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Conceitos básicos em radiologia e formação da imagem . História dos raios – X Criador Alemão Wilhelm Conrad Rontgen Descobriu que os raios atravessavam objetos , e deixavam impressões em chapas , fotográficas , 8 de novembro de 1895 Tubo de raios catódicos : era um tubo de vidro dentro do qual um condutor metálico aquecido emitia elétrons na direção a outro condutor . O catodo : filamento de tungstênio que esquenta com a passagem , de corrente elétrica , . Os elétrons , adquirem energia suficiente para abandonar , o catodo , em direção a anodo , No choque dos elétrons , com um alvo de tungstênio na maioria de energia cinética , é transformada em calor , mais uma pequena parte , produz raios X . Ampola de Raios – X Cátodo Emissão de elétrons 2 filamentos de tungstênio (3410C°) Corpo focalizados Ânodo Placa metálica de tungstênio Angulação / giratório Alta taxa de dissipação de calor Os raios –X São ondas eletromagnéticas , de comprimento muito curto , cerca de 1 milhão de vezes menor do que 1 milímetro . Propriedades dos raios –X Causam fluorescência em certos sais metálicos Enegrecem filme fotográfico – ação química São radiações eletromagnéticas (não têm carga , radiação ionizante ). São polienergéticos - menor ƛ Produzem radiação secundária ao atravessar um corpo Propagam-se em linha reta e em todas direções , São usados em medicina , para radiografias , e para a cura de certos tumores afecções de pele . “ O Estudo de técnicas radiográficas e qualidade de imagem , inclui todos os fatores , ou variáveis relacionadas , á precisão com que estruturas e tecidos , são reproduzidos em filmes radiográficos “ – Bontrager , 2007 . Técnica Radiográfica Fatores de exposição ou técnica . 1 . Pico de kilolovoltagem (KVp)- controla o poder de penetração da fonte , 2. Miliamperagem (mÁ) 3.Tempo de exposição (s). São ajustáveis de acordo com cada paciente mAs (quantidade de raios-x emitido pelo tudo a cada exposição ). Formação das Imagens As imagens médicas , tentam reproduzir uma região do corpo humano , de forma mais fiel , e detalhada possível , mas claro , que existem , limitações , para que esses objetivos , sejam atingidos . As imagens , será tanto melhor , quando mais , CONTRASTE E RESOLUÇÃO ESPACIAL . Fatores de qualidade da imagem Densidade : grau de enegrecimento da imagem , processada (mAs e dFoFi). Contraste : diferença das densidades , em áreas adjacentes , (KVp). Detalhe e nitidez nas estruturas Distorcidas , relacionadas a tamanho do objeto . Densidade É o grau de enegrecimento da imagem processada Fatores de controle - Primários : mAs Controlada a quantidade de raios X emitido (mAs, densidade ). - Secundário : DFoFi Quanto maior a distância , menor a intensidade , de RX , menor densidade . Contraste É a diferença , de densidade nas áreas adjacentes , da imagem Quanto maior a diferença de densidade , maior o contraste Escala longa (baixo contraste )ou curta (alto contraste ) Função : Tornar os detalhes anatômicos , mais visíveis É essencial na avaliação da qualidade radiográfica . A imagem com maior contraste , é a composta somente por preto e branco , mas falta tons , de cinza intermediário , entre eles , acaba reduzindo os detalhes da imagem . O contraste ótimo depende , da distribuição , adequada dos tons de cinza , na imagem . O olho humano , tem uma capacidade , limitada de indentificar , tons de cinza , entre o branco , e o preto , (provavelmente identificamos , 16 a 32 tons ). Algumas poucas estruturas tem a densidade , bem alta (os ossos têm densidade , de metal , devido ao teor , elevado de cálcio ) e poucas estruturas , têm densidade muito baixa (como ar , que existe , nos pulmões e tubo digestivo ) . A grande maioria dos órgãos , tem densidades , próximas a da água . Assim a densidade da maioria dos órgãos , é tão parecida , com a do órgão vizinho , que , para o nosso olho , parece igual , pois cai no mesmo tom , de cinza (chamada genericamente ‘’partes moles ‘’ ). Contraste fatores de controle Primários – KVp (controla o poder , de penetração da fonte - quanto maior KVp , maior a energia , menor contraste . Altas KVp e baixas mAs , são ideias , para proteger o paciente . Resolução espacial (detalhes ) É a capacidade de individualizar 2 pontos , numa imagem , (naturalmente , desde que haja contraste suficiente entre eles ). Detalhes : Fatores de controle Fatores geométricos Ponto Focal : deve ser diminuído DFoFi : deve ser aumentada DOF : deve ser diminuída Movimento Grande impedimento p/ precisão da imagem Voluntário : Controle da respiração , e imobilização Involuntário : curto tempo de exposição Distorção É a representação equivocada , do tamanho do objeto / forma Divergência dos feixe de raio-X Se originam de uma fonte estreita , e se espalha Colimador , controla o tamanho da fonte , e deduza a distorção RC : atinge , o filme em 90°. Distorção fatores de controle Primários : DFoFi : o seu aumento diminui , a ampliação DOF : sua redução , aumenta a definição , Ponto focaliza na redução , diminui o barramento , Objeto // o plano do filme Raio central 90° plano do filme . Terminologia utilizada na descrição radiológica De acordo com a densidade do tecido Radiotransparente ou hiperlucente - ar (preto ) , gordura (cinza escuro ). Hipotransparente - Partes moles – cinza(claro ) vísceras Radiopaca - osso , calcificações , meio de contraste branca . Posicionamento Radiográfico Terminologia de posicionamento , e incidência conforme aprovada , e publicada , pelo American Registry of Radiologic Technolosgists (ARRT). Posição Anatômica É usado como referência para outros , termos de posicionamento . Posicionamento Radiográfico O estudo de uma TC (tomografia computadorizada ) e de uma RM (ressonância magnética ) enfatiza a anatomia seccional . Incidências Radiográficas Incidência é um termo , de posicionamento que descreve a direção a trajetória do RC , da fonte de raios X , quando elas atravessam , o paciente , projetando uma imagem no filme . Termos comuns da incidência Incidência Postero – anterior (PA) Incidência Antero – posterior (Ap) Incidência Obliquas (Ap) ou (Pa) Incidência médio – lateral e látero – medial Termos de incidência adicionais de uso especial Incidência Axial Inciadência Tangencial Posições do corpo Em radiologia o termo de posição é usado de duas formas , a primeira como , uma posição geral do corpo , e a segunda , como uma posição , específica do corpo . Posições Gerais do Corpo Decúbito dorsal Decúbito ventral Ereta Na posição vertical , em pé ou sentado com o tronco ereto . Decúbito Lateral , Deitado de lado , (lateral esquerdo ou direito ). Trendelenbrug Posições de Fowlert Posição de SIM ( posição de semidecúbito ventral ) Posição de Litomtomia Posição Lateral Obliqua Sistema Articular – Artrologia O corpo humano é capaz de realizar diversos movimentos, graças à articulação encontrada em nosso esqueleto. O responsável por dar esta mobilidade entre ossos e estabilizar as zonas de união entre os vários segmentos do esqueleto é o Sistema Articular. O Sistema Articular é formado por um conjunto de articulações, ponto de contato entre dois ou mais ossos. Existem três tipos de articulações: sinartrose (inflexíveis), anfiartrose e diartrose (permitem movimentos). Conceito: É a união entre duas ou mais estruturas rígidas (ossos, cartilagem e dente) que pode ou não apresentar movimento. Classificação: Embora apresentem consideráveis variações