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PORTIFÓLIO DIÁRIO DE CAMPO - PRÁTICAS DA ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
DANIELA BERTO PUCCA, 2343679
LOREN DANIELE TRINDADE FÜRST, 23086661
PORTFÓLIO
UTA
MÓDULO A – FASE I
ARARAQUARA
2018
Sempre haverá uma pedra?
A Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, juntamente com documentos comoa Convenção de Direitos da Criança (1988); a Declaração sobre Educação para Todos (1990) e a Declaração de Salamanca (1994) fazem parte de diretrizes que buscam organizar, sistematizar e tornar possível a adaptação de todos ao ambiente escolar, uma vez que a educação é um direito de todo ser, sem exceções. A Lei Brasileira vigora aqui, para fazer valer esse direito.
O texto legal é completo e contempla a maioria, se não todas, as necessidades especiais que um aluno precisa para desenvolver sua escolaridade. Garante a ele adaptações no espaço físico, suportes e equipamentos que vão de encontro com suas dificuldades, bem como, exige que haja preparação dos profissionais envolvidos com esses os alunos com necessidades educativas especiais. Entretanto sabemos que a realidade das escolas é, ao menos, diferente do que a lei garante.
A visita foi realizada nos dias 11, 13, 17, 18 e 20 de abril em uma escola privada localizada em um bairro de classe média-alta na cidade de Araraquara, estado de São Paulo. Ao deparar-se com tal descrição, o leitor pode, ingenuamente, pensar que a distância entre a lei e a realidade é bem menor, se comparada a uma escola municipal ou até mesmo estadual, afinal, questões financeiras não são problemas para escolas privadas. Como dito anteriormente, tal pensamento é ingênuo, na falta de outro adjetivo cabível, não somente pela atual situação financeira do Brasil, mas também pelos motivos que serão discorridos a seguir.
A escola está, atualmente, em mudança para um novo prédio, que acomodará melhor seus alunos, entretanto, foi possível identificar o cumprimento do inciso VIII do artigo 28 da Lei Brasileira de Inclusão da pessoa com deficiência“participação dos estudantes com deficiência e de suas famílias nas diversas instâncias de atuação da comunidade escolar; ” (BRASIL, 2015, p.1) através da presença de rampas de acesso e banheiros adaptados às pessoas que se locomovem através do uso de cadeira de rodas.
Também percebemos a preocupação do corpo pedagógico em cumprir o inciso X do mesmo artigo “adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas de formação inicial e continuada de professores e oferta de formação continuada para o atendimento educacional especializado;”(BRASIL, 2015, p.1), ao pesquisarem, compartilharem seus aprendizados, buscando formação continuada preparando-se para a entrada de alunos com as mais diversas deficiências, pois os alunos matriculados ainda não apresentam necessidade de inclusão escolar. 
Escolhemos a palavra ainda pois há a suspeita que da presença do TEA em alguns dos alunos. Ao identificarem tais aspectos, o corpo pedagógico convidou uma profissional que foi professora na escola em questão e teve experiência prévia com alunos portadores do Transtorno do Espectro Autista e, em reunião, promoveram um debate onde experiências foram trocadas, perguntas foram feitas e ânimos acalmados. Pontuamos aqui um dos motivos, que em nossa visão, caracteriza a distância entre o cumprimento da lei e a prática diária da escola observada: a negação. 
A escola em questão está disposta a cumprir o que a lei pede, e pelo que pudemos observar, interessa-se em tornar a experiência educacional dos alunos a mais natural e significativa possível, entretanto, ao depara-se com a negação de alguns pais, (algo extremamente normal e compreensível), tem poder de ação restrito para auxiliar o aluno, e por consequência cumprir a lei, mesmo interessando-se e tendo potencial para tanto. Um segundo motivo, que se relaciona ao primeiro, é a situação a seguir: existe na escola um outro aluno que tem crises convulsivas, entretanto, não há uma explicação médica para tal fato. A escola está ciente do que acontece com ele, bem como das sequelas que tais convulsões podem deixar no aluno e assim prejudicar seu aprendizado, e, por esses dois motivos se empenha em estar em constante formação. 
No corpo pedagógico existe uma professora que é fluente em LIBRAS, porém ela não foi contratada para exercer a função de ensino da língua na escola, como descritos nos incisos IV, XII e XII da lei braisileira. Acreditamos que, caso haja a necessidade, ela será para quem a escola recorrerá. Acompanhamos uma de suas aulas e ela, por conta própria, propaga seus conhecimentos nessa área, intentando tornar natural a presença dessa língua no dia a dia dos alunos.
Concluímos o texto sentindo esperança, afinal, grandes foram as conquistas e avanços que a sociedade como um todo alcançou na questão da inclusão. Apesar das pedras encontradas no caminho, a perspectiva é de remoção delas, mesmo que isso leve um tempo maior do que o desejado.
Referências
Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015.Texto disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm>. Acesso em 21 de abril 2018 
MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos. Verbete Declaração de Salamanca. Dicionário Interativo da Educação Brasileira - Educabrasil. São Paulo: Midiamix, 2001. Disponível em: <http://www.educabrasil.com.br/declaracao-de-salamanca/>. Acesso em: 21 de abril 2018

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