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Aula sobre a invalidade do casamento

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DA INVALIDADE DO CASAMENTO
Arts. 1.548 – 1.564, C.C.
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DA INVALIDADE DO CASAMENTO: 
Casamento NULO - art. 1.548, C.C.
É NULO o casamento quando contraído:
I – pelo enfermo mental, sem o necessário discernimento para os atos da vida civil;
II – por infringência de impedimento (art. 1.521, I – VII, C.C.)
A ação para se decretar a nulidade de casamento por uma das razões do art. 1.548, I e II, C.C. pode ser promovida mediante ação direta por qualquer interessado ou pelo Ministério Público.
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DA INVALIDADE DO CASAMENTO: 
Casamento ANULÁVEL – art. 1.550, C.C.
É ANULÁVEL o casamento:
I – De quem não completou a idade mínima para casar; (Vincula-se ao caso excepcional do art. 1.520, C.C. – para se evitar imposição ou cumprimento de pena ou em caso de gravidez).
II – Do menor em idade núbil; (lembrar da autorização que poderia impedir a anulação do casamento para a pessoa menor de 16 anos e maior de 18 anos).
III – Por vício da vontade conforme arts. 1.556 a 1.558, C.C. (erro essencial ou coação ao nubente ou à sua família)
*
DA INVALIDADE DO CASAMENTO: 
Casamento ANULÁVEL – art. 1.550, C.C.
É ANULÁVEL o casamento:
IV – Do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento. (Ex: pessoa mais velha que não mais se encontra lúcida sobre suas vontades).
V – Realizado pelo mandatário (procurador), sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do mandato, desde que não tenha existido coabitação entre os cônjuges. (Quando a procuração para o casamento é cancelada, mas nem o procurador nem o outro nubente tomam conhecimento do cancelamento. Pode-se anular o casamento nesse caso, desde que os nubentes não tenham coabitado ainda.) (Equipara-se à revogação a invalidade do mandato judicialmente decretada)
VI – Por incompetência da autoridade celebrante. (refere-se à pessoa que celebra o casamento sem ter competência para tanto).
*
DA INVALIDADE DO CASAMENTO
Não se anulará, por motivo de idade, o casamento de que resultou gravidez. (Cm – [Gm > Im] = N. Anul).
A anulação do casamento dos menores de 16 anos será requerida:
Pelo próprio cônjuge menor;
Por seus representantes legais;
Por seus ascendentes;
O menor que ainda não completou a idade núbil (16 anos), poderá, depois de completá-la, confirmar seu casamento, com a autorização de seus representantes legais ou com suprimento judicial.
*
DA INVALIDADE DO CASAMENTO
Subsiste o casamento celebrado por pessoa que não tenha competência para o ato conforme a lei, se esta exercer publicamente as funções de juiz de casamentos e, nessa qualidade, tiver registrado o ato no registro civil.
O casamento do menor em idade núbil, quando não for autorizado por um de seus representantes legais só poderá ser anulado se a ação de anulabilidade de casamento for proposta em 180 dias:
Por iniciativa do incapaz, ao deixar de sê-lo. (o prazo será contado aqui a partir do dia que cessar a incapacidade).
 
