor que refaçam a atividade com o filho. É fácil refazer uma atividade. Mas a média baixa vai acompanhar essa criança para o resto da vida. Ao invés de pedirem para refazer a atividade deveriam pedir aos professores que lhes mostrassem em que poderiam ajudar para contribuir mais na educação de seus filhos. A educação familiar é à base de todo cidadão, a escola sozinha não faz milagres, até porque o aluno permanece na escola apenas por quatro horas e as outras vinte horas do dia, são com a família. Portanto, para a mudança acontecer, a escola precisa conhecer a realidade das famílias, o contexto em que as mesmas estão inseridas, para desta forma poder intervir e acionar os pais diante de possíveis problemas. É importante também esclarecer aos pais sobre os comportamentos de seus filhos, em reuniões não apenas trazer os pontos negativos da criança, mas colocar os pontos positivos para que esses pais sintam-se motivados e motivem seus filhos também. 15 REFERÊNCIAS DURKHEIM, Emile. As regras do método sociológico. Trad. Maria Isaura P. Queiroz. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1974. ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. 2 ed. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981. BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996: estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, Diário Oficial da União,21 de dezembro de 1996. BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente. 7. Ed. – Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2010. Wallon, Henri/ Hélène Gratiot-Alfandéry; 2010, página 37, disponível em: https://drive.google.com/file/d/1GyQ8tp3DDODrQ-FcMD-QRVFe3kBGI8Su/preview http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70320/65.pdf http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/529732/lei_de_diretrizes_e_base s_1ed.pdf https://www.jusbrasil.com.br/topicos/1241734/artigo-205-da-constituicao-federal-de- 1988 https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/relacao-familia-escola-uma- parceria-importante-no-processo.htm https://www.webartigos.com/artigos/a-ausencia-dos-pais-na-vida-escolar- das- criancas-do-ensino-fundamental/55083/ https://www.webartigos.com/artigos/a-importancia-do-acompanhamento-familiar-no- processo-educativo-da-crianca/66328 https://psicologado.com.br/atuacao/psicologia-escolar/a-ausencia-dos-pais-na-vida- escolar-das-criancas-de-ensino-fundamental
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