entre elas, as articulações possuem certos aspectos estruturais e funcionais em comum que permitem classificá-las em três grandesgrupos: Fibrosas, cartilagíneas e sinoviais. Estrutura (classificação) Com relação a sua estrutura, as articulações podem ser classificadas em fibrosa (os ossos são unidos por tecido conjuntivofibroso), cartilaginosa (os ossos são unidos pela cartilagem) e sinovial (possui um espaço entre os ossos). Nosso corpo é capaz de realizar muitos movimentos, contudo, estes movimentos ocasionam atrito. Para amenizar este atrito, nosso sistema articular conta com as bolsas sinoviais. Estas bolsas agem como amortecedores do impacto entre as articulações. Elas estão localizadas entre a pele e o osso (nas regiões onde ocorre atrito entre estas partes), entre os tendões e os ossos, entre os músculos e os ossos e também entre os ligamentos e os ossos. Tipos de Articulações do Corpo As do crânio são fixas; pode-se dizer que é só uma sutura que une um osso a outro. Por isso, essas articulações recebem o nome de SINARTROSES (do grego syn, junto, unido; arthron, articulação). Nesse tipo de junção, as duas superfícies ósseas tornam-se quase contínuas, uma diante da outra; entre elas há apenas uma camada de tecido, conjuntivo ou cartilaginoso. No caso dos ossos do crânio, esse tecido é calcificado. Mas existem articulações que possuem apenas uma relativa mobilidade, sendo consideradas semimóveis: são as ANFIARTROSES. O tecido que une os dois ossos é fibrocartilaginoso e constitui a articulação. Bom exemplo desse tipo de ligação é a que existe entre os dois ossos púbis – a chamada sínfise pubiana -, de particular importância no esqueleto feminino. A gestação provoca a secreção de um hormônio (relaxina) que determina a diminuição da consistência do tecido fibroso, que então se relaxa. Os ossos da bacia Ficam mais móveis, e é por isso que a gestante apresenta um certo desequilíbrio na locomoção e maior facilidade para quedas. O relaxamento da articulação pubiana, que separa um pouco os dois os-505 púbis, é participante essencial do trabalho de parto: graças a ele, alarga-se a fenda para a passagem do feto. O terceiro tipo de articulações inclui as mais complexas, que são as MÓVEIS, tecnicamente denominadas DIARTROSES. Para se ter exemplos dos movimentos que essas articulações permitem, basta pensar nos que são executados pelos membros superiores e inferiores: andar, agachar, sentar, manipular e carregar objetos. Sem as articulações dos joelhos, cotovelos, pés, mãos e dedos, nenhum desses movimentos seria possível. Uma das características das articulações móveis é a presença de uma cavidade, entre as duas extremidades ósseas, que concorre para que uma deslize livremente sobre a outra. Classificação Funcional 1. SINARTROSE - Articulação imóvel 2. ANFIARTROSE - Articulação pouco móvel 3. DIARTROSE - Articulação com movimentos amplos Articulações Fibrosas - (Sinartroses) – Imóveis São as articulações nas quais o elemento que se interpõe às peças que se articulam é o tecido conjuntivo fibroso e são ditas fibrosas, e a grande maioria delas se apresenta no crânio. É evidente que a mobilidade nestas articulações é praticamente ausente, embora o tecido conjuntivo interposto confira certa elasticidade ao crânio. Há três tipos de articulações fibrosas: Sindesmoses, gonfoses e suturas. SUTURAS Articulação fibrosa composta por fina camada de tecido conjuntivo denso que une os ossos do crânio Classificadas – Sinartroses São encontradas entre os ossos do crânio. A maneira pela qual as bordas dos ossos articulados entram em contato é variável, reconhecendo-se: Suturas planas = união linear retilínea ou aproximadamente retilínea, ex: internasal e interpalatina; Suturas