Por iniciativa de seus representantes legais ou seus herdeiros necessários requererem. (o prazo será contado aqui no primeiro caso a parti do casamento e no segundo a partir da morte do incapaz).
Não será anulado o casamento quando à sua celebração houverem assistido os representantes legais do incapaz, ou tiverem, por qualquer modo, manifestado sua aprovação.
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DA INVALIDADE DO CASAMENTO
O casamento pode ser anulado por vício da vontade, se houve por parte de um dos nubentes, ao consentir em se casar, erro essencial quanto à pessoa do outro.
Erro essencial  É o erro ou engano que se comete sobre a imagem ou qualidade física ou psicológica do futuro cônjuge. Existe um rol com as hipóteses do que seria erro essencial no art. 1.557, I – IV, C.C.
I – o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;
II – A ignorância (desconhecimento) de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida conjugal.
III – A ignorância (desconhecimento) de defeito físico irremediável, ou de moléstia grave e transmissível, pelo contágio ou herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência.
IV – A ignorância (desconhecimento), anterior ao casamento, de doença mental grave que, por sua natureza, torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado.
*
Jurisprudência
Caso “Toninho Anaconda”. – “Micropênis”. Não é motivo de anulabilidade de casamento uma vez que o tamanho do pênis não é considerado doença ou defeito físico irremediável.
“Mulher pede indenização na justiça por ter casado com 
homem de pênis pequeno”
KDB, 26 anos, advogada e residente no município de Porto Grande no Amapá decidiu processar seu ex-marido por uma questão até então inusitada na jurisprudência nacional. Ela processa ACD, comerciante de 53 anos, por insignificância peniana.
Embora seja inédito no Brasil os processos por insignificância peniana são bastante frequentes nos Estados Unidos e Canadá. Esta moléstia é caracterizada por pênis que em estado de ereção não atingem oito centímetros. A literatura médica afirma que esta reduzida envergadura inibe drasticamente a libido feminina interferindo de forma impactante na construção do desejo sexual.
O casal viveu por dois anos uma relação de namoro e noivado e durante este tempo não desenvolveu relacionamento sexual de nenhuma espécie em função da convicção religiosa de ACD. KDB hoje o acusa de ter usado a motivação religiosa para esconder seu problema crônico. Em depoimento a imprensa a denunciante disse que “se eu tivesse visto antes o tamanho do ‘problema’ eu jamais teria me casado com um impotente”.
A legislação brasileira considera erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge quando existe a “ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável, ou de moléstia grave”. E justamente partindo desta premissa que a advogada pleiteia agora a anulação do casamento e uma indenização de R$ 200 mil pelos dois anos de namoro e 11 meses de casamento.
ACD que agora é conhecido na região como Toninho Anaconda, afirma que a repercussão do caso gerou graves prejuízos para sua honra e também quer reparação na justiça por ter tido sua intimidade revelada publicamente.
Fonte: http://www.conjur.com.br/2012-jul-02/penis-pequeno-nao-considerado-motivo-anular-casamento
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DA INVALIDADE DO CASAMENTO
É anulável o casamento em virtude da coação, quando o consentimento de um ou ambos os cônjuges houver sido captado mediante fundado temor de mal considerável e iminente para a vida, a saúde e a honra, sua ou de seus familiares.
Somente o cônjuge que incidiu em erro, ou sofreu coação pode demandar a anulação do casamento; mas a coabitação, havendo ciência do vício (ignorância da identidade, honra, boa fama e crime, I e II, art. 1.557, C.C.) valida o ato, ressalvadas as hipóteses dos incisos III e IV do art. 1.557, C.C. – defeito físico irremediável ou moléstia grave).
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DA INVALIDADE DO CASAMENTO
O prazo para se pleitear a anulação do casamento (ação anulatória) a contar da data da celebração é de:
Art. 1.560, C.C.
I – 180 dias, no caso do incapaz (art. 1.550, IV, C.C.).
II – 2 anos, se incompetente a autoridade celebrante.
III – 3 anos, nos casos dos incisos I a IV do art. 1.557, C.C. – erro essencial.
IV – 4 anos, se houver coação – art. 1.558, C.C.
§1º - 180 dias, dos menores de 16 anos, começando a correr o prazo quando o menor completar esta idade; e da data do casamento para seus representantes legais ou ascendentes.
§2º - 180 dias, a partir da data em que o mandante (outorgante) tiver conhecimento da celebração em caso de casamento por procuração.
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DA INVALIDADE DO CASAMENTO
Ainda que ANULÁVEL ou NULO, se contraído de boa-fé por ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz todos os efeitos até o dia da sentença anulatória.
Se apenas um dos cônjuges estava de boa-fé aocelebrar o casamento, os seus efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão.
Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os seus efeitos civis aproveitarão apenas aos filhos.
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DA INVALIDADE DO CASAMENTO
Possibilidade do pleito de separação de corpus antes de promover a ação de nulidade do casamento, anulatória, a de separação judicial, a de divórcio direto ou a de dissolução de união estável, comprovada a necessidade. Será concedida pelo juiz dentro da possível brevidade.
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DA INVALIDADE DO CASAMENTO
A sentença que decreta a nulidade do casamento possui efeito ex tunc, ou seja, retroage até a data da sua celebração, sem prejudicar a aquisição de direitos, a título oneroso, por terceiros de boa-fé, nem a resultante de sentença transitada em julgado.
Vale dizer que direito de terceiros de boa-fé não podem ser atingidos pela decretação da nulidade do casamento.
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DA INVALIDADE DO CASAMENTO
Quando o casamento for anulado por culpa de um dos cônjuges, este sofrerá:
A perda de todas as vantagens havidas do cônjuge inocente;
Na obrigação de cumprir as promessas que lhe fez no contrato antenupcial.

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