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CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS Palpação retal: SEMPRE palpar . Síbalas: normais? pequenas? secas? ausente? . Aorta: pulso simétrico/frêmito . Baço: margem afilada, não palpável, plano mediano, ligamento lienorenal livre . Anel inguinal/ vaginal diâmetro/ estruturas . Útero: responsivo/ torção . Bexiga: repleta/cálculos . Duodeno: palpável (sobre o ceco) . Jejuno: palpável, tenso . Íleo: palpável . Ceco: não distinguível, timpânico, caudal . Cólon ascendente: timpânico, flexura pélvica palpável, conteúdo (consistência), tênias tensas, enterólito . Cólon descendente: síbalas palpáveis, fecaloma, enterólito, deslocado, tração (manobra) TRANSPORTE PARA O HOSPITAL: - SEMPRE transportar os animais com soda NASO-GÁSTRICA - Potros ou éguas devem ser transportados com suas mães ou vice-versa - A rápida transferência de um paciente cirúrgico para o hospital irá determinar a diferença entre a morte e a sobrevivência - É preferível para o paciente, proprietário e veterinário transferir um animal que não seja eminente um caso cirúrgico, ao invés de atrasar a internação de um caso cirúrgico CRITÉRIOS PARA ENCAMINHAMENTO DE EQUINOS COM SÍNDROME CÓLICA PARA A CIRURGIA - Não podemos esquecer que, além da cirurgia, há MANOBRAS DE DESCOMPRESSÃO que podem e devem ser utilizadas para tentar melhorar o posicionamento dos órgãos dentro da cavidade e que, portanto, podem restabelecer o transito intestinal; - Manobras de descompressão: Sondagem Nasogástrica e Tiflocentese (para distensão dorsal) *Cuidados com a sonda nasogástrica: Em alguns casos onde há distensão do estômago muito acentuada, a sonda não ultrapassa o cárdia, daí a manobra não é muito efetiva, o que podemos fazer é passar água morda com lidocaína/ocitocina para ajudar a relaxar o cárdia Para internação: vão pacientes com afecções cirúrgicas diagnosticadas; Pacientes que necessitam de tratamento e acompanhamento que não será feito na propriedade; Quadro que não piora, mas deteriora o paciente - Torção de útero acontece em éguas GESTANTES e torção de cólon em RECÉM PARIDAS Exame Clínico: Dor, frequência cardíaca, temperatura, frequência respiratória, coloração das mucosas, tempo de preenchimento capilar, aspecto do refluxo gástrico, paracentese abdominal, palpação retal, ausculta do intestino. - FC: < 42 prognóstico bom; 42-60 observar e acompanhar; >60 desidratação (isquemia e fuga de líquido ?) - Temperatura: < 36,0 choque; 37,5 - 38,5 ausência de proceso infeccioso; > 39,0 agitação e movimentação, enterite; - FR: Aumenta se distenção do abdome, acidose, choque... - Mucosas: pálida (sangrameto, anemia..); Congesta (toxemia, déficit circulatório..); Icterícia (babesia, fígado). - TPC: <2 segundos normal; 2 -4 seg diminuição de perfusão; > 4 seg diminuição severa da perfusão e choque, nestes casos hidratar de maneira agressiva. - Paracentese: punção do abdome para coleção do líquido peritoneal, macroscopicamente (cor, odor, aspecto, turpidez, se há fibrina, quantidade, sangue, fezes) e microscopicamente (pH, tipo celular, lactato [normal é 0,7, se estiver alto, é indicativo de problema isquêmico], proteína [normal é baixa, se aumentar mais que 2,5 é ruim]). Existe a técnica com agulha e com a cânula (a vantagem é que não faz enterocentese, mas não é um problema isso acontecer). - Pensamentos obrigatórios: cavalo inteiro? Hérnia Inguinal!; Égua recém parida? Torção de cólon!; Égua no fim da festação? Diferencial de torção uterina! - Considerar: O tempo decorrido desde o início da cólica (mais de seis horas); Dor intensa e contínua (incontrolável com analgésicos), distenção abdominal; Atonia intestinal (ausência de peristalse), ausência de defecação, achados de exame transretal (intestino delgado distendido, tênias sob tensão). - DOR: não tratada diminui a motilidade, aumenta as secreções gástricas e favorece o íleo adinâmico; Portanto, manobras de descompressão devem ser realizadas para podermos considerar o critério da dor; Se controle mais difícil, afecções estranguladas do intestino delgado, encarceramento espaço nefro-esplênico, enterólitos e distensão do cólon descendente. CUIDADOS: - Não administrar analgésicos potentes e de longa ação, antes de elucidar o diagnóstico. Alguns animais com afecção cirúrgica podem dar falsa impressão de melhora (devido ao fato de que sintomas podem ficar mascarados); - Retirada da sonda nasogástrica