escamosas = união em bisel (Corte enviesado na aresta de uma peça. O mesmo que chanfradura = marca na pele provocada por corte de faca ou de navalha; cicatriz), ex: temporo-parietal; Suturas serreadas ou serrátil = união em linha “denteada”, ex: inter-parietal ; Suturas esquindilese = Também chamada de cunha e sulco por assim se apresentarem às superfícies ósseas, ex: esfenóide e vômer. No crânio do feto e recém-nascido, onde a ossificação ainda é incompleta, a quantidade de tecido conjuntivo fibroso interposto é muito maior, explicando a grande separação entre os ossos e uma maior mobilidade. É isto que permite, no momento do parto, uma redução bastante apreciável do volume da cabeça fetal pelo “cavalgamento”, digamos assim, dos ossos do crânio. Esta redução de volume facilita a expulsão do feto para o meio exterior. Se observar atentamente um crânio de feto em vista superior, um outro fato pode ser notado: em alguns pontos a separação entre os ossos é maior pela presença de maior quantidade de tecido conjuntivo fibroso. Estes são pontos fracos na estrutura do crânio, denominados fontanelas ou fontículos e vulgarmente chamados “moleiras“. Desaparecem quando se completa a ossifícação dos ossos do crânio. Com o passar do tempo, os ossos da cabeça vão crescendo até que se encostam e “colam” uns nos outros, fechando a fontanela quando a criança tem cerca de 1 ano e meio de idade. Se fechar antes de 1 ano, é necessário procurar o pediatra. A fontanela posterior é muito pequena e fecha perto dos dois meses de idade. A fontanela anterior é maior, mede cerca de dois dedos. Contudo, o tamanho é muito variável entre bebés e fecha entre os 12 e os 18 meses. Uma das suas características é a pulsação (batimentos rítmicos), originada pela proximidade de vasos arteriais. Embora já tenha sido descrita anteriormente, seria interessante lembrar que na idade avançada pode ocorrer ossificação do tecido interposto (sinartrose), fazendo com que as suturas, pouco a pouco, desapareçam e, com elas, a elasticidade do crânio. SINDESMOSES - Comparada à sutura há maior distância entre os ossos que a compõem. - Tecido conjuntivo fibroso aparece como feixe (ligamento) ou lâmina (membrana interóssea) Permitem algum movimento – Sinartroses São as membranas interósseas presentes no: Antebraço (membrana interóssea do antebraço ou sindesmose radiulnar) e; Na perna (membrana interóssea da perna ou sindesmose tibiofibular). GONFOSES Estrutura coniforme encaixa - Se em uma depressão óssea - Encaixe entre as raízes dos dentes e alvéolos do maxilar e mandíbula Classificados – Sinartroses Articulações fibrosas entre os alvéolos dentais da maxila e mandíbula com os dentes. Articulações Cartilagíneas (Anfiartroses) - Com movimentos limitados Neste grupo de articulações o tecido que se interpõe é uma cartilagem. Tipos de articulações cartilagíneas: Sincondroses e sínfises. Em ambas a mobilidade é reduzida. SINCONDROSES Quando se trata de cartilagem hialina, temos as sincondroses, conhecidas também como articulações temporárias que desaparecem depois do crescimento. Ex: articulação esfenoccipital ou esfenobasilar, manubrioesternal e epífise de crescimento. Articulação cartilaginosa, onde o tecido conjuntivo é cartilagem hialina Classificada - Sinartrose Ex.: Articulação 1ª costela e o manúbrio (esterno) SÍNFISES As articulações que contém fibrocartilagem são mais fortes e geralmente localizadas em locais de impacto, servem também como “amortecedores”; são as chamadas sínfises. Exemplo de sínfise encontramos na união, no plano mediano, entre as porções púbicas dos ossos do quadril, constituindo a sínfise púbica. Também as articulações que se fazem entre os corpos das vértebras podem ser consideradas como sínfise, uma vez que se interpõe entre eles um disco de fibrocartilagem — o disco intervertebral. Disco plano de fibrocartilagem que faz a ligação entre os ossos Exs.: - Sínfise púbica – Junção manúbrio esternal com o corpo do esterno Classificadas - Anfiartroses ARTICULAÇÕES SINOVIAIS ou DIARTROSES – COM MOVIMENTOS AMPLOS A mobilidade exige livre deslizamento de uma superfície óssea contra outra e isto é impossível quando entre elas interpõe-se um meio de ligação, seja conjuntivo fibroso ou cartilagíneo. Para que haja o grau desejável de movimento, em muitas articulações, o elemento que se interpõe às peças que se articulam é um líquido denominado sinóvia, ou sinovial. Deste modo, os meios de união entre as peças esqueléticas articuladas não se prendem nas superfícies de articulação, como ocorre nas articulaçõesfibrosas e cartilaginosas. Nas articulações sinoviais o principal meio de união é representado pela cápsula articular, espécie de manguito que envolve a articulação prendendo-se nos ossos que se articulam. O corte frontal (esquemático) de uma articulação sinovial mostra a presença de uma cavidade articular. Possuem ampla mobilidade, e o elemento que se interpõe às estruturas ósseas é o líquido sinovial. A cavidade articular é o espaço virtual onde se encontra o liquido sinovial, responsável pela lubrificação que reduz o atrito entre as estruturas, permitindo o deslizamento com o menor desgaste possível. Sinoviais – possuem um espaço entre os ossos e são separadas de acordo com os eixos de movimentos: Organização estrutural: 1. CAVIDADE SINOVIAL OU ARTICULAR Espaço virtual onde se encontra o líquido sinovial 2. CARTILAGEM ARTICULAR Recobre a superfície dos ossos tornando-as lisas e escorregadias sem uni-los. 3. CÁPSULA ARTICULAR Envolve a articulação sinovial, formada por 2 camadas: ▪ Cápsula fibrosa externa Tecido conjuntivo denso Feixes paralelos - ligamentos ▪ Membrana sinovial interna Tecido conjuntivo elástico 4. LÍQUIDO SINOVIAL Secretado - membrana sinovial Formado - ácido hialurônico (viscosidade) e líquido intersticial filtrado do plasma sangüíneo Funções: -Reduzir o atrito -Nutrição dos condrócitos -Retirar os restos metabólicos DISCOS OU MENISCOS INTRARTICULARES Discos fibrocartilaginosos interpostos às superfícies articulares Funções: - Melhor adaptação das superfícies que se articulam (amortecedores) - Auxiliam fluxo do líquido sinovial para áreas de maior atrito. TIPOS DE ARTICULAÇÕES SINOVIAIS ARTICULAÇÕES PLANAS Superfícies - planas ou ligeiramente encurvadas Ex.: articulações intercárpicas, intertársicas, esternoclaviculares. ✓ Não axiais - permitem movimento de deslizamento ARTICULAÇÕES EM GÍNGLIMO OU EM DOBRADIÇA Articulação em dobradiça - superfície convexa de um osso encaixa-se Na superfície côncava de outro Ex.: articulações do joelho, cotovelo, tornozelos ✓ Monoaxiais ou uniaxiais - permitem movimento sobre eixo único ARTICULAÇÕES CONDILARES ou ELIPSÓIDES - Projeção oval de um osso encaixa - se com a depressão do outro Ex.: articulações do punho, metacarpofalangianas ✓ Biaxial - permite movimento em dois eixos. ARTICULAÇÕES EM PIVÔ ou TROCÓIDE - Superfície pontiaguda de um osso articula - se com um anel (formado parte por osso e parte ligamento). Ex.: articulação atlanto - axial, radioulnar ✓ Monoaxial - permite movimento de rotação ARTICULAÇÕES ESFERÓIDES Superfície esférica de um osso se encaixa na depressão côncava De outro Ex.: articulações do ombro e do quadril ✓ Multiaxiais ou poliaxiais PATOLOGIAS QUE ACOMETEM AS ARTICULAÇÕES Artrite Reumatóide ▪ Doença auto imune ▪ Atinge primeiro as pequenas articulações (mãos) ▪ Inflamação da membrana sinovial ▪ Destruição cartilagem - tecido conjuntivo fibroso Osteoartrose (Artrite de