acreditando que o estômago esteja vazio, neste caso a produção de gás ou a ocorrência de refluxo pode levar a um desdobramento/reagudização com ruptura gástrica; - Manter o animal no tronco de contenção ou fazer manobras que levem a situações de estresse, os benefícios que serão obtidos com alguns procedimentos não justificam os riscos grandes de piora do quadro; - Colocar o animal para pastar precocemente sob efeito de analgésicos (repetidamente), neste caso o animal pode estar frente a uma compactação que vai se agravar, podendo levar a ruptura; - Não proceder na abdominocentese por receio de contaminação na cavidade, nesse caso as informações importantes que podem ser obtidas por meio da observação e exame do líquido abdominal não serão utilizadas AFECÇÕES DO ABDOME 1- Não estrangulada: Não tem processo isquêmico 2- Estrangulada: Tem processo isquêmico NÃO ESTRANGULADAS: compactação, obstrução por enterólitos/parasitas/areia/ corpo estranho - Obstrução de ingesta seca - Podendo obstruir o Intestino Delgado: Para no Íleo, último seguimento do ID. Quando para no ID, haverá refluxo. Aqui não podemos entrar com tratamento de hidratação oral, apenas parenteral (faz a hidratação até alterar os parâmetros)-> PARACENTESE!. O principal parasita do ID é a Anaplocephla - OU obstruindo o Intestino Grosso: Aqui já não tem refluxo, logo podemos hidratar oral ou parenteral - Quando há obstrução por ingesta seca (maioria das vezes) a 1° abordagem clínica é HIDRATAR oralmente o animal com sonda ou fluido parenteral - A compactação de cólon é a mais comum dos equinos. Causas variam entre: baixa qualidade de fibras, desequilíbrios eletrolíticos, aplicação de Amitraz, areia. Deve fazer diferencial com as obstruções por enterólitos ou corpo estranho - ENTEROTOMIA: Observar o posicionamento da alça em relação a incisão (diminui o fluxo sanguíneo. Sutura: suturar a mucosa do cólon sempre. Contaminante contínua e 2 planos - um para a mucosa e outro para a serosa ambos contínuos. ESTRANGULADAS: volvo, intussuscepção, Hérnias, Tromboembolismo - No Intestino Delgado temos a hérnia inguinoescrotal (seguimento do intestino Delgado): Só acontece em Garanhão. A alça, mesmo presa no anel inguinal, a artéria testicular continua mandando sangue e não faz o retorno. Acontece no peritôneo abdominal. O anel vaginal é a estrutura que realmente aprisiona o segmento intestinal. Uma manifestação comum é quando 1 testículo fica duro e o outro fica mole. Normalmente ocorre logo após exercícios. TODOS fazem refluxo. O tratamento é cirurgico: Enteroanastomose. Podendo ser Permeável ou Necrosada. Complicações: vólvulo, hérnia mesentérica. A Intussuscepção é mais comum em potros, nesses casos o seguimento mais acometido é o ID. Em adultos é no íleo-cecal - No Intestino Grosso pode acontecer: Torção de Cólon ou Encarceramento do Nefroesplênico. No Encarceramento o cólon se desloca dorsalmente e se aprisiona no nefroesplênico. Usamos adrenalina/epinefrina para diminuir o baço (por conta da contração esplênica) e coloca o animal para caminhar, pois possivelmente irá deslocar o cólon pro seu lugar. Pode acabar se deslocando durante o transporte também. Normalmente já conseguimos diagnosticar na palpação retal. Uma pequena porcentagem dos animais operados podem fazer recidiva. Porém, caso haja chance de que venha ocorrer mais de uma vez, é a maioria dos casos, aí devemos considerar a possibilidade de fazer a correção pelo flanco e fechar o espaço. A Torção de cólon acontece quando os segmentos do intestino estão cheios. Neste sentido, a égua no período pós parto inicia um ''reestabelecimento'' do espaço da cavidade abdominal. O cólon e outras partes do intestino podem retornar ao espaço antes ocupado pelo útero. Caso o cólon restabeleça seu tamanho de uma maneira muito rápida a chance de torção aumenta. Devemos então ficar atentos ao desconforto abdominal nas éguas no período de 3 semanas após o parto, já que o tratamento deve ocorrer rapidamente. A Cólica Tromboembolítica é o espessamento da parede da artéria conhecido como aneurisma. Trata-se de um pseudoaneurisma já que a parede da artéria não fica mais delgado. Causada pela imigração de larvas strongilus vulgaris · Acessos ao abdome: - Linha Alba: vantagem: permite exploração, animal não se movimenta, tempo cirúrgico pode ser longo. Desvantagem: anestesia geral, decúbito dorsal, custo mais alto.
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