desgaste) ▪ Doença articular degenerativa ▪ Substituição cartilagem articular - novo tecido ósseo ▪ Resultante idade, irritação articular, uso e abrasão ▪ Relacionada principalmente com as articulações sinoviais de suporte de peso (joelhos e quadril) Artrite Gotosa (Gota) ▪ Altas concentrações de ácido úrico no sangue ▪ Acúmulo nas articulações - inflamação, inchaço e dor aguda Sinoviais – possuem um espaço entre os ossos e são separadas de acordo com os eixos de movimentos: - Uniaxial (1 eixo, 2 movimentos): Gínglimo ou articulação em dobradiça (permite extensão e flexão): falanges, cotovelo. Gínglimo ou dobradiça atípica: joelho (pequena rotação) Trocóide ou pivô (permite movimento de rotação, onde um osso desliza sobre outro fixo):articulações rádio-ulnar e atlanto-axial. Plana ou artródia (deslizamento para frente e para trás): articulações dos ossos carpais e tarsais, articulação da mandíbula. - Biaxial (2 eixos, 4 movimentos): Condilar ou elipsóide (extremidade côncava em contato com outra convexa, limitando o movimento): articulações atlanto-occiptal e entre o punho e o carpo. Selar (relacionamento de extremidades de igual curvatura, permitindo a circundação): articulação carpo-metacarpal do polegar. - Triaxial, esferóide ou enartrose (3 eixos, 6 movimentos): articulação do quadril. - Poliaxial (triaxial com maior mobilidade): articulação do ombro. sificação funcional das articulações sinoviais Quanto à movimentação, podem ser: Mono-axial; Bi-axial; Tri-axial. Mono-axial: Realizam movimentos em torno de apenas um eixo. Ex: articulação do cotovelo. Gínglimo ou Articulação em Dobradiça São articulações mantidas por fortes ligamentos colaterais. Ginglimo (movimento ao redor de um eixo somente) Trocóide ou Articulação em Pivô Possuem movimentos exclusivos de rotação. A articulação é formada por um processo em forma de pivô rodando dentro de um anel ou um anel sobre um pivô. Trocoide (movimento ao redor de um eixo somente) Rotação medial (pronação) rotação lateral (supinação) Bi-axial Realizam movimentos em torno de dois eixos. Ex: articulação do punho. Articulação Condilar Possuem uma superfície articular ovoide ou condilar interligada a uma cavidade elíptica de modo a permitir os movimentos de flexão e extensão, adução e abdução e circundução. Elipsoide (movimento ao redor do eixo) Flexão e extensão Articulação Selar São articulações com faces ósseas côncavas ou convexas. Sinovial Selar Tri-axial Realizam movimentos em torno de três eixos. Ex: articulação do ombro. Articulação Esferóide ou Enartrose É um tipo de articulação na qual o osso distal é capaz de movimentar-se em 3 eixos ou 6 movimentos. Flexão, extensão, abdução, adução, rotação e circundução. planas Permitem movimentos de deslizamento no plano das faces articulares. Plana (multiaxial) Movimentos em todas as direções em reduzida dimensão Coluna Vertebral A coluna vertebral, também chamada de espinha dorsal, estende-se do crânio até a pelve. Ela é responsável por dois quintos do peso corporal total e é composta por tecido conjuntivo e por uma série de ossos, chamados vértebras, as quais estão sobrepostas em forma de coluna, daí o termo coluna vertebral. A coluna vertebral é constituída por 24 vértebras + sacro + cóccix e constitui, junto com a cabeça, esterno e costelas, o esqueleto axial. Superiormente, se articula com osso occipital (crânio), inferiormente articula-se com o osso do quadril (ilíaco). A coluna vertebral é dividida em quatro regiões: Cervical, Torácica, Lombar e Sacro-coccígea. São 7 Vértebras Cervicais, 12 Torácicas, 5 lombares, 5 sacrais, e cerca de 4 coccígeas Curvaturas da Coluna Vertebral Numa vista lateral, a coluna apresenta várias curvaturas consideradas fisiológicas São elas: • Cervical (convexa ventralmente – LORDODOSE), • Torácica (côncava ventralmente – CIFOSE), • Lombar (convexa ventralmente – LORDOSE), • Pélvica (côncava ventralmente – CIFOSE). Quando uma dessas curvaturas está aumentada, chamamos de HIPERCIFOSE (região dorsal e pélvica) ou HIPERLORDOSE (região cervical e lombar). Numa vista anterior ou posterior, a coluna vertebral não apresenta nenhuma curvatura. Quando ocorre alguma curvatura neste plano chamamos de ESCOLIOSE. Funções da Coluna Vertebral • Protege a medula espinhal e os nervos espinhais; • Suporta o peso do corpo; • Fornece um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e um pivô para a cabeça; • Exerce um papel importante na postura e locomoção; • Serve de ponto de fixação para as costelas, a cintura pélvica e os músculos do dorso; • Proporciona flexibilidade para o corpo, podendo fletir-se para frente, para trás e para os lados e ainda girar sobre seu eixo maior. Coluna Vertebral O canal vertebral segue as diferentes curvas da coluna vertebral. É grande e triangular nas regiões onde a coluna possui maior mobilidade (cervical e lombar) e é pequenoe redondo na região que não possui muita mobilidade (torácica). Na imagem ao lado (vista superior da coluna vertebral), podemos observar o canal vertebral. Ele é formado pela junção das vértebras e serve para dar proteção à medula espinhal. Além do canal vertebral, a medula também é protegida pelas meninges, pelo liquor e pela barreira hemato – encefálica. As vértebras podem ser estudadas sobre três aspectos: características gerais, regionais e individuais. → Características Gerais São encontradas em quase todas as vertebras (com exceção da 1ª e da 2ª vertebras cervicais) e servem como meio de diferenciação destas com os demais ossos do esqueleto. Todas as vertebras apresentam 7 Elementos Básicos: 1. Corpo: É a maior parte da vertebra. É único e mediano e está voltado para frente é representado por um segmento cilíndrico, apresentando uma face superior e outra inferior. Função: Sustentação. 2. Processo Espinhoso: É a parte do arco ósseo que se situa medialmente e posteriormente. Função: Movimentação. 3. Processo Transverso: São dois prolongamentos laterais, direito e esquerdo, que projetam transversalmente de cada lado do ponto de união do pedículo coma a lâmina. Função: Movimentação. 4. Processos articulares: são em numero de quatro, dois superiores e dois inferiores. São saliências que se destinam à articulação das vertebras entre si. Função: Obstrução. 5. Laminas: são duas laminas, uma direita e outra esquerda, que ligam o processo espinhoso ao processo transverso. Função: Proteção. 6. Pedículos: São partes mais estreitadas, que ligam o processo transverso ao corpo vertebral. Função: proteção. 7. Forame Vertebral: Situado posteriormente ao corpo e limitado lateral e posteriormente pelo arco ósseo. Função: Proteção. Características Gerais das Vértebras → Características Regionais Permitem a diferenciação das vertebras pertencentes a cada região. Vários são os elementos de diferenciação, mas será suficiente observar os processos transversos: Vértebras cervicais: Vértebras Torácicas: O processo espinhoso não é bifurcado e se apresenta descendente e pontiagudo. As vertebras torácicas se articulam com as costelas, sendo que as superfícies articulares dessas vertebras são chamadas fóveas e hemi-fóveas. As fóveas podem estar localizadas no corpo vertebral, pedículo ou nos processos transversos. Vertebras Torácicas Vertebras Lombares Os corpos vertebrais são maiores. O processo espinhal não é bifurcado, além de estar disposto horizontal. Apresenta o forame vertebral em forame triangular e processos mamilares. Apresenta um processo transverso bem desenvolvido chamado apêndice costiforme. Pode ser diferenciado também por não apresentar forame no processo transverso e nem a fóvea costal. Vertebras Lombar → Características Individuais Atlas (1ª Vertebra Cervical) A principal diferenciação desta para as outras vertebras é de não possuir corpo. Além disso, esta vertebra apresenta outras estruturas: • Arco Anterior – forma cerca de 1/5 do anel. • Tubérculo Anterior • Fóvea Dental – articula-se com o dente do axis (processo odontoide) • Arco posterior – forma cerca de 2/5 do anel. • Tubérculo posterior • Massas Laterais – Partes mais volumosas e solidas do atlas e suportam o peso da cabeça. • Face Articular Superior – articula-se com os côndilos do occipital. • Face Articular Inferior – articula-se com os processos articulares superiores da 2ª vertebra cervical (Axis). • Processos Transversos – encontram-se os forames transversos. ATLAS – VISTA SUPERIOR ATLAS – VISTA INFERIOR AXIS (2ª VÉRTEBRA CERVICAL) Apresenta um processo ósseo forte denominado dente (Processo Odontoide) que localiza-se superiormente e articula-se com o arco anterior do atlas. Axis – vista anterior AXIS VISTA-POSTERIOR 7ª VERTEBRA CERVICAL (VERTEBRA PROEMINENTE) Processo espinhoso longo e proeminente. Sétima vertebra cervical (7) – vista superior 12ª VÉRTEBRA TORÁCICA Única vertebra torácica com os processos articulares inferiores lateralizados. Décima segunda torácica (T12) – vista lateral Na coluna vertebral encontramos também o sacro (cerca de quatro ou cinco vertebras fundidas – não móveis) e inferiormente ao mesmo, localiza-se o cóccix (fusão de 4 vertebras – não móveis). SACRO O sacro tem a forma de uma pirâmide quadrangular com a base voltada para cima e o ápice para baixo. Articula-se superiormente com a 5ª vertebra lombar e inferiormente com o Cóccix. O sacro é a fusão de 5 vertebras e apresenta 4 faces: duas laterais, uma anterior e uma posterior. Faces Laterais O principal acidente das faces laterais são as Faces Articulares que servem de ponto de articulação com o osso do quadril (ilíaco). Face Anterior (ilíaca) É côncava e apresenta quatro cristas transversais, que correspondem aos discos intervertebrais. Possui quatro forames sacrais anteriores. Face Posterior (Dorsal) É convexa a apresenta os seguintes acidentes ósseos: • Crista Sacral Mediana – apresenta três ou quatro processos espinhosos. • Crista Sacral Lateral – formada por tubérculos que representam os processos transversos das vertebras sacrais. • Forames Sacrais Posteriores – Lateralmente à crista intermédia. • Hiato Sacral – abertura ampla formada pela separação das lâminas da quinta vértebra sacral com a linha mediana posterior. • Cornos Sacrais – tubérculos que representam processos articulares posterior da quinta vértebra sacral. Base • Promontório • Asas Sacrais • Processos Articulares Superiores Direito e Esquerdo – articulam-se com a quinta vertebra lombar. • Canal Sacral – canal vertebral do sacro. Ápice Articula-se com o cóccix. Sacro – Vista Anterior Sacro – Vista Posterior Sacro – Vista Lateral Cóccix Fusão de 3 a 5 vértebras, apresenta a base voltada para cima e o ápice para baixo. O cóccix apresenta algumas estruturas: • Cornos Coccígeos • Processos Transversos Rudimentares • Processos Articulares • Corpos Cóccix – Vista Anterior Cóccix – vista posterior Disco Intervertebral Entre os corpos de duas vertebras adjacentes desde a segunda vertebra cervical até o sacro, existem discos intervertebrais. Constituído por um disco fibroso periférico composto por tecido fibrocartilaginoso, chamado ANEL FIBROSO; e uma substancia interna, elástica e macia, chamada NÚCLEO PULPOSO. Os discos formam fortes articulações, permitem vários movimentos da coluna vertebral e absorvem impactos.